Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 7
Aurores em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Oi Potterheades :D No capítulo anterior, Scorpius entrou para o time (não me perguntem como) junto com Fred, Matt e Daniella não conseguiram a vaga, mas tudo bem porque Charlie e Eduardo saíram. Agora, neste capítulo, teremos a presença dos Aurores novamente em Hogwarts O.o



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-Houve um erro! –protestou Tiago.

-Fred e ele foram os melhores... –disse Pedro.

-Ah, me dá isso aqui! –disse Tiago tomando a prancheta das mãos do capitão. –Fred bom... Matt mau... Scorpius bom? Cara, o Matt foi muito melhor que o Scorpius!

Pedro olhou para Matt e depois para Tiago.

-Tudo bem, Matt não foi tão bem assim – admitiu Tiago. -, mas... E o Charlie? Ele até que é bom! Me livrou de um monte de balaços!

-Ainda pouco no vestiário você estava falando mal dele! –disse Pedro.

-Era porque eu queria o lugar para o Fred! –assumiu Tiago. –Scorpius é o pior jogador que já vi! Professora! A senhora viu! Malfoy nem jogou tão bem...

-Eu concordo com o Sr. Potter! –disse a pequena Prof.ª Claepwack. –Eu não vi nenhum dos jogadores defendendo essas bolas! Entraram pelo menos umas quatro pelos aros!

-É porque quem tem que impedir os balaços de entrarem nos aros é o goleiro, professora! –disse Pedro com impaciência. –Os jogadores continuam os mesmos do ano anterior, com exceção dos batedores. E não se fala mais nisso!

-Ótimo! –resmungou Tiago indo embora. –Pois quando um balaço perseguir você durante o jogo, esse Mané não vai saber o que fazer! E Fred não irá te ajudar!

-Tem que aceitar a verdade, Potter! Agora somos colegas de time! –caçoou Malfoy.

Tiago virou-se para encará-lo.

-Ah, é? Saiba que você não vai durar muito como batedor!

-Está me ameaçando?

-Quem? Eu? Imagina, estava até pensando em te convidar para dar um passeio! –disse Tiago debochado. –Sabe, garoto...

-Você não pode bater nele. –ouviu-se uma voz. Todos se viraram e viram Dominique correr até Scorpius. –É maior que ele, pode ser expulso.

-Tem razão. –concordou Tiago, fazendo o possível para manter a voz calma. –Mas meu irmão pode, e acho melhor ficar de olhos bem abertos, Malfoy.

-O Alvo? –riu Scorpius. –Ah, com esse aí eu posso ficar bem tranquilo!

-E quem falou em Alvo? –perguntou Tiago. –Mas fica a dica, Malfoy... Vem, Fred, acompanhe o seu irmão mais velho.

Scorpius deu uma gargalhada.

-E eu devo ter medo desse anão aí?

Foi tudo muito rápido. Num instante Fred estava nas costas de Tiago, mas quando Scorpius terminou a frase, o garoto deu um salto, pegou a varinha e desarmou Malfoy, que voou longe.

-Isso mesmo, Fred! –disse Tiago. –Como você aprende rápido! Mas agora, meu irmão... Vem a parte que temos que correr antes que o Guelch nos pegue!

E todos saíram correndo. Tiago, sempre na frente, liderando o grupo. Chegaram ao castelo e viram Guelch parado à porta, ao lado de Pirraça, o poltergeist que flutuava de cabeça para baixo fitando o grupo que acabara de chegar.

-Por que estão correndo? –perguntou Guelch.

-Estamos com fome. –mentiu Tiago. –Se nos der licença, queremos jantar.

-Com fome? –repetiu o poltergeist. –Todos vocês? Pirraça acha que vocês andaram aprontando...

-Não andamos, não! E eu realmente estou com fome... –disse Rosa, sincera.

-Hum... –fez Guelch.

-“Hum” o quê? –resmungou Tiago. –Será que podemos entrar ou vai nos dar uma detenção por corrermos pela propriedade?

Guelch foi para o lado abrindo as grandes portas do castelo. Ao passarem, o zelador fez um barulhinho de desaprovação.

-É inveja. –disse Tiago. –Aposto que suas pernas já estão tão velhas que não conseguem nem correr mais!

