Jogo De Ideias escrita por Melo


Capítulo 3
"Boulevard of Broken Dreams"


Notas iniciais do capítulo

Aos poucos vou postando "capítulos". Na verdade os capítulos que eu posto servem como teste, para ver se eu sigo adiante ou nao, ou para ver se muda algo (ou não). Enfim, na verdade, comecei a escrever uma historia (autentica) sobre Anne e Icaro (sobre como se conheceram, o que fazem da vida, o que pensam, etc)....e os capítulos aqui postados servem mais como um teste. Espero que gostem ^^.



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“My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'Til then I'll walk alone”

Boulevard Of Broken Dreams, Green Day

O seu olhar era inquieto, profundo. Uma tristeza a assombrava. A perturbava de maneira incessante. Anne, porque você esta triste? O que aconteceu para te deixar tão triste. Eu nunca vi a tua alma tão tranquila de maneira apática. Sem nenhuma mera reação, atitude, sem vida, os seus pensamentos fitando o horizonte. Simplesmente ela não estava aqui, na mesma dimensão que eu. Os seus olhos azuis fitavam o ar, vazio, as suas mãos estavam juntas, apoiadas nos seus joelhos. O seu rosto estava pálido, sem nenhuma reação. A encontrei no chão, sentada na grama, sozinha, sendo acompanhada pelo gélido da noite. Anne, você não é assim, sem vida, triste. O que aconteceu para te deixar assim?

A olhei de relance. A sua mera silhueta. Ela estava usando umas calça jeans obscuras rasgadas e uma blusa de frio com um capuz cinzenta e, é claro que tinha com um desenho (feita por ela) de asas brancas e azuis nas costas. Ela estava usando a sua própia arte. A sua mera vida se concetrava na sua arte.

As suas mãos estavam envolta das suas pernas, ela sentada na grama. Acompanha simplesmente com os seus silenciosos pensamentos.

O céu da noite brilhava, sem nunvens, repleta pelas estrelas distantes. Ao olhar pareciam pequenas luzes, lanternas distantes, iluminando o que deveria ser frio e obscuro. Distanciando o ar frio e sozinho da noite. E eu estava lá, igual que as estrelas, para conforta-la. For the rest of ours lifes. Come with me.

Juntei-me ao lado dela. Sem disser nenhuma palavra, apoie o meu braço no seu ombro e a juntei mais perto de mim. Ela apenas me olhou, sem me dizer nada, enquanto uma pequena e silenciosa lagrima fugia do seu lindo olho azul.

– Icaro, porque só acontece comigo? – ela disse, bem baixinho, me olhando.

– Aconteceu o que Anne? Do que você esta falando? – mas eu já sabia bem do que ela estava falando. Era da sua arte.

– Icaro, não interessa o quanto eu me esforce....simplesmente não vejo resultados. Simplesmente não importa mais. Ninguém se importa mais Icaro! Não interessa o quanto eu me esforce. Não importe quanto esmero eu coloco, ou o quanto eu sangro por aquilo, Icaro!.....simplesmente não importa mais. Desisto disto. – ela disse, se desmanchando em lagrimas, enquanto eu a abraçava, fortemente. Não queria perde-la. Simplesmente algo não andava bem e parecia que se eu a soltasse, eu a ia perder para sempre. Eu não queria isso.

– Não! – eu disse, secamente para ela. – Você pirou? – Isso não e o seu jeito, Anne? Você não e assim! – não estava gostando como a conversa estava indo, isso não era algo normal que ela falaria. Anne, não estou gostando de nada disso. Você não aceita simplesmente o que as pessoas falam, o que a sociedade hipócrita diz, mandam o que temos que fazer. Você Anne, você simplesmente não abaixa a cabeça para tudo que dizem, para cada futilidade e egoísmo. Para cada banalidade e nova moda do ser humano. Anne, você simplesmente não liga para isso. E você me ensinou isso! Você é forte, Anne! Eu confio em você. Você tem os seus próprios pensamentos! Você é dona do seu próprio estilo e atitudes. São estas pequenas coisas, são suas atitudes, as suas falas e ações, os seus pensamentos, ideias e maneira de ver o mundo que fazem de você ser quem você é, Anne! Que fazem de você ser a pessoa que eu gosto e a pessoa quem me apaixonei! São estas pequenas coisas, pequenas expressões, sentimentos e nada de ajustamentos que fazem eu gostar de você! – estava ficando sem ar, de tanta raiva que estava sentindo. Raiva pela maldita sociedade hipócrita, que não acredita na capacidade de Anne. Que não conhece a minha Anne. Raiva, por qualquer infeliz que ousa machuca-la ou magoa-la. Qualquer pessoa que te magoe, na merece o seu ar de existência. Raiva, também, por que essa não era Anne que eu conheço, que abaixa a cabeça para tudo e faz o que as pessoas esperam de você. Anne, você é a surpresa do mundo. Você é a minha alegria, o meu elixir da eternidade, o meu nirvana, Anne. Você. Você não precisa de nenhum ajuste. Você não precisa se encaixar dentro de esta sociedade Anne, você não precisa. Você me ensinou isso. Você me fez ver que eu não preciso fazer o que as pessoas esperam de mi, porque muitas vezes, só confiando em mim mesmo, acabo por realizar coisas fantásticas e imagináveis. Você, por si só já é fantástica. Só acredita um pouco mais em você. Foi você que me ensinou tudo isso. E eu acredito em você.

