Sentimentos Incompreendidos escrita por Anny Starlight


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão?? Feliz Ano Novoo!!
Bom, esse capítulo é especial, acho que irão gostar e bom... Gostaria de dedicá-lo a uma pessoa especial que me deu minha primeira e linda recomendação: MeninaEstranhaDoPeLanza!! Muito obrigada de todo o coração, ameii... Fiquei pulando aqui que nem retardada!!
Ok, espero que gostem...



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Catarina acordou mais tarde do que o normal no outro dia, não era para menos, afinal, passou horas e hora pensando no ocorrido entre ela e Frederico... Aquele beijo.

Ela não tirava da mente e da pele o toque da mão dele, da boca... O leve encostar da língua.

Essas memorias faziam com que ela sentisse coisas estranhas, não pelo fato de serem ruins o que definitivamente não eram, mas porque eram inéditas para ela.

Catarina nunca tivera um namorado, sempre fora do perfil estudiosa e nem um pouco festeira; não tinha contatos com garotos, apenas com os que eram apenas seus amigos. E assim, de repente, aparece um homem desses em sua vida, tão extremamente perfeito, e bem... Ele é seu cunhado.

E então, quando ela percebe que está apaixonada e se conforma finalmente com esse amor platônico ele a beija enganadamente; Deus, como ela gostou daquele leve beijo, mesmo que não pertencesse a ela. Com isso tudo mudou, aparentemente só para ela, afinal, aquele não podia ser um beijo qualquer, não era, por que aquele beijo era dele.

E depois, quando ela tenta acalmar a si mesma e retornar ao amor platônico acontece isso... Ele aparece todo estranho e irritado com ela, depois vem se desculpar, insinua um beijo - sim, a mão nela, os olhos vidrados, sua boca – e recua... Ela, mexida com as ações dele e a proximidade, perde a razão e o beija inocentemente... Sendo retribuída por ele com fervor.

Calmo no inicio e desesperado depois, sim ele a beijou, ela Catarina... Não tinha engano dessa vez, ele sabia quem era... E mesmo assim a beijou.

O sorriu invadia seu rosto novamente... Que beijo. Apesar de terem tocado realmente apenas os lábios não foi algo sutil... Senhor, se apenas com os lábios ele já a deixou louca imagina a língua dele entrelaçada com sua.

O pensamento fez com que ela sentisse um arrepio quente na coluna... A língua dele invadindo sua boca, acariciando-a; as mãos fortes de homem nela, segurando-a novamente, puxando-a...

Catarina ofegou sozinha em sua cama... Era isso, eram essas sensações que não compreendia, era um incômodo em seu corpo, algo que ela sabia que só ele podia fazer sumir.

Só não sabia se ele queria fazer isso sumir, aliás, até agora não sabia por que ele havia beijado-a. Será que foi algo do momento? Será que ele queria isso também?

Ela não compreendia e isso estava deixando-a louca, precisava saber... Talvez... Talvez ele também quisesse de alguma forma e... E talvez ainda queira... De alguma forma.

Não! Impossível, não um homem como ele... O que ele iria querer com uma menininha que não entendia nada sobre essas coisas quando ele podia ter qualquer outra mulher do mundo?

Mas, mesmo assim ele a beijou... E ela precisava saber o motivo.

Ainda mais por ele estar ignorando-a o dia inteiro.




Frederico terminou seu almoço e foi em direção ao seu escritório.

Chegando lá fechou a porta com um baque e se jogou em um dos sofás de couro, a cabeça entre as mãos e os cotovelos apoiados nos joelhos.

Ele havia se esforçado em ignorar Catarina, até almoçar mais tarde tentou, mas logo que chegou à cozinha lá estava ela lavando seu prato... Ele comeu sozinho enquanto ela foi para o quarto ruborizada, ele viu.