Eles foram para o Salão Principal. Estava cheio e barulhento. Alvo logo pode ver o porquê. A Mesa Principal dos professores estava agora com pelo menos umas vinte pessoas a mais. Dentre elas, ele pode notar, encontrava-se um homem ruivo ao lado de um moreno de óculos redondos e uma curiosa cicatriz em forma de raio já um pouco fraca, na testa.

-Papai? –exclamaram Alvo, Rosa, Tiago e Dennis juntos.

-O que eles fazem aqui? –perguntou Alice.

-Aurores... –disse Tiago lentamente. –Aurores em Hogwarts... Isso só pode significar uma coisa... Bob Rondres está de volta! Deve estar por perto! –concluiu com os olhos brilhando.

-Tiago, isso é ruim! –disse Rosa. –Ele é um assassino.

-Ah, para com isso! Vai dizer que tem medo dele, Rosinha? –perguntou Tiago sorrindo. –Ah, já enfrentamos ele ano passado, não foi? Eu adoraria uma segunda rodada com o cara!

-Vou comer que eu ganho mais... –disse Rosa sentando-se à mesa.

-Mais quilos, você não para de comer! –riu Carlos.

Antes do jantar eles ficaram imaginando o que os aurores estariam fazendo em Hogwarts. “E se Bob Rondres realmente estivesse voltando?” imaginou Alvo acariciando distraidamente a cicatriz na testa.

No ano anterior ele, Alvo, enfrentara Bob Rondres cara à cara. Realmente achou que iria morrer, mas não. Seu irmão apareceu e o salvou. No entanto, foi surpreendido por trás pelo assassino, mas desta vez, foi Alvo quem o salvou. Empurrou Tiago e recebeu o feitiço. Tudo o que lembrava daquilo era uma dor excruciante... Uma dor que veio de sua testa e se apoderou de toda sua cabeça, o que resultou em uma cicatriz em forma de raio igualzinha a de seu pai. Uma cicatriz incomum e misteriosa... Por que ele não morrera? Segundo o pai fora por amor. Pela prova de amor que ele dera ao querer dar sua própria vida pela do irmão. Fora isso que o salvara, criando uma espécie de barreira que não deixou que o feitiço da morte o atingisse... Não com o mesmo efeito pelo menos, mas aquela cicatriz ficou ali, e desde então fora alvo de muitos olhos curiosos que queriam saber o mistério daquele raiozinho na testa do menino, que até ficava encabulado com isso.

-Peço a atenção de todos, por favor! –a voz de Neville disse, fazendo Alvo desviar seus pensamentos. –No ano passado tivemos, eh... Certos probleminhas com um foragido de Azkaban. Bom, também não podemos esconder que quatro alunos enfrentaram Bob Rondres cara à cara...

Neville foi interrompido pelas palmas de Rony.

-Que foi? –perguntou ele ao ver que todos o olhavam. –Minha filha foi uma deles!

O diretor sorriu e continuou:

-E também não vamos esconder de vocês que ainda não capturaram Bob Rondres. Mas é por isso que temos que tomar medidas de proteção, por isso, até que o foragido seja pego, teremos a companhia de aurores em Hogwarts.

Todos bateram palmas e alguns alunos até gritaram “Harry Potter”, o que resultou em uma pequena cantoria de Tiago:

-Ele é meu pai! Ele é meu pai!

Neville pigarreou, o que foi o suficiente para que todos calassem a boca.

“Os Aurores vão os acompanhar a todas as aulas e a qualquer lugar que forem. Também estarão prostrados nas estradas do castelo. Caso precisem ir a algum lugar e não achem nenhum Auror, devem procurar os monitores e monitoras de suas Casas, mas jamais devem ir sozinhos”.

-Que injustiça é essa? –gritou Tiago. –Como é que vou poder dar minhas bandas pelo castelo às escondidas?

Por um instante fez-se um silêncio em que todos miraram Tiago. Harry e tio Rony eram os únicos que não pareciam surpresos, não esperavam nada de menos vindo do Tiago. Alvo suspeitou que com todos aqueles olhares sobre ele, até mesmo Tiago estaria um pouco encabulado.

-O que foi que o senhor disse, Sr. Potter? –perguntou a Prof.ª Margarete Chollobull, a subdiretora.

-Se a senhora não ouviu, sugiro que lave as orelhas... –retrucou Tiago.

-Tiago... –disse Harry em tom de alerta, embora Alvo pudesse notar um traço de um sorriso, que tio Rony por sua vez, não fazia questão de esconder.

