O Capitão o olhou assustado e então ele continuou.

- A partir de agora não importa o que se faça. O Titanic vai afundar.

- Mas é um navio que não afunda! – Exclamou um dos caras.

- Ele é feito de ferro e lhe asseguro que afunda, e irá afundar.

- Quanto tempo? – Indagou o capitão.

- Uma hora, duas no máximo.

Todos ficaram chocados.

- Quantas pessoas a bordo?

- 2.200 pessoas a bordo, Capitão.

Nos aposentos de Cal:

Ele se aproximou de Rose, e sem dizer uma palavra deu-lhe um tapa no rosto.

- Você é mesmo uma vadia!

Rukia continuou a olhar para o lado.

“Ichigo, agüenta firme.” – Pensou.

- Olhe para mim quando eu estiver falando com você! – Ele a virou pelos ombros.

- Sr. Cal – abriram a porta.

- Agora não, estamos ocupados.

- Eu recebi ordem para lhe pedir que coloquem os salva-vidas.

- Eu disse que agora não!

- Eu lamento Senhor, mas são ordens do Capitão. Coloquem roupas quentes, a noite está bastante fria.

Ele pegou os salva-vidas e entregou-os a Cal e Rukia.

Todos estavam desesperados, colocando os salva-vidas e alertando as outras pessoas.

O Capitão pediu um PDS, Pedido De Socorro, e disse que o navio estava afundando pela proa, e que precisam de auxilio imediato. Mas, para a infelicidade dele, a ajuda mais próxima chegaria dentro de quatro horas. E, assim todos começaram a ajeitar os botes.

No interior do navio, Ichigo estava sendo preso a um cano de ferro. O capanga de Cal ficou lá para vigiá-lo.

- Capitão, já baixamos tudo e estamos prontos. Não é melhor colocar as mulheres e crianças nos botes?

- Mulheres e crianças primeiro.

- Sim, Capitão.

Então ele começa:

- Senhoras e senhores, atenção, por favor! Venham até aqui! Muito bem, por hora nós convocamos apenas mulheres e... crianças, então, cavalheiros fiquem onde estão.

E assim começaram a pô-los nos botes.

Ichigo percebeu que o navio já começara a afundar. O capanga também percebe e então lhe acertou um soco no estomago e disse:

- Com os cumprimentos do Sr. Cal. – Disse e foi embora.

“Que soco mais fraco. Será que devo sair agora ou esperar a Rukia?” – Pensou consigo mesmo.

No convés superior:

- Estão enchendo os barcos de acordo com as classes? – Disse a mãe de Rose para os tripulantes – Espero que não fiquem cheios demais.

- Ah, mamãe. Cale a boca! – Segurou-lhe pelos ombros. – Será que não entende? A água está quase congelada e não há botes para todos, só para a metade. Metade dessas pessoas irá morrer.

- A metade superior. – Disse Cal.

Rukia o olhou e a mãe dela entrou no bote.

- Pena que não guardou o desenho. Valerá bem mais pela manhã.

- É inacreditavelmente nojento.

- Venha, há lugar para você. – A mulher a chamou. – Venha Rose, agora você.

- Entre no barco, Rose. – Disse a mãe dela.

- Vem... – Cal também tentou.

Ela se afastou.

- Adeus, mamãe.

- Rose, aonde você vai? – Gritou Cal, puxando-a pelo braço. – Atrás dele? Prefere ser uma vadia de rato de esgoto.

- Eu prefiro ser vadia a ser sua esposa. – Disse, áspera.

Ela tentou soltar-se, mas ele a impediu. Tentou outra vez e conseguiu, cuspindo no rosto dele em seguida e indo embora às pressas. E, o bote foi baixado ao mar.

“Agüenta firme, Ichigo” – Pensou, enquanto corria.

Enquanto isso Ichigo já havia rompido a algema. Ele estava com o receio de que Rukia se perdesse no caminho então não esperou com que ela chegasse e saiu.

Rukia pegou o elevador e desceu até o primeiro andar. A água estava incrivelmente gelada, e já estava na coxa de Rukia. Ela passou pela passagem da tripulação e chegou até um enorme corredor.

- Ichigo! – Gritou.

Mas, ele não respondeu.

A luz ameaçou falhar, piscando varias vezes. Ela procurou em todas as portas, até que chegou a uma que havia um cano quebrado.

- Ele não está aqui. – Disse, incrivelmente assustada. – ICHIGO!

Lágrimas se formavam no canto dos olhos de Rukia.

Enquanto isso Ichigo chegou até o elevador, no convés superior.

- Uma moça de cabelos pretos passou por aqui? – Indagou ao cara que estava impedindo a passagem de todos para o elevador.

- Sim, ela desceu faz uns cinco minutos.

- O QUÊ? – Ele ficou inconformado. – Que droga!

Continua...