Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 6
O outro batedor


Notas iniciais do capítulo

E aí, galerinha! Prontos para a aventura?? "Estamos Capitããããão!", hehehehe
Mas então, vamos aos negócios. Aqui uma fic mega boa para vocês lerem: http://fanfiction.com.br/historia/324792/Amor_Platonico
Nesse capítulo os testes para quadribol! E também um novo batedor... Quem??? *O*



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Alvo estava muito animado para o teste de quadribol que teria hoje depois da aula. Fred iria fazer o teste para batedor, apesar de Alvo achar que ele não tivesse realmente o porte para um. Fred era um garoto pequeno, mais pequeno que Alvo, não era bem o porte exigido para um batedor, mas os jogadores do time da Grifinória que jogavam nessa posição não eram os melhores.

-Eu tenho certeza de que ele vai ser escolhido. –garantiu Tiago, à mesa do café do manhã no Salão Principal. –Charlie e Eduardo são uns panacas.

Alvo encarou os dois batedores da Grifinória que estavam na outra ponta da mesa da Grifinória. Charlie tentava enfiar cinco panquecas na boca enquanto Eduardo o incentivava. Eram realmente muito idiotas, apesar de Alvo não poder se queixar do trabalho dos dois como batedores, nunca o deixaram levar fortes balaços a não ser a vez do ano anterior em que ele acordou dois dias depois na ala hospitalar. Ele lembrava bem que a dor fora horrível. A única dor que chegara perto desta vez fora quando ele ganhou a cicatriz. Na verdade a dor foi pior. Alvo desmaiou até.

A primeira aula que eles teriam seria Trato das Criaturas Mágicas, e logo saberiam quem era o novo professor.

-Ah, que pena... –disse Carlos enquanto eles saíam do castelo. –Eu realmente gostava daquela Luna, é a madrinha da sua irmã, não? Ela era bem legal...

-Ela está grávida de gêmeos. –disse Rosa. –E ah, oi, Eloísa!

Eloísa era uma menina de cabelos grisalhos que estava sempre acompanhada dos primos: Ethan e Elliott.

-Oi! –cumprimentaram os três.

Eles seguiram para a orla da floresta. A dúvida dos meninos foi tirada no momento em que chegaram. Uma mulher de rosto fino, pele clara, cabelos rigorosamente penteados para trás e um ar severo nos olhos os esperava.

-Ih... Algo me diz que não poderemos ficar lendo o seu livro de quadribol na aula dela... –comentou Carlos.

Alvo concordou. Nas aulas de História da Magia, Carlos e Alvo geralmente ficavam lendo o livro Quadribol Através dos Dez Maiores Jogadores enquanto Rosa, quando acabava o dever, jogava xadrez.

-Eu sou a Prof.ª Dáthpick. –disse ela quando Scorpius, o último aluno, chegou. Sua voz era tão monótona quanto à do Prof. Binns. –Ensinarei, durante este ano, Trato das Criaturas Mágicas.

-Jura? –sussurrou Carlos para Alvo. –Achei que a gente havia vindo aqui para a orla da Floresta Proibida para ter aula de Poções...

-... Não aceito brincadeirinhas em minha aula, muito menos cochichos enquanto estou falando, Sr. Weasley!

Carlos demorou um pouco a perceber que a professora se referia à ele. Foi preciso que Alvo o cutucasse.

-O quê? –perguntou ele.

-Disse para não conversar nas minhas aulas, Sr. Weasley. –disse a Prof.ª Dáthpick mais claramente.

-Meu nome é Carlos Cattér. –corrigiu-a Carlos.

A professora o olhou como se ele estivesse brincando com ela.

-O Prof. Malfoy me disse que você era o Weasley... –disse ela, e depois voltou a sua atenção para o resto da turma. –Hoje estudaremos Acromântulas...

-Ah, não... Não... –gemeu Rosa. Alvo sabia o quanto ela e tio Rony tinham medo de aranhas.

Para o desgosto de Rosa, a Prof.ª Dáthpick pediu que todos chegassem mais perto da Acromântula e ainda que a alimentassem com moscas mortas e gigantes.

-Não... Por favor... Tenho certeza de que ela não está com fome... –choramingou Rosa, que se recusava a alimentar a Acromântula.

-Sem exceções, Srta. Gran...

-É Weasley. –interrompeu Rosa. A Prof.ª lhe lançou o mesmo olhar que lançara a Carlos, como se eles é quem tivessem dito uma mentira.