Mas mesmo assim sua coletânea de momentos repassava-se incessantemente em sua cabeça. Cozinha, beijo, banheiro, silhueta, irritação, desculpas, beijo... Isso estava deixando-o maluco, completamente maluco.

Como se não fosse suficiente seu remorso, o seu corpo ainda ajudava-o relembrando as sensações... Os lábios macios e doces, a pele quente do pescoço...

–Chega! – Ele falou para si mesmo.

Frederico não aguentava mais, aquele beijo foi como o inicio do incêndio que agora se alastrava por ele, por mais que se sentisse horrível pelo que fez não conseguia para de desejar mais... Muito mais...

Enquanto sua parte racional se castigava com culpa, com remorso, com asco de si mesmo... Seu corpo ficava relembrando, desejando, pedindo. Era o pior confronto do mundo, exatamente pelo fato de ele acontecer dentro dele. Era como se brigasse com sigo mesmo sem saber em que lado estar, era frustrante.

Deus! Por que era tão difícil aceitar que ela é só uma menina inocente, extremamente jovem e ainda por cima sua cunhada?

Talvez... Talvez ele tivesse aceitado e seja exatamente por isso que se sentia assim.

Não podia mais negar que a desejava, que queria beija-la até perder os sentidos, que queria admira-la sem barreiras... Era só nisso em que pensava desde o maldito beijo enganado e a visão do banho. Não podia ser hipócrita com si mesmo a esse ponto, mas também não podia enganar as suplicas de seu lado racional... Por mais que a desejasse ele não podia, não podia e não iria.

–Sim, não vou... Nunca mais... – Sussurrou para si mesmo.

Se o ser humano era caracterizado por ser um animal racional e que, por isso, conseguia controlar seus instintos... Bem, então era exatamente isso que iria fazer.



Catarina assustou-se com o barulho de uma porta batendo... Era a porta do lado, a porta do escritório dele. Ele estava ali... Alguns metros de distancia.

As perguntas ainda pairavam sobre sua cabeça, a curiosidade por suas respostas estava matando-a... E a possibilidade de ficar novamente sozinha com ele numa sala a excitava.

Ela não soube quanto tempo ficou pensando e decidindo se iria fala com ele, apenas deu por si quando percebeu que havia levantado e parado em frente à porta do escritório dele... E não podia voltar, não queria...

Seja forte Catarina, só mais uma vez... Por você mesma!

Assim, ainda tremula, abriu levemente a porta sem fazer barulho algum; apenas alguns centímetros e ela foi capaz de vê-lo sentado no sofá de couro com a cabeça entre as mãos. Abriu a porta ainda mais, apenas o suficiente para entrar... Ele ainda não havia notado-a... E então se pôs para dentro sem nem ao menos pedir ou avisar, ela sabia que ele a evitava e com certeza daria alguma desculpa.

Ele ainda estava perdido em pensamentos quando ela fechou a porta e ficou em silencio admirando-o e pensando no que falar... Ela tinha que falar, perguntar... Tinham que conversar; e assim fez-se presente na sala.

–Precisamos conversar... – Sussurrou quase inaudivelmente, mas se fez ouvida devido ao silencio.

Frederico pulou se levantando com o susto. Olhou para a direção da voz e viu ela ali, Catarina.

Ela estava parada na frente da porta, segurava suas mãos aflitas, o rosto normalmente ruborizado... Tão inocentemente linda.

Não! Ele baniu o pensamento antes que acabasse dizendo e fazendo demais.

–Catarina, o que faz aqui? – Perguntou surpreso pela sua entrada furtiva.

–E-Eu... N-Nós precisamos... Precisamos conversar... – Ela disse envergonhada e gaguejante.

Frederico até poderia rir do jeitinho dela, tão tímida, mas também tão corajosa em dizer isso... Mas não conseguiria, pois ele sabia muito bem sobre o que ela falava.