-Ora, seu garoto danado... –disse a Prof.ª Chollobull lhe apontando um dedo gordo. –Não é por que o seu pai está aqui que vou fazer vista grossa para todas as suas estripulias. Fique o senhor sabendo que não me importarei de lhe tirar até cinquenta pontos se o pegar fazendo algo suspeito...

-Putz! –exclamou Tiago. –Então acho que arranjarei um grande problema com os grifinórios, não é? Mas creio que a essa altura eles já estejam acostumados...

-Tiago... –disse Harry novamente.

-Está vendo, Longbottom? Nem o pai consegue pôr limites nesse garoto... –comentou a professora. Tiago abriu a boca para argumentar, mas seu pai fez um sinal negativo com a cabeça, o que foi o suficiente para que o menino se acomodasse na cadeira ao lado de Fred e parasse de encarar a subdiretora.

“Eh... Sem discussões, bom apetite!” disse Neville um pouco desconcertado.

Os pratos se encheram. Tiago e Rosa logo se atracaram na comida. Tiago geralmente comia bastante, e desde o verão Rosa passou por uma mudança bem considerável. Até mesmo seus cabelos, que eram louro escuros, estavam ficando mais vermelhos. Teddy ficara ansioso e sugerira que talvez ela também fosse uma metamorfomago, e por isso agora estava puxando mais o lado de seu pai. E por falar em Teddy, Alvo mal podia esperar para ter mais aulas com o professor.

Enquanto comia, Alvo pode notar que um dos Aurores não tiravam os olhos da Mesa da Grifinória, mais precisamente para o lugar onde Tiago estava. Isso fez Alvo lembrar-se do ano anterior, quando enfrentaram Bob Rondres e ele tivera mais interesse nele e em Rosa do que em Carlos e Alvo. Bom, Tiago era um ótimo bruxo, maroto, como gostava de se descrever, mas ainda assim um ótimo bruxo. Sabia de vários truques, e era o mestre em feitiços quando se tratava de travar um duelo ou de fazer marotices com os outros; E Rosa... Ela era simplesmente brilhante. Não havia uma coisa em aula que eles aprenderam que Rosa já não estivesse um passo à frente do resto da turma. No começo era um pouco antissocial, eles não podiam negar, mas era o jeito dela; os dois seriam bruxos perfeitos para se aliarem a Bob Rondres... Poderiam ser grandes... Serem reconhecidos e terem a valorização que merecem... Mas não... Não quiseram e escolheram o caminho que achavam mais propício para alcançarem a valorização, o respeito e o reconhecimento necessário. Alvo os admirara muito por isso. Por um momento achara que seu irmão ficara tentado a aceitar a proposta e talvez realmente tenha ficado... Mas Alvo o compreendia e não o culpava por isso... Sabia que o pai sempre tivera um afeto maior por ele e sempre deixara Tiago um pouco mais de lado. Talvez fosse porque ele nunca precisara muito do pai, sempre fora muito independente. Mas Alvo sabia que isso o incomodava.

Alvo chegou a conclusão de que, de uma forma muito estranha, ele se parecia muito com o irmão. Não em todos os sentidos, é claro, mas se parasse para olhar bem por tudo o que já passaram, veriam grandes traços de semelhança, como um sentir ciúmes do outro sem que o outro soubesse. Alvo sempre tivera ciúmes do irmão por ser melhor que ele e talvez por medo de que por isso o pai o amasse mais do que a ele; Tiago sentia ciúmes de Alvo simplesmente por medo de que o pai gostasse mais dele, o que na opinião de Tiago, era sem sentido, pois Alvo não tinha nada em especial e ele mesmo concordava com isso. Sempre tivera medo de tudo, e Tiago estava certo todas as vezes que dizia que ele era um bebê chorão. Mas agora, por que o pai deles iria gostar mais de Alvo? Talvez essa pergunta tenha sido respondida ao fim do ano anterior, quando Alvo acordou na enfermaria. Lembrava-se nitidamente, até porque andara sonhando com isso durante todo o verão.

Fora a primeira vez que vira o irmão chorar, e, mesmo sendo um momento triste, foi lindo de se ver. Fora por Alvo que ele chorara, fora porque Alvo era importante para Tiago...

Depois quando os pais chegaram, contaram sobre tudo e sobre todos os mistérios que eles nunca entenderam. É claro que ainda havia dúvidas e várias perguntas que iam surgindo, mas isso eles teriam que guardar para quando o Natal chegasse.

