Angel escrita por Ayame


Capítulo 2
O sonho dela.


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo *3*
Espero que gostem!
Obrigada especial para naka-chan que me mandou um Review *-*''

Pessoas que leem, por favoor, mandem review para eu saber se estão ou não gostando i0i~~ Podem me xingar á vontade, eu jurooo! =3~
Sério, pessoal, quem puder, manda review, só com a ajuda de vocês eu poderei saber onde estou errando e tentar melhorar!
Beijinhos ^_^//



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Capítulo 2 – O sonho dela.

 

 Base do 6º esquadrão de proteção á Sereitei.

 

Era uma manha extremamente calma e serena. Os pássaros cantarolavam ao longe e o cheiro de terra molhada da noite anterior ainda contagiava o ambiente o  proporcionando  nostalgia e tranqüilidade.

Em sua sala, o capitão Kuchiki Byakuya parecia extremamente concentrado em seus afazeres. Com uma pilha de papeis á sua frente, o notável capitão lia com calma e paciência linha por linha dos documentos.

 

- Taichou! – Chamou, Abarai Renji, acabando de adentrar na sala de seu capitão.

- Hum? - Byakuya não desviou sua atenção dos documentos em sua mesa, apenas emitiu aquele som, como se desejasse que Renji continuasse a falar o que desejava.

- Chegou uma mensagem da academia de shinigamis.

- Mensagem? – Ele levantou o olhar, fitando seu tenente.

- Sim. Parece que durante essa semana, houve uma turma se formando na academia e alguns pretendem tentar entrar para o 6º batalhão, senhor.

- Quantos?

- Dois.

- Deixe um relatório sobre eles em minha mesa. Analisarei-os assim que terminar com isto. – Disse ele batendo uma pilha de papel sobre a mesa.

-  Sim, Capitão.

 

Renji colocou alguns papeis na mesa do capitão e depois indagou com a formalidade cotidiana de quando falava com Byakuya.

 

- Precisa de ajuda?

- Não, obrigado. Apenas mantenha a paz desse lugar. Não deixe ninguém entrar aqui a menos que seja extremamente importante. Desejo terminar com isso tudo ainda hoje.

- Sim, senhor! – Renji fez uma breve reverencia com o corpo e se retirou, determinado á cumprir a ordem de seu superior.

 

O sexto batalhão como sempre estava extremamente calmo.  Eram poucas as vezes que alguns membros do mesmo circulavam pelo local, a maioria estava encarregada de fazer algum tipo de vigia, ou então descansavam. Não havia muito o que fazer durante aqueles tempos de paz, diferentemente de algumas épocas atrás quando tudo era sempre muito agitado. Byakuya continuava compenetrado em seu trabalho e Renji quase que cochilava na entrada do batalhão, guardando para que seu capitão não fosse perturbado por ninguém.

 

As horas seguintes foram completamente entediastes. Nada acontecia, e nem deveria acontecer, estava tudo dentro da normalidade padrão. Porém, pelo meio da tarde, Kuchiki Byakuya começou a ouvir alguns cochichos ao longe. Tons normais porém que ainda sim dispersavam-no um pouco. Agradeceu em silencio por seu poder concentração ser bem maior do que o normal. Focando em seus papeis á serem analisados o Capitão continuou a trabalhar, porém com o decorrer do tempo aquilo ficava cada vez mais difícil.  Byakuya já conseguia identificar de quem era uma das vozes. Provavelmente havia alguém na entrada do batalhão desejando falar com ele e Abarai Renji estava empenhado em não deixar essa pessoa entrar.

 

- Não! Byakuya-taichou está muito ocupado e não pode recebê-la! Sinto muito.

- Mas eu preciso muito falar com ele! – A voz parecia ser de uma mulher mas estava longe de ser uma voz similar a de Rukia ou outra mulher que merecesse sua atenção.

- Se é tão importante deixe um recado que quando ele não estiver mais ocupado eu repasso para ele!

- Tem que ser pessoalmente! E eu preciso muito vê-lo!!!!

- Sinto muito mais não é possível!

