Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 24
Capítulo 24 - Para a guerra!! - Parte tchu!


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Quem está postando as 3:00 da matina?! Adivinha?!
Ah, esquece. Quem se importa ¬¬. Enfiiiiim, aqui estou eu, sem atrasos, e com o capítulo que acho que todos esperavam! Ah! E sei que a narração do Matt está um pouco séria, mas é que a narração é o espelho da personalidade de cada personagem, e o Matt sempre foi meio... Sério mesmo. Por isso que prefiro o Paul, é mais legal HAUSAHAUSHAUSHUAS.
Beeeeeem, beijos seus lindos! Titia Ami ama vocês S2
Até!!
Ami ~

P.S: Detalhe: como eu tenho quase certeza que o Nyah não vai permitir que o link das minhas musicas abaixo funcione, já os deixem abertos para quando chegar a parte que eles forem citados, vocês deixarem eles rolarem, porque eu realmente preciso que ouçam a musica povo!
Link das musikitas: Mirror - Justin Timberlake: http://www.youtube.com/watch?v=uuZE_IRwLNI
Can´t Hold Us: http://www.youtube.com/watch?v=xHRkHFxD-xY



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Matthew -


Nunca pensei que fosse anoitecer tão rápido.

Naquele clube, havia um terraço, e mais atrás dele, um salão com uma grande pista de dança, mesas e um pequeno bar. Abaixo de mim tinha outro, mas o bar deste era bem maior e a maioria das pessoas ficava concentrada lá. Como não vim exatamente pela música, ou pela bebida, preferi ficar no terraço, o meu local favorito que dava a uma ótima vista de parte da cidade e mais ao longe ao mar. Dava até para sentir o gosto do sal da água na ponta da língua. Mas parece que hoje eu estava tão absorto que mal percebi quando o sol já quase desaparecia em algum lugar no mar.

Ajeitei meus braços no guarda corpo. Logo que me ajeito, ouço os passos novamente atrás de mim até pararem do meu lado.

– Estou numa situação horrível para quem já passou por isso antes, não acha? - Perguntei, sentindo os braços dela por trás de mim.

– Ah Matt, porque você simplesmente não... Esquece? Você não é para o bico dela - Ever apoiou o queixo no meu ombro e me estendeu uma garrafa - Toma, isso pode ajudar.

Peguei a garrafa e dei uma risada.

– É esse seu plano? Me deixar bêbado? - Afastei o braço dela de mim e me virei para ela segurando minha garrafa - Isso só torna as coisas mais ridículas.

– Não - Ela sorriu e passou os braços em volta do meu pescoço - Isso só torna tudo mais divertido. Sabe, não faz mal você se soltar um pouquinho... E eu estou aqui não estou?

Ah, claro. E o fato de eu estar traindo meu ex-amigo melhora tudo Ever. Parabéns.

– É, isso é outra coisa que me incomoda. Você não deveria estar comigo e muito menos eu com você. As coisas não mudaram nem um pouco Ever. E o que o Paul vai pensar se ver...? - Ever me calou com um beijo repentino e então se afastou um pouco, sorrindo.

– Esquece Matt, já te disse. Paul não precisa saber, ele deixou de ser interessante desde que aquela garota apareceu - Ela entortou a boca um pouco - Pelo menos você já se desfez dela - Ever sorriu de novo e se inclinou mais, mas eu a empurrei de volta e sai de frente dela.

– Já chega Ever - Levei a garrafa a boca e dei um gole enquanto andava para o salão, afastando para olhar para ela - Vamos entrar - Bem, eu esperei que ela me seguisse depois disso, mas a garota havia congelado exatamente onde a deixei , encarando alguma coisa que parecia ser a rua logo abaixo. Suspirei e me aproximei dela com a sobrancelha erguida - O que foi? - Foi então que para minha surpresa, vi o rosto dela se distorcer de raiva.

– Aquela maldita! Ela está aqui! - Ever apontou para baixo, encarando a rua como se visse o próprio demônio ali em baixo - Bem ali! Com o idiota do irmão dela!

Espera...? Irmão?

Oh Deus.

– July?! - Me apressei em me inclinar para vê-la, então meus olhos crescem quando em vez da garota de jeans e All Stars, vejo uma July completamente diferente - É ela - Murmuro, e do nada um sorriso surge no meu rosto ao vê-la dar um tapa na nuca do Vinícius - Meu Deus, é ela mesma!