A resposta para o suposto “amor maior” que Harry sentia por Alvo, foi explicada com o grande perigo que o garoto corria. Isso, somado ao fato de que ele sempre fora o que mais precisara da atenção dos pais, fazia com que Harry desse um pouco mais de carinho a ele, mas não que gostasse menos dos outros ou que Alvo fosse mais importante, ele apenas exigia mais cuidados.

Mas ele se superara. Dera uma grande prova de amor ao salvar a vida do irmão. O ruim disso foi que ele quase perdeu a sua, mas por conta de seu amor, saiu de lá apenas com a cicatriz...

Não era tão covarde assim... Claro que Tiago, Matt, Fred, Carlos e até Rosa mostravam mais coragem que ele, mas ele melhorara bastante... E estava disposto a melhorar ainda mais...

-Ei, Al? –a voz de Tiago invadiu sua mente, e ele balançou a cabeça como se tivesse acabado de acordar de um sono profundo. –Você está comendo e olhando pro nada como se estivesse hipnotizado... Está tudo bem? Não andou caindo nos encantamentos do Louis, não é? Porque Rosa disse que isso só funciona com meninas e...

-Não, não é isso! –disse Alvo um pouco bravo.

-Ufa! –disse Tiago limpando a testa. –Que alívio! Por um momento achei que...

-Não, mas não é isso! –disse ele depressa. –Só estava pensando...

-Em quê? –perguntou o irmão.

-Em tudo... Em Bob Rondres... No ano passado... No mistério da cicatriz...

-Não tem mistério nenhum. –respondeu Tiago. –Você ouviu o papai. Quando você me salvou, o amor que estava dando ao querer se... Sacrificar, te salvou e  fez com que o feitiço... Espera ai! Mas papai disse que quando ele era um bebê, ele ficou com a cicatriz porque o feitiço ricocheteou e virou contra Voldemort...

-Tiago, para com isso! –disse Rosa. –Esse nome é tabu!

-Já foi tabu há décadas atrás, agora é só um nome... E vê se para com isso, você está parecendo o Hagrid. O que acha que vai acontecer se falarmos o nome? Voldemort não voltaria das cinzas para puxar os nossos pés... –e virou-se para Alvo. –Mas o feitiço não virou contra Bob Rondres... Quero dizer, ele ficou mal e tal, mas não morreu ou virou um fantasma como aconteceu com Voldemort. –Rosa deu um muxoxo, que Tiago abanou com a mão como se conseguisse o pegar e afastar. –Então como...?

-Aí é que tá... –disse Alvo, e olhou para o prato. Dava para ver seu reflexo na prata, e ele a viu... Ali no cantinho da testa, por entre a franja... Fininha e um pouco avermelhada, ainda do mesmo jeito que estivera no dia em que fora feita, como se não houvesse passado tempo algum... Como aquilo era possível? Era um mistério, que Alvo duvidava que algum dia iria descobrir.

-Sabe, Al... Você está muito desanimado ultimamente... –disse Tiago. –Papai me deixou no comando e é meu dever tomar conta de você...

-Só quando ele não estiver por perto, mas ele está de serviço aqui.

-Mas podemos fingir que não está, nem vamos ver ele. –disse Tiago sacudindo os ombros. –Enfim, você está muito jururu. Nem ligou que eu continuei no time, apesar de que isso já fosse óbvio, mas você nem comemorou quando o Fred ganhou a vaga. Nem me ajudou a vaiar o Malfoy e nem ficou feliz por você continuar no time!

-Só estou cansado... –inventou Alvo. Não estava mentindo, na realidade nem ele mesmo sabia o que era.

-Cara, o ano ainda nem começou e nem eu que sou eu estou cansado! –disse Tiago. –Vamos, mano, se anima! Ah... Mas não se preocupe! Tenho a coisa certa para te animar...

-E o que é?

-Isso será surpresa. –disse o irmão dando um sorriso maroto. –Mas quando chegar a hora você vai saber... Pode ser que demore, preciso de tempo para preparar tudo... Mas te aviso...

Alvo sorriu, mas estava desconfiado. Havia uma grande diferença no conceito que Tiago tinha de animar alguém, e no que a maioria das pessoas tinha.

