Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 18
Bons jogadores ou boa jogadora?


Notas iniciais do capítulo

Owwwwwnnnnnn, gente!!! Quase tive um ataque do coração quando abri a minha conta e tinha mais uma recomendação!!! MAIS UMA!!! Oh, Merlim, estou conjurando Patronos aqui *--------------------*
Sério, Ana Marisa Potter, esse capítulo é dedicado a você que recomendou a fic, e leitores fantasmas que leem e não dão a cara também recomendem, viu??

Este capítulo realmente é duro... Ah, e sorry pelo atraso, semana de prova lá na escola eu nem me lembrei que tinha uma fanfic à atualizar kkkkk
Sério, sinto pena do Tiago... Sinto pena da Grifinória... O futuro deles é tão incerto... Mas tá, né, não vou falar mais, aí vai...



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Parece que agora Tiago estava realmente decidido a fazer os sonserinos pagarem pelo que fizeram, ele só não contava era com Draco e Chollobull. Aparentemente, Scorpius deixara escapar para o pai que Tiago estava querendo lhe dar uma boa surra. E Chollobull, que continuava achando Scorpius um menino gentil e educado, ficou com pena e avisou para Harry que seus filhos talvez estivessem tramando uma vingança para o pobre menino Malfoy. Agora, por todo o lugar que ia, Tiago era seguido de perto por seu pai e por Draco.

Harry não era uma má companhia para Tiago que gostava de ser o centro das atenções, afinal, ele estava andando com ninguém menos que Harry Potter. Draco que era o problema (“E pensar que até o ano passado havia um professor decente ensinando a matéria!”, ele se queixava para Alvo, Carlos e Rosa). Ele nunca gostara de Tiago, na verdade, nunca gostara de Harry Potter e, consequentemente, de seus filhos, ainda mais levando em conta que Tiago era bem atrevido, o que fazia o professor o odiar ainda mais. Alvo também conquistara seu ódio logo que entrara para Hogwarts, graças a Scorpius.

Mas Alvo achava até divertindo ver Tiago tentando se controlar. O bom era que Draco não podia fazer nada com Harry e tio Rony por perto, pois tio Rony já deixara bem claro que não se importava de dar uma boa lição em Draco no ano anterior.

Tiago, que tinha esperanças de que seu pai e o professor o deixassem andar sozinho depois de um tempo, começou a ficar muito mal-humorado com os dois na sua cola (“E Draco tirou cinco pontos da Grifinória por me pegar fazendo cara feia para o rato do filho dele! E já ia me dar uma detenção se o Denóires não tivesse chegado bem na hora!”).

  Felizmente, Tiago conseguira reunir os Marotos na Sala Incendiada (que mais tarde Rosa descobriu se chamar Sala Precisa –“Era óbvio! Já li sobre ela... Como não me liguei que era a mesma?”) para tramarem ótimos planos de vingança contra os Sonserinos. O que, na verdade, nunca trazia resultados, pois ficavam o tempo todo rindo.

-Então, para começar, acho que devíamos ter nomes como os dos primeiros Marotos, sabe? –ia dizendo Tiago, enquanto andava pela sala. –Por exemplo... Eu podia ser o Ponfadinhas e...

-Ponfadinhas? –repetiu Rosa. –Que diabo de apelido é esse?

Tiago revirou os olhos.

-Ponfadinhas, uma mistura de Pontas com Almofadinhas, entenderam? Tiago e Sirius. O que acharam?

Todos se olharam, mas ninguém respondeu.

-É... Meio... Hum... Ridículo. –disse Alvo, rindo.

-Ah, cala a boca, Ranhoso! –xingou Tiago.

Alvo ergueu a sobrancelha.

-Ranhoso? –repetiu.

-Puxa, vocês estão desinformados, hein? Ranhoso, Al, o apelido do Snape. Prefere isso ou Velho Barbudo?

-Prefiro “Al”. –respondeu o irmão.

Tiago levantou as mãos para o alto, impaciente.

-Só porque você não tem um apelido tão legal quanto o meu! –disse, irritado. –Mas é a vida, maninho, nem todos tem a sorte de ter os nomes dos dois maiores marotos, não desmerecendo o Lupin, é claro... Mas a culpa não é minha se Severo Snape era chamado de Ranhoso quando estudava, é a verdade, Al, viva com ela...

-E desde quando você sabe tanto assim sobre os Marotos? –perguntou Alvo, tentando mudar de assunto.

-Tive uma ajudinha do Aluado e do Teddy.

Depois de um ou dois encontros dos Marotos, eles estavam realmente tendo ideias boas, o único problema é que Clodeck começou a vigiar aquele corredor dia e noite.

