Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 13
Teoria.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Eu sei que vocês querem me matar, mas mantenham a calma e respirem fundo, tudo bem? Estava em época de prova (me ferrei bonito), mas f***-se eu estou aqui!
Esse capítulo é bem simplesinho, mas é um capítulo! Se tudo der certo postarei amanhã, se vocês colaborarem, claro.
Leiam as notas finais *--*
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316957/chapter/13

 Pov: Annabeth.

Só havia uma coisa mais estranha do que o barulho que os monstros faziam dentro da floresta: O barulhento silêncio que instalava-se em meu quarto desde a hora que acordei. Estava mais ou menos no fim de tarde, deviam ser mais ou menos umas seis ou sete horas. Eu já não aguentava mais estar tanto refeições apareceram em minha porta assim que seu horário chegou.  A casa estava silenciosa e eu passara a me concentrar apenas no barulho que os monstros faziam lá fora e tentar descobrir de que espécie eles eram. Antes das cinco, eu já havia catalogado mais de dez espécies diferentes de monstros que nada haviam feito além de produzirem barulhos estranhos. Achava que meu dia não passaria daquilo, mas, graças aos deuses, em algum momento daquele fim de tarde, as coisas mudaram completamente para minha surpresa.

Três batidas na porta antecederam o chamado de uma voz conhecida.

-Annabeth? -ouvi Grover me chamar do outro lado da porta. -Você pode vir aqui um instante? -ele perguntou um pouco nervoso, algo me dizia que ele estava aprontando alguma coisa.

-Claro. -falei confusa indo até a porta. Assim que eu a abri, encontrei um sátiro tímido parado bem em frente a minha porta com um cara de culpado. -O que quer comigo, Grover? -perguntei em um tom descontraído, eu não queria ser rude com ele, mas se por um acaso ele estivesse em minha porta para transmitir as desculpas ou mensagens de seu patrão e amigo.

-Ah.. eu apenas queria apenas lhe trazer um agrado. -ele disse rapidamente, estranhei de imediato, mas depois perguntei:

-Que tipo de agrado?

-Algo que Perseu achou que lhe faria bem. -ele disse tentando sorrir.

-Desculpe. -eu disse incrédula com a explicação. -Mas diga a ele que eu não estou a venda. Ele não pode e nem vai conseguir me comprar com nenhum tipo de agrado. -eu disse irritada com a impertinência dele.

-Acredite, senhora Jackson, quando digo-lhe que ele teve das melhores intenções quando o fez e aposto todas as minhas fichas que a senhora gostará muito do agrado que ele lhe arranjou. -ele disse com um ar divertido que eu não conseguia entender.

-Ora, isso não podia ser mais... mais... pernicioso da parte dele. -eu disse batendo o pé no chão de frustração. Ele achava mesmo que poderia arrumar as coisa assim sem maiores esforços. -Ele acha mesmo que pode conseguir me animar com um presente? Depois de tudo o que aconteceu? Nossa, como ele pode ser tão confiante?

-Antes de falar qualquer coisa, acho que deveria ao menos dar uma olhada para ver o que ele lhe trouxe. -disse Grover com um meio sorriso.

-Creio que isso seja perda de tempo. -eu rebati na mesma hora.

-Annabeth.. -Grover disse meu nome com toda a paciência do mundo, mas antes que pudesse concluir sua fala, alguém o cortou na mesma hora.

-Ah Annabeth, será que você pode parar de ser tão orgulhosa por um segundo? -perguntou uma voz já impaciente que eu já conhecia muito bem, mas não ouvia já a algum tempo. Por um ou dois segundos fiquei estática apenas encarando a pessoa que caminhara de trás de uma pilastra até a minha frente com um olhar desafiador e um sorriso aberto estampando o belo rosto. Ela pareci esperar que eu voltasse a agir como um ser humano pensante, pois nada mais disse desde o momento em que apareceu para mim. 

-Bom, acho que devo deixá-las sozinhas. Não foi muito bem como imaginei, mas creio que a parte da surpresa foi mantida. -ele disse risonho e se afastando trotando de lá. -Aproveitem a visita. -ele disse antes de sumir de meu campo de visão.

-Você não vai nem ao menos me abraçar? -perguntou Silena pouco depois. Foi só então quando pude e obrigar a mexer os músculos e correr até minha melhor amiga, abraçando-a com todas as minhas forças..

-Eu não acredito que você está aqui! -exclamei enquanto ainda a abraçava.

-Pois pode acreditar, porque eu estou! -disse ela com a voz zombadeira. Desfazemos o abraço para nos encarar melhor.

-Meus deuses, Silena! Cono você vei parar aqui? -perguntei eufórica.

