Yes, My Lady escrita por OshiroHaruka, MoranguAD


Capítulo 15
Um elogio não muito bom.


Notas iniciais do capítulo

~



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–S-Sebastian! Acorde, preciso respirar!


Eu abri meus olhos, sendo sufocada pela perna esquerda de Sebastian, e seu braço esquerdo, que me abraçavam quase me engolindo, já que eu era muito baixa para Sebastian.
E também, muito nova.
Como fui cair de amores por alguém que tem... Pelo menos uns 500 anos a mais que eu?
Ainda bem que ele é bonito, se fosse um velho isso não seria fácil.

–Se-bas-ti-an! Por favor, eu vou morrer aqui! –Disse, tentando sair das garras dele.

–Já acordei, já acordei! –Ele disse, abrindo os olhos sonolentos e me soltando.

–Ah, finalmente... Nem mesmo amanheceu e você já queria me matar. –Brinquei.

–Sabe que não fiz de propósito, não é? –Ele disse, espalhando-se na cama.

–Eu sei, mas quase morri. –Respondi. –Bom que ainda não amanheceu. Você tem que ir para a mansão.

–Ah, não, Alice, só mais dois minutos! –Sebastian disse, cobrindo-se novamente.

–Não, nem um, nem dois, nem três, é agora mesmo. Imagine só, da ultima vez que você saiu daqui tarde, minha avó entrou logo em seguida. –Eu disse, puxando o cobertor.

–Ah, venha cá. –Ele disse, me puxando de volta para si e me fazendo corar.

–Sebastian... Não falarei de novo. –Eu disse.

–Estou levantando. –Ele disse, me agarrando ainda mais.

Ele é teimoso e isso me deixa louca.
Além disso, gosta de me agarrar...
Mas, eu não posso resistir.
Afinal, é o Sebastian!

–Se Ciel vier bater em minha porta, dizendo que eu estou roubando o mordomo dele, eu vou te mandar de volta para o inferno. –Ameacei.

–Nossa, como ela é má. –Ele brincou, então, se levantou, colocou seus sapatos e foi para o banheiro.

Fiquei lá deitada, no calor que o corpo de Sebastian havia deixado, e no perfume dele, que francamente, era um perfume encantador.
Quando ele saiu do banheiro, colocando sua gravata, notei...

Sebastian... Está comigo. Ele é meu.
Porém, não oficialmente.

–Quando você vai largar Ciel e vir ficar comigo? –Perguntei.

–Não sei, ele é um demônio e é difícil passar a perna nele.

–Mas você também é um demônio. –Disse.

–Sim, mas sou apenas um servo dele. –Ele disse.

–Entendo. Espero que isso não demore. –Disse.

–Sim, eu também, prefiro passar a eternidade com alguém como você. –Sebastian disse. –Uma virgem. –Ele disse, mordendo seu lábio inferior.

Corei gravemente.

–Não me chame assim. –Eu disse, envergonhada.

–Não vê? Isso é tão... Perfeito. Eu só experimentei uma virgem uma vez.

–Obrigada por contar suas intimidades para mim. –Disse, ironicamente.

Sebastian riu.

–Me desculpe. –Ele disse. –Eu vou indo, daqui a pouco tempo irá amanhecer e eu tenho que acordar meu Jovem Mestre.

–Eu sei que sim. –Eu disse, cruzando os braços. –Aproveite, e procure a virgem, acorde ela também!

–Está com ciúmes! Finalmente! –Ele disse, sorrindo fechado.

–Isso não é bom. –Disse. –Odeio me sentir assim.

–Alice, você é a única virgem que eu estou me apaixonando. –Sebastian disse, debruçando na cama.

Eu ri.

–Não fale essas coisas como se fosse um elogio. Por favor, Sebastian, é vergonhoso.

–Não é. Bem, de qualquer forma, eu vou indo agora. –Ele disse, virando-se para a janela.

–Adeus. –Disse.

–Nem um beijo de despedida... Como será quando nos casarmos? –Ele perguntou, brincando, é claro.

–Cale a boca. –Eu ri. –Casar com você? Você não aguentaria minha ignorância sequer um dia.

