Alvo Potter E A Pedra Do Segundo Irmão escrita por Amanda Rocha


Capítulo 15
A moça e os rapazes


Notas iniciais do capítulo

Heey, pessoinhas... Não briguem, pessoinhas... KKKKKKK, parei, *momento Kady off*
Então, esse capítulo é BEM pequeninho, mas ele é tipo, o melhor de toda a fanfic, sério, é provavelmente o mais importante que vocês vão ver aqui. Então leiam, vejam o que acharam e depois me digam se ficou legal e o que podia ser diferente, ok?
Boa leitura!!



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Após tia Hermione contar o conto dos Três Irmãos, houve um grande rebuliço. As crianças não paravam de dar sugestões sobre como a história devia ter acabado. Tiago as incentivava, embora Alvo soubesse que apenas queria ver a cara de tia Fleur e sua irmã ao ver todo aquela confusão.

-E ele devia ter tido dois filhos! –disse Lilí.

-Dois? –perguntou Tiago. –Por que não três?

-Isso, três! –concordou a ruivinha.

-É, e um deles poderia ser um dragão! –sugeriu Tiago animado.

-Isso, isso!

Gabrielle, o marido e o filho estavam a um canto mais afastado de todos. Ela era idêntica a Fleur, e usava um vestido azul justo até os pés. O marido e o filho vestiam ternos impecáveis, os três com uma postura excelente e um inconfundível ar de riquinhos em cada um. De vez em quando, Gabrielle virava-se e cochichava alguma coisa com a irmã, que concordava. Aproximando-se um pouco, Alvo não surpreendeu-se ao descobrir que a conversa envolvia Tiago:

-... Ele é realman deseleganté, esse Tiagó, non é tão jovam parra se comporrtarr desse jeite. Mas os pais tambã non sabem educarr, non dão castigue parra o garroto quando ele aprronte...

Alvo virou-se e viu sua mãe e sua avó passando com caras estranhas. Provavelmente ouviram aquilo também, pois no mesmo instante, chamaram Tiago, Alvo e Rosa para coordenar uma brincadeira menos barulhenta com os menores, o que era, com certeza, uma tentativa de deixar Tiago mais “eleganté”.

-Ah, ótimo! Deixe o Tiago de babá agora! –resmungou o garoto. –Tudo bem, criançada, o que estão com vontade de fazer? Que tal brincar de azarar o almofadinha francês? Brincadeira, brincadeira! –acrescentou ao ver o olhar da mãe.

-Quero brincar de o Conto dos Três Irmãos! –disse Hugo. –Eu sou o primeiro irmão, aquele que é o mais poderoso!

-Por que acha isso? –perguntou Lilí.

-Ora, ele tinha a Varinha das Varinhas. –respondeu Hugo.

-Isso não faz dele poderoso. Ele morreu embebedado pelo poder, isso prova que não passava de um idiota.

-Eu quero ser aquela moça, a que ia se casar... –disse Roxanne.

-Mas eu posso fazer o papel da moça o segundo irmão queria casar! –disse Lílian ainda mais alto e rápido.

-Não, não, eu ia ser! –disse Lucy.

-Eu disse primeiro! –protestou Roxanne.

-Uma ova! –retrucou Lilí.

-Meninas, meninas! Sem chilique! –disse Tiago calmamente. –Lilí pediu primeiro, vocês duas que escolham outra pessoa.

-Você está roubando só porque ela é sua irmã, Tiago Sirius Potter! –disse Lucy brava, o dedo apontado para Tiago.

-Não sei de onde você tirou isso, Lucy Weasley. –resmungou Tiago, abaixando o dedo da garotinha. –Vejamos, Hugo é o primeiro irmão, Lilí a menina que ia se casar com o segundo, e eu serei o filho dragão do terceiro irmão.

Alvo riu.

-Esperem, eu vou pegar uma coisa! –disse Fred, e saiu correndo.

