Yes, My Lady escrita por OshiroHaruka, MoranguAD


Capítulo 19
A notícia chega ao Conde.


Notas iniciais do capítulo

~



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–Só isso? –Sebastian perguntou.


–O que mais você quer? –Perguntei, o provocando.




–Não provoque,Alice. –Ele disse. –Me dê um beijo e vamos dormir, pelo bem de sua pureza. –Ele brincou.





Sorri.





–Tudo bem. –Me virei e o beijei. –Boa noite,Sebastian.





–Boa noite,Alice. –Ele respondeu, sorrindo.





Me virei e ele me abraçou.





–Alice. –Chamou.





–Sim,Sebastian. –Respondi.





–Algum dia, perderá esse medo que tem de mim? –Ele perguntou.





Me virei para ele.





–Eu não tenho medo de você. –Respondi.





–Então, porque não se entregou quando pôde? –Ele perguntou.





–Porque acho que ainda não está na hora. –Desviei o olhar.





–Talvez não goste de mim o suficiente. –Ele disse.





–Não é isso! –Neguei. –Eu gosto muito de você.





–Mas, só gosta... –Ele falou, desviando o olhar. –Vamos, vamos dormir.





–Ah...Sebastian...Você faz tudo parecer tão complicado. –Falei.





–Como complicado,Alice? Eu só queria saber o porque de tanto medo. –Ele disse.





–Não é medo! Quantas vezes terei que falar? –Perguntei, ficando aborrecida.





–Se não é medo, porque não se faz minha? –Ele perguntou.





–Porque você não é meu ainda. Meu coração pertence a você, e o seu, pertence a quem? A Ciel,seu Jovem Mestre? Por causa de um contrato? –Alfinetei Sebastian.





–Alice! –Indignou-se o demônio. –Toda minha relação com Ciel é por conta de sua alma. –Respondeu.





–Se é por conta da alma dele, e ele já não a tem. Porque diabos você não come logo a minha alma e torna-se meu para sempre? –Indignei-me.





–Eu também não sei porque,Alice! –Ele respondeu, sentando-se na cama.





–Então, eu suponho que quem tem medo aqui é você! –Disse, me sentando também e acendendo a luz do abajur.





–Não é medo! Eu não possuo esse sentimento. –Ele respondeu, batendo com a mão no estofado da cama.





–Se não possui medo,como me garante que possui amor? Ou carinho? –Perguntei, chegando no ponto onde machuca Sebastian. Amor.





Sebastian pausou a conversa, me olhou fixamente totalmente indignado e ferido, por ter escutado aquelas palavras tão pesadas vindas de mim.





–Vamos dormir. –Ele disse.





–Será que não podemos ir dormir sem brigar pelo menos uma vez? –Perguntei a ele, sentindo muito por ter dito todas aquelas besteiras.





–Não sei,Alice. –Ele respondeu. –Ás vezes, você não parece a mulher que eu amo. –Disse ele se deitando e virando-se de costas para mim.





–Não vire de costas para mim,Sebastian! –Eu disse. –Será que não consegue encarar a discussão? Você sempre arruma uma forma de fugir do ponto chave da briga. E por incrível que pareça nós sempre brigamos antes de dormir !





–Maldito Lúcifer! Será que você não pode parar de discutir, sua maluca, e perceber o que eu acabei de falar? Eu acabei de dizer que te amo e você continua com essa conversa irritante de mulher! –Ele disse, levantando-se e falando com o tom de voz quase sumindo de nervoso. –É por essa razão que não como sua alma, porque te amo. Eu te amo, ouviu bem?! Quer que eu repita quantas vezes?! –Ele disse,segurando me rosto.





O olhei assustada, pasma, totalmente branca por ter ouvido aquelas palavras vindas com tanta certeza da boca daquele demônio.





Ouvir ele dizer que me ama, com tanta firmeza, é diferente de ouvi-lo dizer que “Acha” que me ama.





–Me perdoe. –Eu disse. –Me perdoe por ser tão rude com você. Me perdoe,Sebastian.





Sebastian esticou-se e me abraçou.





–Você não tem culpa...É muita coisa para uma humana como você...Tão inocente. Eu te entendo,Alice. –Ele respondeu.





