A Guardiã escrita por Alatariel


Capítulo 38
Lhe peço Apenas uma Noite...


Notas iniciais do capítulo

Agradeço as Reviews de eeloisa e Mestiça! Meninas vocês me deixam cada vez mais inspirada a escrever!
Este cápítulo como bem diz o título tem algumas partes...mais quentes devo dizer.
A quem não gosta de ler este tipo de coisa, não ouse prosseguir!
Espero que gostem!



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Após muitas trocas de carinhos, vênias e apertos de mão, os presentes reuniram-se a grande mesa de Elrond para brindarem ao fim da guerra e ao reencontro de Marianne com sua família.

Como todos estivessem satisfeitos e muito bem servidos, o rei de Imladris chamou a Guardiã para seu grande gabinete, para que pudesse lhe esclarecer certos assuntos que lhe diziam respeito.

Não posso revelar-vos agora sobre o que o elfo falara a moça, o fato era que esta saíra do cômodo com um radiante sorriso dançando nos lábios rosados.

Transcorreram-se dois gloriosos dias desde a chegada dos parentes de Marianne a Valfenda, quando todos os moradores do reduto élfico partiram em comitiva até a cidade de Gondor, para que o herdeiro de Isildur pudesse ser coroado.

A viagem fora tranquila e docemente animada por cánticos dos hobbits (incluindo Frodo e Sam, que pareciam renovados após um longo e merecido descanso), e pela suave e doce melodia entoada por Mary. (http://www.kboing.com.br/demi-lovato/1-1031175/)

Chegaram defronte a gigantesca muralha branca, uma cidade dividida em sete níveis alternados, onde foram alegremente recebidos por velhos amigos, dentre os quais estavam Éowyn, Faramir e Éomer.

A sobrinha de Théoden correu de braços abertos a envolver Mary num caloroso abraço de Boas Vindas, dizendo a Guardiã que finalmente após anos e mais anos de solidão, achara a pessoa certa para amar.

- Faramir pediu-me a mão em matrimônio – notificou ela a amiga

- Parabéns! – exclamou a morena – Não foste a única...

- Não digas que... – Éowyn levou as mãos a boca esboçando um grandioso sorriso

Éomer ficara aos encalços de Suzan dizendo que lhe mostraria a cidade inteira se a moça assim o quisesse.

- Seria uma honra acompanhá-la para um passeio por estes prados – dizia o Marechal dos Cavaleiros

- Eu adoraria – concordava a loira radiante

Margareth tratara de ajudar Gandalf e Elrond nos preparativos para a grandiosa festa de coroação, os comes e bebes foram destinados as hábeis e experientes mãos de Robert, que aceitara com agrado a função a que lhe designaram.

Alícia andava para cima e para baixo com Éowyn e Arwen a lhe zelar, ambas sem tirar os olhos da sapeca menina que zanzava de canto a canto, espiando tudo e conhecendo a todos.

Os quatro hobbits reuniram-se para tragar um pouco da mais pura erva da quarta sul, debaixo de algumas árvores belas e frondosas, soltando desculpas de que “não queriam atrapalhar os preparativos da festança que ali iria armar-se”.

Marianne explicava sua grande e perigosa aventura a Suzan, que sorvia cada detalhe da história de bico calado, apenas tomando notas mentalmente (como faria qualquer jornalista que se prestasse), à Srta. Jones nada escapava.

- Beijaram-se em público? – perguntou a loira a certo ponto da história

- Sim e devo dizer-lhe minha jovem, que foi um beijo muito fervoroso considerando-se as circunstâncias – respondeu-lhe Gimli que aproximara-se sorrateiro

- Ora Gimli! Creio que Suh tenha perguntado a mim e não a você! – repreendeu a outra jovem

- Desculpe-me, mas testemunhei tal cena e posso descrevê-la em detalhes – riu-se o anão apoiando-se em seu machado – você e aquele elfo loiro estavam tão vermelhos que...

- Já basta filho de Glóin! – resmungou o “tal elfo loiro” do qual o ruivo falava – Presenciaste, porém não viveste o momento – e após enrodilhou-se na cintura de Mary dando-lhe uma porção de beijos

- Argh! Ainda tenho de ver tais coisas! – grunhiu afastando-se

- Vocês dois são impossíveis! – ria Suzan ajeitando uma mecha de cabelos loiros atrás da orelha

- Não viste nada – sussurrou Legolas brincalhão

- Poderia tomar tua amiga por alguns minutos, Srta. Greyhood? – perguntou uma rouca voz que vinha de um forte e másculo homem

- Hã, claro Éomer. E trate de devolvê-la cedo, ainda temos de nos arrumar para a cerimônia! – objetou a morena

- Mary! – protestou Suh dando um olhar constrangido a amiga

***

O povo de Gondor reunira-se na frondosa praça, onde não havia mais distinção entre povos ou raças, pois elfos e homens festejavam o mesmo motivo.

Marianne atordoara Suzan com perguntas sobre o passeio com Éomer, o que a jovem não quisera revelar-lhe detalhes. Ambas agora trajavam vestes de fina costura, que lhes marcavam os corpos esbeltos.

