Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 17
Guerra Declarada


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal! Eu demorei pra postar, eu sei, eu sei... Mas não reclamem e leiam porque esse é o começo de uma nova era em Hogwarts, até porque sim, o Alvo é uma Horcrux.










(Silêncio enquanto vocês ficam com uma cara de incrédulidade tipo assim *O*)
É mentira,. gente, calma! Ele não é uma Horcrux, não, quer dizer, pode ser e pode não ser, né, eu tô pela teoria da Rosa, mas vai que... Né? Enfim... Good leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318864/chapter/17

A noite de chegada depois das férias passou muito lentamente, graças a Deus. Ficaram praticamente a noite toda conversando e brincando na Sala Comunal da Grifinória.

Rosa não parava de dizer aos garotos que o que estavam fazendo era muito insensato já que tinham aula no outro dia, embora ela própria parecia estar se divertindo muito contando a menininhas do primeiro os direitos que sua mãe conseguira dar aos elfos domésticos enquanto trabalhou no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, apesar de Alvo poder jurar que as garotas não estavam prestando muita atenção.

A semana correu perfeitamente normal. Como já era o esperado, os professores estavam pegando mais pesado já que estavam rumo aos exames finais. Com todo aquele trabalho mais os treinos de quadribol, quase não havia tempo para visitarem Hagrid (não que Alvo fizesse muita questão já que Canino crescera pelo menos duas vezes o tamanho normal e não parava de babar nos garotos quando iam lá). Eles tiveram aulas de História da Magia incrivelmente chatas; aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas em que Draco Malfoy fazia de tudo para dar-lhes uma detenção; aulas de Transfiguração em que ouviam “e como a diretora da Grifinória...” a cada vez que a Prof.ª Claepwack começava um discurso; aulas de Feitiços em que ouviam frequentemente xingamentos contra Clodeck; mas afora isso – e mais uma briga entre Denóires e o Auror e umas travessuras de Pirraça – a semana fora perfeitamente normal. Não havia indícios de que ia acontecer uma coisa daquelas... Mas ia. Afinal, nunca estamos preparados para esse tipo de coisa e sempre somos pegos de surpresa. E foi na saída da aula de Trato das Criaturas Mágicas que Alvo teve o primeiro sinal de que algo estranho acontecia.

Fora uma aula nada agradável, apesar de a Prof.ª Dáthpick já ter encerrado os estudos sobre Acromântulas (“Já não era sem tempo!”, exclamou Rosa aliviada). Na verdade, eles já haviam parado de estuda-las, mas Alvo suspeitava que a professora trazia a aranha gigante apenas para atormentar Rosa, de quem Draco com certeza falara.

A aula terminou e todos saíram conversando animados já que era a última aula. Somente Alvo notou quando Scorpius saiu correndo ao encontro de Marcel e Valéria Jofrey e os três deram risadinhas apontando na direção dos garotos.

Alvo achou que aquilo era apenas uma bobagem de Malfoy e não deu bola. O que foi um grande erro, é claro, pois ele poderia muito bem ter contado ao irmão e Tiago com certeza  acabaria com aquilo na hora, e evitaria uma danada confusão. Mas Tiago não ficaria sabendo daquilo tão cedo...

Sem saber da armação que estava sendo tramada neste exato momento na Sala Comunal da Sonserina, os Marotos foram tomar café no Salão Principal e depois voltaram para a Sala Comunal da Grifinória onde terminaram os deveres rapidamente, com exceção de Tiago. Não que ele não fosse um mau aluno, em geral suas notas eram boas, ele apenas tinha preguiça de estudar. Então, sempre que tinha um dever que ele não achava muito importante ou como dizia “digno de sua atenção”, ele pagava os colegas para fazerem para ele.

Depois de muitas risadas e um pequeno showzinho de Tiago em que ele imitou perfeitamente o Prof. Malfoy, Scorpius apareceu repentinamente e entregou um envelope a Tiago.

-Que é isso? –perguntou o garoto. –Se for o seu pai querendo me dar uma detenção, diga a ele que já estou com a agenda cheia.

-Não, não. Joshua mandou entregar. –e saiu para o dormitório.

Tiago olhou cada centímetro do envelope com os olhos apertados.

-Bom, pelo menos tenho certeza de que não é uma bomba... –concluiu ele.

-NÃO! –berrou Fred.