-Então, senhorita, faça o favor de colocar a mosca na boca da Acromântula. –mandou a Prof.ª Dáthpick e deu as costas.

Havia uma fila de alunos atrás de Rosa, esperando para alimentar a Acromântula. Algumas meninas olhavam a aranha com repugnância, outros, como Dennis até acariciavam as patas do bicho. Rosa não parou de choramingar, então Carlos pegou a mosca de sua mão e entregou a Acromântula quando a professora não estava olhando.

-Ela é um pesadelo... –comentou Rosa, quando a aula acabou e eles se dirigiam para o castelo, onde teriam História da Magia.

-Pelo menos ela não erra o nome do Al.. –disse Carlos.

-Como se alguém fosse errar. –disse uma voz atrás deles. Eles se viraram e viram Tiago, Matt e Daniella indo em direção ao castelo também. –Imagine só se alguém iria errar o nome do Escolhido pela velha charlatã? 

Alvo bufou irritado.

-Não esquenta, Al... –disse Tiago e puxou Alvo para perto o suficiente para ele bagunçar seu cabelo.

Eles seguiram para a aula de História da Magia.

-Rosa, vamos jogar Xadrez de Bruxo? –perguntou Annie.

-Nem pensar. –respondeu Rosa. –Não posso começar o ano com o pé esquerdo. Imagine só, no primeiro dia de aula e já estou fugindo para jogar xadrez enquanto devia estar lendo sobre...

-Coisas incrivelmente chatas. –completou Carlos. –E está me dando uma fome...

-Ah, eu também! –disse Rosa. Alvo olhou para a prima. Ela não tinha nenhum parente metamorfomago, mas se Alvo não soubesse disso diria que a garota era uma. Seus cabelos realmente estavam ficando mais ruivos nos últimos dias, e seu apetite aumentara violentamente.

Na aula de História da Magia, porém, Rosa parecia que havia esquecido da fome. Concentrava-se em ler o capítulo que Binns mandara. Alvo não achou aquilo nada interessante, mas Rosa lia aquilo como se fosse o livro mais interessante que já havia lido.

-Na verdade eu prefiro meu livro Os segredos de Rachel Ketto. –disse ela, à mesa da Grifinória na hora do almoço, enquanto se atracava em um pudim de carne. –Mas sinceramente, não achei a matéria desse ano tão entediante.

-Para ela não é. –sussurrou Carlos para Alvo, enquanto Rosa se ocupava com seu pudim de carne. –Depois dela ter lido todo o livro de História da Magia do ano passado, a matéria desse ano é uma brincadeira.

Alvo riu. Realmente a matéria de História da Magia do ano anterior fora extremamente chata.

Na hora do almoço, Fred não estava nem um pouco nervoso, pelo contrário, parecia que sua vaga no time já estava garantida. Alvo estava mais nervoso que ele, para falar a verdade. Lembrava-se bem de quando ele fez o teste. Alvo sempre quisera ser apanhador como o pai, mas nunca tivera o talento para um. Jogava em diversas posições, nas quais, nenhuma ele era realmente bom. Bom, ele tinha uma boa mira... Mas desde que descobriu que não valia a pena tentar competir com o irmão para ver quem era o melhor apanhador, ele tentou ser batedor. Algo que realmente não deu certo. Porém, no meio do teste, enquanto Alvo rebatia os balaços, sem querer marcou três gols.

-Não é tão difícil assim... –disse Tiago. –Sabe, a Grifinória não tem artilheiros realmente bons e não entrou nenhum que se possa chamar de talento... Estou dizendo, a vaga é sua.

-Como é que você sabe que não entrou ninguém novo? –perguntou Alice.

-Minha cara Alice... –disse Tiago passando o braço pelo ombro da garota e explicando aquilo com um ar de quem explica que um mais um são dois para uma criança burra. –O grande Tiago Sirius Potter sabe das coisas... Não questione, não duvide. Apenas aceite, entendeu?

Alice bufou e voltou a comer seu mingau.

-Você devia ser menos ignorante. Acho que é por isso que os sonserinos não gostam de você.

-A culpa não é minha se você não ganhou lugar no time desde que entrou... –disse Tiago. Alice o olhou como se estivesse prestes a lançar uma Maldição Imperdoável e depois saiu do Salão Principal. –Não sei de quem ela herdou esse gênio difícil. Papai disse que Neville e Luna sempre foram bem calmos...