(Mary: http://www.polyvore.com/marianne_look/set?id=73282676 – Suzan: http://www.polyvore.com/suzan_at_aragorns_coronation/set?id=74561877)

Margareth vestira uma longa e aveludada toga élfica que segundo a altaneira senhora “era a roupa que mais lhe cabia devido à idade”, Robert fora ricamente vestido com tecidos pertencentes aos monarcas de Gondor e Alícia mais parecia uma princesa com um delicado vestido rosa que lhe caía até os pés.

Aragorn, trajado com uma rica e polida armadura prostrara-se diante de Gandalf que lhe erguera sobre a cabeça a coroa que lhe pertencia por direito.

- Estão surgindo os dias do rei! – anunciou o Mago Branco – Que eles sejam longos e frutíferos!

O povo aplaudia e soltava gritos e hinos de saudação ao mais novo rei dos homens.

- Este dia não pertence a um homem, mas ao povo, juntos conquistamos este mundo e devemos mantê-lo e cultivá-lo. – disse-lhes Aragorn sendo aplaudido novamente e em seguida lançando um breve olhar a Marianne – Devemos agora ouvir as palavras de uma jovem que lhes tem muito aprezo e que foi determinante para o fim de nosso algoz.

Legolas franzira as sobrancelhas, olhando Marianne de soslaio enquanto esta subia ao púlpito sendo auxiliada por Gimli para que não tropeçasse na cauda do vestido.

A moça mirou o mar de rostos conhecidos e desconhecidos, tomando fôlego e conferindo coragem para iniciar sua fala.

- Hoje é um dia de profunda felicidade e comoção por entre vós, povo de Gondor – começou calmamente – mesmo que esta mensagem não se dirija especificamente ao povo dos homens e sim aos elfos que aqui se reúnem.

- O poder do senhor do escuro findou, significaria assim o fim do poder dos anéis que mantinham a paz dentre o povo belo declarando vossa partida às Terras Imortais, porém ao sacrificar-me durante a guerra, adquiri poder próprio e, portanto mantenho o poder dos Anéis que ainda restaram nesta imaculada terra. Festejem, pois poderão permanecer em seus lares, sem precisarem embarcar nos navios de regresso a Valinor!

Lágrimas escorreram de olhos claros, banhando belas e formosas faces de elfos de todos os locais da Terra Média, alguns abraçaram-se outros trocaram olhares que tinham significados mais profundos do que qualquer palavra.

Legolas girava Marianne nos braços na frente dos moradores de Gondor, sem importar-se com o povo que assistia a cena.

- Juntos até o fim – sussurrou o elfo à jovem

- Para sempre – concordou selando as palavras com um beijo

Após, por entre os lábios da jovem irrompeu uma bela e conhecida canção que logo fora entoada por uma centena de vozes belas e alegres de vários elfos. (http://www.youtube.com/watch?v=YYp0IFnak1Y)

Lay down your head

And I'll sing you a lullaby

Back to the years

Of loo-li,lai-ley

And I'll sing you to sleep

And I'll sing you tomorrow

Bless you with love

For the road that you go

Aragorn desfrutava dos lábios de Arwen, a princesa de Rivendell parecia irradiar a mais pura e bela aura de felicidade que existira.

Alícia correra até Mary que lhe pegara nos braços tornando a cantarolar, enquanto recebia o pai e a avó com doses e mais doses de seu deslumbrante sorriso.

May you sail fair

To the far fields of fortune

With dimonds and pearls

At your head and your feet

And may you need never

To banish missfortune

May you find kindness

In all that you meet

Faramir e Éowyn reverenciaram os rei e rainha da Cidadela Branca, trocando palavras amorosas um com o outro.

Éomer tomara Suzan pela mão e ambos mantinham expressões desconcertadas nos rostos felizes e jovens.

May there always be angels

To watch over you

To guard you each step of the way

To guard you and keep you

Safe from all harm

Loo-li,loo-li,lai-ley

Legolas apertara as mãos do pai, beijando-as com veemência até que uma voz atordoou lhe os sentidos, tomado conta da mente do elfo de maneira desconcertante.

“Estás mesmo disposto a amá-la pelo resto de seus dias até que o mundo finde e que as estrelas despenquem dos céus?” – questionou-lhe a voz num sibilar doce

Extasiado, o loiro virou-se em todas as direções ficando finalmente preso pelos hipnóticos olhos azuis de Galadriel. A dama dos Galadhrim parecia perfurar-lhe com suas orbes turquesas.

“Irei zelar por Marianne durante todos os dias de minha vida, não medirei esforços para fazê-la feliz” – concordou Legolas com um breve menear de cabeça

“Então, tens minha benção...” – declarou a rainha sorrindo

Houve música e dança nos grandes salões de festa de Gondor naquela noite, toda a diversão regada as mais deliciosas comidas e bebidas que se pode imaginar.

Ficara decidido que Marianne e seus familiares partiriam no amanhecer do dia seguinte, portanto queriam aproveitar ao máximo a noite festiva que lhes enchia os olhos.

Suzan e Mary dançavam animadamente, trocando de par diversas vezes, porém sempre demorando-se quando tomavam como acompanhante Legolas e Éomer.

