A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 12
Sirius enlouquece de vez


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez venho com um capítulo de tamanho decente, espero que vocês gostem.



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Nós cinco concordamos que precisaríamos de uma ajuda para conseguirmos mais informações além das presentes nos livros e eu só conhecia uma pessoa que seria capaz de entender e nos ajudar, meu pai. [Os aurores precisam fazer uma matéria dedicada inteiramente a lobisomens durante o curso] Assim um dia antes da volta as aulas nos reunimos na minha casa e papai nos deu varias dicas sobre como controlar o Remo além de ter ficado bastante impressionado com o fato de termos conseguido nos transformar em animagos com a penas 14 anos. Sei que provavelmente nesse momento devem estar achando que somos malucos em confiar esse segredo, ilegal, a alguém, principalmente para uma pessoa que trabalha no Ministério, mas meu pai é muito parecido conosco, o Sirius até diz que se ele ainda estudasse em Hogwarts seria um maroto, e como já comentei precisávamos de alguém com experiência para que não acabássemos machucado o Remo acidentalmente e sabíamos que ele jamais contaria o nosso segredo.

Faz duas semanas desde que tivemos essa conversa e é noite de lua cheia, além de ser a primeira vez que vamos com o Remo até a Casa dos Gritos, papai também nos ensinou um feitiço que permite nos comunicarmos através de pensamentos mesmo quando estivermos na nossa forma de animal. Mas voltando ao assunto, Remo como de costume foi levado até o Salgueiro Lutador por Madame Polferm e mais ou menos uma hora depois nos encontramos no dormitório dos meninos, vestimos a capa e fomos nos encontrar com nosso amigo lobisomem.

- Pode ir Peter. – James falou quando chegamos em frente ao salgueiro.

Se transformando em um pequeno rato Peter deixou a proteção da capa e apertou o pequeno nó de madeira que imobilizava os galhos da árvore. Rapidamente o seguimos e nos esgueiramos pelo túnel que nos levaria até o interior da casa que muitos julgavam mal assombrada.

- Não sei como deixei vocês virem, pode ser perigoso. – Remo falou assim que despimos a capa, ele estava desse jeito desde que percebera que não abandonaríamos a ideia como ele ainda tinha esperança que fizéssemos.

- Relaxa Aluado, nós sabemos dos riscos. – Eu falei o abraçando, mas me afastei rapidamente enquanto conferia se meus cabelos estavam bem presos. – Vai começar.

- Como você pode ter tanta certeza? – Sirius perguntou enquanto James e Remo reviravam os olhos.

- Filha da lua, já esqueceu Six? – Eu perguntei enquanto sentia meus sentidos e poderes aumentarem. – Temos que nos transformar. Agora.

Em alguns instantes demos lugar a um rato, [Peter havia voltado a forma humana depois que entramos] um cachorro, um cervo e uma fênix negra e alguns minutos depois a transformação do Remo começou.

“É horrível.” Pensei enquanto tentava inutilmente desviar os olhos.

“Ele vai ficar bem, Nix, estamos com ele agora” Sirius pensou enquanto passava o focinho sobre minha assa em uma tentativa inútil de me acalmar.

“Fique atrás de mim, eu aviso quando terminar” James pensou se colocando na minha frente e bloqueando minha visão.

Nós podíamos implicar um com o outro e não falar quase nada que prestasse, mas somos verdadeiros amigos e fique grata por eles saberem que apesar da minha aparência de garota durona eu odiava ver as pessoas que eu amava sofrendo e vamos combinar a transformação em lobisomem não é algo muito agradável.

“Você já pode olhar Rave” James e Sirius pensaram ao mesmo tempo e eu voe por sobre eles para poder ver o Remo.

Bem ele não era mais o mesmo parecia com um lobo, mas ao mesmo tempo ainda tinha um pouco de humanidade, principalmente quando olhávamos para seus olhos. Passamos a noite toda controlando o Remo para que ele não se ferisse e assim também fizemos por todas as noites até a lua cheia dar lugar a uma minguante. Para que os outros não morressem de cansaço eu lhes dava uma pequena parcela da energia da lua, eles a principio ficaram preocupados, mas era uma quantidade muito pequena que não me causaria mal algum.