-Ah, papai deve estar achando que o Rondres deu um jeito de entrar no castelo e está escondido na Sala Precisa, tomando chá com um bando de Comensais da Morte. –irritou-se Tiago.

-Eles não poderiam tomar chá, Tiago. –disse Rosa, sensata. –A Sala Precisa não pode conseguir comida. É uma das Cinco Exceções da Lei de Gamp.

Com o Auror plantado naquele corredor dia e noite, os garotos tiveram que desistir dos planos contra a Sonserina, e então o aborrecimento de Tiago logo voltou e a única coisa que o fazia dar uma melhorada era ficar observando as pessoas pelo Mapa do Maroto, como costumava fazer quando estava aborrecido ou chateado.

Outro que não estava com um humor nada bom era Pedro Lepos. Como o fim do Campeonato de Quadribol estava chegando, ele redobrou os treinos do time, o que os deixava com somente os fins de semana de folga, isso quando não havia jogos. E por falar em jogos, a Grifinória estava em um ano de azar neste ponto. Tiago conseguiu quebrar a mão um dia antes do jogo contra Lufa-Lufa, o que resultou em várias piadinhas dos sonserinos sobre Tiago ter feito isso de propósito por estar com medo de jogar. Tiago tentou aguentar o máximo que pode, mas não aguentou quando Scorpius Malfoy o chamou de covarde e partiu para cima dele.

Acabou que Tiago não pode participar de dois jogos. Um por que Madame Pomfrey o proibiu dizendo que sua mão não devia fazer esforços por pelo menos dois dias. O outro, Tiago estava ocupado cumprindo detenção com Draco, que vira o garoto bem na hora que estava partindo para cima de seu filho, e fizera questão de marcar a detenção no mesmo dia do jogo.

O substituto de Tiago, um tal de Augusto Mc Laggen do terceiro ano, não era um jogador muito ruim, o problema era que ele era muito metido (“É coisa de família...” disse Harry). Dizia a o todos que estavam jogando errado e, embora Alvo tivesse se sentido muito tentado a dar um bom soco em Mc Laggen, Fred foi o único que realmente fizera alguma coisa.

-Malfoy, arremessa esse balaço! –gritava Pedro no meio do treino. –Potter, olhos no pomo! Weasley... O que você está...?

Fred, que até alguns minutos atrás estava tendo uma discussão com Mc Laggen sobre como segurar o bastão, agora atirara o balaço direto na cara do apanhador. O balaço atingiu em cheio o nariz de Augusto e, com um barulho de osso quebrado, começou a jorrar sangue.

-Weasley, não! Ah, meu Deus, alguém quer, por favor, levar o Mc Laggen para a enfermaria?

Fred acabou perdendo cinco pontos para a Grifinória, mas Alvo achou que foi por uma boa causa.

Fevereiro passou muito rápido. Quando viram já havia chegado março e Hagrid já não era mais visto retirando a neve das entradas da escola, pois o sol já tratara de derreter toda a geleira, embora ainda continuasse bastante frio. Logo, eles estariam treinando em um dia ensolarado de primavera.

Graças a Deus Tiago voltara ao time a tempo do jogo decisivo, pois ninguém mais aguentava seu mau-humor, muito menos um apanhador feito Mc Laggen.

Embora não fosse mais o time, o jogador substituto continuava aparecendo pelos treinos, e foi preciso que a Prof.ª Claepwack desse uma dura nele. O que foi algo bom para ele mesmo, pois Tiago já estava até os olhos de receber “conselhos” de um garoto menor que ele.

Todos estavam muito felizes com a volta de Tiago, até mesmo Pedro, embora parecesse muito zangado ao dar um sermão no time:

-Não podemos nos dar ao luxo de perder esse jogo! Precisamos conseguir no mínimo trezentos pontos se quisermos ganhar a Taça! Sabemos que simplesmente não dá para aguentar a Sonserina zombando da gente, e temos um mês até calar a boca deles. Por isso, vamos treinar até mais tarde e, por favor, não me arrumem detenções no dia do jogo.

Seu olhar recaiu sobre Tiago que imediatamente se defendeu:

-É, talvez se tivéssemos um bom capitão poderíamos ter alguma chance maior de ganhar...

-Potter...

Alvo achava que Pedro devia ser uma pessoa muito tolerante para aguentar Tiago. Mas Pedro, com certeza, não ousaria fazer alguma coisa ao garoto, afinal, Tiago tinha o tamanho de um adulto que cresceu demais.

O capitão simplesmente tossiu, virou-se para o quadro e voltou a desenhar esquemas de jogo.