Robert observava de longe e com um tímido sorriso nos lábios a sua “pequena menina”, de olhos fixos no rosto do jovem elfo que também lhe sorria, ambos refletindo o mesmo brilho no olhar.

Como poderia opor-se ao casamento de ambos? Mesmo que lhe doesse o peito a mínima menção a ideia de ter Marianne longe de si, não poderia negar a filha uma nova chance de ser feliz.

- Posso sentar-me aqui? – questionou-lhe um elfo loiro de aparência semelhante a de Legolas, mas adornado com uma exótica coroa de folhas na fronte

- Claro – concordou o homem

- És o pai de Marianne, não é? – questionou o rei élfico

- Robert – aquiesceu o moreno com um aperto de mão – e o senhor é pai de Legolas?

- Thranduil – concordou ele bebericando mais um gole de vinho enquanto observava os casais rodopiando pelo salão – eles parecem muito felizes juntos...

- Seu filho já falou-lhe que pretende desposar minha filha?

- Ah sim, ao que dou total apoio – aquiesceu Thranduil enchendo o copo de Robert com uma dose de vinho – ambos merecem desfrutar da vida do melhor jeito possível! – ergueu a taça em sinal de brinde

- Sim, eles merecem... – concordou o pai de Mary

***

http://www.kboing.com.br/alicia-keys/1-1210871/

Já passava das duas horas da manhã, Marianne mexeu-se irrequieta sob as cobertas grossas que lhe mantinham o corpo aquecido, pois naquelas alturas do ano, o vento já precipitava-se a ficar mais frio.

Desistiu de lutar contra os cobertores, Suzan ressonava pesadamente na cama oposta a sua o que lhe daria a chance de sair sem ser notada ou refreada.

Não calçou suas sapatilhas de veludo, tampouco cobriu os braços desnudos com o comprido roupão que lhe ficara aos pés da cama. Pôs-se a caminhar pelos corredores desertos de Gondor, encontrando raramente algum bêbado a vadear.

Algo atraiu-a a passos trôpegos na direção de uma simples tenda armada sob a copa de uma alta e envergada árvore, escorado a seu tronco estava um elfo loiro, que observava as estrelas.

Os pés descalços atingiram a relva úmida pelo orvalho, o farfalhar da longa camisola contra a grama alertaram Legolas sobre a aproximação da jovem.

- Mary? – perguntou ele deslumbrado com a silhueta da moça aos raios da lua – O que faz aqui fora?

- Não consigo dormir – murmurou ela mordendo o lábio inferior e desviando o olhar, o vento jogou-lhe os cabelos para trás mostrando-lhe parte do colo – preciso de você...

- Eu... – principiou-se Legolas acariciando a face da jovem e forçando-a a olhá-lo – também preciso de você.

Puxou a morena pela cintura, fazendo-lhe afagos nas costas e na nuca enquanto esta lhe puxava o pescoço aproximando os corpos de ambos, até que a distância findou-se e os lábios chocaram-se com pura ternura.

O beijo lento intensificou-se, Legolas puxava a jovem na direção da tenda e Marianne tirou dos ombros do filho de Thranduil o manto largo.

As línguas travavam verdadeira batalha, o casal saboreava o beijo de forma única e irresistível, as costas de Marianne tocaram o tecido grosso que forrava o chão da barraca.

Legolas puxou-lhe uma das coxas, dedilhando a pele macia ao toque, a guardiã desabotoou a camisa de linho que encobria o peito do rapaz deixando-o desnudo da cintura para cima.

Nunca o vira sem camisa e agora que o fazia não pudera conter um olhar de satisfação, o peito esculpido e os braços torneados a circundaram antes que pudesse dizer alguma coisa.

O elfo subiu as mãos por debaixo da camisola de Marianne acariciando lhe as pernas a barriga e os seios, a jovem soltou um gemido de êxtase enquanto era despida, permanecendo apenas de lingerie.

     Pressionou o corpo de Legolas contra o seu, passando-lhe as pernas pelo peito e imobilizando-o, arrancou-lhe as calças largas, o loiro lhe distribuía beijos pelo pescoço e colo.

            Rolaram de lado, ambos arfavam separados por alguns instantes para retomar fôlego, admirando-se sem trocar palavras, Legolas puxou o corpo da jovem por trás, afastando-lhe os cabelos e beijando-lhe a clavícula enquanto abria o fecho do sutiã.

            - Nalyë melmë cuilenya (É o amor da minha vida) – murmurou o loiro mordiscando o lóbulo da orelha da jovem

            - Amo você – sussurrou Mary de volta deixando-se levar pelos movimentos rápidos do jovem elfo

            Sentiu Legolas dentro de si, soltando um arfar de prazer enquanto ambos uniam-se de modo simples, mas especial.

Dentro de uma tenda, sob um manto de estrelas bordadas pelo Deus Supremo da Terra Média, que observava mais uma consumação de amor entre dois jovens amantes, que nem ao menos sabiam serem a encarnação de Beren e Lúthien.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou ruim, médio ou bom?
Espero que tenham gostado!
Bjoss



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