–Eu só queria que ficássemos juntos para sempre...Só isso. –Eu disse, com a voz fraca.





–Eu sei disso, e não há o que eu queira mais do que estar com você. –Ele disse. –Agora, vamos parar de brigar e ir dormir, tudo bem?





–Tudo bem. –Respondi,quase sem voz.





–Você está bem... ? Você precisa se acalmar, brigar comigo está acabando com suas cordas vocais.-Ele disse,carinhosamente.





–Tudo bem.Eu estou bem. Não vamos mais brigar. –Respondi, me soltando dele e passando a mão no rosto.-Vamos dormir.





–Vamos. Está na hora. –Ele disse, deitando-se de frente para mim e me abraçando para dormir.





Sebastian me acalma...





Ele tem cuidado comigo, me ama (agora, com certeza) e é totalmente carinhoso.





Não parece que é um demônio.





Ele mudou a minha vida como um anjo... Não como um demônio.





Eu preciso resolver com Ciel.





Resolver tudo sobre Sebastian.





Eu daria qualquer coisa para estar com ele eternamente.





~ * ~





No dia seguinte, acordei tarde até demais (aproximadamente onze e quarenta da manhã), para minha surpresa, alguém bateu na porta e foi somente por esse motivo que despertei. Eu estava fraca, brigar me cansa, e se pudesse, teria dormido o dia todo.





Sebastian, obviamente não estava lá.




Ele tem deveres a fazer e cuidar de Ciel não é fácil, falando nele, fico preocupada com a manipulação que Elisabeth fará para que eles voltem a se comprometer.



Devo comunicar a Ciel as reais intenções daquela... Mimada.




Abri a porta e fiquei feliz ao ver Louis trazendo uma bandeja com o café da manhã.





–Louis! –Sorri. –Resolveu ficar?!

–É óbvio,Jovem Lady. –Ele respondeu, adentrando no quarto e colocando a bandeja em cima da cama. –Você me deu o que eu precisava, e eu te darei tudo o que precisas.





–Ah, achei por um momento que iria para casa. –Eu disse, sentando-me na cama.





–Eu não tenho para onde ir. –Ele disse, sorrindo.





–Sua casa é aqui, Louis. –Disse. –Bem,hoje vou visitar Ciel novamente, se incomodaria de me acompanhar? –Perguntei.





–Claro que não, Jovem Lady. Lhe acompanharia até o inferno, se necessário. –Ele disse.





–Não seria muito incomum você ir ao inferno. –Brinquei. –De qualquer forma, obrigada. –Disse.





–Não há porque agradecer. –Ele respondeu. –Irei preparar o café de sua avó. Pelo que parece,ela precisa falar com a senhorita. –Ele disse.





–Precisa? –Perguntei. –Ah, bem, diga a ela que depois que eu retornar da mansão Phantomhive conversaremos.





–Yes, My Fair Lady. –Ele disse, curvando-se.





Louis saiu do quarto e eu tomei meu café da manhã, depois, me arrumei para fazer a visita (novamente, sem comunicado antecedente) a Ciel.





Desci as escadas e Louis, eficiente como sempre, havia preparado minha carruagem.





Adentrei o veículo e fomos para a Mansão Phantomhive.





Chegando lá, dei de cara com Sebastian.





–Alice,querida. –Ele disse,carinhosamente. –Veio ver Ciel?





–Sim, Sebastian. Mas não é uma visita, eu preciso conversar com ele em particular sobre um assunto muito importante, envolvendo Elisabeth. –Disse.





–Irei chamá-lo imediatamente. –Ele respondeu e olhou para Louis. –Vou ter que me acostumar com você andando com esse mordomo, não é?–Disse o ciumento.





Sorri.





–Sim,irá. –Respondi.-Por favor,querido,diga a Ciel que eu estarei esperando ele na biblioteca, tudo bem?





–Direi. –Sebastian disse,e então, subiu para avisar a Ciel de minha presença.





Me direcionei para Louis.





–Louis, por favor, se quiser, pode me esperar aqui. –Eu disse.





–Sim, Jovem Lady. Como quiser. –Ele respondeu.