– Anne, e a sua própria expressão e existência, você, aqui, que me faz enamorar-me de você. Eu gosto de você pelo quem você e, não pelo que você trata de ser, ou pelo que a sociedade fala quem e como você tem que ser. Você é única Anne, e isso que importa. E é isso que eu gosto. E isso que mais admiro em você, Anne. Entao, por favor, não faça ir embora o que mais gosto do seu ser. Anne, me fala o que aconteceu, por favor. – disse, suplicando a ela, enquanto a minha cabeça se apoia na dela e sussurrava no seu ouvido. O meu nariz, tocando delicadamente o seu cabelo claro, entretanto a minha mão estava segurando o seu ombro.

Ela me olhou. Tinha um olhar triste, mais que triste, cortante. Apático, como se nada importasse mais. Caralho Anne, não faça isso comigo, por favor. Não fique assim, eu não sei o que fazer. Então, por favor não fique assim não Anne. Você so precisa acreditar um pouco mais em você e nas pessoas, Anne.

Os nossos olhares se encontraram novamente. Os seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar. Era desconfortante. Quando ela me olhou, a abracei com todas as minhas forcas, a apertei junto para o meu corpo. Enquanto que uma mão minha estava na sua cintura e a outra na sua costa. Eu podia sentir o cheiro do shampoo do seu cabelo claro. Anne, eu sei que você mudou, mas você não precisa mudar. Você não precisa. So precisa ser quem você é, porque eu me enamorei da pessoa quem você é, assim como de todas as coisas que você faz Anne. Entao, por favor, não deixe ir embora a pessoa que mais gosto. Parecia, que se eu a soltasse, uma parte dela ia embora, e eu nunca iria encontra-la. Mesmo o seu corpo estando comigo, muitas coisas dela parecia que iriam embora, parecia que a sua alma iria se fragmentar e partir, para dar nascimento a outra pessoa, apática, sem vida ou pensamentos próprios. Iria ser uma morte moderna. Uma escravidão da servidão moderna, uma nova pessoa para ser encaixada e ajustada aos paradigmas fúteis e banais da sociedade extremamente “comportada e civilizada” que tem que te dizer como você tem quer ser e agir, como se você fosse um produto a mostra no balcão, uma mente humana sem ideais e criatividade pronto a ser arquitetado a projetado por um alguém mais poderoso e rico que você. Manipulação sem limites humana. Droga Anne, eu não quero isso para você. Então porque você se importa tanto com que as pessoas dizem? O que aconteceu Anne? Eu não quero que a sua alma morra. Por isso eu não vou te soltar. Eu não vou te deixar ir. Não vá a nenhum lugar aonde eu não possa ir Anne. Volte para mim, volte a ser você mesma, e não numa copia barata do que as pessoas querem que você seja Anne. Por favor. Estou te suplicando, seja você.

– Icaro – ela disse, me olhando. Ela estava de costas para mim, entre as minhas pernas. Estava frio, e o vento gelado da noite mexia com os seus cabelos. Ela agarra com forca a manga da sua blusa de frio. Agarrava com forca, como se ela se estive protegendo de alguma coisa.

– Icaro. Eu não sabia que você se importava tanto comigo assim. –e ela riu um pouco, enquanto apoiava a sua cabeça no meu peito. – Obrigada por estar aqui comigo. Serio, obrigada. – ela disse, com uma voz calma, delicada. Já estava um pouco melhor.

– Sabe Anne, que tal amanha comermos pão com mel, que tanto você gosta? –E mais leve sorriso se esboçou no seu belo tênue rosto. Ela não disse nenhuma palavra. Mas nenhuma palavra era necessária para saber o que ela estava sentindo. Sabe Anne, ter você ao meu lado já é bom demais. Eu gosto muito de você Anne, então, por favor, não vá embora.

– Icaro, obrigada por estar aqui comigo, você não precisava. Te amo.. – ela falou, enquanto, aos pouco ia se levantando, enqaunto o seu rosto encarava o meu. Eu ainda estava sentando na grama e ela me ofereceu a sua mão para me levantar. Ao ficar em pé, nos dois juntos, perto um do outro, escutando a respiração do outro e o palpitar do outro, a beijei. Era algo profundo, intimo, que transmitia tudo o que eu sentia por ela. Você me faz feliz Anne, então por favor não vá embora. Ficamos uns cinco minutos em silencio, nos encarando enquanto que os nossos narizes se tocavam e as nossas testas se apoiavam um do outro. Estávamos mais do que perto. Estávamos apaixonados. O seu olho azul era encantador, o seu olhar era encantador, a brisa brincando com o seu cabelo claro e as suas mãos quentes ao redor de mim era perfeito.

Enquanto íamos de volta para dentro de casa, ela de costas, agarrando a minha mão, sem uma vez tirar o olhar de mim, me empurrando para si, ela tropeçou de leve e eu cai junto com ela. Apoie o meu braço no chão, ficando alguns centímetros longe dela. Ela de costas para o chão, apenas sendo apoiada pelo seus cotovelos, e eu, bem próxima dela, os nossos lábios quase se encontrando, respirando o mesmo ar ofegante. Entrelacei uma perna com a dela e me inclinei um pouco mais perto dela, para poder beija-la

Anne: queiro que saiba que eu sempre estarei perto de você.


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Notas finais do capítulo

Então galera, eu sofro de uma anomalia (acho que posso chama-lo assim) onde eu troco certas letras por outras e também troco números pensando que são outros números, porque são parecidos, por exemplo, tem vezes que eu troco "você" por "fosse" e escrivo "fosse" no lugar de "você, mas e assim mesmo, troco "v" por "b" e outras coisas (isso tem um nome, medicamente falando) mas isso acontece de forma automática comigo, e não e algo que eu possa controlar, só preciso prestar atenção, e sim eu também tenho um pouco de problemas prestando atenção, mas se virem isso acontecer (aqui na historia) me desculpem então. Bjs!