Yes, My Lady escrita por OshiroHaruka, MoranguAD


Capítulo 20
Encarando fatos.


Notas iniciais do capítulo

~



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Saindo da mansão, Sebastian veio falar comigo.


–Resolveu tudo? –Perguntou.


–Sim,de certa forma.-Respondi, ajeitando a gravada do mordomo.


–Ótimo. Te vejo mais tarde em casa. –Ele disse.


Eu ri.


–Já me sinto casada. “Te vejo mais tarde em casa,querida esposa. Prepare o jantar, eu levarei a lenha para a lareira.” –Disse brincando.


–De certa forma estamos casados... –Ele falou, rindo de minha brincadeira. –Até mais tarde.


–Até mais. –Respondi sorrindo.


~ * ~



Cheguei em casa, exausta. Louis se separou de mim e eu fui para meu quarto para tomar um banho quente.


Depois que saí do banho, lembrei-me que deveria ir ter uma conversa com minha avó.


Desci as escadas, e vi minha avó tomando um chá servido por Louis, perto da lareira.


–Alice. Que bom que não se esqueceu de nossa conversa.- Ela disse, sorrindo.


–Por um momento,eu esqueci. –Sorri. –Mas,sobre o que é nossa conversa?


Cheguei perto dela e me sentei de frente.


–Está servida de um chá, Lady Alice? –Louis perguntou educadamente.


–Se não se incomoda... –Sorri.


–Vou buscar já. –Ele disse, indo para cozinha.


–Você e seu mordomo estão se dando bem... –Kate, minha avó, disse sorrindo. –Bem,a conversa que teremos é breve.


–Prossiga. –Eu disse.


–Você completará dezoito anos em poucos meses, e é provável que eu tenha que lhe presentear com algo.


–Ah,não há necessidade. –Disse,negando qualquer tipo de coisa que viesse dela, e há um fato de que não gosto de surpresas,ou que pessoas gastem dinheiro comigo.


–Eu insisto. –Ela disse. –Eu sinto necessidade disso, não é algo que possa passar em branco,Alice. Noto que não vou viver muito, e meus dias estão contados. Não quero perder a oportunidade de dar-lhe um belo presente.


–Vovó... –Disse,meio triste. –Não diga coisas assim.


–Mesmo não aceitando...Eu comprei com antecipação e não é possível devolver algo tão grande. –Ela disse,olhando as unhas.


–O que quer dizer com “Algo tão grande” ? –Me assustei.


–Eu apenas comprei uma mansão. Somente isso. –Disse minha avó, brincando com algo tão sério.


–UMA MANSÃO? –Me levantei. –VOCÊ COMPROU UMA MANSÃO?


–Sim. –Respondeu a velha,com toda naturalidade, dando um gole no chá. –E ela é próxima daqui.


–Vovó! Comprar algo tão caro quanto uma mansão é uma total insanidade. –Eu disse.


–Não reclame. É meu presente e presentes não tem devolução. –Ela disse.


Louis trouxe a bandeja com a minha xícara de chá.


–Aqui está,Jovem Lady. –Ele disse.


–Obrigada,Louis. –Respondi, pegando a xícara e dando um enorme gole no chá. –E mais especificamente falando, onde é esse “próximo” que você mencionou?


–Ah, ela não é tão próxima daqui. Eu a comprei, ela pertenceu a um rapaz chamado Alois Trancy. Ele morreu jovem e não teve herdeiros por esse motivo. Então, eu a comprei de um representante imobiliário. –Ela respondeu. –Ela é bonita,você gostará.


–A-Alois? –Perguntei,quase cuspindo o chá.


–Sim. Por quê?


–Ah, nada...Esqueça. –Eu desviei o olhar. –De qualquer forma, obrigada pelo presente.


–Oh,de nada, querida.Queria dar-lhe algo especial. –Ela disse,sorrindo.


Minha avó levantou-se e começou a ter uma crise de tosse, não era comum.


–Vovó ? –Me levantei. –A senhora está bem?


–Alice, querida. –Ela disse,ainda entre a tosse. –Eu estou doente.


–O que você tem? –Me preocupei.


–Eu ainda não sei. –Ela respondeu,cessando a tosse.


–Eu vou chamar um médico para cuidar de você. Não se preocupe, vai ficar tudo bem. –Eu disse, passando a mão em suas costas.


–Obrigada,querida. Agora, eu vou para meu quarto. Estou muito cansada.


–Tudo bem. –Eu disse e olhei para Louis. –Você pode acompanha-la até lá em cima?


–Yes,My Fair Lady.


Então, eles subiram as escadas e eu me sentei onde estava.


–Alois...Trancy. Alois. –Pensei. –Sei que já ouvi esse nome antes. Devo falar com Sebastian.


Levantei-me e fui para meu quarto.


Como ainda era cedo demais para Sebastian chegar, abri o livro de ocultismo que Ciel me emprestara.


Mas, não tive paciência para ler nem ao menos seis páginas.


–Tanta baboseira. –Eu disse, fechando o livro. –Diz coisas sobre demônios que não são verdadeiras. Eu conheço demônios. Eu sei bem sobre eles.


“Se um demônio tiver intenção de transforma-lo em um de sua espécie, apenas uma mordida transferirá sua saliva até seu sangue, e assim, obterá características do mesmo.”


“Se um demônio obtiver um mestre que tenha o desejo que transformar outra pessoa em demônio, ele pode executar esta ordem. E assim, tal pessoa se transformará em demônio.”


–Blá, blá, blá. Não acredito nessas coisas. –Pensei.


Mas,quando notei a hora, vi que já passavam de meia noite e eu havia perdido meus pensamentos no livro.


