Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 26
Capítulo 26 - Para a guerra!! - Parte final!


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!
Só porque postei ontem vocês acham que não postaria no dia do cronograma? Se acharam, er... Tem até razão por isso HUAHSAUSH, mas eu decidi dar um credito e postar logo este!
Entãããõ, espero que aproveitem este cap especial, e deixem seus Reviews! Quero ver suas reações apesar de ja adivinhar qual vai ser >.
Beijooooos seus lindos!
Ami -



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/26

July -

Eu devia começar a cobrar os beijos que eu dou nele, então eu ficaria rica. Mas, falando sério agora, alguém pode me explicar o que aconteceu ali?!

Cara... CARA. ESTOU BEIJANDO O PAUL! E PIOR, ELE NEM ME FORÇOU!

E POQUE DIABOS EU AINDA NÃO SOLTEI ESSE CARA?!

Ah! Vai ver porque o senso de colaboração dele foi eficiente até de mais. Sim, eu sei que pedi para ele ajudar... Mas... Cara.... Putz. Num segundo era eu a que beijava ali, e logo depois, a criatura, repito, tarada pra caramba, me prendeu com os braços ao redor de mim e me apertou contra ele. Tipo...

... OQUE EU VOU FAZER?!

EU SOU UMA GAROTA DE MENTE VUNERAVEL E ELE FAZ... TUDO... TUDO ISSO?!

E pior, ainda tem a coisa que me fez desejar ir para o inferno e arrastar o maldito do meu irmão junto por essa ideia: O PAUL BEIJAVA MUITO BEM.

Sério! Eu não tenho experiência para ir a fundo, mas ele sabia o que fazia, e fazia com bastante boa vontade. Cheguei a ter medo quando correspondi aquele tarado maldito dos infernos.

Sim, foi isso mesmo. Eu correspondi ele.

MALDITO SEJA O PAUL E SEUS BEIJOS DE ME TIRAR MEU ESCASSO OXIGÊNIO E SANIDADE MENTAL!

Mas como nenhum ser humano sobrevive eternamente sem oxigênio nos pulmões, nos separamos numa distancia suficiente para eu começar a procurar loucamente pelo precioso ar puro, mas todo o esforço foi em vão quando vi que o Paul me olhava de um jeito tão estranho enquanto procurava o ar, que senti que ia entrar em combustão ali mesmo. Então, quando eu achei que não dava para ficar mais esquisito, ele sorriu.

Tipo, sorriu mesmo, e ainda teve a audácia para dizer:

- Parece que não sou eu quem leva a culpa agora - E alargou o sorriso quando eu corei mais violentamente ainda, mas desta vez era de raiva também.

- Nem ouse fazer gracinhas... - Murmurei, meio sem ar ainda.

- Já chega - Arregalei os olhos e virei o rosto para o Matt quando ouvi sua voz, então o vi dar as costas - Vi o suficiente - Disse momentos antes de passar pela porta de vidro do terraço e sumir em meio as varias pessoas que estavam lá.

Pela primeira vez desde a coisa inacreditavel, eu sorri, e como sorri.

VITÓRIA CARA! FINALMENTE ALGUMA COISA VALEU A PEN...

- MALDITA DOS INFERNOS!

Ou não...

Deus, como eu pude esquecer a Ever?! Mas eu tive sorte por Paul não ter me soltado, ou então teria levado o tapa ao em vez dele.        

Quando Paul me afastou para longe tão rápido, só pude ouvir o barulho alto da mão da morena se chocando contra o rosto dele. Levei a mão a boca e encarei chocada a garota completamente transformada que avançava no Paul.

- COMO PÔDE! COMO TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO?! - Berrou ela depois de dar uns trocentos tapas irritados na direção dele enquanto ele tentava segurar ela.

Ela parecia aquelas personagens de Street Fighter quando alguém apertava descontroladamente todos os botões de golpe sem parar para matar logo o oponente.

Tipo eu.

- Fica quieta! - Paul pediu, mas foi em vão. A garota estava possuída por tudo que é demônio do mal. Então, Paul ficou irritado de vez e agarrou ela pelos dois pulsos enquanto puxou ela para perto do rosto dele - JÁ DISSE PARA FICAR QUIETA DROGA! - Ela parou de bater nele quase imediatamente pelo berro do garoto.

Acho que meu eu interior saiu correndo e levou toda a cor do meu rosto junto com ele, porque eu nunca fiquei tão branca de medo por causa do Paul.

- Você é a garota mais insuportavel que conheci entre todas da Califórnia! Então pelo menos agora para de agir como uma fresca e entende de uma vez que eu nunca fui e nunca serei um cara que pode ser usado por você! - Ele largou os pulsos dela e praticamente a fuzilou enquanto dizia - Agora sai daqui logo e nem ouse tentar bater nessa garota outra vez.