Sei lá o que deu em mim, só sei que do nada senti vontade de sair correndo para ver ela. Não via ela desde a cabana... Melhor nem comentar pois todo mundo sabe o porque. Enfim, eu fiz exatamente isso. Deixei a garrafa ali e sai correndo na direção do salão como se minha vida dependesse daquilo.

– Matt! - Ever me chama, enfurecida por aquilo, mas eu nem ligo. Minha chance de fazer as pazes com ela está bem ali!

Depois de praticamente atropelar todo mundo do salão e descer as escadas para baixo, cortei o salão de baixo até eu ver a July passar pela porta com um ar curioso, como se fosse a primeira vez dela num lugar como aquele.

– July! - Chamei ela, parando de correr assim que ela vira o rosto para mim.

– Matt? - Ela perguntou, e eu estava feliz por ela não parecer decepcionada ou algo assim, aliás, não quero que ela me agarre pela blusa e acabe comigo como da ultima vez. Mas paro assim que o Vinícius para do lado dela com um meio sorriso estranho e as mãos enfiadas nos bolsos da calças jeans pretas.

– E ai Matt! Cara, já faz tempo não? - Vinícius alarga o sorriso provavelmente com minha cara, mas July faz uma cara feia para ele.

– É... Faz mesmo - Concordei, e ia falar mais se não fosse por ela.

– Matthew! Como pôde me deixar sozinha no terraço?! - Ever parou na minha frente com o rosto enraivecido, então agarra minha mão e se encosta em mim, enquanto virava o rosto para o pessoal na porta - E vocês? O que fazem aqui?

– Está certo... - July, levanta as mãos e se afasta - Agora eu estou realmente surpresa.

Com certeza não tanto quanto eu, mas como ninguém ali parecia deixar alguém terminar uma conversa, a porta se abre de novo atrás deles e então o ultimo ser que eu queria ver na face da terra surge com seu habitual sorriso no rosto.

– E ai gente, voltei! - Paul correu até ficar do lado da July, mas quando vê a cara de espanto dela, ele logo me encontra e o sorriso desfaz - Matthew e... - Ok, agora a cara dele fechou mesmo - Ever?!

Quase que eu pude sentir o pânico da Ever em mim quando ele disse o nome dela, então ela se afastou de mim na maior cara de pau do mundo.

– P-Paul...!

Vinícius olha para cada um de nós, e da uma risadinha.

– Meu Deus, um Corno, uma Barbie, um Traficante e uma Pirralha. A festa está feita!


July -


Encarei a minha anta biológica cerrando os olhos de raiva.

COMO ALGUEM PODE FALAR TANTA MERDA EM UMA FRASE DEUS?!

– Vinícius, cala a sua boca pelo amor de Deus - E a criatura ainda me olhou com a santa inocência estampada no rosto.

– Mas eu falei alguma mentira aqui?

– Ah, Vinícius, imagina. Todos se emocionaram com seus apelidos carinhosos, olhe só a cara de alegria da Ever - Apontei para ela e então a garota começou a tremer.

Tipo, tremer mesmo.

– P-Paul... Você disse que nunca vem aqui! P-Porque...?

Paul deu de ombros, encarando ela com desdém.

– Bem, talvez eu tenha vindo aqui beber alguma coisa, dançar um pouco, e talvez vez minha suposta namorada agarrada ao cara cujo o fato de existir me deixa irritado - E então o Paul abriu um sorriso que me deixou realmente assustada por parecer tão sincero, então eu olhei para o Matt, e nem me impressionei ao ver ele fazer a mesma cara que eu - Bem, acho que eu vou fazer a primeira coisa da lista apesar de já terem adiantado a ultima - Então Paul se retirou dali tão normalmente quanto entrou.

– E-Espera Paul! - Ever largou o Matt ali mesmo e correu atrás do Paul como se aquilo fosse adiantar.

– Ele anda convivendo muito com você Vinícius - Murmurei para ele, então o bocó deu de ombros.

– Ele tinha que aprender algum dia - Falou casualmente, então se aproximou do Matt e tocou o ombro dele - Aproveite a noite - E deu um sorriso antes de tirar a mão do ombro dele e continuar andando. Então ficou só eu, Matt e a musica Mirror do Justin Timberlake.

