A Filha de Poseidon e o Filho de Hades escrita por Rocker


Capítulo 22
A calmaria divina realmente assusta


Notas iniciais do capítulo

[REESCRITO]

Por favor, deem uma olhadinha na fic que estou escrevendo com minha amg
http://fanfiction.com.br/historia/434818/This_Is_War/



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A calmaria divina realmente assusta

– O que foi isso?! – perguntou Lannah, enquanto entrávamos de volta na van.

– Eu não tenho a menor ideia! – disse Evanlyn, sentando-se no chão juntamente com Lannah e Hailley. Acabei por sentar sozinha de frente a elas, enquanto os outros se espalhavam pelo espaço que tinha ali.

Eu ainda estava nervosa. E não era pouco. Como Hades simplesmente me manda uma Aracne da vida até mim e pior – ainda com um recado que pode ser possível de Nico entender?! Ele é completamente louco, só pode! Não sei qual seria a reação de Nico quanto a isso, mas talvez não fosse uma das melhores.

– Um doce por seus pensamentos. – ouvi a voz de Nico próxima a mim e olhei para ele, enquanto se sentava ao meu lado.

Eu sorri. Era tão bom conversar com Nico. Eu sentia que poderia contar-lhe tudo e muito mais, mesmo que não fosse a melhor opção.

– Doce mais fácil que eu já ganhei. – respondi e ele acabou sorrindo. Pode ser fácil conversar com ele, mas eu não lhe contaria tudo o que eu sabia. – Eu estava pensando no porquê aquela criatura de seis patas estava por aqui.

Ele me pareceu sereno. Estava certamente pensando sobre o que acontecera.

– Sabe o que me intriga? – eu assenti para que ele continuasse. – Aracne ter dito que meu pai te mandava um recado e você soube responder à altura.

Ele levantou uma sobrancelha em minha direção e eu pensei “Me ferrei!". Tudo o que eu tinha a fazer agora era tentar disfarçar ao máximo que eu sabia de alguma coisa, mas não era assim tão fácil.

– A culpa não é minha se eu tenho uma resposta na ponta da língua para comentários alheios. – eu disse, tentando disfarçar, mas não sei se deu muito certo.

Ele me olhou como se acabasse de ter uma ótima ideia. – Então... – ele disse e eu soube que não sairia nada bom dali, então já me preparei para arranjar uma desculpa. – Você ainda não me deu uma resposta.

– Que resposta? – perguntei.

– Você sentiu ciúmes quando beijei a Drew? – ele perguntou e eu tive certeza que ele estava fazendo aquilo não apenas para me testar sobre ter resposta para tudo, mas também porque aquilo e incomodava. – Viu?! Você não tem resposta para tudo.

– Ter eu tenho, você que não gostaria muito dela. – eu realmente tinha.

– E qual seria? – ele me desafiou.

– Eu diria: você teria ciúmes se eu beijasse o James?

A expressão dele se tornou sombria e eu percebi que deveria ter ficado calada.

– Eu sabia que você sentia alguma coisa por ele. – ele murmurou tão baixinho que eu mal pude ouvir.

Olhei ao redor, vendo todos conversando em pares ou trios, menos Guilherme, que dormia tranquilamente no fundo, e Percy, que organizava alguma coisa em sua mochila.

– Não é nada disso. – eu disse e fiz uma pausa, antes de criar coragem para continuar. – Mas é porque foi exatamente assim que me senti.

Eu abaixei a cabeça, mas Nico segurou meu queixo e me obrigou a olhar em seus olhos. Ele abriu um sorriso, antes de se aproximar de mim. Eu tinha certeza de que iria finalmente beijá-lo.

– Ronnie, Nico! – como eu disse, iria. Virei-me para Percy, que se aproximava de nós e se sentava ao nosso lado. Se ele não fosse meu irmão, já teria apanhado. – Eu estava pensando... o que será que aconteceu com os deuses?

– Você pensa?! – Nico brincou, mas eu dei-lhe um tapa no braço apesar de ter rido junto com ele.

– O que você quer dizer com isso, Percy? – perguntei.

– Eu acho que eles estão calmos demais depois que os instrumentos divinos sumiram. – ele disse. – Quando o raio-mestre de Zeus sumiu em meu primeiro ano do acampamento, só faltava o mundo acabar, mas agora nem mesmo uma tempestade.

Eu olhei pela janela da porta dos fundos da van e percebi que era verdade. Estava tudo calmo demais. E eu tinha uma vaga ideia de que talvez eles estavam ocupados demais tentando separar eu e Nico para se preocuparem com isso.

– Só precisamos então descobrir o porquê dessa calmaria toda. – continuou Percy e instintivamente deitou a cabeça no meu ombro.

– Acho que eles estão ocupados demais para isso. – eu disse inconscientemente e quase me bati quando percebi que foi alto o suficiente para que Nico ouvisse. Merda!

– O que você sabe que eu não sei? – ele me perguntou, olhando diretamente em meus olhos. Ele sabia que assim era mais difícil para que eu mentisse.

– Não, eu não sei de nada! – insisti.

– Sabe sim, Verônica, não adianta negar. – ele disse, sabendo também que eu odiava meu nome e usava isso como arma contra mim.

Suspirei, derrotada. – Eu tive um sonho há algum tempo.

Nico e Percy se sentaram mais eretos, completamente atentos. Sonhos de semideuses nunca eram apenas sonhos.

– E o que você sonhou de tão importante que nem ao menos contou para a gente? – Percy perguntou.

Mais cedo ou mais tarde eu teria que contar, não?!

– Eu sonhei com uma reunião no Olimpo. Os deuses estavam decidindo jeitos de separar eu e Nico. – eu disse, evitando olhar nos olhos negros dele. – Hades e Poseidon estavam quase se matando no salão.

Senti um movimento ao meu lado e vi Nico se levantando. Quando olhei em seus olhos, vi um ódio tão grande e profundo ali que me abalou.

– AGORA EU SEI PORQUE ARACNE MANDOU AQUELE RECADO PARA VOCÊ! - ele gritou, chamando a atenção de todos na van.

– Como assim, di Angelo? – perguntou James, com uma careta fofa de confuso.

– Não dá, Ronnie. – ele disse-me, ignorando o irmão. – Terei uma boa conversa com meu pai.

Ele se aproximou do canto sombrio da van, que era exatamente atrás de mim e quando percebi o que ele faria, segurei seu pulso com uma mão, enquanto agarrava o braço de Percy com a outra. E de repente estávamos os três em outro lugar, completamente diferente da van. Era escuro, sombrio e quente. De um lado havia um castelo negro e do outro havia um campo imenso, que parecia ter quilômetros e quilômetros de extensão, com várias pessoas não corpóreas vagando por ali. Eu sabia onde fomos parar, pois já havia ouvido muitas histórias daquele lugar no mês em que estive no Acampamento Meio-Sangue.

Estávamos no Mundo Inferior.


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