Hoje estamos voltando para o castelo junto com o Remo uma vez que a lua cheia já chegou ao fim e o sol nascia por entre as torres do castelo.

- Ravena pegue sua câmera. – Sirius falou enquanto os quatro se juntavam lado a lado em uma foto que eu prontamente bati.

- Nix, você tem que estar na foto. – Remo falou, eu quase nunca estava nas fotos já que preferia batê-las.

- Alguém tem que tirá-las, Aluado. – Eu rebati.

- Você é ou não é uma bruxa, Ravena? – James perguntou me puxando para o meio deles enquanto o Sirius com a varinha fazia a maquina levitar e a disparou enquanto eu segurava nos dois para não perder o equilíbrio.

- Pronto, a primeira foto oficial dos marotos depois que viramos animagos. – Sirius falou me devolvendo a câmera e chegando propositalmente para o lado, eu ainda estava me apoiando neles, conclusão eu cai com tudo no chão.

- Eu vou te matar Sirius Black. – Eu gritei correndo atrás dele enquanto os outros só faziam rir da cena e estranhamente tenho a sensação que o James tirou uma foto com a câmera que eu tinha deixado para trás.

Eles as vezes, ou melhor quase sempre, eram uns idiotas, mas aqueles idiotas eram os melhores amigos que eu poderia ter pedido a Merlin.

................

Faltam um pouco mais de duas semanas para o Natal e para a sorte do Remo a lua cheia não vai atrapalhar o seu feriado nesse ano já estamos indo, hoje, para a Casa dos Gritos. Era uma noite como outra qualquer até o Remo começar a ficar mais agitado do que de costume e sem nenhum motivo aparente.

“O que será que há com ele?” Peter pensou.

“Não faço a menor ideia” James respondeu.

“Deve ser o Sirius, papai disse que os lobisomens começam a se descontrolar quando sentem cheiro de carne humana.”

“Por falar no Sirius por que ele não veio com a gente?” James perguntou e com as assas fiz um movimento que acredito se assemelhar a um dar de ombros.

“Ele falou que tinha que ver uma coisa na biblioteca”

Os olhos de cervo do James encontraram com o meu de fênix e de imediato soubemos que isso era uma mentira, nos viramos para Peter e pensamos ao mesmo tempo:

“Espere aqui”

Um pouco atrapalhados nós subimos pelo túnel ainda em nossa forma animaga e imagine nosso espanto quando ao sairmos da passagem demos de cara com um grande cachorro negro também conhecido como Almofadinhas ou Sirius Black.

“Onde você estava?” James perguntou, mas enquanto isso meu cérebro já trabalhava em busca de uma resposta e foi quando eu percebi.

“O que você fez?”

“Do que você está falando, Ravena?”

“O Remo está sentindo cheiro de humano e não é o seu como pensamos a principio então eu vou repetir só mais uma vez o que você fez? Ou seria melhor perguntar quem você trouxe?”

“Snape” Ele pensou a contra gosto.

“Você é louco?” Mandei em uma onda de pensamentos que se assemelha a um grito “Ok, não me responda. O Remo pode matá-lo seu cabeça oca.”

“Que diferença faria se ele morresse?”

“O Remo seria um assassino Sirius e poderia ser expulso da escola quando os outros descobrissem que ele é um lobisomem, nem todos são mente aberta como nós.” James falou não só sério, mas também com um tom de fúria que eu nunca tinha escutado ele usando para nenhum de nós principalmente se fosse o Sirius.

“O que foi que eu fiz?” Sirius perguntou para si mesmo percebendo pela primeira vez as conseqüência do que fizera, nos podíamos aprontar, mas tínhamos um lema de nunca machucar ninguém ao menos que fosse estritamente necessário.

“Ainda temos tempo de consertar tudo isso, mas precisa nos dizer exatamente o que você falou para o Ranhoso.”

“Que se ele usasse um galho para apertar um nó do Salgueiro Lutador ele conseguiria entrar em um túnel que mostraria porque o Remo desaparecia uma vez por mês.”

As engrenagens do meu cérebro trabalhavam freneticamente para bolar um jeito de nos livrarmos dessa enrascada quando um pensamento do James em tom de desespero invadiu a minha mente.

