Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 25
Capítulo 25 - Para a guerra!! - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Oiiie!
Para aqueles que olharam meu perfil, já foram prevenidos que eu não postaria semana passada certo? Então, sem desculpas desta vez ^^.
Beeeem, para adiantar para vocês seus lindos, este capítulo pode matar vocês do coração, mas acho que parte de todos que leem isso, já esperavam que ia acontecer!
He he.
Aproveitem meu trabalhinho seus lindos! Responderei os Reviews anteriores ainda esta noite!
Ami ~



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July -

Sabe, se eu me visse agora há mais ou menos duas semanas e meia atrás, vestida deste jeito, dançando com esse cara e no meio de um lugar como esse, eu só pensaria em algo: Ok, quem foi que me deu Tequila?

Sério, eu sempre respeitei aquela velha filosofia que uma garota descente é uma garota que não acha que a terra é o seu "American Pie" particular. Então nunca em minha vida eu tive o menor pensamento de gastar meus sábados a noite em festas com Vodka e boates cheia de luzes atordoantes que só servem para te deixar alucinada no meio de garotas com cara de guaxinim e caras bêbados e suados a meio milímetro da sua pele e da preciosa retaguarda (Isso porque estou tentando não detalhar de mais). Então, eu sempre fui a Nerd viciada no carinhosamente chamado por mim, Harry Popótter ou Harry Porco, os tijolões de Martin, e cercada pelo meu colorido mundo de "Otome".  Pronto. Acabou. Esse era meu mundo precioso e fim.

Mas quando eu penso que finalmente tinha encontrado minha verdadeira personalidade, mesmo que Nerd, e melhor, longe do bocó metido, a minha mãe praticamente invade meu quarto e TCHARAAAAM! Diz na maior felicidade do planeta que meu querido irmão (Sim, ela teve a audácia de definir o idiota do meu irmão como sendo o meu "querido" irmão, e não o cara bocó insuportavelmente grosso que sou obrigada a chamar de disso) teve a boa vontade de me receber em seu apartamento na Califórina. Deus... Só ele mesmo para compreender todas as mil expressões de terror, confusão e desgosto que passaram no meu rosto no segundo após aquilo. Mas os olhos da mulher eram tão brilhantes de alegria e expectativa que eu não pude fazer nada menos que abrir um sorrisinho amarelo e falar "Ah... Deve ser divertido ir para os EUA.".

E então em menos de duas semanas, cá estou eu, pousando nessa terra alienígena que parece ainda mais estranha com a presença do Vinícius a cada dia que eu acordo. Ah, e claro, sem esquecer dos maravilhosos amigos dele, principalmente um certo cara de olhos azuis esverdeados ladrão de mentes puras e lábios intocados.

Maldito...! Porque diabos eu deixei aquilo acontecer?!

PORQUÊ?!

Foi então que eu lembro que esse cara está dançando comigo a perigosos e míseros centímetros de distancia. Tiro meus braços de seu pescoço e me afasto dele com a boca torta, e tentando ao máximo não olhar a cara de confusão dele.

- O que foi? - Perguntou em voz alta já que a musica ali era alta pra caramba.

- E-Eu... - Enrolei, pensando numa desculpa favorável, até que ao olhar meu nada sóbrio irmão no bar me deu uma ideia - Preciso beber alguma coisa - Falei finalmente, abrindo um sorrisinho maravilhoso de tão amarelo, então apressei o passo e subi aquelas escadinhas ali perto que dava para um segundo andar.

Devia ter um bar onde meu irmão não estivesse enchendo a cara....

- Ei espera! - Paul correu até mim quando eu já estava no topo das escadas e olhou para mim com o cenho franzido - July, sério, eu fiz algo?

- Não - Calei quando percebi o quão fina e esquisita minha voz saiu. Limpei a garganta e tentei outra vez, não soar retardada - Olha, eu só quero algo para beber ok? Você fez nada, juro - Então um sorriso aliviado surgiu na cara dele e eu fui obrigada a dar um suspiro.

OBRIGADA SENHOR POR FAZER UM PAUL TÃO FACIL DE ENROLAR!

- Certo, mas deixe que eu pegue algo - Falou ainda sorrindo.

- Hã? Porque?

- Porque você é minha namorada e eu posso fazer isso por você - Então piscou e andou alegre para  um bar que tinha naquela direção.

E antes que digam algo, sim eu corei.

E sim, eu fiquei encarando ele enquanto saia.

E sim... Achei aquilo muito fofo, ainda mais vindo dele.

