Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 14
Impossível


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Eu deveria ter postado ontem, mas muita coisa aconteceu e eu simplesmente não pude postar, sinto muito (morte de conhecidos, mas tudo bem).
Bem, espero que vocês gostem desse capítulo, porque eu gostei!
Tem a ajuda do Sr.D que antes, em um outro capítulo, me deu uma boa ideia sobre fazer um POV com o olimpo, mas como eu não iria colocar todos os deuses, escolhi um bem deles bem legal.
Boa leitura
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316957/chapter/14

Pov: Afrodite.

E bem verdade que aquilo que nos é posto como "impossível" sempre é mais atrativo. Talvez esse seja o grande problema de nós, reles mortais que passam a vida toda procurando uma forma de tornar o impossível em algo possível, principalmente quando o assunto é o amor. Talvez seja porque as histórias de uma amor impossível sejam sempre aquelas que são realmente lembradas. Pergunte a qualquer um se ele se lembra da trágica história de amor da jovem Julieta e do gaiato Romeu. Diga-me, algum dia essa história perderá sua importância? Não, é claro que não. Assim como nunca esqueceremos (uma vez conhecida) a história de amor dramática e azarenta que sofreu com imposição da sociedade. Ou mesmo como Píramo e Tisbe, cuja a história remete às verdadeiras tragédias gregas, onde um amor luta até o fim para ser concretizado, mas acaba sendo detido pelos tristes acontecimentos do destino. Mais uma história de amor que não tem um final feliz, muitos acreditam que não seja um bom final, mas vai por mim... esses são os melhores. Você não conheceria nenhuma dessas histórias se eles ficassem juntos para sempre. A tragédia acaba sendo uma forma de marcar para sempre na memória os infortúnios de um amor.

A lutas, o desesperos, as fugas e a impossibilidade de cada dessas histórias sempre são uma marco nas boas histórias de amor. Não estou dizendo que sou a favor de finais dramáticos e tristes, mas... é claro que uma boa história de amor deve ter suas próprias complicações. Histórias de amor simples, fáceis e repentinas não tem nenhum simbolismo, nem mesmo desafiam o pouco de capacidade que alguns mortais possuem. O que seria de mim, a mais bela e carismática deusa, se não pudesse brincar um pouco com o amor das pessoas? Nada! Muitos nem mesmo acreditam em meu potencial, dizendo que minha esfera de poder é fraca e limitada, mas eles estão errados. Estão sempre errados, as pessoas nunca acreditam no poder do amor até presenciá-lo de verdade. Eu acredito que o amor pode mesmo ser mais forte do que o céu, mais forte que o mar e, mil vezes, mais forte do que a morte. No final, meus parentes imortais, assim como os mortais mais céticos vão acabar descobrindo o poder do amor. Afinal, o céu, o mar e a morte não se renovam... mas o amor, bem... o amor está sempre se atualizando e sempre encontrando uma forma de vencer todas as barreiras.

O amor é isso, mesmo que muitas das vezes não possamos ver.

 E por último, quero contar uma história, não menos importante que as outras, mas com uma diferença especial, que devemos prestar atenção. Uma história de amor que esteve mais ligada a mim do que qualquer uma das outras. Uma história que aconteceu bem debaixo de meu nariz... Talvez seja pouco conhecida, mas talvez as pessoas tenham sido sábias o bastante para transmitir a bela narrativa de amor entre meu filho e uma jovem mortal. Meu querido filho, cupido precisava crescer. A instrução que foi-me dada seria que ele precisava de uma esposa. Foi mais ou menos assim que Psique entrou em nossa jornada. Você tem que entender que, antes de mais nada, o amor encontra seus próprios caminhos; é isso que costumamos chamar de destino. Então sem minha interferência, a jovem Psique encontrou seu destino ao lado de meu filho após consultar um oráculo. Tenho que, infelizmente, lembrar que essa mortal era a mais bela das filhas de um rei, a única que ainda era descomprometida. A beleza, muitas das vezes, espanta certos homens (nem me pergunte o motivo, entender a mente humana não está em meus domínios) e por isso a jovem Psique esteve sempre à margem do casamento de suas irmãs. Por isso, ela procurou o oráculo e esse lhe deus instruções clara sobre como seria seu destino. Mas como oráculos são sempre misteriosos, ele não disse a parte boa do destino dela. Que no caso, é claro, seria torna-se nora de uma deusa. Mas não uma deusa qualquer... eu!

Sem mais delongas, ela foi ao encontro de meu filho achando que ele era um tipo de monstro ou coisa parecida. Ela passou a viver em um castelo invisível ao lado dele, mas sem nunca poder ver o seu rosto.

E falando nisso, o que essa história nos lembra mesmo? Exatamente! Perseu e Annabeth.