-Contando que haja sol, quero os batedores pelo menos dez metros de distância dele, ok? Vocês dois são pequenos, o que nos dá certa vantagem... Agora... Potter, tenho uma nova tática para nós: você e Patrícia voarão o mais baixo possível do chão, e quando fizerem a marcação deles também descer, quero que me passem a goles, e assim podemos ir revezando, acho que é melhor e mais seguro assim, sua pontaria é boa, podemos usar isso contra os artilheiros deles, e Patrícia tem um bom arremesso, talvez se nós não chegássemos tão perto na hora do gol... É, Patrícia, lembre-se de nunca chegar tão perto dos aros, tenho certeza que a marcação deles estará dobrada lá e... Sim, sim, agora, Marcos, por favor, não se distraia e nem deixe se intimidar pelos xingamentos de Potter, precisaremos do seu melhor, pense que já nos salvou muitas vezes, só precisamos dessa...

Alvo se sentia muito confiante quanto ao jogo decisivo. Seu pai ia assistir, o que dava uma pressão, mas devia ser pior para Tiago que era o apanhador. Mas o irmão de Alvo não parecia nem um pouco nervoso com o fato de que o pai fosse assistir ao jogo. Muito pelo contrário, achava isso um barato. Saíra espalhando para a escola inteira que Harry Potter, o homem que lhe ensinara a jogar quadribol, iria assistir ao jogo decisivo da Grifinória.

Mas, conforme os dias iam passando, uma grande tensão foi se apoderando dos grifinórios. Ninguém mais conseguia se concentrar nas aulas, o que foi um grande alívio para Carlos, que estava tendo dificuldades em algumas matérias.

-Estou muito nervoso por conta do jogo... –dizia ele, todas as vezes que fazia alguma coisa errada.

Scorpius, é claro, sempre dava risinhos de desdém quando o garoto repetia essa frase.

-Não sei, não, Cattér. –disse ele, no intervalo de uma aula de Transfiguração em que Carlos fizera o rato virar um cálice em vez de uma xícara. –Por que os jogadores deviam estar bem mais nervosos, não acha? E Potter... –mas ele fez uma cara horrorizada como se tivesse dito um palavrão. –Eu não transformei o rato num cálice, transformei?

-Vai ver é por que o rato teve medo de ficar olhando mais tempo para sua cara, e resolveu se transformar logo. –respondeu Carlos.

-Cale a boca, Cattér. –retrucou Malfoy, mas foi embora, pois o Prof. Denóires já ia passando por eles.

Alvo também estava voltando a ter pesadelos. E, embora Carlos e Rosa insistissem dizendo que era o nervosismo, ele tinha a estranha sensação de que seus pesadelos eram um sinal de que Bob Rondres estava por perto. O que não mudaria muita coisa, pensou ele, quer dizer, se o bruxo estivesse mesmo por perto, não poderia passar pelos cinquenta Aurores que estavam postados em Hogwarts, seria impossível. Mas mesmo ele repetindo isso várias vezes para si mesmo, ele continuava a acordar toda a noite suando frio e olhando para os cantos escuros, por alguma razão, quando ele estava com medo, qualquer vulto de cortina de noite podia significar um dementador no dormitório ou até mesmo Bob Rondres. O lado bom era que ele não dividia mais o quarto com Tiago, pois lembrava-se muito bem da vez em que teve que dividir o quarto com ele...

-Dementadores! Dementadores! –ele gritou, meio dormindo, meio acordado. –Querem sugar minha felicidade! Eu não quero que eles... Suguem... –e parou olhando para o aposento escuro, dando-se por conta que não estava em um beco escuro de Londres encurralado por um bando de dementadores.

Ele ouviu uma risada e soltou um gemido.

-Seu medroso! –riu Tiago, do outro lado do quarto. –Nem dementadores iriam querer sugar sua felicidade desse jeito!

-Foi um pesadelo. –Alvo tentou explicar. –E parecia muito real. Eu fiquei com medo...

-É mesmo? –debochou o irmão. –Se não me contasse eu juro que nunca saberia...

Acontece que no outro dia, Tiago fez o grande favor de contar para a escola inteira que Alvo acordou de noite aos berros. Mas como Tiago não se contentava com apenas umas risadas, ele deu uma enrolada na história, dizendo que Alvo chorou e gritou pelos pais pedindo por socorro. O pior foi que absolutamente toda a escola pareceu achar a maior graça nisso, e não paravam de chama-lo de bebê chorão (ainda mais do que já chamavam, se é que isso era possível), o que Alvo achou muito injusto, pois tinha apenas oito anos. Mas continuou com o pensamento de que “eles não conhecem dementadores” para animar um pouco sua autoestima.