–Nem ao menos jantei. –Disse para mim mesma. –Sendo assim, vou dormir um pouco. Mas, antes, deixarei a janela aberta para que Sebastian entre.


Levantei-me e abri a janela, uma brisa fria soprava em meu quarto...


Deitei-me e adormeci por longas duas horas.


–Alice. Acorde. –Sebastian me chamava delicadamente.


Abri meus olhos, e tudo estava meio embaçado ainda, mas, Sebastian estava lá, lindo como sempre.


–Finalmente você chegou. –Disse,sentando-me na cama e esfregando meus olhos.


–Demorei um pouco, me desculpe. –Ele disse, tirando a gravata.


–É, demorou.


–Vou tomar um banho quente, e logo irei me deitar, tudo bem? –Ele perguntou, tirando seus sapatos e passando seu pé em Kuro,que também estava dormindo em seu travesseiro no chão.


–Sim, sem problemas. –Respondi.


Quando Sebastian saiu do banho, ele se sentou do meu lado na cama e beijou meu rosto.


–Sebastian. –O chamei. –Preciso contar uma coisa.


–Claro,Alice. Disse que você pode contar qualquer coisa. –Ele falou,segurando minha mão.


–Minha avó, está com, alguma doença e eu não sei o que é. –O olhei. –Talvez ela morra, e eu vou ficar sozinha... Eu amo minha avó,ela é o que sobrou de minha família.


–Você não vai ficar sozinha. –Ele disse. –Eu vou estar com você,Alice.Serei sua família.


–Mas algum dia,Sebastian,eu vou morrer também. Seja por velhice, ou uma doença fatal. Não sou imortal como você. –Eu disse.


–E você acha que isso não me preocupa? Saber que um dia vou ficar sem você? Eu demorei tanto tempo para te encontrar e quanto tenho você em meus braços, você se vai? Levada pela maldita morte? –Ele disse,passando a mão em meu rosto.


–E o que faremos? Eu estou com medo. –Eu disse,abraçando-o. –Não quero ficar sozinha,Sebastian. Não quero envelhecer, não quero morrer.


–Oh,Alice... Eu encontrarei uma maneira. –Ele falou. –Nem que eu tenha que desaparecer contigo, mas, eu vou procurar uma maneira. Lhe prometo isso.


Sebastian me soltou de seu abraço, e me beijou.


Era lindo a forma que ele encarava as coisas.

No começo, ele era totalmente perverso e rude, jogava com tudo e com todos.


Parecia alguém sem sentimentos.


Mas, não demorou muito para que ele se abrisse e mostrasse suas verdadeiras intenções e sentimentos mais profundos.


~ * ~

Ele me colocou em seus braços e ficamos acordados,desse mesmo jeito.

Foi então,que resolvi tirar minhas dúvidas.


–Sebastian. Minha avó comprou uma mansão para mim,e ela pertenceu a Alois Trancy. –Disse. –Sinto como se já tivesse escutado esse nome em algum lugar. Sabe onde?


–Alois Trancy é o mestre de um demônio que fez uma aposta comigo,para ter a alma de Ciel. –Ele respondeu.


–Algum dia saberei dessa história? –Perguntei.


–Sem dúvidas. –Ele respondeu.


–Sabe,Sebastian,quando eu completar dezoito anos e for morar lá, quero que vá comigo. –Eu disse.


Sebastian me olhou.


–Como acha que pedirei isso a Ciel? –Ele perguntou.


–Não faço a mínima ideia. –Disse. –Eu falarei com ele, é só chegar a hora.


–Tome cuidado. –Ele disse.


–Ei,Sebastian.


–Sim?


–Quantos anos você tem? -Mudei de assunto, já que envolvendo Ciel ou outras pessoas,sempre acabávamos brigando.


–Tenho quase 500 anos. Por quê?


–Oh,Deus! Você é um velho. –Eu disse brincando.


–Eu pareço velho?-Ele perguntou.


–Claro que não.-Respondi.


–Nem mesmo lembro quantos anos tinha quando minha aparência congelou, mais de vinte, com certeza... –Ele disse. –Sorte, não é mesmo?


–Mesmo assim,seria velho demais caso fosse mortal e estivesse em um relacionamento comigo. –Eu disse.


–Idade é somente mais um número para confundir as pessoas. Você parece mais nova, mas pensa como uma mais velha. Viu? Idade, totalmente desnecessária.


–Ah,isso é um fato. –Eu disse. –Estou exausta. Vamos dormir?


–Vamos. Sei que precisa descansar. –Ele disse.


Fechei os olhos e ainda estava nos braços de Sebastian.

E assim,passei a noite.

Não muito diferente das outras, mas,sempre confortável.


Aquele demônio sequestrou meu coração.



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Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora.
Ele não ficou tão bom. :c
Vou compensar no próximo. Tudo bem? *-*
Hey, dois pedidos rápidos.
1 :
Ask do Sebastian :
*http://ask.fm/AskForABlackButler
2:
Minha melhor amiga vai começar a escrever agora, e bem, ela deve postar ainda essa semana, se você puderem ler a história que ela vai escrever, eu ficaria MUITO agradecida. Ok?
* http://fanfiction.com.br/u/268980/
3:
Se por acaso, como uma leitora minha (Juh) fez, quiserem recomendar a história, eu ficarei grata. *-* Muito mesmo. :3
É só clicar na opção no canto direito do inicio da história que se chama :
"Recomendar esta história. "
~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~
Obrigada pela atenção de vocês, e por aguentarem ler até aqui. ♥
Beijos,queijos e até o próximo capítulo.