O Paul... Ele está irritado... E pior... Ele deu o maior pé na bunda nela.

CARA, CORRE QUE ISSO SÓ DEVE SIGNIFICAR O APOCALIPSE.

- P-Paul... - Ever nem chegou a falar, aquilo pareceu mais um miado rouco, então Paul se afastou um passo dela e estendeu a mão para a porta.

- Tchau Ever - Falou.

E não foi que ela saiu? Mas por um segundo comecei a me preocupar porque ela tremia pra caramba e parecia prestes a chorar e sair correndo, mas ela só andou até a porta e sumiu.

N-não... Isso é de mais. Só pode ser brincadeira, só pode!

- Ai minha cabeça - Levei a mão ao rosto e andei para trás até me encostar no guarda corpo.

Esse não é o Paul que me viu comer pizza nem que uma Maria Machadão, e definitivamente também não é o que ficava na sala do apartamento jogando videogame, falando besteira, e se entupindo de batatinha.

Isso dai é um homem e não o Paul!

- Você não parece bem - Quase que caio para além do guarda corpo quando vejo o cara parado na minha frente com as sobrancelhas arqueadas, então ele tocou minha testa e me olhou mais de perto - Está enjoada ou algo assim?

Mas que...?

Apontei o indicador no rosto dele e arregalei os olhos antes de berrar:

- SE AFASTE AGORA DE MIM!

- Que?!

- F-F-FIQUE LONGE DE MIM SEU ESTRANHO! - Coloquei as mãos para trás no guarda corpo e comecei a deslizar para o lado enquanto o cara me olhava com o rosto assustado. Então ele dá um passo e estende a mão, mas eu logo afasto mais e indico para ele parar - SAI! FIQUE AI MESMO!

- OQUE EU FIZ?!

- V-VOCÊ NÃO É O PAUL! ELE NUNCA SERIA TÃO... TÃO... AH DROGA! - Virei a cara e coloquei as mãos na boca.

- Você está maluca?! Quem eu posso ser além de eu mesmo?!

- SEI LÁ! QUALQUER CARA LEGAL POR AI, MAS COM CERTEZA NÃO O TARADO LADRÃO DE MENTES PURAS DE ANTES!

Foi então que ele parou e me encarou como se eu fosse uma louca mesmo.

- July, isso foi por causa do beijo?

- AH! NÃO FALE ISSO! - Pedi, arregalando os olhos de novo.

- Mas foi você quem me beijou!

- DROGA! NÃO DÁ PARA FINGIR QUE NÃO FUI EU QUEM FEZ AQUILO?!

- ISSO É IMPOSSIVEL!

- MAS EU QUERO!

- JÁ DISSE QUE É IMPOSSIVEL!

- DROGA PAUL! - Andei para os lados mexendo as mãos freneticamente, então parei e olhei ele de novo - É... É SÓ FINGIR QUE FOI UMA GAROTA QUALQUER QUE BEIJOU VOCÊ E PRONTO! ACABOU!

- JÁ DISSE QUE NÃO POSSO!

Cara... Eu juro que te jogo no meio da rua!

- PORQUE DIABOS VOCÊ NÃO PODE ESQUECER ALGO ASSIM?!

- PORQUE EU GOSTEI DROGA! EU NÃO POSSO SÓ ESQUECER!

IDAI?! SE VOCÊ GOSTOU É SÓ... Não, pera.

Parei de ter um ataque só por um segundo e olhei fixamente para a cara do ser vivo parado na minha frente.

- Você... - Abri a boca algumas vezes antes de continuar até ter coragem de soltar a voz realmente - Você gostou?

JESUS DO CÉU, ELE COROU, E FAZENDO UMA CARA SUPER SÉRIA!

Nunca pensei que ele pudesse ficar tão fofo! (Pera, o que eu disse?)

- Sim - Respondeu, corando mais um pouco enquanto me olhava sem nem piscar.

Não... Eu preciso se mais provas que isso, porque não pode.

- Não, calma - Umedeci os lábios - Você gostou mesmo, tipo, de verdade? Daquele jeito que... Você sabe? - Ai que frase retardada.

- Sim - Repetiu, numa voz levemente mais baixa.

- Gostou mesmo sabendo que tem o sério risco de levar outro soco do meu irmão por isso?

- Quantas vezes preciso repetir que sim? Isso é difícil pra caramba sabia?

- Espera! Espera! Só quero mais uma resposta para ter... Certeza mesmo. - Juntei as mãos perto da boca e falei numa voz lenta e cheia de medo - Você... Gostou apenas do fato de eu ter beijado você?