Alvo não prestou atenção em nenhuma aula da tarde. Ficou o tempo todo apenas pensando em sua vaga no time. E se ele fosse substituído? E se Alice estivesse certa e realmente entrasse algum aluno melhor que ele? Ele tivera muita sorte no ano anterior... Carlos era um bom artilheiro, Alvo jogou quadribol com ele no verão. Mas se fosse para perder o lugar no time que fosse para Carlos... Fora ele, quem mais podia querer fazer o teste para o time?

A resposta para sua pergunta veio tão rápido que Alvo jurou que sua prima estava lendo seus pensamentos.

-Eu adoraria entrar para o time. –disse Rosa, quando as aulas acabaram. Alvo nunca pensara em Rosa. Ela era uma ótima jogadora, porém, quase nunca jogava. Ela já jogara como artilheira e não fora tão mal assim...

-Mas você disse ano passado que tinha mais o que fazer do que joguinhos de quadribol se quisesse ficar mundialmente conhecida. –disse Alvo.

-É, mas eu conversei com a mamãe, ela disse que realmente eu passo tempo demais lendo e estudando.

-Nisso ela está certa. –disse Carlos.

-Ela disse que conseguiu o seu cargo no Ministério junto com gente que estudou bem menos que ela... Parece que hoje em dia está fácil entrar para o Ministério... Papai também disse que eu poderia jogar em um time de quadribol se treinasse um pouco. E poderia ficar por lá um bom tempo, e depois arrumar algo no Ministério.

-Rosa, você pensa demais no futuro. –disse Carlos. –O que importa o que você vai ser daqui a dez anos?

-Importa e muito. –retorquiu Rosa. –Mamãe apoia a ideia do meu pai.

-E eu também. –disse Carlos. –Não vejo graça em trabalhar no Ministério. Quer dizer, tem a Seção de Jogos e Esportes Mágicos, que deve ser o melhor...

-Minha mãe trabalha no Departamento de Execução das Leis da Magia e é bem divertido lá! –defendeu Rosa.

-Ah, imagino... –disse Carlos sem emoção. –Deve ser realmente empolgante...

-Claro que é! –retorquiu Rosa. Alvo já estava acostumado com as brigas e desentendimentos de Carlos e Rosa. Os dois tinham um gênio muito forte e eram igualmente teimosos, o que resultava em constantes discussões, mas Alvo achava isso até divertido e o ajudava a não pensar. –Minha mãe já me contou que um bebê colocou fogo na casa dos pais. Sorte que não tinha ninguém...

-Mamãe disse que quando eu era bebê eu fazia as coisas flutuarem... –comentou Dennis.

-E explodirem, imagino. –disse Carlos.

-Na verdade só explodia as coisas quando eu queria fazer algum feitiço. –disse Dennis. –Mas papai me falou que uma vez eu explodi o bercinho da minha prima.

Alvo seguiu para o campo de quadribol enquanto os outros foram para as arquibancadas.

No vestiário estava reunido todo o time da Grifinória, e no lado de fora havia vários alunos de várias idades esperando para o teste. Scorpius estava entre eles.

-Ah, Alvo! Estávamos te esperando! –disse Pedro o puxando para dentro do vestiário.

Alvo entrou. Tiago estava a um canto encarando feio Eduardo e Charlie que brincavam com as vassouras extras. Marcos Fayel se divertia tentando apanhar o pássaro voador de pergaminho que Patrícia enfeitiçara. Todos pareciam estar nem aí para o quadro de estatísticas que Pedro apontava e explicava.

-Esse ano chegaram alunos melhores! –disse Pedro.

-No plural? –perguntou Tiago. –Me diga um além do meu irmão?

-Eu sei que Alvo é um bom jogador, mas estou falando dos que entrarão esse ano. –disse Pedro.

-E eu não estou falando do Al, estou falando do Fred. –retorquiu Tiago. Pedro o encarou.

-Bem que o meu pai falou que os Weasley se multiplicam como coelhos... –disse.

-Fred é meu primo, está bem?! –disse Tiago com um quê de impaciência. –E se eu fosse você não falaria dos Weasley...

Pedro deu um sorrisinho amarelo. Até mesmo ele tinha medo de Tiago. Alvo sorriu àquela situação, era engraçado ver que até Pedro que era o capitão do time tinha medo de do irmão dele.

-Ah, Pedro está certo! –disse Patrícia. –Entraram alunos bons, Tiago! Temos que dar o nosso melhor se quisermos continuar no time!