Felizmente meu eu racional surgiu na minha frente nos meus jeans e minha camisa do Naruto para logo em seguida me deu um tapa na cara. ACORDA! ISSO É TEATRO CRIATURA CARENTE! - Gritou para mim com uma cara irritada.

- DEUS! - Gritei no meio do lugar, chocada comigo mesma, mas graças aos deuses a musica era alta o suficiente para ninguem ter me ouvido.

CADÊ O ALCOOL QUANDO A GENTE PRECISA?! ACHO QUE MEU EU SÓBRIO PERDEU A RAZÃO!

Mas claro, as surpresas nunca param só nisso, sempre tem que ter um cara com os mesmos cabelos, olhos, personalidade, e mente irracional do Matt para aparecer no meu campo de visão enquanto subia as escadas olhando fixamente para mim.

Cara... Ninguém nunca olhou para mim desse jeito...

CARACA GURIA! ACORDA! TEM UM TRAFICANTE CORRENDO NA SUA DIREÇÃO QUE NEM UM CONDENADO! SE UM TRAFICANTE ESTÁ CORRENDO ASSIM CORRA! CORRA JULY!

Então eu comecei a correr como uma destrambelhada, quase caindo a cada passo longo que dava (qual é, já tentou correr em saltos estilleto antes?!), então, antes que eu conseguisse perceber, eu estava a pouca distancia do bar onde o Paul segurava uma garrafa de cerveja talvez, e me olhando com evidente surpresa e um pouco de malícia.

EU ARREBENTO ESSE PROJETO DE HOMEM SE ELE ACHOU QUE ESTOU CORRENDO ATÉ ELE PARA  DAR UNS AMASSSOS!

Em vez de dar um soco nele, peguei sua mão e puxei comigo em direção a primeira porta de vidro aberta que vi ali perto.

- July! Você realmente está levando tão a sério o negócio de sermos namorados?! - Perguntou com o sorriso maior. Bombardeei ele com  os olhos para deixar de taradisse.

- Claro que não! O Matt é que está correndo atrás de mim!

- O Matt? - Agora ele resolveu parar de sorrir e prestar atenção.

Idiota.

- Pois é, e como minha mãe sempre disse para correr quando um traficante correr em sua direção, é isso que estou fazendo! - Parei de falar assim que passamos pela porta e então soltei o Paul e fechei as portas de vidro de uma vez para me virar para o Paul. Em vez de me ajudar, a anta olhava tudo admirado.

- Caramba! Eu não sabia que tinha um terraço desses aqui! - Falou, olhando para tudo enquanto eu praticamente me segurava para não berrar com ele ali mesmo.

Mas não deu certo, claro.

- PARA DE OLHAR A PAISAGEM E ME AJUDA! VOCÊ É MEU NAMORADO OU NÃO?!

Apesar de estar evidente o prazer dele em me ouvir dizer aquilo, ele teve um pouco de foco e me olhou.

- Certo, certo! Primeiro fique calma - Pediu.

- FICAR CALMA?! CALMA?! O CARA MAIS PERIGOSO E LINDO DAQUI ESTÁ ME SEGUINDO! DESSE JEITO ELE VAI DESCOBRIR QUE VOCÊ NÃO É MEU NAMORADO E...

PAFT!

Me calo assim que Paul me da o tapa na cara e começa e me balançar pelos ombros.

- CALMA MULHER! FICA CALADA E ME ESCUTA! - Pisquei algumas vezes, olhando fixamente para o Paul na tentativa de entender se foi ele mesmo quem fez aquilo - Olha, nossa unica opção é encarar ele July.

- ENCARAR ELE?! ISSO É IMPOSSIVEL! - Gritei de novo.

- JÁ DISSE: FIQUE CALMA E ME OUVE! - Me balançou de novo, me deixando despenteada até o ultimo fio de cabelo - NÃO ERA ESSE O OBJETIVO DESSA NOITE?!

- Era...

- ENTÃO PORQUE ESTÁ CORRENDO DELE?!

- PORQUE EU ESTOU MORRENDO DE MEDO! ISSO NUNCA ACONTECEU COMIGO ANTES! EU ERA BV ANTES DISSO LEMBRA?!

Claro que nem precisa lembrar, está gravado na boca suja dele.

- MEDO?!  Putz! Você só tem que dar o fora nele e logo depois fingir ser minha namorada!

- FALA SÉRIO PAUL! EU SOU A JULY E NÃO A EVER!

