Always Lost, Always Confusing escrita por Krieger


Capítulo 7
Afinal, somos amigas.


Notas iniciais do capítulo

Yo ^-^ Como estão?
Bem, ai está o penúltimo capítulo da fic :3 E desculpe por esse capítulo ser bem curto comparado aos outros D:
Espero que gostem e boa leitura! Qualquer erro, me perdoem e por favor, me avisem! ^-^ Se possível, leiam as notas finais do capítulo -q



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Às vezes ficamos cegos, olhamos para os outros e tentamos entender. O que todos realmente querem? Por que eles abandonam? Ou melhor, por que eles começam uma coisa sabendo que no fim vão ter que abandonar? O pensamento de cada pessoa é diferente, cada um tem sua forma de pensar, nisso eu acredito. Então todos nós somos cegos, nós enxergamos só o que nosso pensamento diz, às vezes são mentiras ou às vezes verdades, o que faz você se perder facilmente. Por isso que cada um enxerga uma coisa diferente, cada um entende diferente. Se somos assim, por que todos vivemos no mesmo mundo e somos obrigados a fazer a mesma coisa? Bem, vivemos no mesmo mundo para descobrir outras coisas, e quem vai nos ensinar são os outros. Uns conseguem nos fazer enxerga o que deveríamos ter enxergado há tempos atrás, já outros continuam cegos, mas juntos. Compartilhando tristeza e felicidade, acho que nossos sentimentos ficam mais fortes.

Eu fui uma garota solitária por muito tempo, eu andava cega, eu enxergava coisas inúteis, nada que eu pensava ia me ajudar, eu iria continuar caminhando cega. Eu acho que tem muitas outras pessoas assim também, mas e se elas encontrarem outra pessoa em sua vida? Apenas uma é capaz de fazer muita coisa. Alguns pensam assim e entram em desespero procurando qualquer um, muitas vezes alguém falso, são essas as pessoas estúpidas que se afogam em falsidade. Eu demorei muito para encontrar uma pessoa, mas valeu à pena. Agora, eu enxergo outras coisas. Sabia que a felicidade é tão bela que chega a ter a beleza do céu? Ah, como eu amo observar isso. O som de risadas e um sorriso em qualquer lugar branco e vazio podem significar muito mais do que um lugar colorido e solitário. Eu devo ser idiota por ficar pensando nessas coisas, até eu me chamo de idiota a maioria das vezes que chega a ser engraçado.

Os dias se passaram, semanas e meses. As aulas estavam normais e iguais a minha rotina, mas a única coisa que mudou é que agora Lieve estava sempre comigo. No recreio, sentávamos embaixo daquela mesma árvore e olhávamos o céu, lanchávamos e muitas vezes nós duas experimentávamos o lanche uma da outra. Fazíamos piadas das coisas e rimos juntas, às vezes ela me irritava e eu sempre estava fazendo cosquinhas nela. Até quando as provas começaram nós duas estudávamos juntas naquele morro, era muito relaxante, no final sempre tomávamos sorvete e olhávamos para o céu. Lieve sempre tinha alguma piada para me fazer rir. Claro que continuamos indo com frequência no parque, eu sempre andava de bicicleta e com o tempo Lieve não precisou mais ficar me segurando, mas sempre estava ao meu lado. Passeávamos por quase toda a cidade de bicicleta, ela pedalando e eu ficava na garupa. Meus dias com Lieve foram os melhores, nós sempre estávamos juntas. Eu não preciso de mais nada enquanto estou com ela.

Depois de um sábado na casa dela assistindo um filme eu passei o domingo sozinha, ela havia me mandado uma mensagem avisando que estava com um resfriado e talvez não fosse à escola no dia seguinte. Eu até me ofereci para fazer uma visita na casa dela, ela riu e ficou feliz por eu me preocupar, mas no final ela acabou recusando, dizendo que era melhor ficar sozinha para não passar o resfriado para ninguém. Entendi e passei quase a tarde de domingo inteira naquele morro, eu não estava triste por ficar esse dia sozinha, muito pelo contrario, eu fiquei muito tranquila naquele morro, eu não tinha motivos para ficar triste.

O dia se passou e era segunda, como Lieve havia me dito ela realmente não apareceu na escola esse dia. No dia seguinte, novamente, ela também não foi na escola, pensei que o resfriado foi mesmo grave por ela até decidir ficar sozinha, fiquei com medo de ligar para ela e acabar a incomodando, então deixei de ligar. Mais dias se passaram, praticamente aquela semana inteira, e Lieve não foi à escola. Passei o fim de semana inteiro sozinha, ia todos os dias no morro com esperança de ver Lieve, mas nada. Eu apenas fiquei esperando sua ligação ou alguma mensagem sua, talvez ela tenha viajado e esqueceu-se de avisar, mas seria estranho isso.

Depois desse final de semana terminar, no dia seguinte de aula, novamente Lieve faltou, até a professora estava me perguntando o porquê, bem que eu queria saber. Depois que a aula terminou eu resolvi ligar para Lieve assim que chegasse em casa. Ela não atendeu o celular. Tentei ligar em sua casa e sua mãe atendeu.