-Não, - discordou Tiago. –Fred será o batedor, só quem tem que se cuidar são Eduardo e Charlie.

-Mas o Fred não é o único jogador bom! –retorquiu Patrícia. -Eu conversei com Jane Luppets e ela disse que joga desde os seis anos, e olha que ela é da Lufa-Lufa!

-E daí? Ela não é uma Weasley. –retrucou Tiago. –Pode ter jogado desde que aprendeu a montar em uma vassoura, mas nunca terá o talento Weasley...

-Ai, será que todos vocês Weasley são convencidos ou é só você, Tiago? –perguntou Patrícia irritada.

-Não, sou só eu mesmo. É exclusividade do grande Tiago Sirius Potter. –gabou-se Tiago. Patrícia sentou-se e murmurou alguma coisa como “por que você não é como o Alvo?”. –Porque não! Algum problema comigo? Acho bom que não tenha, senão...

-Senão o quê? –perguntou Patrícia levantando-se. Ela era tão alta que chegava a ser do tamanho de Tiago.

-Não bato em meninas... –murmurou Tiago sentando-se ao lado de Alvo. –E o que houve com você? –perguntou ao olhar melhor para o irmão. –Al, você está branco como o leite! Pelas barbas de Merlin, alguém aqui traz um médico! Meu irmão, O Escolhido, está passando mal!

-Eu estou bem! –disse Alvo.

-Ah, que susto! –disse Tiago colocando a mão no coração. –Cara, eu quase enfartei! Não faça mais isso, Alvinho! Papai me deixou no comando, então, não abuse desse coração coruja que o seu irmão tem...

Seguiu-se uma trilha de risadas dentro do vestiário, o que resultou em uma visitinha da Prof.ª Claepwack.

-Meus queridos jogadores! –disse a bruxinha atarracada, entrando no vestiário. –Vocês já viram quantos alunos estão lá? Tem mais de vinte alunos!

-Aposto que não chegam nem à dez... –murmurou Tiago.

-... E é necessário que o capitão do time esteja lá para recebe-los, ouviu Potter? –disse a Prof.ª Claepwack à Pedro.

-Sou o Pedro, professora. –corrigiu o capitão.

-Ah, claro que é... Agora vá, Paulo, tenho que...

-Pedro, professora! –disse o jovem irritado.

-Ah, sim, pode ir indo! Pretendo dar uma palavrinha com o resto do time...

-Ah, pode parar aí, Paulo! –gritou Tiago. –Ouviu a professora, ela disse para Potter, o capitão, ir lá!

-Eu sou o capitão, Potter! –vociferou Pedro, voltando.

-Psiu! –disse Tiago tampando a boca de Pedro. –Não discuta, Paulo! Ouviu a professora...

E foi embora após terminar a frase. Pedro olhou incrédulo para a professora.

-Volte aqui, Sr. Potter! –gritou ela.

-Nem pensar! –ouviu-se a voz de Tiago lá de fora.

–Volte ou ganhará um mês de detenção! –berrou a professora.

-Voltando! –disse Tiago, e no segundo seguinte já estava sentado ao lado de Alvo.

Pedro balançou a cabeça e foi embora. O resto do time todo ficou encarando Tiago, que por sua vez, brincava levitando um besouro, distraidamente.

-Muito bem! –disse a Prof.ª Claepwack. -Como a diretora da Grifinória, tenho o dever de informa-los que somos, sem dúvida alguma, a pior Casa em quadribol...

-O QUÊ? –gritou Tiago dando um pulo do banco. –Não perdemos um Campeonato desde que eu cheguei aqui!

-Com exceção do ano passado. –lembrou Charlie. Alvo sentiu certo remorso por isso. Eles perderam vários jogos porque Alvo ficara uma semana no hospital quando deveriam jogar o jogo decisivo. –Se o seu irmão estivesse em campo, talvez tivéssemos ganhado...

-Só que o meu irmão estava lutando com Bob Rondres, seu idiota! –resmungou Tiago.

-Meninos, meninos... Sem alterações! –alertou a professora. –Sabemos que não tivemos um bom ano no ano anterior, mas vamos esquecer...

-Ah, claro! –disse Tiago. –Vamos esquecer que se no ano passado Eduardo e Charlie estivessem cumprindo seu dever, talvez o Al não fosse atingido por um balaço na cabeça e ficado gravemente ferido na ala hospitalar...