Na manhã seguinte, Alvo mal pode tomar café direito. Primeiro Lotho não parava de invadir a mesa da Grifinória para sentar ao lado de Alvo e lhe fazer perguntas. Ele fazia bem o tipo sonserino, não parava de dar indiretas dizendo que não entendia como Alvo vencera Bob Rondres, que em sua opinião era um grande bruxo.

Depois disso, ainda tinham os Aurores. Tiago tinha razão, eles mal viram os pais, no entanto, um outro Auror não tirava os olhos deles.

-Não deve culpa-los, Al. Eles estão encantados com a minha beleza, estou achando que sou um veela como nosso querido primo... –brincou Tiago.

-Não diga uma coisa dessas! –disse Fred batendo na madeira. –Não se deseja uma coisa dessas nem para os piores inimigos... Se bem que o Malfoy ficaria bem de cabelos longos, ele já tem a cor meio branca!

-Ah, é por isso que ele se dá tão bem assim com o Louis!

Era verdade. Scorpius não se desgrudava de Dominique ou Louis. Nas aulas que eram juntas com a Sonserina, Scorpius não parava de perguntar a ruiva sobre o irmão. –“É porque são todos sonserinos nojentos, Al!” disse Carlos, “O Chapéu errou com o Malfoy e com o seu primo também!”. –Se esse pensamento viesse à sua cabeça um ano antes, com certeza ele ficaria muito “encucado” com a ideia de o Chapéu ter errado com ele também, ao coloca-lo na Grifinória, mas agora não. Demonstrara um ato heroico digno de um grifinório no ano anterior, o que o deixara bem tranquilo quanto a isso. Pela primeira vez na vida ele era reconhecido por alguma coisa corajosa que fez, estava até sentindo-se mais parecido com Tiago. “Não” disse a voz de Tiago dentro de sua cabeça. “Você não está se parecendo comigo. Não por nada, mas terá que batalhar muito ainda, jovem Maroto”. Ele riu.

No dia seguinte, quando estava indo para a última aula (Defesa Contra as Artes das Trevas), acompanhado pelo Sr. Denóires e por dois Aurores, Lotho o encontrou no caminho:

-Alfo! –disse alegre. –Eu acabei de terr uma aula com o seu prrime, Frred II. Ele é muito agrradável. Agorra eu terrei aula de Feitiços com ele. –e apontou para o Prof. Denóires. –O que o senhorr está fazendo aqui? A aula vai começarr em dez minutes!

-Estou acompanhando meus alunos. –disse o Prof. Denóires, dando um tapinha no ombro de Alvo.

-Na verdade, senhor, -disse o Auror. Ele era careca e bem alto. –nós estamos aqui para levar os alunos, o senhor não precisa se preocupar...

-Não confio em certos aurores, Clodeck. –disse o Prof. Denóires dando um olhar cínico ao Auror, que se mostrou indiferente.

Alvo não sabia bem se era por isso, mas tinha quase certeza de que o professor só fazia isso porque gostava de levar Alvo, Carlos e Rosa até a aula de Draco, caso ele quisesse usá-los para fazer algo perigoso. Assim, todo o dia nas últimas aulas, todos os alunos entravam, o Prof. Denóires, porém, segurava os três garotos pelos ombros e, auto o suficiente para Draco ouvir, dizia:

-Não se preocupem, crianças. Se certos professores que mais se parecem com lombrigas anêmicas fizer algo a vocês, venham logo me contar, entenderam?

Esse aviso parecia funcionar bem, porque Draco já não usava exclusivamente eles para fazerem coisas que para os outros eram consideradas perigosas, mas vez que outra dava umas indiretas, que os três tinham certeza que se dirigiam ao Prof. Denóires, como fizera hoje:

-Agora fiquem em silêncio, por favor! –pediu sentando-se de frente para a turma e puxando uma pilha de pergaminhos. –Preciso corrigir os trabalhos sobre como tratar as mordidas de lobisomem e também, já que, diferente de certos professores, não fico ocupando meu tempo dizendo gracinhas quanto à aparência de meus colegas.

-Queria que ele ignorasse essa sua cara feia e branca? –perguntou Carlos em voz baixa. Scorpius pareceu ter ouvido, pois virou-se para trás e ficou o encarando feio. –Perdeu algo aqui, Lombriga Anêmica Júnior?

-Silêncio! –disse Draco. –Scorpius, virado para frente!

-Ouviu seu pai, Scorpius...

A aula acabou e eles saíram para fora, onde Carlos pode falar a vontade de Draco.