Catarina olhou para ele de forma insegura, esperando uma reação dele que continuava passivo e olhando-a.... Pela cabeça dele passavam milhares de coisas no momento, e todas envolviam a noite passada. O beijo, aquela boca na sua, a pele quente... Ela esteve tão perto dela. E agora que tentava se controlar ali estava ela, sozinha com ele numa sala fechada e muito menor do que a sala...

Ele sabia que ela deveria ir antes que não se controlasse de novo. Assim, suspirou e passou as mãos pelos cabelos, um claro sinal de sua exasperação próxima.

Catarina viu seu ato e quase suspirou, ela queria passar as mãos por seus cabelos, pelas mechas claras e lisas que desciam por sua testa, deviam ser tão macios...

–Catarina... – Foi tirada de seu pensamento por ele falando-lhe. - Eu já lhe pedi perdão mais de uma vez... Se quiser peço de novo... Eu só quero... – Ele suspirou pensando em milhares de desejos que terminariam muito bem nessa frase, mas obviamente nenhum deles eram moralmente aceitáveis para ele. – Eu só quero ficar um pouco sozinho.

Ela se aliviou quando viu que ele não estava zangado como noite passada, mas se sentiu rejeitada quando ele fez menção em se desculpar e de desejar que ela deixasse-o; ela não queria desculpas por um momento tão maravilhoso e muito menos queria sair de perto dele, não depois de tudo...

–Eu só... – Sussurrou enquanto abaixava o rosto tentando esconder a magoa em sua voz. – Eu não quero suas desculpas...

Ele bufou mostrando seu desconforto, viu a magoa nela e se sentiu horrível por saber que era culpa dele, mas não sabia o que fazer... Se ele a queria longe tinha de magoa-la de uma forma ou de outra, será que ele conseguiria isso?

–Então me diga o que quer... – Ele pediu mais suave e educadamente.

Você, Frederico!

Ela suspirou e olhou-o nos olhos.

–Quero saber o porquê, Frederico. – Falou baixo, porém determinada.

Ele olhou-a confuso por um momento.

–Quero saber por que você... Beijou-me. – Esclareceu sentindo o calor no rosto. – Você começou, eu vi... Mas parou e eu... Bom, eu continuei e depois... Depois você...

Não! Ele não podia relembrar de tudo isso, ainda mais sendo ela fazendo-o relembrar.

–Para, Catarina! – Disse bruscamente fazendo-a calar-se. - Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas já pedi perdão... E você também, bom, você sabe... – Disse exasperado querendo que ela saísse logo. – Eu já me remoí demais com o remorso e acho... Acho que o melhor seria que ambos esquecêssemos isso.

Ele andou desconfortável pela sala parando apoiando o corpo em frente a sua mesa .

Remorso...Esquecer?!Não...

Catarina se sentia realmente horrível agora, teria sido assim tão ruim para ele... Enquanto para ela tinha sido tão bom, não queria esquecer...

–Não quero esquecer... – Sussurrou para si mesma, porem graças ao silencio da sala foi ouvida.

Frederico congelou no lugar.

Ela não podia fazer isso com ele, não podia... Ela não deveria pensar assim.

–Não diz isso, por favor. – Suplicou.

Sua suplica foi tão intensa que fez Catarina olha-lo assustada, ele estava todo na defensiva alguns segundos atrás e agora suplicava a ela... O que ele realmente havia sentido?

–Por que não? – Perguntou cuidadosa esperando sua reação.

Ele fechou os olhos e ergueu a cabeça, a respiração pesada, permanecendo assim por alguns segundos, era como se ele se controlasse...

A verdade era que ele realmente tentava se controlar; Senhor, ele havia acabado de admitir para si mesmo que deseja ela e então ela entra toda tímida e corada perguntando motivos e afirmando que não queria esquecer o beijo.

Ele estava ficando louco, queria correr até ela que estava toda pequena e envergonhada... Queria segura-lá contra ele e beija-la até perder o ar...

Respirou fundo, já havia feito demais em poucos dias.