-Ah, sim... –disse Claepwack. –Bem, não temos muito tempo... Artilheiros, quero que deem o melhor de si, defendendo todos os gols e...

-Esse é o trabalho do goleiro. –lembrou Marcos Fayel.

-Ah, claro que é, Mateus...

-Marcos. –corrigiu o goleiro.

-Sim, sim... Agora, todos os jogadores façam... Façam o que têm que fazer para ficarem com seus lugares no time!

-Uhú! –exclamou Tiago batendo palmas. –Belo discurso, professora!

Eles se dirigiram para o campo. Tiago estava certo, não havia mais que dez jogadores ali. Alvo pode ver Fred, entre eles, era o menorzinho. Também viu alguém que não gostou muito: Scorpius.

-Ele não desiste nunca... –comentou Tiago. –Espero que não faça o teste para apanhador como no ano passado... Não quero o fazer passar tanta vergonha, quer dizer, até quero...

-Hum... É, aproximem-se, todos! –chamou Pedro. –Eh... Sou Pedro Lepos, sou o capitão do time e... Nossa, este ano tem poucos... Vejamos... Sete testes para batedor, um para goleiro e um para apanhador...

Alvo sentiu um grande alívio. Não havia nenhum teste para artilheiro! Nenhum!

-Eh, bem... Vamos começar com os batedores, então... Peço que venham até aqui: Fred Weasley...

-É ISSO AÍ! VAI, FRED! –berrou Tiago. Pedro lhe lançou um olhar de censura, Tiago retribuiu com uma careta.

-Scorpius Malfoy...

-JÁ PERDEU! JÁ PERDEU! –berrou Tiago. Pedro o olhou e fez um sinal para que ele se calasse, Tiago fez um gesto com as mãos na boca, como se estivesse fechando a boca com uma chave invisível.

-William Rowdint, Gabriela Guêve, Brendom Pernon, Andrew Vesquis e Mattew Stuck... Os mesmos do ano passado, com exceção do Matt...

-MATT! É ISSO AÍ, MATT! –berrou Tiago. Pedro se virou para ele. –Não irá se se repetir, Pedro, te dou minha palavra!

-Vamos lá! Montem as vassouras. Vocês estão vendo aqueles cinco fantoches ali? O trabalho de vocês é fazer com que eles não se machuquem muito...

-Mas são fantoches! –interrompeu Tiago.

-OK, o trabalho de vocês é fazer com que eles não sejam muito atingidos, então... E, claro, precisam rebater o maior número de balaços possíveis...

Alvo lembrava bem de quando ele fizera o teste. Ficara um pouco surpreso já que não eram apenas dois balaços como nos jogos, e sim vários.

Os candidatos a batedores montaram as vassouras e sobrevoaram até os bonecos de palha. Havia cinco bonecos de palha para defender, e cinco canhões para atirarem balaços contra eles. Alvo viu Fred, que era sem dúvida alguma o menor de todos, encarar firmemente os canhões, depois acenar descontraído para Tiago.

-Prontos? Tempories Balotes!

Os balaços começaram a sair em disparada. Os jogadores lá no alto, não paravam de voar para lá e para cá para defenderem aos bonecos e a si mesmos. Fred já havia começado a rebater, e era de longe o melhorzinho. Um fiapo azul irrompeu da varinha de Pedro, formando vários números pequeninos à sua frente. Alvo não reparara neles no ano anterior, pois estava muito preocupado com os balaços, mas deviam ser eles quem controlavam o número de balaços rebatidos e os bonecos atingidos.

Os balaços não estavam sendo amigos. Não davam aos jogadores sequer tempo de respirar. Os melhores batedores estavam sendo Fred e (Alvo engoliu em seco ao ver aquilo) Scorpius. Os outros mal rebatiam os balaços, apenas fugiam. Matt não era um dos melhores jogadores, também não estava rebatendo muitos balaços. Alvo não pode o culpar, lembrava bem de como era ruim fazer o teste...

-Finite! –ordenou Pedro, e os balaços pararam de atacar os jogadores, que deram longos suspiros de alívio. –Eh, bem... Muito bem, vamos ao teste para goleiro... Pode vir aqui Marcos e... Daniella Crater.

-Daniella fará o teste? –exclamou Tiago, que carregava Fred nas costas. –Seria legal se ela passasse...

-Fale por você... –resmungou Matt.