Me direcionei a biblioteca que ficava na ala Sul do segundo andar, fiquei apenas alguns minutos olhando alguns livros que falavam sobre o ocultismo, e então , Ciel chegou. Sebastian não estava com ele.







–Alice. O que aconteceu? –Ciel perguntou preocupado.






–Ciel, sente-se. –Eu disse.





Ciel sentou-se de frente para mim.





–Ciel...Eu tenho que te contar que...Eu sei de tudo. –Eu disse.





–De tudo? –Ele se assustou. –Como assim, sabe de tudo?





–Tudo,Ciel. Eu sei sobre você ser demônio, sobre Sebastian ser demônio...Sei sobre absolutamente tudo.





–Como descobriu?-Ele perguntou, ainda assustado.





–Sebastian me contou. –Eu disse. –Mas,não é por isso que estou aqui.





–E por quê? –Ele perguntou.





–É sobre Elisabeth. –Respondi.





–Bem,Alice, se é sobre a briga de ontem, acho que ela foi infantil sim,mas é o jeito dela e eu não posso mudá-la. Sem falar que não tive culpa dela ter saltado em cima de mim. –Ele disse.





–Não é sobre a briga de ontem, bom, não totalmente. –Eu disse. –É algo muito mais sério,Ciel. Ontem,Elisabeth foi até minha casa.





–Ela é muito abusada mesmo. –Ele disse, desviando o olhar. -Não quero que você tenha problemas com ela, isso me preocupa...Eu me preocupo com você,Alice.





–M-Mas,me saí bem com ela,Ciel. Não precisa se preocupar. O problema em questão é: Ela tem um mordomo demônio. Ela sabe de tudo também e o pior, ela vendeu a própria alma para que tivesse seu amor de volta.





–Impossível. –Ele disse,pasmo. –O que ela quer? Por que fez isso?





–Ela quer que você volte a ser dela. Esse é o desejo dela, e ela fará de tudo para conseguir.





–Isso é um problema para mim. –Ele disse, levantando-se. –Não sei como resolver.





–Desculpe-me, eu também não tenho nenhuma solução...Só achei que você precisava ficar ciente da situação. –Eu disse.





–Obrigado,Alice. –Disse o conde me olhando. –Eu não sei o que aconteceria,caso você não me avisasse. Vou procurar conversar e resolver as coisas com Elisabeth.





–Eu nem quero imaginar você sendo manipulado por aquela criança. –Eu disse. –Ela acha que a você é uma marionete pertencente a ela, e que você tem que ser dela! Estúpida.





–Eu sei. Nunca pude escapar de Elisabeth, mas, desde que virei demônio, isso mudou, terminei o noivado com ela mas não adiantou. –Ele disse.





–Eu entendo. –Eu disse.





–Mas,Alice...Como Sebastian contou isso para você? Nunca vi vocês se falando... –Ele disse,desconfiado.





Ciel é rápido no raciocínio, isso é completamente admirável, mas...Ele me colocou contra a parede.





–Algum dia ainda teremos essa conversa,Ciel. –Eu disse,meio tensa. –Agora, preciso ir...Meu dia está bem cheio hoje.





–Espero que não demoremos para ter essa conversa, quero saber o que se passa com você. –Ele disse. –Irei acompanha-la até a porta.





–Não é necessário. –Eu disse,sorrindo. –Fique em seu conforto.





–Ah, claro. –Ele disse, desviando o olhar.





–Ciel, posso pegar este livro emprestado? –Perguntei,mostrando o livro de ocultismo.





–Claro. Leve quantos quiser. –Ele respondeu.





–Obrigada. –Sorri. –Nos vemos novamente em breve. Passar bem. –Me despedi.





–Passar bem, Alice. –Ele disse,tentando deixar escapar um sorriso fechado.





Ciel de durão não tem nada, ele é um doce e quem não o conhece que se engane.





Foi bom eu ter avisado ele, pelo menos, não fica as escuras com a situação.




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Notas finais do capítulo

É, acabaram os capítulos prontos e eu terei que voltar a escrever.
Se demorar, não se preocupem, preciso de inspiração para fazer mais de 1000 palavras como nos outros.
Beijos,queijos e até o próximo.