Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 19
Para tudo uma primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Oiii, pessoinhas!!! Então, eis aqui o capítulo que decide o futuro da Grifinória. A maioria de vocês disse que o Tiago não seria tão bobo de perder o jogo por causa da Amy, alguns ficaram em duvida, mas vamos ver... Ele é meio pequeninho, mas todos esses últimos são... Leiam e me digam se acertaram ;D



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Tiago tentava não demonstrar, mas Alvo que o conhecia sabia muito bem que o irmão estava sofrendo uma crise interior.

Em geral, Tiago nunca teve problemas em jogar contra Amy, mas os dois nunca disputaram um jogo decisivo como este. Corvinal estava tão desesperada pelos trezentos pontos quanto Grifinória.

-Ele está nervoso. –comentou Rosa, observando Tiago, enquanto fazia o dever de casa na Sala Comunal da Grifinória, -Deve estar com medo de ganhar a partida e perder todas as chances que tem com a Amy.

-Não que ele tenha muitas. –lembrou Alvo.

Na noite que antecedia o jogo, Pedro estava uma pilha de nervos. Ora gritava com todo o mundo, ora só faltava dar comida na boca dos jogadores.

-WEASLEY! –berrou ele. Fred apenas fez um sinal com a cabeça para mostrar que estava ouvindo. –Cuidado com o braço do bastão! Quero ele perfeito para amanhã. Potter!

-Sim? –respondeu Alvo.

-Não, o outro Potter. –Tiago se virou mal-humorado. – Nenhuma detenção, espero?

-Tudo OK. –confirmou Tiago.

-Fayel, coma alguma coisa, você está muito pálido.

Na mesa da Corvinal, porém, as coisas estavam bem diferentes. Heloise Hewen, a capitã do time, era toda sorrisos com seus jogadores. Wood, o monitor, estava de cara feia, provavelmente porque havia se lembrado – como sempre se lembrava nas épocas de jogos – que não conseguira uma vaga no time. Amy não parava de ganhar “boa-sorte” dos colegas de time e de Casa.

-O que é que o Eduardo Sedores quer cumprimentando a Amy? –perguntou Tiago, enciumado. –Ele é da Grifinória.

-Por que será tenho a sensação de que o Tiago não está bravo porque o Sedores é da Grifinória? –Alvo comentou com Carlos e Rosa.

Antes de dormir foi que Alvo percebeu o quanto estava nervoso. E se ele levasse um balaço e desmaiasse como no ano anterior? Não, disse com firmeza a si mesmo, Fred é um bom batedor e não o deixaria na mão. Mas mesmo com esse pensamento, Alvo desejou que ainda fosse fevereiro.

A manhã seguinte estava tão azul quanto os olhos de Rosa, que brilhavam de alegria enquanto ela corria animada e apontava para a janela.

-Tem sol! Condições perfeitas para o quadribol!

Rosa até parecia ser do time.

Carlos se ofereceu para segurar a vassoura de Alvo (“Você não pode fazer esforços hoje!”), o que rendeu uma boa discussão com Jordan e Dennis (“Agora é minha vez!”).

Alvo quase levou um soco de Pedro quando disse que se sentia muito enjoado para comer (“E correr o risco de desmaiar no meio do jogo?!”).

O Salão Principal estava muito agitado, e as pessoas não ajudavam nada dizendo coisas como “eu sei que você consegue” e “estamos contando com você”. Será que elas não percebiam que isso só piorava as coisas? Agora, se ele errasse, ia sentir-se pior ainda...

Antes do jogo, o time sempre se reunia no vestiário para terem um discurso de Pedro. Dessa vez, porém, quem iria dar uma palavrinha aos jogadores eram Harry e tio Rony, que Tiago praticamente obrigara.

-Têm certeza que a Prof.ª Claepwack permitiu que a gente viesse? –perguntou Harry.

-Claro, pai. –respondeu Tiago.

Harry voltou os olhos para Alvo, como se a palavra de Tiago não fosse o bastante. O garoto encolheu os ombros.

-Ela não devia. –disse Scorpius de repente. –Meu pai é o único que entra no vestiário da Sonserina sem pertencer ao time.

-Isso é porque seu pai é um grande...

-Tiago... –alertou Harry.

Tiago se calou, o que fez Scorpius dar um sorrisinho maldoso.

-Sabe, pai... –tornou Tiago – Talvez você precise dar umas dicas sobre os batedores, um dos nossos está realmente precisando.

Tiago não perdia a oportunidade de queimar Scorpius, talvez isso o ajudasse a ficar menos nervoso.

Pedro não parava de concordar com o que Harry dizia, provavelmente para mostrar que era um bom jogador, o que fez Alvo se lembrar de Rosa nas férias de Natal.

-Bom, o apanhador não deve se distrair com o que os outros jogadores estão fazendo. –ia dizendo Harry.

-É. –concordou Pedro. –Ouviu isso, Tiago? Olhos no pomo.

-E os goleiros? –perguntou Marcos ansioso.

-Ah, eles precisam ficar sempre atentos aos artilheiros, o básico, sabe? E, principalmente, se um deles for o capitão, os capitães do time sempre têm as melhores jogadas. –respondeu tio Rony.

-Mais alguma dica, Harry? –perguntou Marcos.

