Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 20
Um refúgio?


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, tudo bem, agora que todos vocês estão com vontade de matar o Tiago, eu digo que isso foi por uma boa razão. Até porque, apesar de eu amar my house Grifinória, eu não gosto que os mocinhos sempre se deem bem na história, acho que é por isso que eu não gosto do Harry, ele sempre sai vivo '-'
E também, convenhamos, a Corvinal é a segunda melhor casa de Hogwarts, por favor né...
Tá, agora já começa aquela correria toda, e a aventura de verdade se inicia aqui, então let's read!



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Tiago Sirius Potter ainda estava parado olhando para o ponto em que o pomo de ouro fora capturado. Alvo montou novamente à vassoura e voou até o irmão.

-Vamos? –perguntou. Tiago se virou. Seus olhos estavam apertados, o que Alvo associava ao mais perto que ele chegava de chorar. Ele concordou e os dois desceram ao chão.

Nenhum dos jogadores disse nem uma palavra a caminho do vestiário, embora Alvo tivesse certeza de que tivessem trocando olhares furtivos às suas costas.

Todos ficaram pelo menos cinco minutos sem falar, até que Patrícia tomou a iniciativa.

-Então é isso, não é? Acabou...

Alguns concordaram com a cabeça, mas o silêncio reinou no vestiário novamente.

-Por que não a derrubou? –perguntou Scorpius de repente.

Tiago encarou Scorpius, abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.

-Diferente de você, Malfoy, meu irmão não bate em meninas. –respondeu Alvo. Não sentia raiva do irmão, pelo contrário, o admirava ainda mais.

Scorpius revirou os olhos.

-Nunca bati na Weasley. –retrucou Malfoy, depois voltou-se para Tiago. –Era só um jogo. Ela sabia do perigo que estava correndo. Você já deve tê-la derrubado uma vez, não?

-Não. –respondeu Fred. –Ele sempre ganhava por que chegava primeiro, nunca a derrubou.

Scorpius fez cara feia e o silêncio reinou mais uma vez.

Pedro andou de lá para cá várias vezes antes de falar.

-Esse jogo foi...

-Uma vergonha. –completou Malfoy.

-Talvez se você derrubasse alguém da vassoura, poderia ser menos vergonhoso. –desdenhou Alvo.

-Eu quebrei o queixo do Payell! –defendeu-se Scorpius.

-Nossa, foi uma grande coisa mesmo, tanto que ele voltou cinco minutos depois, não foi? –respondeu Alvo.

-Cale a boca, Potter!

-Dá para os dois calarem a boca?! –gritou Pedro. Suas mãos tremiam, juntamente com uma veia saltada em sua testa. – Já não foi ruim o bastante o que aconteceu hoje? Escutem aqui, não seria verdade se eu dissesse que não treinamos o bastante, porque passamos mais tempo nesse estádio do que todas as Casas! O único problema é que...

-O Potter quis bancar o cavalheiro e não quis derrubar a Anderson! –Fayel praticamente gritou.

-É porque eu não sou um brutamonte feito você! –Tiago finalmente se defendera.

Novo silêncio. Tiago e Marcos se encararam, mas como Alvo já esperava, o goleiro logo sentou-se, afinal, não era louco para fazer algo mais contra Tiago Sirius Potter.

-Então é isso... –disse Pedro, as mãos na cintura. –Espero... Espero ver todos vocês no time ano que vem.

E foi embora. Um a um, os outros jogadores foram fazendo o mesmo. Patrícia deu um tapinha solidário nas costas de Tiago antes de sair.

O vestiário foi se esvaziando até sobrarem apenas Fred, Alvo e Tiago, que estava sentado com a cara apoiada nas mãos. Os dois garotos se entreolharam antes de falarem alguma coisa.

-Sabe, não foi tão ruim assim. –disse Fred.

-Ruim? –repetiu Tiago levantando a cabeça. –Eu fui horrível.

-Você foi nobre. –Alvo corrigiu.

-Fui um idiota, isso sim. –retrucou Tiago. –Fiz a gente perder o Campeonato! Eu nunca perdi o Campeonato!

-Para tudo há uma primeira vez. –lembrou Alvo.

Tiago sacudiu a cabeça e levantou as mãos para o alto.

-Vocês dois não entendem? Eu fiz a gente perder todo o trabalho de um ano de treinamento! Foram noites que passamos montados nessas vassouras perambulando pelo campo para chegar na hora do grande jogo e eu estragar tudo!

-O que você fez foi o certo. –retorquiu Alvo.

-Não apanhar o pomo? –perguntou Tiago, zangado.

-Bom... Isso foi errado, quer dizer, você podia ter continuado, sabe, mas não ter derrubado a Amy. É isso que te faz diferente. E faz parte da sua reputação não bater em meninas, certo? E eu... Eu te admiro por isso. –respondeu Alvo.

Tiago olhou desconfiado para o irmão, como se ele tivesse dito algo muito suspeito, depois baixou os olhos. Não parecia muito convencido de que o que ele fizera fora certo, e Alvo o entendia. Lembrou-se de quando um menininho de sua escola quisera brigar com ele por causa que Alvo fizera, sem querer, a cadeira que ele ia sentar desaparecer.