- EU QUERO FALAR COM ELE! – A garota exaltou-se batendo o pé no chão com força.

- Mas que diabos! Eu já disse que não dá! O Taichou esta muito ocupado agora! – A voz de Renji também começava a se exaltar, e demonstrar um principio de falta de controle.

- EU QUERO FALAR COM ELEEEE!

 

Naquele momento Byakuya já não conseguia nem mesmo ouvir seus próprios pensamentos. Aquela gritaria toda do lado de fora estava, realmente, perturbando-o. Os gritos aumentavam a cada segundo e como isso parecia que não terminaria tão cedo, o capitão desistiu. Se levantou e foi verificar o que exatamente se passava do lado de fora de sua sala.

 

Ao abrir a porta se deparou com uma cena completamente inusitada e extremamente patética. Arqueou a sobrancelha direita observando-os com atenção a cena, enquanto uma grande gota se formava em sua cabeça. Renji estava sendo mordido no braço por uma pequenina shinigami loira. Ele balançava compulsivamente o braço de um lado, gritando exageradamente alto.

 

- AAAH, DIABA! ME SOLTA, ME SOLTA!!! SOLTAAA!!

 

A pequena menina assim que viu Kuchiki Byakuya em pé diante da porta, afrouxou a mordida e foi arremessada ao chão. Pouco se importando  aonde havia caído e como havia caído, a menina continuou a olhar quase que paralisada para o Capitão á sua frente.

 

- Byakuya...Taichou.... – Sussurrou para si mesma.

- TAICHOU! – Renji se recompôs e abaixou, encostando a cabeça no chão em um pedido formal de desculpas. – Desculpa, Capitão. Essa garota começou a berrar e queria desesperadamente falar com o senhor!

- Eu ouvi bem essa parte, Abarai. – Ele disse com os olhos focados na garota. Podia jurar conhecê-la, porém ele não se recordava exatamente de onde.

 

A Garota trajava o tradicional quimono negro de Shinigami com a única diferença de utilizar uma fita vermelha presa á cintura. Os cabelos eram loiros e batiam na altura do ombro magricelo da mesma. Diante dos olhos esverdeados e brilhantes da loira começavam a se formar algumas lágrimas.

 

- Bya.....Bya.... – Ela parecia não conseguir pronunciar o nome dele. Levantou-se como um foguete e correu na direção de Byakuya, agarrando-se á cintura dele e escondendo seu rosto no abdômen do mesmo.

 

Byakuya ficou imóvel, com o olhar surpreso observando a garota grudada em seu abdômen. Definitivamente, não estava entendendo nada do que se passava ali.

 

- ...Ah???- Renji estava com o queixo caído e tão perplexo com a cena que presenciava quanto seu capitão.

- AAH! Pensei que nunca mais iria te ver! Que saudades! Que saudades de você, Bya-chaaaan!!!!!!!!!!!!!!

- Bya...Chan? – Byakuya agora havia passado do estado de surpresa para o de extremamente assustado. Quem era aquela garota? E porque motivo ela acreditava poder chamá-lo de...........” Bya-chan”.

- BYA-CHAN??? – Berrou assustado, Renji. – O q...que? Capitão? Você a conhece?? – Indagou incrédulo.

- .......Não! – Byakuya respondeu fracamente, ainda imóvel.

- CONHECE SIMMM! – Ela o largou e levantou o olhar para Byakuya. – Você me conhece, siiiim!! – Ela disse quase chorando. – Não se lembraa?

 

Byakuya permaneceu em silencio. Sabia que a conhecia, mas não se lembrava de onde. Ela esticou os finos e delicados braços na direção do rosto de Byakuya e assim que tocou as bochechas do mesmo, o puxou para si, fazendo com que ele se inclinasse. Fitou nos olhos dele com determinação. Uma coisa Byakuya deveria admitir, ela possuía olhos extremamente penetrantes e mesmos inundados de lágrimas, eram belos demais. O Capitão sentiu suas bochechas arderem um pouco. O que diabos estava acontecendo afinal? Quem era aquela garota? E porque ela agia com tanta intimidade com ele?