–Daria qualquer coisa para aguentar a sua “ignorância” a vida inteira. –Ele disse se afastando da janela e indo me beijar.

Sebastian me deu um longo beijo.

–Tenha um bom dia, meu querido demônio.

Então, ele me olhou, sorriu e voltou para mansão em que era mordomo, Mansão Phantomhive.

~ * ~

Desci as escadas para tomar café e acabei esbarrando com Louis.

–Bom dia, Jovem Lady. –Ele disse, curvando-se.

–Bom dia, Louis. Precisamos ter uma conversa depois do café da manhã. –Eu disse seriamente.

–Yes, My Fair Lady. – Ele respondeu.

Então, desci as escadas e fui tomar meu café da manhã. Para minha surpresa, minha avó ainda estava dormindo. E com razão, pois estava amanhecendo agora, deviam ser, aproximadamente cinco e quarenta da manhã.

Sentei –me a Louis serviu a mesa.

–Sente-se. –Eu disse olhando para ele.

Ele se sentou.

–O que você falou ontem para Sebastian? –Perguntei sem hesitar.

–Nada que não seja verdade. Disse que nos conhecemos hoje, que eu era um demônio mordomo seu e que você pensaria com cuidado apara fazermos um contrato. –Ele respondeu.

–E... ? Falou algo mais? –Perguntei.

–Ah,é verdade, também disse que caso fizéssemos um contrato, que não seria em troca de sua alma, mas sim, de um único beijo. –Ele disse.

–Ah...Louis. –Levei minha mão a testa. –Isso fez com que Sebastian quase perdesse a cabeça, e te fizesse perder a cabeça... Literalmente.

–Eu sabia que esse demônio não era apenas um amigo seu. Você me disse que não estava apaixonada por ele, então, não vi problemas. –Ele falou.

–Eu sei, parte disso foi culpa minha. Acontece que eu e Sebastian não temos um relacionamento porque ele pertence a outro mestre.–Respondi francamente.

–Entendo. Ora, peça ao Mestre dele para trocar com você. –Ele disse, como se fosse uma solução plausível.

–Ora, e como acha que eu faria isso? Convocaria Ciel a um chá e diria: “Sabe, eu tenho um caso com o seu mordomo, você podia dar ele de presente para mim?” –Brinquei.

–Até que poderia dar certo. –Ele disse.brincando,obviamente. –Mas não. Apenas faça com que Ciel negue Sebastian e renuncie seu desejo. Se Ciel pedir para que Sebastian seja seu mordomo ,ele será obrigado a ser. –Louis disse.

–Como sabe que o mestre de Sebastian se chama Ciel? –Perguntei desconfiada.

–Eu conheço a maioria das pessoas que fazem contrato com seres do inferno... A alma de Ciel foi comida por Hannah e isso deu um enorme problema no inferno, é claro, que isso chegou até meus ouvidos.

–Hannah é? Hmm. Era uma mulher. –Eu disse, com um pouco de ciúmes.

–Sim, mas não sinta ciúmes. Ela já está morta a muito tempo. –Ele respondeu.

–Como ela morreu? –Perguntei curiosa.

–Suicidio. Morreu junto com seu “amado”, bem, é uma longa história... Alois, Luka,Hannah e Claude.

–Algum dia descobrirei tudo sobre essa história. –Disse, impressionada.

–Pois é, no entanto, se me der licença, preciso arrumar seu quarto, varrer o salão, limpar as cortinas da sala de jantar e podar as cerejeiras no quintal.- Louis disse, levantando-se.

–Não precisa trabalhar tanto,Louis,se precisar, contrato uma empregada que faça isso, você é apenas meu mordomo. –Eu disse.

–Não, não há necessidade. Eu sou um mordomo infernal. Posso fazer isso sozinho, sem falar que... Não há nada que me satisfaça mais do que trabalhar para minha Jovem Lady.- Meu mordomo disse, sorrindo.

Sorri de volta e ele foi fazer seus afazeres, então, depois do café decidi ir visitar Ciel.


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Notas finais do capítulo

Não aguentei esperar. '-'
Desculpem.
~~~
Esse capítulo tinham duas mil palavras, mas, cortei. :3
Então,dividi em dois.
O próximo sim, é só meio dia (Meia noite).
Kisu.