-Diferente de certos professores! –disse ele. –Até parece... Por que ele não vai descontar pontos de algum aluno indefeso? Por que tem que ficar metendo aquela cara Dois efes...

-Dois efes? –repetiram Alvo e Rosa.

-É. –afirmou Carlos. –Feia e fina.

Eles caíram na risada.

-Estão rindo do meu pai? –perguntou.

-Estávamos. –disse Carlos. –Mas agora que você está aqui, estamos rindo do novo palhaço.

Scorpius rangeu os dentes.

-Cuidado, Cattér... Pode acabar encontrando algo que não quer...

-Acho que já encontrei. –disse Carlos encarando o garoto. –Eu realmente não quero você aqui...

-Quer resolver isso lá fora? –perguntou Scorpius.

-Acho melhor perto da enfermaria. Assim Madame Pomfrey não vai demorar a chegar e cuidar de você quando eu o deixar arrebentado.

-Estava sugerindo um duelo de bruxos.

-Por quê? Não se garante no mano a mano?

-Não uso esse tipo de luta dos trouxas nojentos...

-Continue repetindo isso até se convencer de que não é porque você é um perdedor.

Scorpius partiu para cima de Carlos e esse lhe acertou um soco bem no meio da cara. Scorpius já ia contra-atacar quando vozes furiosas chegaram aos ouvidos deles.

-NÃO VENHA QUERER INTERFIRIR NO MEU TRABALHO! –disse a voz, que a Alvo reconheceu ser a de um dos Aurores.

-NÃO ESTOU INTERFIRINDO! –berrou o Prof. Denóires.

Alvo, Carlos, Rosa, Scorpius, Dominique, Louis e os irmãos Jofrey desceram correndo para o andar debaixo para verem a briga. Havia um grupo de alunos ao redor de um Auror e um professor, o Prof. Denóires. Os dois gritavam e apontavam os dedos um para o outro, e pareciam que a qualquer momento iriam começar a brigar de verdade.

-SEU TRABALHO É MOSTRAR FEITIÇOS! –berrou o Auror.

-POSSO LHE MOSTRAR UM AGORA, CLODECK! –gritou Denóires, e imediatamente sacou a varinha e apontou-a para o Auror, Clodeck. Estava prestes à pronunciar o feitiço quando outros quatro aurores vieram apartar a confusão.

-Calma, Denóires! –disse o ruivo, Rony Weasley, afastando o professor do Auror, que era segurado por Harry Potter, Simas Finnigan e Kevin Ellêck.

-VOCÊ ME PAGA, CLODECK! –berrou o Prof. Denóires que tentava se desvencilhar dos braços de Rony.

-NÃO TE FIZ NADA! ESTOU FAZENDO MEU TRABALHO! DEVIA FAZER O SEU! –berrou Clodeck.

Depois de um tempo, Rony levou o Prof. Denóires para fora dali, e os outros Aurores tentaram acalmar Clodeck. Alvo e os outros correram para ver.

-O que aconteceu? –perguntou Harry ao homem.

Ele parecia um pouco perturbado, nervoso.

-Não queria arranjar confusão. –disse. –Começou pela manhã. Eu estava acompanhando os alunos quando ele resolveu ir junto. Disse que não confiava em certos Aurores. Ficou me criticando o dia inteiro, e disse que eu não devia me meter tanto assim na privacidade dos alunos. Eu respondi que tinha ordens para aquilo, mas ele não ligou e disse que eu tinha que voltar para o Quartel General de Aurores e aprender a fazer meu trabalho direito. Não aguentei e começamos a discutir...

Nesse momento, Neville chegou acompanhado de Rony. Ele se aproximou do aglomerado de alunos e se dirigiu aos Aurores:

-Denóires está mais tranquilo. Venha, Clodeck, precisamos conversar.

Clodeck pareceu mais nervoso ainda. Suas pernas tremeram um pouco, ele olhou para Harry como uma súplica, mas depois acompanhou o diretor. Harry e o restante dos aurores sentaram-se nos banco ali próximos e suspiraram.

-Clodeck não é de brigar assim. –disse Harry. –É bem calmo, normalmente.

-Denóires também! –disse Rony. –Nunca o vi falando desse jeito, a não ser quando se referia ao Draco, mas aí tudo bem... 


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Notas finais do capítulo

Tá, esse não é um dos melhores capítulos, eu sei, mas o próximo tá bom, eu faço Voto Perpétuo ú.ú
Reviews?