– Alô? –ela disse com uma voz cansada.

– Alô, é a mãe de Lieve?

– Ah, é a Verloren?

– Sim, sou eu.

– Ah querida, quanto tempo! Como está?

– Vou bem sim, obrigada. E a senhora, como está?

– Vou bem, obrigada querida. Precisa de alguma coisa?

– Bem, eu queria falar com Lieve.

– Ah... Desculpe querida, ela não pode atender agora.

– Eu preciso muito falar com ela! Posso passar ai rapidinho? Por favor, prometo não incomodar. –insisti, era a primeira vez que fazia isso.

A mãe de Lieve ficou alguns minutos em silêncio, mas eu não desliguei o telefone por nada.

– Está bem, Lieve também quer te ver.

– Obrigada! Muito obrigada! Logo estarei ai! –desliguei o telefone.

Assim que desliguei o telefone sai correndo de casa e fui o mais rápido possível para a casa de Lieve.

Chegando lá, bati na porta, ofegante.

– Olá querida. –a mãe de Lieve me atendeu. – Ela está no quarto, entre, por favor.

– Com licença! –entrei e caminhei lentamente até o quarto de Lieve, mesmo querendo correr para vê-la o mais rápido possível.

Parei enfrente da porta do seu quarto e a abri lentamente, a fechando logo depois que eu entrei. Lieve estava deitada na cama e inteira coberta, ela estava de olhos fechados, possivelmente estava dormindo. Aproximei-me dela e sorri, estava feliz por vê-la.

– Verloren? –ela abriu os olhos lentamente e olhou para mim ao seu lado.

– Lieve! Desculpe, eu te acordei?

– Não, nada disso, eu já estava acordada. –ela sorriu.

Ela tirou a coberta que a cobria e levantou lentamente, sentando em sua cama e ficando de frente para mim.

– Lieve, você está bem?

– Sim, estou sim, obrigada por vir até aqui para me ver. Eu estou apenas com um resfriado, mas acho que ele é bem forte, por isso não se aproxime muito de mim.

– Está tudo bem, Lieve, eu já fiquei muito resfriada na minha vida, não me importo se ficar mais uma vez. Por favor, apenas me deixe ficar contigo! Afinal, somos amigas.

– Ah, você é uma ótima amiga... Obrigada mesmo. –ela sorriu.

– Você acha que eu fiquei feliz por você não atender nenhuma das minhas ligações e não me dar noticia!? É como você disse; amigas se preocupam uma com a outra!

– Desculpe Verloren, minha mãe não me deixou ir pegar meu celular por nada, ela quis que eu ficasse descansando todo o tempo. Sabe, ela é muito protetora.

– Entendo... Mas por favor, pelo menos peça para ela me avisar! Eu fiquei muito preocupada!

– Desculpe, eu vou avisar sobre tudo agora, ok?

– Certo... Quando melhorar me avise, tenho que te passar muitas coisas da escola.

– Claro, muito obrigada.

Nós duas nos olhamos e sorrimos, ficando alguns minutos em silêncio. Como sempre, Lieve quebrou o silêncio.

– Verloren...

– Hm?

– Esse resfriado é muito forte, talvez eu não vá à escola nos próximos dias.

– Ah... Tudo bem. Posso te visitar?

– Não, por favor, não venha. –ela fez uma pausa, mas continuou. - Eu vou ficar só alguns dias sem ir à escola, não vai demorar, logo que melhorar eu te ligo.

– Certo... Promete?

– S-Sim...

– Então irei esperar sua ligação. Sabe, Lieve, todos esses dias eu vou naquele morro, e assim eu não me sinto tão longe de você. –sorri.

Ela olhou para mim e seus olhos começaram a lagrimejar. A olhei surpresa e preocupada, por que eu havia feito-a chorar?

– Lieve... Eu disse algo de errado? Não chore, por favor...

– Obrigada, Verloren... Você é uma ótima amiga. Eu te amo.

Fiquei ainda mais surpresa quando ela disse isso, era a primeira vez que ouço alguém me dizer isso. Eu não sabia se continuava sorrindo ou se chorava por vê-la desse jeito. Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, ela me abraçou. Um abraço muito forte, logo eu a ouvia chorar um pouco.

– Eu também te amo. –a abracei.



Como ela disse, nos próximos dias ela também não foi na escola e nem me ligou. Eu também evitei ligar para ela, mesmo tendo muita vontade. Eu sabia que ela estava descansando e que não podia a atrapalhar, assim ela iria se recuperar logo.

Eu continuei indo naquele morro, assim eu me sentia cada vez mais perto dela. Eu lembrava de seus abraços. Eu sorria, sorria sempre que lembrava de seus sorrisos.



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Notas finais do capítulo

HEY :3 -q Bem, está no final a fic, logo vou postar o último capítulo! Diferente desse capítulo, acho que o próximo vai ser bem grande, talvez tenha mais palavras que os outros (pelo menos é o que eu espero -q)
Até mais ^-^ E por favor, se você está lendo e acompanhando a fic e ainda não comentou, por favor, comente D: Gostaria muito de saber quem está lendo e acompanhando a fic ^-^



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