-Eh, bom, eu nunca fui goleiro, sabe, acho que o Rony...

-Ah... Sim... –respondeu Marcos, parecendo um pouco desapontado, mas não perguntou nada a tio Rony.

-Alguma pergunta? –perguntou tio Rony animado, mas ninguém disse nada.

Scorpius soltou um muxoxo.

-Não precisamos de um Fayel é Nosso Rei, não é? –disse o garoto, rindo maldosamente.

Tiago e Alvo se levantaram imediatamente e Scorpius se mexeu ligeiramente no banco onde estava.

-Escuta aqui, Malfoy. – disse Tiago. – Caso seu pai não tenha lhe contado essa parte, Grifinória venceu o Campeonato daquele ano.

-É, o primeiro jogo que ganharam. –desdenhou Malfoy.

-Então deram sorte, não foi? – falou Alvo. –Porque esse único jogo lhes rendeu a vitória.

-Meninos... –alertou Harry.

Dez minutos depois, os jogadores da Grifinória estavam preparados para entrar em campo. Eram um time gozado, Alvo pensou. Dois batedores que tinham tamanho e porte de apanhadores; um apanhador com o porte de batedor e que estava com medo de ganhar o jogo; um goleiro distraído que se intimidava com o apanhador; e três artilheiros, sendo que um deles não parava de gritar com os outros em meio ao jogo.

As portas se abriram. Os sete jogadores saíram voando pelo estádio enquanto os grifinórios explodiam em aplausos nas arquibancadas.

A Prof.ª Filepów já estava esperando lá embaixo com os jogadores da Corvinal quando Pedro e os outros aterrissaram.

Alvo olhou de esguelha para o irmão e viu-o dando um largo sorriso para Amy, que não foi retribuído.

-Um jogo limpo, garotos. Três... Dois... Um!

“E o jogo começa!”, irradiou Guto Rendrow. “A goles é lançada e Potter está com ela, de Potter vai para Kentill que faz uma linda jogada para Lepos”

-Ela está louca? –gritava Rosa da arquibancada. –Ela devia ter passado de volta para o Al, o Pedro está cercado!

Dito e feito. No momento em que Patrícia lançou a bola para Pedro, o artilheiro da Corvinal, Ernesto Payell, um menino da idade de Alvo, o bloqueou pelas costas.

-Desde quando você sabe tanto sobre quadribol? –perguntou Carlos assombrado.

-O seu pai não gosta muito de quadribol, não é? –perguntou Rosa. Carlos confirmou desapontado. – Foi o que eu pensei...

Os dois voltaram os olhos para o jogo. Alvo já havia marcado dois gols; Fred derrubara um artilheiro da vassoura e Scorpius quebrara o queixo de outro; Marcos fizera uma defesa espetacular; e Tiago... Bem, Tiago ainda estava circulando o estádio em busca do pomo e de vez em quando tentava bater um papinho com Anderson, quando se cruzavam (“Faz parte da minha estratégia de jogo”, justificava ele quando Pedro, muito irritado, perguntou o que ele estava fazendo). Mas Tiago sabia que não podia capturar o pomo até terem cento e cinquenta pontos, o que já foi resolvido pelo próprio Alvo uns minutos mais tarde.

“E Pedro Lepos com a posse da goles – Kentill – Potter – e de novo para Kentill e... Ah, que azar! Kentill leva um balaço no braço e perde a goles para Payell, que faz uma jogada dupla com Naffi, mas Potter rouba a bola de Naffi e se aproxima dos aros. Vamos lá Potter...  Eeeeee... GOL! Ponto para Grifinória que consegue o empate do jogo com cento e cinquenta pontos!

A torcida vermelha e dourada explodiu em vivas e em coros de “Potter! Potter”.

“... Ele viu o pomo?”, as palavras de Guto tiveram um efeito paralisante nos torcedores.

Tiago, que há menos de um minuto atrás estava agradecendo os “Potter! Potter” na maior cara-de-pau, agora deu uma repentina guinada na Firebolt 215 e Amy o seguiu.

De repente, todos os jogadores pararam de jogar e as pessoas nas arquibancadas prenderam a respiração.

Era agora ou nunca. Alvo até podia ver o brilhinho dourado voando a toda velocidade pouco a frente do seu irmão.

Tiago e Amy estavam voando lado a lado agora. Esticaram a mão...

-Derrube-a! –berrou Pedro. –Derrube-a da vassoura!

Amy olhou de esguelha para Tiago, a bolinha estava a centímetros de sua mão... Mas Tiago não a derrubou. Pelo contrário, baixou a mão e então Amy conseguiu apanhar o pomo de ouro.

Metade da arquibancada explodiu em vivas e aplausos, mas Alvo nem os outros jogadores da Grifinória podiam ouvir aquilo.

Perderam. Estavam quase lá. Se Tiago tivesse empurrado Amy, seriam eles que estariam erguendo a Taça de Quadribol lá embaixo agora, e não os jogadores da Corvinal.

Por um instante, todos os jogadores da Grifinória ficaram paralisados, depois, um a um, eles foram descendo ao chão, até que só restou um único jogador ainda montando na vassoura.


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Notas finais do capítulo

TIAGO, NÃÃÃÃO!
Bom, foi isso... Acabou para a Grifinória... Alguém aí acertou???