–Porque não é certo, Catarina... – Explicou aparentemente calmo e olhando-a. – Porque eu não vou conseguir ouvir isso e... - Ok, ele já havia falado demais.

Aquele “e” despertou a curiosidade dela que não conseguindo se controlar se aproximou dele que mostrava seu incomodo com a diminuição da distancia.

Isso é demais para mim...

–E? – Perguntou parando a alguns passos dele.

Ele engoliu seco, perto demais, palavras erradas, momento errado... Tudo errado.

E então, ambos estavam envolvidos naquele momento, ambos vidrados um no outro... Tudo errado só poderia resultar em errado... Ou talvez fosse o certo, nenhum dos dois havia decidido isso na antiga discussão.

–E... – Ele disse olhando a boca dela com o mais novo desejo. – E vou acabar fazendo mais merda. – Ele sussurrou para si mesmo como ela havia feito antes, mas também foi ouvido devido ao silencio.

Merda?! Ele falava do beijo? Foi tão ruim assim...

–F-Foi tão ruim assim...? – Perguntou abaixando a cabeça.

Ele suspirou, havia magoado-a mais uma vez.

–Catarina... – Chamou-a. – Não é isso... É só que... É errado.

–Não chegamos a uma definição de certo ou errado se você não se lembra, mas... Por que é tão errado?

Ela perguntou sabendo que ela mesma podia enumerar infinitas razões, mas queria ouvir dele...

–Porque... – Ele disse pensando em qual das razões dizer primeiro, mas havia só uma que o deixava daquela forma, e ele sabia exatamente qual era. - Porque eu quero...

Catarina arregalou os olhos com a confissão impensada, ele com certeza não havia medido palavras antes de dizer aquilo, conhecia-o suficiente para saber disso...

–Eu também... – Confessou se aproximando até que parou a alguns centímetros de distancia dele que era muito mais alto que ela.

Ele estava estagnado, não ousava de mexer temendo piorar a situação... Aquilo era demais, ela tinha que sair...

–Catarina, não... – Ele pedia quase sem convicção.

–Por quê? – Ela perguntava olhando-o nos olhos.

Ela viu algumas mechas que caiam por cima deles e não resistiu à proximidade, tinha de toca-las.

–Porque é errado... – Disse vendo a mão dela se encaminhando para seu rosto.

–Algo mais concreto, Frederico... – Ela estava quase que hipnotizada.

E então tocou finalmente naquelas mechas, segurando-as entre o dedo indicador e o médio.

Ele fechou os olhos e apreciou o carinho em seu cabelo.

Ela notou isso.

–Você não me deu nenhum motivo... – Disse fazendo-o abrir os olhos e olha-la.

Ela era tão pequena comparada ao corpo grande e forte dele.

A mão dela desceu até o pescoço dele, ele estava apreciando muito mais do que deveria os toques... Estava também hipnotizado por ela.

Ela queria ele.

Ele queria ela.

–Me beija de novo... – Catarina pediu sem mais sentir vergonha, ele queria-o.

Ele se surpreendeu com o pedido e se esforçou ao máximo para não prensa-la contra a mesa e beija-la.

–E-Eu não... – Ele tentou.

–Me beija... – Ela pediu de novo puxando seu pescoço, incitando-o a aproximar seu rosto do dela.

Ele se calou, olhando-a. Seus olhos, sua suplica, sua boca... Ele queria, ela não precisava pedir, ele queria mais que tudo naquele momento e sentia que não mais conseguiria resistir.

–Me beija, Frederico... – Ela pediu.

E foi a ultima vez, pois com um gemido de desespero e desejo ele a beijou... Beijou de uma forma que nunca havia feito... Beijou-a sem restrições e contensões.

Beijou-a como se ela fosse o ar para um sufocado... O que ele era, ele era sufocado sem ela...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Capítulo que vem veremos no que esse pedido dará... Ainda sem NC pessoal, acalmem-se... Hahaha!
Reviews??