 

- Bya-chan.. Sou eu... Natsume  Rie....! – Ela disse quase em suplica. Ele manteve-se calado. Um nome não significava nada para ele. – Como você não se lembra de mim...? – Parecia uma criança manhosa e desolada falando. - Você é o meu anjo! Como pode esquecer de sua protegida?

 

Byakuya arregalou os olhos.

 

“Você é um anjo?”

 

Ele lembrava daquela voz. Nunca havia esquecido aquela pergunta. Naquela noite, quando ele a salvou, ela havia chamado-o de anjo.

 

- Você....! – Ele murmurou perplexo.

 

Aos poucos um largo sorriso se formou no rosto da menina e iluminou os obres esverdeado da mesma.

 

- Você se lembra! – Ela disse ao abraçá-lo fortemente. – Ahh! Que boooom! Senti tanto a sua falta e..
- Er... Chega! – Byakuya já estava começando a ficar nervoso e impaciente com toda aquela proximidade da garota, sentia seu rosto levemente corado pelo constrangimento e detestava aquilo. Lentamente ele pousou ambas as mãos sobre os finos ombros da shinigami e a afastou um pouco, dando um passo para trás. – Diga.. O que quer aqui? – Falou tentando parecer o mais natural possível.

-  Eu... – A menina desviou o olhar e então deu um passo para trás, fazendo uma reverencia. – Eu gostaria muito de conversar com você sobre algo, Byakuya-Taichou! É muito, muito, muito importante! Por favor, me atenda!

Byakuya ficou um momento em silencio. De uma hora para a outra a menina extremamente alegre e extravagante havia se tornado uma shinigami compenetrada e respeitosa, pedindo de forma cordial á um capitão uma audiência. Arqueou uma das sobrancelhas e depois moveu lentamente a cabeça. Suspirou. Não tinha escolha, se dissesse que não ela provavelmente iria dar um escândalo e perturbá-lo até que ele decidisse ouvi-la. Era mais fácil aceitar de uma vez.

 

- Certo. – Ele assentiu com a cabeça e se virou com graciosidade, voltando á sua sala. Ela o seguiu.

 

Em poucos segundos já estavam na sala do Capitão. Renji ficou em pé, próximo á porta com os braços cruzados apenas observando. O Capitão do sexto esquadrão sentou-se em seu lugar original, atrás da baixa mesa de madeira e Natsume, sentou-se á frente do mesmo, ajoelhada, apoiando ambas as mãos na perna enquanto fitava o chão.  Ela parecia procurar as palavras certas para começar a falar e Byakuya apenas respeitava, ficando em silencio e aguardando.

Ela por fim, tomou fôlego e falou com o tom de voz baixo e calmo, completamente diferente do tom que usava á pouco em sua discussão com Abarai Renji.

 

- Eu acabo de sair da academia de shinigami. Minha turma se formou esta semana.... E bem.. – Ela pausou por um momento. – Eu, desde aquele dia em que você me salvou, desejo muito entrar para o sexto esquadrão e servi-lo! – Ela levantou o olhar e Byakuya poderia jurar que havia uma certa angustia no olhar da mesma. – Eu sei que isso é normal! Muitos amigos meus pensam como eu! Eles procuram entre vocês, capitães, ou tenentes... – Ela desviou brevemente o olhar para Renji, mas logo voltou a fitar Byakuya. - .. uma expiração, me entende? Alguém para se espelhar e se inspirar. Alguns escolheram Kenpachi-taichou por sua força... Outros Ukitake-taichou por sua bondade..Mas, eu quero ficar no sexto batalhão.. Porque é aqui que Byakuya-taichou está. Meu sonho, desde aquele dia, é entrar para sua equipe, Byakuya-sama.... E eu gostaria muito de pedir que me aceitasse! – Ela terminou, reverenciando-o de maneira extremamente formal.

Byakuya que ouvia cada palavra da loira com atenção, não demonstrou muito entusiasmo, nem desprezo. Continuou impassível, impenetrável, como sempre costumava ser. Renji fitava a garota com certa curiosidade, jamais poderia imaginar que aquela menina briguenta de poucos segundos atrás se tornaria aquela shinigami decidida de agora.  Byakuya fechou os olhos e respirou fundo, indicando um montinho de papel organizado ao lado da mesa.