-Você não ouviu o que o sátiro disse? Seu marido pediu-me para vir até aqui visitar você. -ela disse caminhando em direção ao meu quarto, eu apenas resolvi segui-la para não atrapalhar o andamento da história. -Imagine você, como foi assustador e um pouco confuso quando uma carruagem estranha, puxada por cavalos negros e um cocheiro invisível, parou bem na minha porta com um sátiro saído de lá com um convite nas mãos. Todos da rua olharam para mim, acho que pensaram que eu estava sendo convidada para um baile ou algo do tipo. -ela disse rindo e sentando-se em minha cama, sem parar de falar em nenhum momento. - Se bem que não seria má ideia fazer um baile aqui, o tamanho do salão é incrível! -ela disse sonhadora.

-Grover entrou em detalhes com o convite? -perguntei curiosa. Afinal, acho que Silena não seria louca o bastante para entrar em uma carruagem desconhecida apenas porque alguém falara em meu nome.

-Ele apenas disse que Perseu Jackson convidava-me para visitar sua esposa. -ela disse imitando a voz de Grover, uma péssima imitação por sinal. -Imagine meu susto! -ela disse rindo mais uma vez. -Quem, na faca da terra, poderia um dia imaginar que Perseu Jackson convidaria você para alguma coisa? Nem imaginei que ele tinha hábitos sociais ou mesma sabia onde eu morava. -ela disse abismada. -Annie, ele nunca faz anunciações em público, nunca aparece ou dá sinal de vida... foi bem... gentil da parte dele se dar ao trabalho de me convidar. -ela disse por fim, tomando um pouco de ar e olhando para mim animada.

-Mal posso acreditar que você está mesmo aqui, Silena! Pareceu algo surreal quando você apareceu. -eu disse e ela pediu para que eu sentasse ao seu lado na cama. Olhando bem para ela, não parecia que as coisas tinham mudado muito e que o tempo tinha passado. Ela continuava a mesma bela filha de Afrodite que viva falando de amor, mas tinha um certo receio que o seu amor verdadeiro demorasse a chegar. Entenda, filhas de Afrodite costumam buscar diversão no ato de quebrar os corações de rapazes de bem. Silena não era desse tipo, ela gostava da parte bondosa do amor, aquela que beneficia as duas partes dos envolvidos. Ela ainda acreditava que o amor pudesse ser puro e livre de quaisquer interferências de maiores ou mesmo motivado pelo dinheiro. Em outras palavras, ela ainda acreditava que alguém pudesse casar por amor.

-Eu sei! Demorei alguns instantes para acreditar que iria mesmo visitar minha amiga na mansão dela. -ela disse olhando ao redor. -E que casa! Nossa, qual é o decorador dele? -ela perguntou e eu não pude segurar o riso.

-Prometo que vou perguntar a ele. -lhe garanti.

-Annie, acho que você me deve algumas explicações. -ela disse e eu a encarei desentendida.

-Como assim?

-Ora, quando eu estava ouvindo sua conversa com Grover escondida, você disse alguma coisa sobre ele tentar te agradar depois de tudo o que aconteceu. Então eu te pergunto: O que aconteceu? -ela disse curiosa.

-É que as coisas não saíram muito bem ontem. Nós acabamos brigando e passamos o dia todo sem nos falar hoje, -eu expliquei, mas tinha certeza que ela pediria todos os pormenores, Silena não era do tipo que aceitava vagas explicações.

-Como assim? Brigaram pelo quê? Você me descreveu uma situação tão deliciosa, não imagino que vocês pudessem ter uma briga. -ela disse inconformada e um pouco triste, como se eu tivesse acabado de fizer que Afrodite não é a mais bela.

-Ah Silena... é complicado. Eu acabei fazendo o que não devia, Invadindo a privacidade que ele tanto venera, acabamos nos desentendendo e brigando feio. Acho que por isso ele a trouxe até aqui, é como uma oferta de paz. -eu disse. -Que bom que ele acertou na escolha. -disse eu abraçando Silena mais uma vez.

-Bom, eu espero que depois você resolva as coisas com ele. Seria tão bonito que vocês fizessem as pazes com um beijo doce e sedutor. -ele disse mudando  voz para um tom mais baixo e malicioso. Um sorriso fraco estava em seus lábios, assim como um olhar sonhador.

-Silena! -a reprendi logo em seguida. -Como pode pensar um coisa dessas? Somos apenas amigos, e nas últimas horas nem isso. -eu disse reprovadora.

-Annabeth Chase, você está corada! -ela disse acusadora. -Não ficaria corada se não pensasse em algo parecido. -ela disse sorrindo abertamente.

-Não sei o que raios deu em você. Anda conversando muito com sua mãe? -perguntei indignada.

-Ora, faça-me o favor! Como não pensar em algo assim depois de ler suas cartas, ainda mais a última delas. -ela disse pegando alguma coisa em sua bolsa de mão. -Eu iria lhe trazer minha carta, mas como achei que seria bem melhor recitá-la oralmente, um vez que tive tempo suficiente de decorar o que escrevi, e falar frente a frente o que acho sobre a sua carta. -ela disse pegando o papel de  desdobrando-o rapidamente. Reconheci de imediato minha letra. -Quando escreveu-me isso, tem certeza que não imaginou o que eu pensaria?