Voltando à história, ela não podia ver o rosto dele, mal tinham contato, mas ela sabia que era um bom marido, cuidava dela. Mas mesmo assim, ela nunca vira seu rosto. Isso só mudou quando suas perniciosas irmãos fizeram-lhe um visita e, tomadas pela inveja, a convenceram que devia ver o rosto dele e que se fosse um monstro... deveria matá-lo. E assim ela o fez. Esperou a noite, usou uma vela para iluminar o rosto dele enquanto ele dormia... e lá teve uma surpresa. Ela viu o rosto dele... o mais belo rosto de todos.... ela se apaixonou. Mas a cera da vela acabou atingindo meu filho, o fazendo acordar e encontrar sua esposa segurando a vela e um faca. Ele a mandou embora, claro.

Para encurtar a história (que é longa demais e cansa minha beleza), ela lutou para voltar a ficar com ele, e meu filho, tomado de amores pela mortal, a aceitou de volta... e eles vivem felizes na imortalidade até hoje.

Então você me pergunta, por que contou essa história? Simples, para lembrar que o amor é mais forte. Mais forte que as dúvidas, os questionamentos... as inseguranças. Então agora, voltemos à história principal:

-Eu tenho que pedir que ela vá embora. -disse nossa adorado protagonista, Perseu Jackson. Estava em sua biblioteca, não para ler alguma coisa (como muitas vezes reclama Atena), mas para pensar um pouco sem sua vida. O que nos leva ao pensamento que realmente predomina em sua mente: Annabeth.

-Você está louco? -questionou seu amigo sátiro, Grover. -Você mal conseguiu passar um dia inteiro sem ela, imagine o que fará se ela for embora para sempre. O que raios você está pensado?

-Estou pensando no que é melhor para ela. -ele rebateu. Meigo como sempre...

-Você ao menos se deu ao trabalho de perguntar o que seria melhor para ela? -ele questionou indignado, mas com razão.

-Eu vejo. Ela precisa voltar para sua vida normal, ela tem para o que voltar. Você não a viu com a amiga, Silena? Ela precisa de amigos, precisa da família e tudo o que eu tenho feito e fazê-la infeliz aqui, presa em minha casa sem ter quase nenhum contato com o mundo lá fora. -ele disse e depois de dar um longo e cansado suspiro, continuou: -Não posso fazê-la ficar aqui e viver minha maldição, ela foi dada a mim. Não posso aprisioná-la aqui e fazer com que ela perca os bons momentos da vida. Tudo o que venho feito com ela é errar e errar com ela... -ele disse se sentando no divã.

-Percy isso não pode ser proveniente a parte sã de sua mente. Você precisa dela aqui e ela não perdeu o contato total com o mundo lá fora, você mesmo a viu estar com a amiga Silena. Por que quer que ela vá embora? -perguntou ele indignado. 

-Ela precisa seguir a vida dela... enquanto ela ainda tem para o que voltar. Não posso pedir a ela que fique confinada junto a mim para sempre enquanto tem um vida esperando por ela lá fora... seria egoísmo da minha parte pedir que ela continue ao meu lado, sabendo que el nunca poderia estar ao lado dela como uma pessoa normal. De qualquer forma eu sempre serei um monstro.

-Você não é um monstro, apenas acredita que é, e é isso que mais pesa me você. -ele disse com raiva. -Você passa tanto tempo agindo como um idiota que acredita ser um monstro que... nem vê que as pessoas podem mesmo acreditar na sua humanidade. -ele disse numa mistura raiva com nervosismo.

-Obrigado, Grover. Em parte você está certo, mas isso não tem nada haver com Annabeth. Eu poderia pedir que ela voltasse, poderia anular nosso casamento ou mesmo fazer que todos acreditem que estou morto para que ela possa finalmente seguir o caminho que quiser, sem minha interferência. -ele disse sentindo seu coração pesar e dor e amor, e eu sei disso porque... bem, vocês sabem...

-Percy não faça isso. Você precisa dela mais do que nunca. -ele insistiu, mas Percy já tinha tomado sua decisão.

-Eu não posso magoá-la. Tudo o que tenho feito é errar com ela... sempre. Era merece algo humano... Grover o olhou de forma reprovadora. -Quer dizer... mais normal.

-Eu não posso discutir com você. -ele disse suspirando.

-Vá para sua casa, Grover. -ele disse encostando-se no divã. -Jante e tenha uma boa noite. -ele disse por último antes de fechar os olhos. -continuarei aqui parado, refletindo. Vou falar com Annabeth amanhã mesmo.

-Tenha um boa noite. -Grover disse cansado. -Espero que suas reflexões, você recupere a sanidade mental.

-Eu já a recuperei, por isso farei o que pretendo. -ele disse por fim. Grover saiu do quarto achando que o amigo se arrependeria para sempre depois de pedir à Annabeth ir embora. E, de fato, ele está certo.

Tudo permaneceria dessa mesma forma se não fosse o que aconteceu quando Grover finalmente saiu da biblioteca e encontrou uma pessoa parada três passo longe da porta que acabar de ouvir tudo o que acontecera ali dentro. Annabeth estava com os braços cruzados apertados contra o peito e uma expressão que misturava tristeza e revolta. Grover não sabia o que fazer, abriu a boca para falar alguma coisa, mas acabou perdendo a fala diante do olhar de Annabeth, estava confiante e um pouco desafiador. Grover notou que ela caminhava lentamente em direção à porta da biblioteca. Ele entendeu que deveria deixá-la conversar com Percy a sós. Quem sabe ela conseguisse mudar o pensamente de Percy.