- Certamente você foi instruída pela academia que caso desejassem entrar em algum esquadrão em especial deveria informar á eles, logo, presumo que seu nome esteja nos papeis que recebi á pouco tempo. Eu os analisarei e então decidirei isso com calma. Você não precisava se dar ao trabalho de vir aqui.. e ...

- Meu nome não está ali, Byakuya-taichou.. – Ela interrompeu-o, abaixando o olhar.

Ele abriu os olhos e a encarou.

- Esqueceu de avisar á academia que tinha preferência pelo sexto esquadrão?
- Não, exatamente. Eles sabem muito bem que eu desejo entrar para o seu esquadrão  mas.. – Ela hesitou.
- Mas..? – Incentivou, Byakuya.
- É que... Eu ainda não consegui liberar a minha zanpakutou.....!
- Você não alcançou sua shinkai? – Ele indagou com seriedade.
- Ainda não. Não sei o nome da minha zanpakutou ainda e ......!
- Então como espera que eu a aceite no sexto esquadrão? – Ele mantinha o tom serio, encarando-a com indiferença e seriedade.
- Eu.. – Ela tentou levantar o olhar, porém não agüentou fitá-lo. O olhar de Byakuya era quase uma metralhadora que disparava sem piedade nenhuma sobre seu coração já danificado pela idéia de não entrar para o esquadrão que desejava. – Eu queria...
- Para entrar para a Gotei 13 é necessário que o shinigami alcance a Shinkai. É obrigação do shinigami que pertence á força especial de proteção á Sereitei, pelo menos, saber o nome de sua Zanpakutou. Se não conseguir isso, você não irá entrar nem para o sexto, nem para nenhum outro esquadrão. O mais provável é que você seja redirecionada para um dos grupos especiais, ou Kidoushuu (Brigada de Artes Demoníacas) ou  Onmitsu Kidou (Unidades Móveis Secretas), dependendo de suas habilidades.
- NÃO! – Ela se exaltou, inclinando-se sobre a mesa e fitando os olhos de Byakuya com determinação. – Eu vou entrar para a Gotei 13. Esse é meu objetivo! Eu vou conseguir liberar a minha Zanpakutou! Vou ouvi-la e então liberarei minha shinkai! Acredite em mim, Byakuya-taichou.

Byakuya recuou um pouco o corpo para trás devido á proximidade da garota porém não desviou nem um pouco os olhos dos dela. Ela parecia realmente determinada, porém só determinação não era suficiente. Muitos não conseguiam descobrir o nome da zanpakutou. Era algo consideravelmente normal.

 

- Por favor... – Ela voltou a posição original. – Por favor... Eu juro. Vou fazer de tudo para alcançar a Shinkai e ai eu estarei apta á entrar para a Gotei 13. Por favor... Quando isso acontecer... Me deixe entrar em seu esquadrão...! Eu prometo, não irá se arrepender. Acredite, eu treinaria direto até alcançar a Bankai se esse fosse o único jeito de estar aqui junto á você, Taichou... Porque esse é o meu sonho, e eu farei de tudo para realizá-lo!

 

 

 

“Era uma chance em mil que eu tinha, mas eu precisava falar com ele. Sabia muito bem de sua fama de durão e quase que insensível, mais eu necessitava daquilo. Para eu realizar o meu sonho eu precisava do apoio do meu anjo. Meus amigos dizem que eu sou sortuda, e hoje eu começo a acreditar neles.. Porque Byakuya-taichou me disse sim. Talvez não o sim que eu gostaria de conseguir, mas sim um “Quando alcançar a shinkai, pensarei sobre isso.” E eu sei que isto já é suficiente. Hoje eu dou o primeiro passo para o meu sonho, e sei que eu conseguirei. Porque eu jurei á mim mesma, darei o meu suor, o meu sangue em meu treinamento e alcançarei a shinkai para poder ficar ao lado dele.”


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