Foi então que a cara do Paul muda quando percebo que ele não olha mais para mim, e assim que olho para trás, estou prestes a dar um treco quando vejo o Matt parado a poucos metros da porta, me procurando.

Então eu pulo no Paul.

Isso ai, me joguei nele.

- MEU DEUS ELE ESTÁ ALI! SOCORRO PAUL! - Enfiei a cara no peito dele como se uma manta de invisibilidade pudesse ser criada a partir daquilo, mas infelizmente, não tenho a sorte do Harry Popóter.

Por incrivel que pareça, Paul me pegou pelos ombros e me afastou dele com os olhos grudados nos meus.

- July, chega, esse é o unico jeito! Vamos encarar ele - Falou com a voz tão grave que eu tremi um pouco, mas logo esqueço esse detalhe quando vejo que o Matt me encontrou e anda até a porta.

- NÃO! - Arregalo os olhos, e logo em seguida levo um susto quando Paul me solta e encara a porta - O que está fazendo?!

- Se você não falar com ele agora, eu falo e abro o jogo - Falou, ainda encarando a porta como se fosse responsável e não um tarado.

- Abrir o jogo? Como assim?! Vai falar a verdade?!

Paul suspirou e olhou para mim.

- É o jeito. Eu sei que não é nada confortável para você fingir ser minha namorada quando não é e não quer ser.

- Mas...!

- Esquece, July, ele está prestes a abrir a porta e eu me viro com o Vinícius depois. Achei esse plano idiota desde o início - Revirou os olhos, então eu encarei o Paul no meu canto, desta vez sem estar desesperada e sim, completamente desarmada.

Isso é uma visão ou o Paul deixou de agir como um babaca pela primeira vez nessas férias?

Sim, eu sei, isso é impressionante mas.... Se o Paul falar a verdade, Deus sabe o que pode acontecer entre ele e o Matt já que ambos se odeiam, além que o Vinícius vai arrebentar o pau do barraco (ainda mais bêbado) se souber.

Traduzindo tudo isso: Paul está disposto a se ferrar por minha causa.

Caramba, até o Paul está sendo corajoso em vez de mim....

Então as portas se abrem e o Matt entra no terraço com o rosto suado e vermelho de tanto correr naquele lugar abafado.

Eu não posso ser tão babaca assim, posso?

- July - Fico rígida quando o Matt me chama, então arrisco olhar para ele enquanto fala - Preciso ser sincero com você, aqui e agora.

Ferrou tudo agora.

Putz... Mas eu não tenho escolha. Se eu ficar calada, o Paul vai abrir a boca e acabar com tudo, então, antes que ele abrisse essa boca...

- Isso é ótimo - Me coloquei na frente do Paul, calando ele logo que ia falar - Eu também tenho que ser sincera com você.

- July... - Paul começou, mas eu estendi minha mão para ele.

- Espera quieto Paul, estou falando - Então respirei fundo e disse com a maior dificuldade do planeta - Eu tenho que encarar ele agora.

Ui, sente só a autoridade da pirralha!

- Sobre mim? - Perguntou o Matt, então eu neguei com a cabeça.

- Sobre eu e o Paul.

- July, para sério - Paul tentou me tirar da frente, mas eu me virei e fuzilei ele com o olhar.

- Fica quieto e me deixa falar! Eu quero fazer isso caramba! - Falei em alto e bom som, então ele se calou e recuou um passo com certo medo no olhar.

Matt, assim como eu, ignorou ele.

- Então é verdade que vocês estão juntos - Tá, não foi uma pergunta, mas acho que isso merece explicações.

-  É, isso mesmo. Eu sou a namorada do Paul agora - Falei com mais firmeza que pensei ser possivel.

Ele abriu um meio sorriso e cruzou os braços.

- Eu não acredito.

- Como?

- Isso é impossivel. Você odeia o Paul - Falou como se fosse óbvio (e era), mas eu consegui fazer uma ótima careta de raiva assim que ele falou aquilo.

- Como você pode duvidar quando eu tento ser sincera! - Cerrei o punho e apontei o indicador da outra mão para ele - Pode parecer difícil para você, mas eu amo o Paul e estou com ele agora. Você não pode acabar com isso mesmo que queira!

Ai! Ate eu arrepiei com o poder que emanou daquilo. Tenho certeza que o Paul também sentiu.

- Isso... É mentira! - Matt repetiu, mesmo que seu rosto parecesse dizer o contrario - Eu conheço você o bastante para ter certeza que nunca amaria um cara como ele! Sabe melhor que eu com quantas garotas ele ficou e deu a mínima.