Mas essa era, afinal, apenas umas das muitas encrencas em que seu irmão o metera e se metera também, pois Gina sempre lhe dava castigos cada vez mais longos. Ele riu no silêncio lembrando o como era divertido quando eles brigavam, embora Alvo sempre ficasse com medo de que o irmão nunca mais voltasse a falar com ele, mas ainda assim era divertido...

Além da tensão, do nervosismo e dos pesadelos, ainda por cima havia a dúvida cruel: com quem iriam jogar?

Alvo torcia para que não fosse contra Sonserina, pois sempre que jogavam contra a Casa, Scorpius jogava ligeiramente mal, e eles realmente precisavam ganhar aquele campeonato, agora era questão de honra! Tinham que jogar contra Lufa-lufa, era a casa em que tinham mais vantagens... Por vezes Alvo pegava-se imaginando ele próprio segurando a Taça... Sendo carregado pelo time... A torcida gritando o seu nome, mesmo que fosse por causa de seu irmão, ele não ligava... Seu pai apertando sua mão... Neville vindo dar-lhe os parabéns... Tiago dizendo a todos que ele realmente era seu irmão... Ele ganhando o mérito por uma coisa que ele mesmo fez, como diria Fred.

-Mas o que você fez foi por seu mérito! –contrapôs Rosa, quando ele contou a ela e a Carlos.

-Não, não foi. –retorquiu ele, já irritado. –Sou famoso pelo que o meu pai fez! Pelos jogos que minha mãe ganhou! Só salvei meu irmão, foi por extinto, qualquer um faria mesmo. E eu não venci o Rondres com um Feitiço ou... Bem, foi só o amor! Qualquer um pode ter o amor, não é?

-Voldemort não tinha. –concluiu Rosa, e voltou a ler seu livro.

Alvo afundou-se na poltrona. Quando era menor, sempre imaginara como seria quando ele entrasse para Hogwarts. Esperava que ele fosse um garoto popular, valente, amigo de todos, alguém legal, alguém como Tiago Sirius Potter. Sim, o irmão sempre fora um exemplo para Alvo... Era famoso pelas coisas que ele próprio fizera. Coisas que realmente fossem dignas de respeito.

Um dia o garoto sonhara em ser apontado pelas ruas onde passava, ser reconhecido, famoso. Era muito estranho, porque hoje que ele era um dos garotos mais populares da escola, e ele não achava isso o máximo. Não era como ele imaginara que seria. Aliás, fora realmente pior. E isso não mudara em nada, por que as pessoas não tinham medo dele. Nem respeito, Scorpius era um exemplo disso. Estava do mesmo jeito que era um ano antes, quando Alvo nunca havia ouvido falar de Bob Rondres. A única diferença era que agora ele sabia e, consequentemente, do pesado fardo que teria de carregar até a hora certa em que seria ele ou Rondres.

Mas ele tentou fingir que, assim como os outros jogadores, sua preocupação era contra quem iriam jogar. Felizmente, essa pergunta foi respondida uma semana antes do jogo.

-Muito bem, contando que não chova...

-Ah, já é a sétima vez que você fala isso! –cortou-o Fred. –Dá pra você dizer com quem é que vamos jogar?

Pedro olhou para cada carinha ansiosa antes de falar.

-Iremos jogar com... Corvinal.

O vestiário inteiro explodiu em vivas. Estavam esperando jogar contra Sonserina, Corvinal seria fichinha.

Alvo parou de bater palmas quando notou que uma pessoa não estava comemorando.

-Está tudo bem? –perguntou ao irmão.

-Vamos jogar contra Corvinal. –respondeu Tiago, mordendo o lábio.

-Eu sei, é ótimo, não é? –perguntou Alvo, feliz.

Tiago sacudiu a cabeça.

-E por que não? –perguntou Pedro que estava ouvindo a conversa.

-Eles têm bons jogadores. –inventou Tiago depressa.

Por um instante, os olhares de Tiago e Alvo se cruzaram e então ele entendeu que o irmão não estava preocupado com os bons jogadores da Casa que iriam jogar, e sim com a boa jogadora. Amy Anderson era a apanhadora da Corvinal. 


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Notas finais do capítulo

Grande dilema o Tiago está sofrendo, tenho pena do coitado! Entre a Amy e a Grifinoria, o que vocês acham que ele escolhe?? Vejam bem, tal pal, tal filho, mas esse daí é mais maroto, apenas...
Ai, ai, ai, o que vocês acham??