Paul abriu a boca para responder, mas então olhou para o lado e fechou a boca, virou um pouco para o lado e colocou as mãos nos bolsos, encarando alguma coisa muito interessante no chão com as sobrancelhas juntas de tanto que parecia pensar. Cerrei as mãos perto da boca e pressionei os lábios para então dar um resmungo e dizer:

- Isso está me deixando nervosa!!

Ele virou o rosto para mim e disse numa voz alta:

- Espera! Eu estou pensando sobre isso...! - Então olhou para alguma coisa no céu escuro e pressionou os lábios. Ficou assim por alguns longos segundos antes de soltar o ar pelo nariz e voltar a me olhar, falando somente - Não. Tenho quase certeza que não foi só isso.

Claro que não. Talvez seja a sua grande vontade de ser morto pelas mãos do bêbado do meu irmão, porque não tem outra alternativa.

NÃO.TEM.

Não PODE ter.

- Está certo... - Mordi o canto do lábio e assenti devagar antes de me virar e andar até a porta enquanto dizia outra vez - Está certo... - Paul me olhou afastar e franziu o cenho.

- July?

- Sim? - Parei na metade do caminho e olhei para ele ainda mordendo o lábio.

- Aonde vai?

- Nada... Só vou tentar achar a Ever e ver se ainda está disposta a me fazer apagar. Sabe, de repente achei isso uma excelente ideia - Dei uma risada nervosa e comecei a trotar para dentro do salão enquanto o garoto arregalava os olhos e corria atrás de mim.

Essa é a hora de correr July! CORRE!

- VOCÊ ESTÁ LOUCA?! PARE AGORA JULY!

- EVER! CADÊ VOCÊ GURIA?! - Comecei a correr do Paul enquanto realmente procurava ela.

- MERDA JULY! PARA! - Paul começou a empurrar as pessoas que dançavam assim que entrei no meio da pista, tentando me alcançar a todo custo antes que eu conseguisse meu objetivo.

- EVER! - Berrei mais alto, , então me irritei de verdade e berrei - DROGA EVER! APARECE PURPURINA DOS INFERNOS! SERÁ QUE NÃO TEM NINGUEM PARA ME DAR UM SOCO AQUI?!

Vinícius -

-... Então, foi a partir do momento em que a Pirralha começou a sequestrar o meu macaco azul para brincar com aquele maldito cachorro com nome de baleia, o tal de Free Willy, que eu comecei a ter raiva dela... - Bufei, dando mais um gole no oitavo Keep Coller da bancada para então tirar da boca e bater na bancada enquanto o barman me olhava - E, putz cara, que tipo de pessoa dá um nome de baleia para um cachorro? Por acaso ela acha que a criatura vai começar a pular que nem um cabrito por cima da cabeça dela? - Dei uma risadinha - Chega a ser idiota o apego daquela garota pelo cachorro baleia, não acha? É um bicho sem vida.

- É... Concordo, mas cara... Você tem um macaco?

- Ah, o Caco? Não se preocupe, a pirralha nunca descobriu sobre a verdadeira personalidade dele. Eu o fiz prometer que não contaria, eu não sou burro - Revirei os olhos e dei outro gole do Keep, mas desvio a atenção do barman que por alguma razão se afastou de mim assim que vejo o que parecia ser uma garota correndo de um cara.

Ora, era a pirralha!

- July! - Levantei da banqueta e sorri para a guria que corria na minha direção - E ai maninha? Se divertindo?

A garota me ignorou completamente e me puxou pelo pulso junto com ela para a porta de saída. Fiz uma careta para ela e me livrei de sua mão.

- Ei Pirralha! Ficou doida ou o que?!

Ela virou para mim e disse apressada:

- Está na hora de ir embora Vinícius.

- Embora? Mas eu ainda nem vi a cara de perdedor do Matt.

Ela deu uma risadinha sem graça.

- Ah irmão, pode apostar que não verá a cara dele tão cedo. Agora venha cá - Ela voltou a me pegar pelo pulso e me puxou com mais força até o lado de fora do club com pressa, mas no meio do caminho um unicórnio sorridente aparece na minha frente e me faz espatifar no meio da calçada.

MALDITO UNICÓRNIO FILHO DA MÃE! JÁ É A TERCEIRA VEZ!

- Vinícius! Que droga! - A pirralha volta até onde eu continuava beijando o chão, e tentou me erguer, mas como ela era fraca pra caramba, nem conseguiu.

Virei a cara para ela e soltei uma risada debochada.

- Eita July... Parece que o maldito cavalo chifrudo te ferrou agora - A garota revirou os olhos.