“Ravena, o Snape vai entrar pelo túnel a qualquer minuto, ele já está levitando o galho”

“Temos que voltar a nossa forma humana, Sirius você vai chamar o Dumbledore e eu e o James tiramos o Ranhoso de lá.”

“Estaremos desprotegidos em nossa forma humana.” Sirius reclamou.

“Já estamos enrascados para sair dessa confusão, que lembre-se você nos meteu,  ainda quer que o Ranhoso, ou pior, o professor Dumbledore descubra que somos animagos ilegais?”

“Eu sou um completo idiota.”

“É sim, mas ainda é nosso amigo e temos um pouco de tempo para consertar tudo isso então anda logo”

Sirius saiu correndo em direção ao castelo ainda em sua forma animaga e se transformou em humano enquanto ainda fazia isso, ao mesmo tempo James e eu, já em nossas formas humanas, corríamos na direção oposta para salvar o Snape. [Não acredito que acabei de dizer isso] Eu acho que nesse momento corri mais rápido do que jamais correra em toda a minha vida e por milagre divino de Merlin conseguimos puxar o Snape de dentro do túnel antes que o Remo acabasse com ele.

- Me larguem! – Snape gritou ainda sendo segurado pelo ombro por James enquanto eu fechava a passagem, afinal não podíamos correr o risco que o Remo saísse.

- Não até Dumbledore chegar aqui. – Eu falei me levantando e o encarando com meus olhos que no momento deviam estar muito prateados.

- Ainda bem que ele está vindo, quero só ver o que ele vai fazer com você e com seus amiguinhos quando ele descobrir que o Lupin é um lobisomem, sua sangue-ruim.

- Já fui chamada de coisa pior Snape. – Respondi dando de ombros, o que eu dissera não era mentira, enquanto isso o James revirava os olhos por trás do Snape e não era por causa da minha fala.

- O que está acontecendo aqui? – Dumbledore perguntou caminhando em nossa direção ao lado de um aliviado Sirius por ver que ainda estávamos vivos.

- Remo Lupin é um lobisomem. – Snape falou confiante crente que acabara de ferrar com as nossas vidas, mas acho que nem parou para pensar que Dumbledore jamais seria maluco de permitir que um lobisomem estudasse em Hogwarts sem ele saber disso, por isso volto a repetir, esse pessoal da Sonserina não pensa.

- Eu sei disso senhor Snape e quero que saiba que não poderá contar isso para ninguém, fui claro? – Ele falou olhando Snape por cima dos oculinhos de meia lua e se virando para nós três acrescentou. – Imagino que os senhores também saibam disso?

- Faz mais de um ano. – James respondeu por todos nós.

- Compreendo, sinto que terei de lhes dar uma detenção por toda essa confusão senhores e senhorita. – Ele falou enquanto dávamos de ombros, já esperávamos por isso e vamos combinar, qual é a diferença de uma detenção a mais ou a menos para quem já têm tantas.

- Mas eu quase morri professor.

- Fomos nós que te salvamos seu idiota. – James falou apontando para si próprio e para mim, mas Snape o ignorou.

- Creio que já deva ter ouvido o ditado, a curiosidade matou o gato, senhor Snape, portanto o senhor tem quase tanta culpa no que aconteceu quando os senhores Black e Potter e a senhorita Wikiman. – Dumbledore falou fazendo o Snape calar aquela boca grande. – Agora devem voltar para dentro do castelo.

- E o Rabicho. – James sussurrou para nós enquanto dávamos de ombros, não tínhamos como voltar para buscá-lo

Voltamos a caminhar um pouco atrás de Dumbledore e do Ranhoso e meus olhos vagavam pelo terreno, já tão conhecido, distraidamente quando vi uma bola de pelos cinza se aproximar de mim.

- O que você está fazendo aqui, Rabicho? – Perguntei surpresa afinal tínhamos pedido para ele ficar com o Remo.

- O que disse senhorita Wikiman? – Dumbledore perguntou se virando para me encarar.

- Nada professor. – Respondi calmamente e depois que ele parou de prestar atenção em mim retirei Peter de dentro do casaco onde havia o escondido e mostrei para os garotos.

- Você realmente é um rato, Peter. – Sirius comentou brincando.

- Sempre fugindo de tudo. – Eu murmurei o escondendo novamente, era melhor que Dumbledore não o visse ou teríamos problemas maiores que uma detenção.


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