-Ótimo, crianças, vamos pôr ordem! Hugo, vá pegar sua varinha, pensando bem, pegue a minha, é mais bonita e tem mais cara de Varinha de Sabugueiro. Lilí, fique mais para o escuro, assim parece que está fria e um pouco fantasma... Agora, preciso cuidar do meu papel. Será que a vovó se importaria se eu botasse fogo nessa planta?

-Ah, por que iria? –perguntou Alvo sarcástico. -É só a planta que ela fez o vovô revirar o mundo para achar.

-Ela queria que eu brincasse com eles, tenho que cumprir o meu papel de filho dragão do terceiro irmão. –disse Tiago, encolhendo os ombros.

Eles brincaram ali por um tempo, depois Tiago deixou só os menores e saiu com Rosa, Alvo e Fred para dentro da casa. Ao passarem pela sala, Alvo ouviu a conversa de Gabrielle com Fleur:

-... E aquela esquisitinhe está grrávide? –perguntou, apontando para Luna. -Ela non parrece muite norrmal, non? O que está fazende com aquelas coises nos olhes?

Alvo sentiu grande afeição por Luna. A futura mamãe estava sentada ao lado de Neville e da filha, Alice, as duas usando espectrocs. Neville parecia um pouco constrangido, mas feliz. Alvo queria ser mais como Luna às vezes, não ligar para opinião dos outros, mas, infelizmente, isso era algo que ele e Alice apenas desejavam, embora a filha de Luna fosse mais parecida com a mãe neste aspecto do que pensava.

Entraram na cozinha às risadas, graças a uma piadinha que Tiago fizera sobre Gabrielle em troco pelo que a francesa dissera sobre Luna.

-Posso saber o motivo das gargalhadas? –perguntou a Sra. Weasley, mas também estava dando risadas, o que não era nenhuma novidade considerando que estava em companhia de Jorge Weasley.

-Só estávamos dando um papinho com a Gabrrielle... –respondeu Tiago. –Não se preocupe, vovó, já brincamos com eles.

-É, acho que eles realmente gostam de brincar de Três Irmãos. –disse Fred, brincando com a pedra que pegara para a brincadeira. –Seria legal se tivéssemos a Pedra de verdade, não? Quer dizer, poderíamos ver o tio Fred, os pais do tio Harry...

Fez-se um silêncio muito desconfortante. Tio Jorge encarou Fred com os olhos marejados, e o filho, muito nervoso, começou a girar a pedra na mão. A Sra. Weasley encontrou o olhar de Tiago e o de Alvo, e ela deu um meio sorriso nervoso.

Do nada, apareceu um pequeno clarão no meio da cozinha, e apareceram três figuras. A mulher era muito bonita, tinha os cabelos pelos ombros, e um sorriso cativante no rosto. O homem era, sem tirar nem pôr, a cara do pai de Alvo, os mesmo cabelos despenteados e o mesmo sorriso maroto de Tiago. E o rapaz mais moço se parecia muito com Jorge, porém mais novo.

Os três não eram pessoas, mas também não eram fantasmas... Não tinham cor...

Todos pareciam paralisados, tio Jorge olhava apavorado para o irmão, este porém, sorria. Foi algo muito estranho quando os dois irmãos gêmeos correram para abraçar-se, porém, quando tio Jorge encostou a mão sobre o ombro de Fred, sua mão afundou. Não era como nos fantasmas, não era apenas ar, parecia ser um cobertor invisível, algo um pouco mais sólido... Os gêmeos se olharam por muito tempo, era difícil dizer quanto tempo foi, pois Alvo também ficou hipnotizado.

Quando o olhar de Fred baixou para Fred II, os dois sorriram. Eram sorrisos idênticos. Desta vez, Lílian falou, diretamente a Sra. Weasley:

-Obrigada por ter cuidado do meu Harry todo esse tempo. Não se preocupe, eu também estou cuidando do seu Fred...