Deus... Será que pode ficar mais constrangedor?

– Caramba... Por essa eu não esperava - Não, não fui eu quem disse isso e sim o Matt, estranhamente sorridente.

Será que aquilo era mais normal que eu imaginava?!

– É, muito menos eu. Eu sabia de nada - Engoli em seco, buscando um modo de fugir daquela atmosfera esquisita, até que meus olhos pousaram na bancada do bar ali perto, então meio que a frase saiu sozinha - Quer ir beber alguma coisa?

– Ok, eu acabei deixando minha cerveja lá em cima - Me estendeu o braço como se continuasse sendo o mesmo Matt cavalheiro de antes - Vamos.

Meio que por não ter opções, aceitei o braço dele e fomos juntos para o bar. E, podem me chamar de fraca, mas eu senti uma boa sensação ao me aproximar dele de novo, como se ele não fosse um ex-traficante e não tivesse sido enganada por ele e o resto dos caras que conheci aqui.

Sim, eu sou uma idiota, podem me xingar a vontade.

– Quer o que? - Perguntou quando nos sentamos, então eu olhei para a multidão de garrafas de bebida nas prateleiras a minha frente e entortei os lábios - Hm, pode ser uma limonada. Não gosto muito de beber.

– Certo - Ele chamou o barman e para minha surpresa, o cara voltou com duas limonadas bem geladas num copo iluminado por uma luz azul pelo fundo. Matt estendeu o copo dele com um meio sorriso e disse - Vamos fazer um brinde... - Peguei meu copo de pronto, e sem evitar um sorriso, ouvi o que ele disse -... Por eu finalmente poder ver você de novo apesar de eu ter sido um imbecil - Eu revirei os olhos com o brinde, mas mesmo assim ergui meu copo para o dele e fizemos o brinde - Aos imbecis.

– Saúde - Então nós demos um bom gole de nossas limonadas, pousando-as no descansa copos novamente. Olhei para ele e apoiei um dos braços na bancada - Matt, eu não quero te privar de beber algo mais forte só porque eu não gosto de beber.

Ele negou com a cabeça.

– Não, eu não estava a fim de beber hoje, foi uma boa escolha - Lambeu os lábios rapidamente, então pregou os olhos em mim, me olhando dos pés a cabeça - Você está realmente bonita hoje. Me pegou desprevenido hoje.

– Bem, nem tanto quanto você me pegou hoje - Apertei os lábios e olhei para o outro lado do salão onde Paul conversava com a Ever num canto afastado dos que dançavam.

Ainda bem que o Matt capta as coisas bem rápido.

– July, eu e a Ever... - Ele balançou a cabeça - Aquilo foi besteira. Ela tem tentado se aproximar de mim, mas tem nada rolando de verdade - Dei de ombros.

– Você não me deve explicações na verdade, não é Matt - Peguei minha limonada e dei um bom gole, então olhei para ele, afastando o copo dos lábios - Não vim aqui porque eu te perdoei ou algo assim. Se dependesse disso, estaria em meu quarto com a cara amassada, a taxa de açucar alta no sangue e agarrada a um pôster ridículo de um cara que não existe a não ser na minha fértil cabeça e nos meus mangás preferidos.

– Imaginei. Eu realmente pisei feio...

– Sim, pisou mesmo - Concordei rapidamente, voltando a beber a limonada como desculpa para não falar mais. Ele suspirou e aproximou mais o banco de mim.

– Eu realmente quero que me desculpe por aquilo. Eu nunca iria imaginar que aquilo iria acontecer, e eu só não te contei que eu era um... Você sabe, porque pensei que reagiria dessa maneira.

– Hm, interessante. Agora me responda Matt - Me aproximei dele e murmurei como se contasse um segredo - E seu plano deu certo?

– July... Estou falando sério - Baixou a voz também, então soltei o ar pelo nariz e voltei a ficar ereta.

– Matt, aquilo não foi certo, não importa suas intenções - Apertei meu copo um pouco e encarei ele, corando um pouco ao juntar coragem para dizer o que ia dizer - Você... Você me beijou e... Se realmente estava gostando de mim, devia ter contado a verdade. É isso que importa, sabe? - De repente aquela limonada não pareceu tão fresca depois daquilo, e coloquei ela de volta a bancada - Então, Matt, eu acho que...