-O que você fez foi o certo. –a mãe o consolou quando ele chegou em casa.

-Mas ele ficou me chamando de covarde. Tiago disse que eu devia ter topado a luta. –ele respondeu, e a mãe lançou um olhar zangado ao filho mais velho.

-Será que podem me deixar sozinho? –perguntou Tiago, apontando para o Mapa que acabara de tirar do bolso. Ele sempre gostava de ficar olhando as pessoas pelo Mapa quando estava zangado ou chateado, o ajudava a pensar nos outros, e não nele e seus problemas.

Alvo e Fred concordaram e saíram. Demorou para Alvo perceber que havia alguma coisa errada acontecendo. Não havia sequer uma pessoa nas arquibancadas ou no estádio. O campo estava completamente vazio, assim como os jardins da escola. O que era muito estranho visto que era dia de jogo, ainda mais sendo um final de Temporada. As pessoas deviam estar gritando pelos jardins e comemorando a vitória da Corvinal. Mas antes que ele pudesse pensar em mais alguma coisa, viu uma pessoa correndo em sua direção.

-MENINOS! MENINOS! –berrou Clodeck, o Auror, ofegante. –Aí estão vocês... Precisam ir... Para o castelo... Rondres... Aqui...

-Bob Rondres está aqui? –exclamou Fred.

Clodeck fez uma careta e confirmou. Uma sensação estranha perpassou o corpo de Alvo. Bob Rondres estava aqui, tão perto dele, seria esse o seu fim? Como o bruxo conseguira passar pelos Aurores? Várias perguntas surgiam na cabeça do garoto, mas antes que ele pudesse as fazer para Clodeck, o Auror o agarrou com a mesma rapidez com que viera até eles.

-Espera! –Alvo gritou.

-Não temos tempo! –resmungou Clodeck, lutando para arrastar os dois meninos.

-Mas o meu irmão! Ele está no vestiário! –disse Alvo, tentando se desvencilhar.

-Seu irmão ficará seguro. –Clodeck respondeu, olhando para os lados. –É você que ele quer.

Alvo e Fred foram o caminho todo até o castelo tentando se soltar dos braços de Clodeck, mas o Auror insistia em arrastá-los. Será que ele não entendia que para Bob Rondres não fazia diferença se a pessoa era ou não o Escolhido pela Profecia? Tiago corria tanto perigo quanto Alvo, afinal, os dois eram filhos de Harry Potter, de quem Rondres sentia um profundo ódio por ter acabado com seu mestre.

-Meu irmão! Você tem que busca-lo! –Alvo gritou.

-Escuta aqui, Potter! –Clodeck se zangou e empurrou Alvo contra a parede. –Seu irmão ficará bem, temos que nos preocupar é com você, entendeu?

Alvo e o Auror se encararam por um tempo.

- Onde está o meu pai? –Alvo perguntou, preocupado.

-Ele está bem. –respondeu Clodeck, mais calmo. –Está com os outros alunos no Salão Principal. Agora precisamos encontrar um refúgio.

-Um refúgio? –repetiram Fred e Alvo juntos.

-É, um refúgio. –confirmou Clodeck, olhando para os lados outra vez, como se esperasse que Bob Rondres fosse saltar de um arbusto e ataca-los. –Você não pode ficar com os outros alunos. Os colocaria em perigo.

-Ótimo, então eu vou indo. –disse Fred, mas antes que ele pudesse dar o primeiro passo, Clodeck o agarrou pelo ombro.

-Você vem comigo. É... Perigoso andar por aí.

Alvo trocou um último olhar com Fred e ele teve certeza de que o primo também gostaria de poder avisar Tiago.

Clodeck os levou para o Saguão de Entrada e depois praticamente correu com os dois para a escadaria de mármore.

O caminho todo, Alvo sentiu uma estranha sensação no estômago, seu coração batia forte, parecia que havia voltado no tempo um ano atrás e estava andando pela Floresta Proibida com Carlos e Rosa à procura do Túnel.

Em todo o lugar que paravam, o Auror dava uma espiada em cada canto dos corredores. Isso fazia o medo de Alvo aumentar.

Eles deram voltas e mais voltas pelos corredores até chegarem a um conhecido corredor, em frente a tapeçaria de Barnabas, o Amalucado.

-O que estamos fazendo aqui? –perguntou Alvo,

-É, achei que íamos procurar um refúgio. –disse Fred. –A Sala Precisa não vai deter Rondres, vai?

Mas Clodeck não respondeu. Andava de um lado para o outro. Na terceira vez que ele foi e voltou, apareceu uma porta gigante na parede. Clodeck abriu-a, olhou para os lados e, parecendo atordoado, fez sinal para os dois entrarem.

Alvo e Fred trocaram olhares antes de, juntos, atravessarem o arco. A primeira coisa que Alvo viu foi que já havia alguém na sala.


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Notas finais do capítulo

Oh my Merlim, agora a casa caiu!!! Quem vocês acham que está na sala??? Eu sei que ficou pequeninho, mas todos esses ficam porque se eu juntasse todos ia ficar um baita capítulo e daí não dá né... Happy Mother's day pra vocês e good week *--*