-Não vejo nada demais em minha carta! -argumentei.

-Eu logo imaginei que você resistiria à verdade. Por isso trouxe comigo provas mais concretas. -ela disse passando os olhos na carta. -Essa é a parte que te entrega, Annie. Vou ler para você. -ela anunciou, tomou fôlego por um segundo e começou a ler: - 

" Por que não se casaram? Ele ainda a ama? Ela ainda o corresponde?

O que faço com todas essas dúvidas, Silena?

É sufocante não saber as respostas!

Queria que você estivesse aqui para me ajudar a encarar tudo isso. Ainda espero que em breve você possa me visitar, com as devidas permissões.

Com amor, carinho e muitas saudades,

Annabeth Jackson."

-Ainda não vi o que isso tem demais? -falei.

-Olhe para o que escreveu Annie, a tinta da caneta borra em alguns momentos. Você escrevia isso desesperadamente. Querendo livrar-se de todos esses pensamentos. Annie, isso é amor. -ela disse.

-É claro que é amor. Amor de amigos! -deixem bem claro a última parte. -Você esquece-se de que amo Luke?

-Amigos não perguntam-se sobre os antecedentes amorosos uns dos outros. Você e ele tem uma ligação mais forte, isso é muito claro. -ela disse se levantando e andando um pouco pelo quarto. -Diga-em qual foi a última vez que você trocou confidências com Luke? E, falando nele, desde que eu cheguei aqui você nem tocou no nome dele, a não ser para encontrar um desculpa esfarrapada. Acredite, minha cara, pessoas apaixonadas não param de falar sobre quem amam. O único nome em tocamos hoje foi o do seu marido. -ela disse com uma olhar triunfal.

-Silena, eu não estou apaixonada por ele. Não poderia estar. Impossível.

-Você é orgulhosa de mais para ver o que está bem na sua frente, estampado em sua cara. -ela disse por fim. -Por que quer reprimir tanto isso? -perguntou ela.

-Eu não estou reprimindo nada. Somo amigos e ponto final. Suas teorias são baseadas apenas em observações falhas de minhas palavras, se fiz todas essas perguntas é porque quero o melhor para Percy.

-E se o melhor para Percy for ter você? -ela perguntou.

-Eu não sairei do lado dele, mas como amiga. -continuei.

-Não faça isso consigo mesma, permita-se amar. -ela disse do jeito que uma típica filha de Afrodite faria.

-Silena, por favor! Pare com isso. Está me deixando constrangida. -falei.

-Pare de ser tão orgulhosa! Isso só vai fazê-la sofrer. -ela disse já cansada da discussão. -Bom... eu acho que já está ficando tarde e preciso ir embora. Meu pai chegaria de viagem hoje por isso consegui sair. Mas preciso voltar para casa cedo e subornar alguns dos empregados para não lhe contarem que eu saiu sem permissão. Foi bom ver você, Annabeth. -ela disse ido até mim e abraçando-me.

-Tem certeza de que não pode ficar?

-Tenho.

-Está chateada comigo? -perguntei triste. Não queria que minha melhor amiga saísse de minha casa me odiando.

-Ah... talvez um pouco... mas nada que não possamos esquecer. Geralmente nós duas brigamos por você nunca me ouvir, essa nossa conversa entra nesta regra. Por mais que você não acredite em minha sincera opinião sobre seus sentimentos, ao menos aceite um conselho de amiga: Faça as pazes com seu marido. Quando eu for embora você vai voltar a ficar sozinha e isso não lhe fará bem. -ela disse suspirando-Resolva as coisas com ele. Coisas assim podem ser resolvidas com um simples pedido de desculpas, mesmo que os dois estejam errados. -ela pegou minhas mãos e as apertou. -Pense nisso.

-Eu irei fazer isso, prometo. -lhe garanti e ela voltou a sorrir.

-Vou esperar suas cartas. -ela disse caminhando até a porta.

-E eu, as suas.

-Até logo, Annie.

-Até. -eu disse e ela abriu a porta, onde Grover já estava a esperando. 

-Fique bem. -foia última coisa que ela me disse antes de ser acompanhada até a porta.

Olhei enquanto ela ia embora pensando em que dose a verdade dela poderia me dopar. O que mais eu poderia fazer? E o mais importante:

Que parte da teoria de Silena estava certa?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se você está lendo isso, parabéns! Hora das revelações:
—Teremos muito, mais muito, muito mesmo Percabeth! Não é lindo! Prometo muitas emoções. Que tal?
Mas isso vai custar reviews, muitos reviews!
Deixem reviews!
Digam "oi" para a autora.
Beijos
até mais *---*