Mas fora tarde demais. Tiago já passara a mão pelo envelope e o abrira.

No momento em que o papel se abriu, uma coisa escura e fedorenta voou direto para a cara de Tiago: bomba de bosta.

Tiago, cujo rosto já não era visível, ficou paralisado, as mãos ainda segurando o envelope.

-Eu avisei... –disse Fred tentando, inutilmente, controlar o riso, o que já não era preciso, pois toda a Sala Comunal explodira em gargalhadas.

Tiago limpou a bosta dos olhos e, com este simples movimento, todos os grifinórios se calaram.  Talvez esperassem que ele começasse a gritar com todo o mundo, porque soltaram assovios de alívio quando ele soltou um rugido e saiu bufando para se limpar.

Somente quando ele saiu foi que alguns arriscaram a dar uns sorrisinhos, mas a maioria estava revoltada ou surpresa.

-Seu irmão pirou? –perguntou Rosa assombrada.

-Acredite, - respondeu Alvo. –esse é o lado tranquilo dele...

Alvo concluiu que não queria estar ali quando o irmão chegasse, então resolveu subir para o dormitório com Carlos.

Quando deparou com a cama totalmente fechada de Scorpius, o garoto sentiu um forte impulso de puxar a varinha e amaldiçoar Malfoy.

-Me diga que posso me vingar dele. –Alvo murmurou para Carlos.

-Bom, poder você pode, colega. –Carlos respondeu. –Só que é bem capaz de o pai dele conseguir te expulsar.

Enquanto vestia o pijama, Alvo podia jurar que estava louco, mas sentiria pena dos sonserinos depois que Tiago se vingasse...

Aqueles dias que se passaram foram uma verdadeira tortura para Tiago, que prometera a Rosa e Suzanna que não faria nada, embora Matt, Daniella e Carlos fossem a favor de uma boa vingança.

Alvo, depois de pensar muito sobre o assunto, dava certa razão a Rosa e Suzanna, afinal, Tiago enchera toda a Sala Comunal da Grifinória de bomba de bosta, o que os sonserinos fizeram fora mais que justo.

Mas se ele bem conhecia o irmão, Tiago estava apenas esperando uma brecha para aprontar uma. E essa brecha apareceu pouco mais de uma semana depois.

Levando em conta que acabara de sair de uma aula de Poções em que o professor pusera Rosa para fazer dupla com Scorpius Malfoy, o comportamento da garota fora aceitável.

Eles deveriam preparar uma Solução para Inchaço particularmente difícil, Alvo deu graças por ter feito dupla com Annie Elóick, pois a garota realmente levava jeito com poções.

Acontece que Scorpius e Rosa nem se olharam nos olhos, e as únicas palavras que trocaram foram coisas como “me passa as urtigas secas”. Acabou que o garoto acidentalmente derramara a poção em Rosa quando estava recolhendo-a em um frasco para entregar para o professor.

Quando o sinal tocou, Rosa foi a primeira a sair, bufando e dando muxoxos.

Alvo saiu com Carlos para o Salão Principal para almoçar. Foi só colocar o pé no salão que o garoto logo viu que havia alguma coisa estranha acontecendo. Todos da Sonserina riam e debochavam de – e Alvo piscou os olhos ao ver quem era. – Tiago Sirius Potter.

O garoto estava muito vermelho e evitava olhar para os sonserinos. Alvo sentiu pena o irmão, afinal, não era todo dia que alguém ria de Tiago e saía ileso.

Sentou-se com ele e começou a conversar para tentar animá-lo. Depois de um tempinho, Rosa saiu com Daniella, Suzanna e Alice para a enfermaria, pois seu braço começou a ficar roxo e inchar rapidamente na área em que Malfoy derramara a poção.

Quando as garotas saíram, Tiago ficou tentado a quebrar sua promessa e dar uma bronca nos sonserinos.

Foi somente quando disse que deixava o irmão andar com ele para ganhar um oi de Amy que Alvo conseguiu arrancar um sorriso de Tiago. E parece que o garoto levou mesmo a sério o que Alvo dissera, pois quando Amy Anderson saiu do Salão Principal, ele arrastou o irmão para fora, embora quando Alvo perguntou a razão ele respondeu que as meninas estavam demorando demais.

Quando Amy viu que Tiago estava com Alvo, ela tratou de apressar o passo e se enfiou dentro da biblioteca.