– Com licença...?

Por Deus, quem diabos interromperia a conversa logo agora que eu..?

– Paul? O que você quer aqui? - Matt curvou as sobrancelhas, confuso, e foi então que eu decidi olhar para a cara da criatura do meu lado, encontrando ninguem mais que o próprio Paul, mas encarando o Matt com um rosto decididamente mal humorado.

– Eu vim pegar a minha garota - Falou, simples e direto.

Mas... Pera um pouco.

– Sua o que? - Perguntei numa voz vergonhosamente aguda.

Ele virou o rosto para mim e abriu um meio sorriso, dando em seguida o que pareceu uma piscadela.

WTF PAUL?!

– Não, calma ai - Matt olhou para mim e depois para ele - Não que eu já tenha duvidado de você, mas em que espaço temporal provável a July seria a sua garota?

– No momento que eu não sou um ex-traficante que pede desculpas logo depois de trair seu "amigo" com a namorada dele. Então, eu acho que eu estou mas favorecido aqui - E depois pegou meu pulso dando um sorriso gentil para ele enquanto Matt ficava atônito na cadeira dele - Agora com licença, preciso aproveitar minha noite. - Enquanto eu encarava ele de queixo caido, Paul me puxou com ele para fora do bar em direção a pista de dança.

Meu santo que está no céu... Quem disse isso foi o mesmo Paul de hoje de manhã?

DEUS? É VERDADE DEUS?

DESDE QUANDO PAUL SABE DAR TIRADAS?!

– P-Paul? - Perguntei, só para ter certeza que aquele era o ele e não algum robô com cérebro artificial, aliás, muito melhor que o do Paul tarado.

Ele só resolveu falar alguma coisa na pista de dança, eu parada encarando ele chocada e ele sorrindo triunfante, como se finalmente tivesse conquistado a Califórnia inteira com o que ele chama de "dom para o amor".

Amor... Sei seu safadinho.

– Olha, antes que tente fazer alguma coisa, isso faz meio que parte do plano do seu irmão maquiavélico - Ah... Claro. Por um momento achei que o Paul tinha virado um homem de verdade... Ufa! Que susto!

– Então ele teve a grande ideia que agora eu me tornei a "sua garota"? - Ergui uma sobrancelha, e ele assentiu, alargando o sorriso de uma forma que eu revirei as orbitas - E desde quando ele permite algo assim?

– De acordo com ele, desde que eu não leve isso a sério, se não a punição será por sua conta.

Muito sábio.

– Ótimo, então tudo que tenho que fazer é ser sua namorada?

– Sim.

Ai pera... Pera... Todas as lembranças daquele dia estão surgindo!

Ai meu Deus... Diz que não vai ter beijo!

– July?

– Sim?! - Perguntei um pouco mais nervosa e corada só por pensar naquele dia... aquele dia... maldito seja.

– Eu vou tomar cuidado, prometo. - Ele voltou ao seu sorriso idiota, parecendo entender minha preocupação, então, por incrivel que pareça, eu relaxo - Agora, deixe que eu tome conta disso, estamos parados no meio de uma pista de dança a muito tempo. Nem eu seria enganado com isso - Me limitei a assentir.

Bem, como se o destino estivesse todo a favor de nós, uma de minhas musicas preferidas começou a tocar, cujo nome é Can´t Hold Us, o que ajudou significantemente em me deixar menos tensa.

Bem, como devem imaginar, Paul não é do estilo romantico, então ele apenas pegou minhas duas mãos e me puxou mais para o interior da pista já acompanhando a batida. Quando estavamos num lugar bom, ele soltou uma de minhas mãos e começou a dar alguns passos balançando a cabeça enquanto olhava para mim. Cara, aquilo foi tão embaraçoso e hilário ao mesmo tempo que eu só consegui ficar rindo, então ele fez cara de quem se magoou e fez sinal para que eu acompanhasse ele, mas, sério, não dava. Ver o Paul dançando enquanto fingia ser meu namorado não dava! Eu só ria! Putz, é muito hilário.