Uma lágrima e um sorriso radiante de gratidão apareceram no rosto da Sra. Weasley. Tiago e Lílian deram um tapinha nas costas de Fred, avisando que já era hora de partirem. Fred concordou e, antes de sair, deu um sorriso à mãe e se dirigiu a Fred II. Os dois se aproximaram, e o tio se abaixou de modo a ficar cara a cara com o sobrinho. Alvo achou que eles iam falar alguma coisa, mas não, ninguém falou. Apenas o sorriso dos dois já falava por si só. O momento não pedia discursos, lágrimas ou qualquer outra coisa, era simplesmente mágico.

Eles se abraçaram e, diferente de como foi com tio Jorge, o Fred mais velho brilhou intensamente e se uniu ao mais novo. Quando isso aconteceu, houve outro clarão. Alvo, muito impressionado, buscou o olhar do irmão. Ele também estava perplexo. Desviando o olhar do irmão, ele encontrou os olhos de sua avó. Ela sorria para ele, e ele sentiu. Fora como se pudesse ver aqueles olhos muito verdes como os seus. Seu avó mirava Tiago, os dois tinham o mesmo sorriso. Alvo também sorriu para ele, e o avô pareceu surpreendido ao ver sua semelhança com Harry, logo, os dois garotinhos Potter observavam alegres os avós pela primeira vez. Alvo sentiu-se estranhamente feliz. Teria que despedir-se dos dois alguma hora, e teve vontade de pedir, talvez implorar para que não fossem. Era estranho, mas mesmo não os conhecendo, ele tinha o desejo de fazê-los ficar, talvez não por ele, por seu pai, para ver a família completa novamente... Por um pequeno instante, Alvo sentiu-se inundando por uma extrema felicidade ao ocorrer-lhe a ideia de que, se usada corretamente, a Pedra da Ressurreição faria seus avós poderem realmente retornar a vida.

O clarão passou. Fred, assustado, deixou cair a pedra e, instantaneamente, Lílian e Tiago desapareceram. O garoto começou a tocar o peito e os ombros, como se esperasse que o tio saísse de lá de dentro. Tio Jorge observava perplexo, a Sra. Weasley tinha as mãos na boca. Tiago e Alvo encararam-se novamente.

-Eu ouvi um barulho, está... Tudo bem? –perguntou Harry que abrira a porta da cozinha e deparara com todos calados. –Aconteceu alguma coisa? Tiago, você...?

-Dessa vez não fui eu! –defendeu-se o garoto.

Harry continuou olhando de um para outro. Tio Jorge correu para abraçar o filho apavorado. A Sra. Weasley abriu a boca para falar, mas não disse nada. Fred tinha os olhos arregalados, também não tinha fala. Seu pai também não parecia conseguir falar. Rosa olhava perplexa para Fred. Sobrou para Tiago e Alvo contarem. Os dois irmãos relataram tudo que acontecera. Como apareceu o primeiro clarão; quando os três vultos apareceram; como Fred se unira ao sobrinho e como de repente desapareceram quando a pedra caiu;

Harry, a boca meio aberta, respirou fundo antes de falar, quando os dois terminaram:

-Fred... Onde foi que... Você encontrou a Pedra?

O garoto olhou para o pai e depois para a avó. Depois respondeu, com a voz baixa e rouca:

-Na Floresta Proibida. Eu peguei detenção com o Guelch... Estávamos procurando uns bichos que se escondiam na terra e eu achei a Pedra. Achei que era bonita e estranha, então peguei...

Fred ficou encarando Harry, esperando uma resposta. Rosa olhava de um para outro, a boca aberta, os olhos azuis arregalados.

Harry olhou para a Sra. Weasley, depois para os garotos.

-Não teremos que sair, teremos? –perguntou Tiago. –Ah, já sabemos tudo sobre Voldemort, por que não podemos saber...?

-Talvez seja melhor que... Vocês saiam. –disse Harry. Tiago o olhou incrédulo, mas depois respirou fundo e disse:

-Ah, mas o Fred pelo menos fica, não é? –Alvo sabia que a única razão para o irmão estar dizendo aquilo, era para depois o primo lhe contar tudo o que foi falado.