- Idiota, é você que está abraçando o chão e não eu.

- Vinícius? - Continuo a rir quando me esforcei em virar o rosto para olhar o Paul parado na porta do club - Cara, você está horrível.

- Cala a sua boca Paul, aqui é uma conversa entre eu, o Unicórnio e a Pirralha.

Paul deu uma risadinha idiota com alguma coisa igualmente idiota e me ajudou a levantar do chão com um pouco de dificuldade.

- Putz! Você está fedendo pra caramba Vinícius! - Ele franziu o nariz - O que andou fazendo?

- Humpf, Só agora você se interessou sobre como estou não é? - Depois de errar varias vezes a cara do Paul com meu indicador, franzi o cenho e resmunguei - Droga Paul! Para de mexer a cara - Bufei, até que finalmente acertei o rosto dele, colocando o dedo no meio da testa dele - Eu sei... Eu sei que você estava bullynando minha irmã seu safadinho. Eu tenho certeza disso.

- Você nem viu o que eu estava fazendo!

- Claro que não, mas o Paulão me contou tudo, acha que sou idiota? - Dei outra risadinha, então a pirralha surgiu e puxou minha orelha.

- Para com essa história de Paulão ou então vou começar a achar que deixou um gay dar em cima de você.

Bufei para ela, dando uma risadinha maliciosa.

- Ele bem que tentou, mas eu sou muito difícil.

A pirralha puxou mais minha orelha e ficou hiper vermelha.

- ENDOIDOU?! VOCÊ É HOMEM RAPAZ!

- Deixa isso July... Precisamos levar ele para o carro - Paul falou, mas mesmo bêbado, notei que ele estava meio esquisito.

- Mas... Eu não acho que...

- Não se preocupe com nada, você vai no banco de trás com ele e eu levo a gente para casa - Ele fez uma pausa, então disse - Resolvemos tudo amanha.

A pirralha pressionou os lábios e apenas assentiu, então eu voltei a olhar o Paul.

- Cara, vocês fizeram merda né?

- Cala a boca Vinícius - Grunhiu July, então Paul começou a me arrastar para onde o carro estava enquanto July seguia na frente.

Paul -

Levar aquele cara bêbado para o apartamento e jogar ele na cama foi uma das coisas mais difíceis daquela noite. Ele fedia mesmo, e tinha vomitado numa senhora que esbarrou nele quando íamos entrar no prédio.

Cara... Coitada da velhinha.

Enfim, depois que fiz todo o trabalho, sai do quarto dele e fui direto para a cozinha pegar um copo de água e lavar as mãos com água sanitária. Acho que acabei virando uma vítima do banho que a senhora levou.

Assim que comecei a lavar as mãos com tudo que é líquido colorido e cheiroso que encontrei perto da pia ouço alguém entrar pela porta da cozinha. July parou ali mesmo e abriu um sorriso leve.

- Eu só vim conferir se estava tudo bem com você - disse baixo, apesar de eu não achar que o Vinícius fosse acordar só por ela falar alto.

- Vou ficar bem assim que tomar um banho e dormir - Fechei a torneira da pia, andando até o balcão atrás de um pano para secar as mãos. Quando achei ele, foquei minha concentração para a tarefa para facilitar o que ia dizer - Hm... Então, sobre aquilo que aconteceu hoje... Realmente acho uma boa ideia esquecermos por agora.

- É, eu concordo com isso.

- Então vamos deixar isso para amanha mesmo - Olhei para o relógio de ponteiro na parede da cozinha e entortei a boca quando vi que eram 2 e meia da matina. - Quer dizer... Hoje.

- Ahn... - July passou a mão por uma mecha de cabelo e olhou para mim - Essa é uma das coisas que eu queria falar... Isso vai ser complicado para mim, porque, além de eu provavelmente acordar apenas uma hora da tarde, vou estar ocupada com umas coisas...

- Ah, está certo - Assenti e olhei para ela - Então podemos deixar isso para amanha mesmo - Abri um meio sorriso, mas ele começou a desaparecer quando vi a expressão que ela fez.

Parecia meio triste...

- Eu acho que... Não adianta conversarmos sobre isso Paul.

- Como assim? Não é possivel que vai ficar ocupada até amanha - Brinquei, apesar de sentir uma sensação ruim no estômago, como se fosse acontecer algo ruim.

- Paul... - Ela mordeu o lábio por um instante antes de olhar para mim de novo, e então disse - Eu vou embora daqui a um dia. Vou voltar para o Brasil. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meeeereço Reviews apesar da raiva que podem estar sentindo agora?! Kaiaksiaksuak.
Beijos seus lindos!!! Ami ainda ama vocês apesar de tudo XD.
Ami ~