- E quem me prova que você não ficou com tantas ou mais garotas que ele? Eu não te conheço nem um pouco! - Matt calou a boca quando disse isso, então baixei o braço, e forcei que minha voz não saísse tremida - E-Eu sei que o Paul é assim, mas ele nunca me escondeu que era assim. Ele sempre foi sincero em tudo.

Eu senti na forma que a respiração dele parou o quanto eu machuquei ele, mas mesmo assim, ele merecia.

Odeio ser enganada.

- E mesmo que tenha me beijado... Para começo de conversa eu que permiti aquilo. Ele me pediu antes de fazer - DEUS! EU VOU MORRER, MEU ROSTO ESTÁ QUEIMANDO! - E-E ele sempre foi gentil e tudo mais... Sempre se importou quando meu irmão não o fazia. Não importa se você é bonito e é tão gentil, ou cavalheiro, o Paul tem muito mais valor para mim que você.

Só percebi que eu falava aquilo de modo tão rápido e nervoso quando Paul segurou meu pulso para que eu parasse, então, do nada o cara estava do meu lado, olhando o cara pálido a nossa frente.

- Mas... Eu achei que você gostasse de mim - Matt murmurou, completamente esmagado ali.

Até deu dó, mas ele merecia.

- Você mentiu para ela Matt - Paul respondeu, e então abriu um meio sorriso - E eu já vi como ela reage quando a deixam irritada. Ela não é tão facil como a Ever, né?

- ISSO... ISSO É UMA GRANDE MENTIRA! - Opa! Como eu tenho certeza que a voz do Matt é tão fina, acredito que só poderia ser a nossa querida e amada...

- Ever, o que você faz aqui?! - Paul apertou mais meu pulso assim que a garota em fúria andou até ficar de frente para mim e me empurrou com a cara e a alma em chamas.

- EU JÁ DISSE QUE O PAUL É MEU! VOCÊ NÃO PODE NAMORAR ELE! - Berrou a guria esquisita, então o Paul me puxou para trás dele e enfrentou a morena.

- Para Ever! Você sabe melhor que ninguém que nunca tivemos algo que valesse a pena.

- CLARO QUE VALIA A PENA! EU SEMPRE FUI BOAZINHA! FUI FIEL UM TEMPÃO E DEIXEI QUE TODAS MINHAS AMIGAS NAMORASSEM VOCÊ TAMBÉM.

Nossa, agora ela ganhou o respeito de todos os homens ali presentes.

- Putz Ever, em que planeta se deixa que suas amigas namorem o seu cara?! E QUE RAIOS DE FIDELIDADE É ESSA QUE TE FEZ LARGAR O PAUL PARA SAIR AGARRANDO O MATT?! - Sim, esta fui eu entrando na briga alheia.

- I-ISSO NÃO IMPORTA!

- COMO RAIOS NÃO IMPORTA?!

- PORQUE EU SOU MUITO MELHOR QUE VOCÊ!

- AÉ?! EM QUE VOCÊ É MELHOR QUE EU?!

- OS MEUS SEIOS SÃO MAIORES QUE OS SEUS E JÁ BEIJEI MAIS CARAS EM UM DIA QUE VOCÊ EM 18 ANOS!

Filha de uma...!

- ISSO NÃO FAZ O MÍNIMO SENTIDO E NÃO É JUSTO JOGAR ISSO NA CARA DAS PESSOAS!

- ENTÃO VEM ME ENCARAR SUA PIRRALHA! - Berrou ela, com o puro ódio saindo dos poros.

- Eu? Nem pensar. Eu tenho uma ideia muito melhor que a sua para acabar logo com isso - Abri um sorriso maligno para ela, então a guria ficou confusa.

- Em que diabos você está pensando?!

- Apenas observe, e aprecie a prova de que não sou tão encanada assim! - Sai de trás das costas do Paul, então os olhos do garoto triplicaram assim que eu agarrei a gola dele.

- VOCÊ VAI ME MATAR NUMA HORA DESSAS?! - Berrou de medo, então eu revirei os olhos.

- Cala a sua boca e me ajuda a fazer isso melhor que da ultima vez - Murmurei, e puxei ele pela gola até que minha respiração fosse cortada um segundo antes de eu beijar aquele cara.

Outra vez, porque eu sou muito masoquista as vezes.


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Notas finais do capítulo

Mereço o prazes de seus reviews seus lindos?!
*--*
Beijos!