Harry olhou de Jorge para Fred.

-Eh... Certo, Fred, você fica.

Tiago, Alvo e Rosa saíram da cozinha, Tiago lançou um olhar furtivo à pedra que estava parada no mesmo lugar onde Fred a deixara cair.

Eles passaram pela sala, e Tiago foi direto falar com Luna.

-E como estão os gêmeos? –perguntou.

-Ah, estão muito bem! –disse Luna, animada. –Acho que serão dois meninos. Ontem de manhã veio um buttarin azul cantar bem na minha janela. Ah, você sabe! Os azuis só aparecem se é menino. –acrescentou ao ver o olhar de dúvida de Tiago.

-Ah, claro, os buttarin! –fingiu Tiago. –Então não há dúvida que sejam meninos, não é? E... Você, hum... Não tem ideia de quem escolher para padrinho?

-Bem, eu andei pensando... Acho que vou escolher alguém que goste de crianças.

-Sim, isso mesmo! –concordou Tiago, e agarrou Lilí que vinha passando, abraçou-a e passou braço pelos seus ombros.

-Seria bom que levasse jeito com quadribol, também. –prosseguiu Luna. –Neville acha que Alice só não entrou para o time porque não teve uma boa influência já que seu pai estava bem ocupado na época...

-É, com certeza foi isso. –concordou Tiago. –E falando em quadribol, não sei se Neville te falou, mas eu consegui a vitória para o time três anos seguido, não foi?

Luna olhava para um ponto vazio, aparentemente nem estava ouvindo o que Tiago falava. Sorriu e disse:

-É, eu acho que seu pai seria bom, o que acha Neville?

-O quê? –exclamou Tiago.

-Ah, sim, Harry seria ótimo! –concordou Neville.

-Mas... Mas... Ah, deixa para lá! –resmungou Tiago, e subiu as escadas.

Rosa e Alvo subiram também. Os dois subiram para um dos quartos, Tiago bravo, abriu a porta com força e atirou-se na cama.

-Tudo é o Harry Potter, tudo! –resmungou ele. –Precisamos de alguém para salvar o mundo, que venha o Harry Potter; precisamos de um apanhador, que venha o Harry Potter; precisamos de um padrinho, que venha o Harry Potter!

Rosa apenas sorriu, talvez não discordasse. Alvo também dava certa razão ao irmão afinal, ele não era de falar, mas sempre tivera ciúmes dele. Tiago sempre fora o último em tudo, Alvo era o menininho certinho, Lilí era a princesinha e Tiago era apenas a ovelha negra da família...

O garoto ausentou-se da conversa do irmão e parou um pouco para pensar no que acontecera. Ele acabara de ver seus avós. Seus avós, aqueles dos quais o pai vivera falando. Dos quais o irmão e a irmã herdaram o nome. Foram eles que deram suas vidas para salvar seu pai, exatamente como ele, Alvo, quisera dar a sua pela do irmão... E hoje, graças àquela pedrinha que Fred carregara, ele pudera vê-los. E ver também Fred. Ficou muitíssimo feliz quando teve a remota ideia de que talvez pudesse trazê-los realmente de volta a vida, mas não. Isso era impossível. Ele jamais veria os avós novamente. E se isso já era ruim para ele, que mal os conhecera, quem dirá para seu pai...

                                        


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Notas finais do capítulo

Aaaaai! O que acharam?? Eu fiquei com medo de fazer alguma coisa muito nada a ver na parte do Fred, da Lílian e do Tiago, mas sei lá, me digam o que acharam, ok? E o Fred!!! Alguém aí chuta o que vai acontecer com ele?? E a Pedra? Sim, é a Pedra da Ressurreição. E o Alvo é uma Horcrux? Não, não vou dizer. Kkkkkkk, tá parei.
Agora nós realmente estamos no fim da história, acho que só tem mais uns cinco capítulos T-T