Foi então que ele pareceu desistir de me fazer dançar por mim mesma, e teve outra ideia. Quando chegou a parte mais massa do refrão da musica, ele me fez parar de rir me puxando na direção dele, e como se o susto não tivesse sido grande o bastante, ele me afastou de novo, me girou e me puxou novamente, mas de costas.

– Paul! - Protestei apesar de estar rindo por algum motivo, mas ele apenas aproximou o rosto e disse:

– Pelo menos tenta, tem que parecer convincente já que ele não para de olhar - Foi então que eu percebi que Matt olhava tudo de olhos estreitados no bar, e engoli em seco.

Droga... Isso é muita pressão.

– Está certo - Concordei, então Paul me jogou com um braço para longe, e me puxou novamente, mas comigo de frente para ele, então eu e ele abrimos um sorriso cúmplice enquanto dançávamos - Vamos caprichar gato - E alarguei o sorriso, com outra vontade IMENSA de rir.

Paul riu de mim, mas ele finalmente percebeu que a coisa estava séria quando eu me afastei alguns passos e comecei a fazer a dancinha que minha irmã me ensinou. A dança proibida super do mal que os mino pira: A dança especial para baladas. Paul parou a dança dele por um momento, me olhando com certo choque e admiração quando eu coloquei uma mão atrás da nuca e estendi a outra para ele enquanto balançava os quadris.

Claaaaaaro que eu só estava ajudando na encenação. Eu não uso essas táticas se não for por um bom motivo.

Claro...

– Deus me dê forças - Paul soltou o ar pela boca e aceitou a minha mão, se aproximando de mim meio hesitante.

Afe, esses garotos não sabem dançar mesmo.

– Vem logo Paul! - Dei uma risada e puxei o garoto numa distancia quase nula entre eu e o ser proibido a minha frente, então, claro que com um olhar de advertencia, peguei o rosto dele e o aproximei até que nossas testas quase se encostassem, mas eu não precisei fazer nada quanto as mãos dele irem para a minha cintura. Ele captou a ideia.

Ou então era tarado por natureza mesmo, fazer o que.

Mas é então que entre a multidão de pessoas na pista, bem ao fundo do salão eu capto quase que automaticamente a imagem da Ever parada nos olhando com um rosto profundamente magoado e irritado também.

– Hm... Paul? - Chamei ele, e então o garoto desvia os olhos de algum lugar para me olhar nos olhos, oque não era tão dificil pela distancia dos nossos olhos.

Tá mas... Para onde ele olhava antes mesmo?

– Eu fiz algo? - Perguntou.

– Não é isso... - Apertei os lábios e ajeitei instintivamente as minhas mãos envolta do pescoço dele - O que aconteceu com você e a...? - Me calei, achando que estava óbvio o bastante.

– Ah, isso? - Ele abriu um sorriso e apertou mais minha cintura - Não esquente com isso, uma hora isso ia ir para o ralo.

– Eu sei, mas... Não está magoado ou algo assim?

Ele deu de ombros, de repente com o olhar divertido em mim.

– Por que devia? Agora tenho uma namorada não é?

Ha ha. Muito hilário da sua parte.

– Ok, não viaje Paul - Revirei os olhos de novo e ele fez uma cara triste.

– Posso me contentar com isso então.

Ai pai...

– Só hoje - Abri um sorriso feliz só por lembrar que a noite uma hora acabaria e eu iria para o conforto macio e quente da minha caminha.

Ah... Caminha.

Meu eterno amor depois do Kakashi.

Ah... Kakashi.

Droga, acho que realmente preciso de um namorado.



Vinícius -


Perto...

Muito perto...!

VOCÊS ESTÃO MUITO PERTO CARAMBA!

Amassei a latinha de cerveja com um preocupante tique nervoso num dos olhos enquanto o bocó do Paul praticamente beijava a minha pirralha com aquela cara de besta colada na dela.

– Maldito seja você Paul... Não precisava ser tão convincente! - Resmunguei, irritado, claro.

Do meu lado brotou uma garota vinda de algum buraco dali, e praticamente se jogou no meu braço esquerdo quando eu mandava toda a carga negativa que eu tinha em direção ao Paul tarado.

– Oi coisa linda - Miou no meu braço, então eu olhei a guria de rabo de olho.

– O que é isso? - Olhei para ela.

A garota alargou o sorriso e então olhou a si mesma mordendo o lábio inferior.

– É apenas o meu vestido... Gostou foi?