-Boa sorte... -ele sussurrou para ela, ela apenas sorriu e entrou na biblioteca. -E acredite meus amigos, é nesse momento que o amor prova ser mais forte. Apenas observe os fatos a seguir! Um beijo, da deusa mais linda do Olimpo.

Pov: Annabeth.

Não posso acreditar que ele acha que pode simplesmente decidir por mim. Como ele pode  achar que é melhor para mim ir embora do que ficar aqui na mansão ao lado dele? Será que passei a imagem de pessoa fraca que não pode aguentar a maldição do próprio marido.

-Acha mesmo que pode simplesmente me mandar embora? -perguntei assim que entrei na biblioteca, fazendo-o levantar rapidamente do divã em que estava sentado e me encarar assustado.

-Annabeth... -ele iria dizer alguma coisa, mas esquecendo os hábitos da boa educação, eu simplesmente o interrompi no meio da fala.

-Eu ouvi o que você disse sobre mim.

-Então sabe que estou fazendo pelo seu bem. -ele disse caminhando alguns passos até mim.

-E então deve saber que do meu bem , cuido eu. -falei depois de um suspiro. -Percy, você não pode achar que está fazendo o melhor para mim ao me mandar embora.

-O que tem aqui que possa fazer bem a você? -ele perguntou incrédulo.

-Só para o início de conversa... tem você! -falei inconformada por ele não acreditar em mim. Depois que falei isso e um silêncio devastador se instalou sobre nós, foi que entendi o que acabara de dizer. E mesmo que eu mal pudesse distinguir quem de nós estava mais envergonhado, simplesmente continuei olhando para ele e passei a me aproximar um pouco mais dele. 

Meus deuses, isso que queima dentro de meu peito. Essas frases estranhas e carregadas de sentimento que preenchem minha mente... são...são os sintomas mais claro de que Silena estava certa e de Afrodite conseguiu seu triunfo de fazer com que o impossível torne-se possível.

Deuses, eu amo Percy.

-Annabeth, você precisa voltar para casa... ficando aqui, você será infeliz. -ele disse pegando uma de minhas mãos. O simples toque dele fez que por meu corpo corressem uma dezenas de correntes elétricas. -Faça isso não só ´por você, mas por mim que não quer ver sua infelicidade associada a mim. -ele pediu com a voz rouca, de um jeito que fazia minhas pernas ficarem bambas.

-Ficarei infeliz se ficar longe de você. -eu disse e ele pareceu surpreso. Seu rosto de contraiu por um segundo. Ergui a mão que ele não segurava e toquei seu rosto de leve por cima da máscara. Ele tentou se afastar, mas mantive minha mão em sua máscara, mas sem tentar tirá-la. -Eu quero ficara aqui, com você... não tema por mim. Lá fora eu sou apenas mais uma filha de Atena, mas aqui eu posso ser alguém importante para você, e é tudo o que me importa. -eu disse e me aproximei ainda mais, encostando meu rosto em seu peito, em um abraço calmo. Ele me envolveu com seus braços, apertando-me um pouco contra seu corpo. Eu entendia, fazia muito tempo que ele não era tocado diretamente por ninguém há muito tempo. -Percy... eu...

-Annabeth, não faça isso ser mais difícil. -ele pediu.

-Só vai ser difícil se você não se envolver de verdade. -eu disse um pouco confusa. -Eu quero... quero ficar aqui, com você. Não importa se isso seja ou não bom. Eu quero estar com você. -falei confiante. -Eu estou feliz, estou aqui.

-Isso não pode ser verdade, está sendo generosa comigo.

-Eu não sou do tipo que é generosa com alguém quando isso interfere em meus objetivos. -eu disse para ele em tom divertido. -Você não é egoísta, eu sou. E me agrada muito estar abraçada com você. -disse eu corada.

-Eu não sei ficar longe de você Annie, esse... esse dia pareceu interminável. Tudo o que eu queria fazer era proteger você de todo o tipo de infelicidade. Não poderia me sentir bem, sabendo que você não está. -ele disse meigo. -Pensei em fazer isso para ajudar você.

-Não iria me ajudar... nunca.

-Annie, eu acho que eu... eu...

-Não precisa dizer. -eu disse. -Eu sei... ou melhor... eu entendi, depois de ouvir atrás da porta.

-Agradeço aos deuses por você não ser prendada.

-Agradeço aos deuses... por Afrodite ter poderes.

-Mesmo se ela não os tivesse, acho que isso não me impediria. - ele disse me afastando um pouco e olhando em meus olhos. -Eu te amo, filha de Atena. E eu não sei como lidar com isso.

-Podemos aprender juntos... sei que podemos.

Pov: Afrodite.

Acho que eu não preciso ser mais clara, quanto a força do amor.

E o impossível, se torna possível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Recomendem! -é legal para caramba!
Deixem reviews
Digam aquele famosos "Oi" para autora, ela adora :)
Beijos =*
Até mais *--*