O cara te manda mensagem, conversa contigo até de madrugada pela internet, sugere bandas pra você ouvir, compartilha acontecimentos da vida dele, te chama pra ir ao cinema, pergunta quais são seus planos para o fim de semana e após tudo isso, ainda tem a cara de pau de chegar pra você e dizer que é só amizade. Não sei você, mas sou do tipo de garota que O-D-E-I-A menino sem atitude.

Nossa Senhora dos Casais-Não-Juntos sabe bem que não existe coisa pior pra um relacionamento que falta de atitude e indecisão. Eu me tremo todinha, trabalhada no ódio e no desgosto só de pensar na situação. Meninas, podem falar se discordarem: menino tímido é uma coisa muito sexy, mas menino que não toma providências eu prefiro nem comentar, de tão deprimente que é.

Conheço uma penca de garotas que dariam tudo pra ter ao lado delas um cara fofo, tímido, cheio de medo, cheio de insegurança. Mas chega um ponto em que não é insegurança, é falta de maturidade. Conheço casos em que a infantilidade era tanta, que a menina foi trocada por um videogame. UM VIDEOGAME, SIM! Penso que se o cara prefere um videogame a uma menina linda, sarada, esperta e gostosa, ou ele é demente, ou é gay. (FALEI O QUE TINHA QUE FALAR!!)

Êta coisinha mas desgastante essa de ficar num vai-e-vem, num ata-desata, chove-não-molha, etc. Para as meninas mais extrovertidas, mais saidinhas, mais piranhosas, o relacinamento sai na maior tranquilidade. Elas estampam na testa que estão a fim e que sabem como agradar e o cara vem logo tomar uma atitude, por menor que seja, que abre caminho para elas. Mas para as tímidas, introvertidas e decentes o caso é mais sério. Nós, meninas que pensam, temos uma certa dificuldade em deixar as coisas acontecerem e apenas demonstrar o que sentimos. Algumas chegam até a afastar as pessoas delas, a tomar atitudes e dizer coisas que na verdade, não fazem o menor setido e podem ser super mal interpretadas.

Sou adepta da seguinte teoria: se não quer, não dê esperança. Porque se a pessoa liga 0 500 2000seilaoquê 0atenção e doa toda a atenção que você, gatinha carente, estava precisando, tem que, no mínimo, ter alguma intenção com você. Porque deixar menina apaixonada e ir embora é crime. Crime ediondo sujeito à pena de morte cerebral, intelectual e caráteral (morte do caráter). Além das possíveis reviravoltas que a vida possa vir a dar e das vinganças que essa menina possa vir a ter contra esse criminoso, canalha e vagabundo.

Apesar de eu ser um pouco careta e fã dos caras que mandam flores, ligam, se importam e tentam (no mínimo) ser menos macacos que os nossos ancestrais, acho importante o espaço que as meninas vêm ganhando na sociedade. Não estou fugindo do tema, não. Mas queria apoiar as meninas que têm atitude e que assumem o risco de ir falar com os caras de quêm estão afim. Gatas, vocês são poderosas e mostram que não dependem de ninguém. Vocês têm o meu respeito! E o respeito da titia Megan não é pouca coisa, não. Apesar de acreditar também que vale o cuidado pra vocês não virarem peixinhos canibais de água doce. Pois é, mas vamos deixar isso pra outro capítulo.

O que fazer quando você está numa situação em que o cara não sai de cima do muro:

a-) Ter certeza de que ele está afim.– Você pode perguntar a um amigo dele, pedir pra alguém perguntar a ele ou perguntar você mesma a ele. Se não quer que ele saiba do seu interesse, faça isso direito, pra não ficar dando uma de ridícula e infantil que também não sabe o que quer. Se descobrir que ele não tá afim, conquista o idiota ou parte pra outra.

b-) Dar sinais de que você está a fim.– Se você não sabe como descobrir os sentimentos dele, porque não deixar ele descobrir os seus? Dê uns sinais dos seus sentimentos e se ele for esperto o suficiente, vai notar e tomar as devidas providências. Se não, esquece esse panaca!

c-) Respirar fundo.– Entrar em pânico e fazer e falar um monte de besteiras não vai resolver o teu caso, gata. Então relaxa, toma um chá, respira fundo e parte pro ataque. Mas pensa um pouco antes de atacar, pra não acabar atacando do jeito errado e tendo resultados desastrosos.

d-) Agarrar ele.– Se o cara não se tocar mesmo, vai chegar a hora de usar o seu Girl Power e provar pra ele que você é independente e decidida. Vai por mim: a maioria dos caras acha isso muito sexy.

e-) Rezar.– Se você é do tipo extremamente tímida e não consegue executar nenhum dos passos acima, só posso dar esse conselhor: gata, melhor começar a frequentar uma boa igreja e deixar suas preces por lá. Porque se você não demonstra que quer o cara e ele não tem atitude, vai ficar bem difícil de ele advinhar seus pensamentos e mudar de comportamento. Garotos não leem mentes nem interpretam suas atitudes tão apaixonadas quanto as de uma porta.

Acredito que toda garota (as que tem cérebro, pelo menos) detesta aqueles caras que ficam só na ameaça. Aqueles que espalham pra Deus e o mundo que estão a fim, que querem pegar, que vão pegar na maior facilidade mas nunca pegam. São piores do que os sem-atitudes tímidos. Que coisa mais brochante, viu? PA-NA-QUI-CE TO-TAL! Cara, se você quer pegar a mina, chama pro cantinho e pega. Não espalha, não ameaça, não avisa, não ilude, não finge. Vai lá e pega! Parece até que é assim tão difícil... Já foi comprovado que meninos são mil vezes menos inseguros que meninas. Vai lá e pega. Para de enrolar, poxa!

A verdade mais verdadeira, a qual sempre chego inevitávelmente é a seguinte: se o cara não tem a atitude desejada, ele não vai conseguir a garota. Porque apesar de timidez ser sexy, toda menina gosta de um badboy cheio de atitude (o que é bem mais excitante, na verdade). Falta de atitude sucks! E eu adoraria ter uma camisa com isso estampado, vocês não? Então meninas, se vocês querem, conquistem. Porque esse mundo já rodou muito e agora ele já não é assim tão... patriarca e machista. O espaço pro Girl Power vêm crescendo muito e já passou da hora de a gente usá-lo. Ergam a cabeça, confiem em si mesmas, aceitem o risco e vão para a guerra. Por que é isso que o amor é. Uma guerra.

A gente se vê no próximo capítulo, antes que eu fique filosófica e sentimental demais. xx gatíssimas.