-É... Acho que ela ganhou... –lamentou Tiago.

Depois disso, eles realmente foram procurar as meninas. Mas não foi preciso muito esforço.  Encontraram as quatros no mesmo andar da enfermaria, encharcadas de tinta.

Pirraça, o poltergeist, lançava balões de tinta nelas.

-Pirraça! –berrou Tiago. –Pare com isso!

-Uuuh! O Potter veio defender as aluninhas choroninhas? –provocou Pirraça;

-Deu, Pirraça! Pare ou eu vou...

Mas Tiago não pode terminar de dizer o que ia fazer, pois Pirraça o bombardeou de tinta também. Um minuto depois estava coberto de tinta.

-Pirraça! –gritou Neville. O poltergeist parou imediatamente. –Saia já daqui!

E Pirraça saiu xingando eles. Neville se voltou para os garotos, mas antes que pudesse fazer algum coisa, as professoras Chollobull e Claepwack entraram correndo.

-São de minha Casa, Neville? –perguntou Claepwack. –Ah, então pode deixar que eu cuido, eh... O que aconteceu?

Tiago bufou.

-Acontece que seus alunos foram atacados por Pirraça! –respondeu com maus modos.

-Ah, só isso? –perguntou Claepwack. –O Pirraça vive fazendo essas coisas...

-Não sei, não, professora. –intrometeu Chollobull. –Me parece que eles provocaram.

-Ah, claro! –exclamou Tiago. –Eu estava mesmo comentando com meu irmão, não foi, Al? Nós estávamos planejando aprontar uma com o Pirraça e esperar que ele não revidasse, afinal, ele é uma criatura tão dócil e compreensiva...

-Sem gracinhas, Pedro. –alertou Claepwack.

-Potter. –corrigiu Tiago.

-É claro que é. –retrucou a professora. –Então...

Mas a figura de um menino loura de cabelos lambidos para trás e rosto fino deu uma ideia a Alvo.

-Scorpius! –exclamou ele, juntamente de Tiago, Daniella, Suzanna e Rosa.

-O que tem ele? –perguntou Claepwack.

-Garotos, -disse Neville, que já entendera tudo. –dessa vez não tem como provar que ele...

-Mas, professor, você soube o que ele fez comigo! Encheu minha cara de bomba de bosta!

-O menino Malfoy é um garoto tão gentil. –comentou Chollobull. –Duvido que faria uma coisa dessas.

-E por que ele faria? –perguntou Claepwack.

-Quer se vingar do que fizemos com ele. –respondeu Alvo. –No Dia das Bruxas.

Neville e Claepwack trocaram olhares receosos. Chollobull franziu a testa, deixando seu rosto ainda mais parecido com um grande bolo de baunilha.

-É uma acusação muito séria, Potter. –disse ela. –E, particularmente, não creio que Scorpius Malfoy fosse capaz de...

-Mas ele é. –cortou-a Tiago. –Quase matou minha prima Rosa no ano passado, matou a própria coruja e botou a culpa no meu irmão, isso sem falar na porção de outras coisas que ele fez. Lamento informar, mas Scorpius Malfoy não é o menininho bonzinho que a senhora pensa que é.

-Ele não parece... Ele não... Ele é tão simpático e... –tentou contrapor Chollobull, chocada.

-Simpático? –Alvo se irritou. –É, Bob Rondres também era muito simpático, tirando o fato de que quis nos matar. – ele apontou para a cicatriz.

Claepwack , Chollobull, Daniella, Alice, Suzanna pareceram muito chocadas. Eles quase nunca conversavam sobre Bob Rondres ou mencionavam o que acontecera no ano anterior.

Era visível que Neville queria ferrar com Malfoy tanto quanto os garotos, mas eles realmente não tinham nenhuma prova que o incriminasse.

-E você não vai fazer nada, vai? –Rosa perguntou insegura a Tiago, meia hora depois, na sala comunal da Grifinória.

-Se eu não vou fazer nada? –repetiu Tiago risonho. –É uma grande pena que Neville não possa fazer nada, mas, felizmente, eu posso. Eles mexeram com a minha dignidade ao me mandarem o envelope, e foi um grande erro terem continuado com a coisa. A partir de agora, é guerra declarada!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse foi bem pequeninho, o que acharam???