– Não. Eu quero saber é o que diabos grudou no meu braço para que eu possa tirar e sair logo daqui. - A garota se afastou de mim com a boca num "O" de choque, então eu sorri - Olha só, já saiu - Então virei as costas e sai dali.

Essas gurias esquisitas escorando no braço dos outros... Vê se pode uma coisa dessas.

– Um bando de frescas - Resmunguei, caminhando em direção ao bar onde um ser de dar dó encarava a pista de dança com uma cara que me faria comprar pelo pelos uma bebida para ele.

Só que não.

– Ótima noite não? - Perguntei, me encostando na bancada enquanto pedia um Keep Coller Black citrus para o barman. Matt olha para mim com uma sobrancelha erguida.

– Sabe o quanto isso soa falso vindo de você, certo? - Abri um sorriso para ele e experimentei um gole do Keep que o barman acabara de entregar.

– Eu sei, mas quem disse que me importo. - Então me sentei onde a pirralha estava e olhei para os dois melequentos na pista. Quando percebi que estava prestes a quebrar a garrafa nas mãos, desviei o olhar para a fonte de minha diversão para hoje a noite - Pensei que te veria com sua companheira hoje. Soube que tem ido bem.

– Sabe que não sairia com a Ever Vinícius - Falou, olhando para os melequentos em vez de mim.

– Bem, isso dependeria do tamanho do seu desespero - Falei sorridente, então agora o Matt me olha e eu faço rosto de desentendido - O que é? Vai me dizer que não saiu beijando a Ever?

– É... Mas eu não estou desesperado.

Dei uma risada.

– Se o que te faz sair com uma ciumenta demonia assassina não é desespero, nem quero imaginar o que se passa com você - Então dei mais um longo gole da bebida.

– A é? Experimenta receber um pé na bunda de uma garota que descobriu que você é um ex-traficante e ter uma garota carente a fim de você no seu pé.

– Certo, quando eu conseguir uma garota vou tentar entender seu ponto de vista - Ironizei. Meio que perdi a fé pelas garotas depois da Lisa, a minha irmã e uma desconhecida me esbofetearem.

Traidoras.

– Você não entende - Matt disse por fim, então eu olhei para a cara dele por um instante, chegando a me convencer que ele falava sério com a cara de desolação que ele fazia ao olhar para a July e o Paul.

Por fim, apenas dei uma risadinha e voltei a beber meu Keep. Matt olhou para mim outra vez, mas dessa vez confuso.

– O que é? - Perguntou.

– Nada, só estou pensando o quanto você é idiota.

– Ah, Obrigada - Bufou.

– Não, sério - Continuei, segurando a garrafa num dos braços apoiados na bancada atrás de mim - Preste atenção cara: A garota está ali, tipo, na sua frente com o cara mais tapado dos EUA, e a Ever finalmente se tocou que vai ser uma mal amada para sempre. E enquanto isso você está aqui, chorando com uma limonada na mão e falando com um cara semi-bêbado que tem um macaco de bunda azul como melhor amigo - Te amo Caco S2 - Você é muito idiota para deixar uma oportunidade dessas vazar.

Matt me encarou com os olhos arregalados.

– Cara, a garota é a sua irmã.

– Que se dane! Eu estou bêbado - Dei o ultimo gole no keep e bati a garrafa na bancada - EI, VOCÊ! É, VOCÊ MESMO. O DO BIGODE COM PERSONALIDADE PRÓPRIA. TRÁS MAIS UM AQUI! - Então me virei de volta para frente, mas ao perceber a criatura que ainda me encarava do meu lado, dei um resmungo - Cara! o que diabos você está fazendo aqui. VAI LOGO CRIATURA!

Matt abriu um meio sorriso e se levantou do banco.

– Se o próprio Vinícius disse isso, porque não? - Então se virou e saiu correndo até a pista de dança como um garotinho feliz.

Abri um sorrisinho e dei uma risada.

– Pirralhos... Nunca vão chegar aos pés do mestre aqui - Dei mais uma risada, mas ao notara a garrafa vazia do meu lado, fiz uma careta e me virei para trás - CARACA! Ô BIGODE! CADÊ A MINHA BEBIDA?!


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Notas finais do capítulo

Quem entendeu a piadinha do título posta um Review ai o// o//



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