Daniella passou por eles, deu um “parabéns” a Fred e apontou a língua para Matt.

-O teste será assim: Alvo e Patrícia tentarão marcar um gol em cada goleiro. Fica com a vaga aquele que defender mais goles, vocês têm cinco tentativas.

Marcos foi primeiro. Ele se posicionou no meio dos três aros. Patrícia e Alvo ficaram à sua frente. Patrícia pegou a goles e, após olhar fixamente para o aro esquerdo durante cinco minutos, jogou-a no direito e marcou o gol. Alvo foi o próximo. Tentou tocar a bola no aro do meio, mas Marcos defendeu, como as outras três seguintes.

Já com Daniella foi diferente. Ela defendeu apenas um gol, o quinto de Alvo. Matt deu um pulo para cima da garota quando ela desceu:

-É, parece que você não joga tão bem, não é Daniella? –disse passando o braço por cima do ombro da amiga, que mal podia o olhar de tanta raiva.

-Agora os testes para apanhador...

-Ôpa! –exclamou Tiago. –É comigo! Quem é o perdedor que quer me enfrentar?

-Sou eu! –disse uma voz. –Alice Longbottom.

-Alice? –repetiu Tiago surpreso.

-Admirado, Potter? –perguntou a garota sorrindo.

-Claro. –respondeu Tiago, dando o seu tão conhecido sorriso maroto. –Ainda não sei como é que todo ano você é uma das escolhidas para fazer o teste, mas deve ter lá suas vantagens ser a filha do diretor... E ah, pra você é Tiago, ou presidente, se preferir...

-Presidente do quê? –perguntou Alice.

-Dos Marotos, pequena gafanhoto. –respondeu Tiago com um ar que, por alguma razão, fez Alvo lembrar-se de Dumbledore. –Já se esqueceu, foi? Eu, como o presidente, tenho o dever de te lembrar que fazemos parte de um...

-Time de Quadribol. –completou Pedro. –E, portanto, temos que fazer o teste para saber se teremos uma nova apanhadora ou não.

-Ah, mas é lógico que não! –disse Tiago, espantando uma mosca invisível com a mão. –Seria o mesmo que querer saber se vamos achar alguém mais famoso que o meu pai e os Potter...

-Ah, claro! Não pode se conter, não é Potter? –disse Scorpius. –Você adora essa fama...

-Como você é esperto! –disse Tiago. –Eu adoro mesmo! Mas não pedi sua opinião, então fica na tua, ô cara pálida!

-Voltando ao teste, Tiago... –disse Pedro. –Montem às vassouras, por favor... O pomo de ouro será solto e quem acha-lo primeiro fica com a vaga no time, certo? Quando eu contar três. Um... Dois... Três!

Alvo viu Tiago sair voando em uma velocidade incrível. Já Alice continuava no chão.

-Hã? Já é pra voar? Ah, tá bem! –disse e, só então levantou voo.

Tiago deu uma gostosa gargalhada que deu para se ouvir lá de onde Alvo estava. A vassoura de Alice, uma Nimbus 2023, não era nada comparada à Firebolt 215 de Tiago. Sem falar que agora sem os balaços, Tiago podia prestar atenção no sensor de pomo que vinha acoplado à vassoura, cuja função era apitar e ascender uma luz vermelha sempre que o pomo passava por ele.

Foi em menos de cinco minutos em campo que Tiago conseguiu apanhar o pomo. Alice, que estava sobrevoando a outra extremidade do estádio, ainda nem havia visto que ela estava voando sozinha.

-Alice, sua surda! –berrou Tiago. –Eu já capturei o pomo faz séculos e você continua aí!

-Já capturou? –perguntou ela, aterrissando.

-Que foi? Estava duvidando disso? –perguntou Tiago. –Alice, Alice... Mesmo você sendo uma jogadora bem... Diferente... Não tem chances com o grande Tiago Sirius Potter...

-Então é isso? –disse Pedro, fazendo as últimas anotações. –Bem, já tenho o resultando... Todos os nossos jogadores serão os mesmos que os do ano passado, com exceção dos batedores que serão... Fred Weasley...

-UHÚ! EU SABIA, FRED! BATE AQUI, GAROTO! –gritou Tiago dando pulos com Fred nas costas.

-E... Scorpius Malfoy!

-O Quê? –exclamaram Tiago, Fred, Carlos, Alvo e Matt.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Alguém pensou no Malfoy?? Reviews e recomendações são aceitas por mim ú.ú