Sentimentos Incompreendidos escrita por Anny Starlight


Capítulo 10
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Estou caridosa essa semana e consegui atualizar mais cedo a Fic!!!
Bom, este capítulo eu queria dedicar a uma leitora que está comigo desde a minha primeira Fic, Mrs Black! É uma forma de agradecer a ajuda dela; sabiam que minha outra Fic foi plagiada na cara dura? Até os comentários iniciais eram os meus... Então, foi ela quem me alertou e denunciou o(a) plagiador(a). Agradeço muito a você, é horrivel ver nosso trabalho sendo pego e utilizado por outra pessoa, qual é, nós gastamos horas escrevendo aqui... Então, obrigada!!
Divirtão-se todos!!



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Catarina não soube quanto tempo passou deitada no jardim relembrando, sorrindo, mas quando deu conta de si mesma percebeu que o céu estava escurecendo e que a grama ficava gelada, ela havia dormido quase a tarde toda.

Levantou-se sonolenta e cambaleante, apanhou seu livro e entrou novamente na casa.

Logo que chegou à sala viu Rosa vindo em sua direção.

–Catarina, onde você estava menina? Fiquei preocupada! – Disse tentando dar uma bronca nela, mas um sorriso de alivio traía-a.

Catarina sorriu se desculpando.

–Me desculpa, Rosa. Fui ler no jardim e acabei adormecendo... – Explicou.

Rosa desistiu da bronca e sorriu de vez.

–Tudo bem, menininha. Agora é hora da janta, vou chamar seu Frederico e dona Ana e já me vou. – Disse empurrando Catarina para a cozinha onde tudo estava posto sobre a mesa.

–Obrigada, Rosa! – Catarina agradeceu quando já sentia o cheirinho sedutor da comida. – Até amanhã então... – Aproveitou para se despedir também.

–Até amanhã, Catarina! – Rosa disse enquanto sumia na casa.

Catarina colocou seu livro no balcão, se sentou e começou a se servir, bom, a comida seria uma boa distração quando tivesse que encarar Frederico novamente, principalmente com Ana junto.




Frederico havia passado boa parte da sua tarde tentando se concentrar em algo que não fosse o acontecido entre ele e Catarina; novamente entrava em conflito consigo mesmo, se sentia um maldito pedófilo... E ainda queria fazer tudo de novo e de novo.

Ele percebeu que ela havia adormecido no jardim e não pode evitar admira-la constantemente, mesmo quando desviava o olhar voltava a encara-la logo.

Ela estava tão despreocupada deitada na grama, o corpo lindo relaxado... E pensar que ela esteve presa entre ele e uma mesa alguns minutos atrás, beijando-o loucamente, agarrada em seu cabelo.

Frederico bufou com as lembranças e não conseguiu evitar passar as mãos nos cabelos sentindo a lembrança das mãos pequenas e delicadas lá.

Ele precisava de ar fresco, precisava da cabeça no lugar e precisava se manter longe dela antes que ela ficasse agora estirada em cima de uma mesa com ele em cima; o pensamento deu calafrios nele... Passou da conta, Frederico. Imaginação demais...

Agora ele estava indo para a cozinha, Rosa havia acabado de chamá-lo para jantar... Saiu do escritório e viu Ana indo também para a cozinha.

Quando ambos chegaram Catarina já estava sentada e comia. Ela e Frederico se olharam cúmplices, sentindo a atmosfera entre os dois mudar; Ana estava alheia a tudo isso.

Quando todos já estavam na mesa sentados e comendo Catarina se permitiu olha-lo, quando o fez percebeu que ele também a olhava. Ela se lembrava de cada instante; daquela boca masculina na sua beijando, chupando, as mãos no corpo dela...

Senhor, me ajuda...

Ela mordeu o lábio tentando reprimir a vontade louca de beija-lo agora mesmo, e logo que o fez percebeu que ele inalou mais forte, olhando a boca dela... As mãos dele se tornaram mais rígidas no talher.

Eu tenho que sair daqui agora.

E num brusco movimento saiu da mesa. Lavou seu prato e seus talheres, pegou seu livro e foi em direção ao seu quarto onde mais uma vez se jogou na cama.

–Ele vai me fazer louca... – Sussurrou para si mesma.

Decidiu que devia tomar um banho para relaxar e assim o fez. Terminado voltou para seu quarto, colocou um simples vestido e se dedicou novamente ao seu livro... Tinha que se distrair.




Quando Frederico e Ana terminaram de jantar o telefone tocou, Ana foi quem atendeu e logo após alguns segundos atingiu um tom preocupado; terminou de conversar em alguns segundos e voltou para a cozinha.

–Tenho que ir mais cedo hoje, Fred, parece que um médico adoeceu e estão precisando de mim lá. – Disse como se pedisse desculpas. – Lava minha louça para mim? – Pediu.

–Claro que sim. – Ele disse educadamente enquanto pegava os copos.

–Obrigada. – Ela disse se aproximando. – Uma boa noite para você. – E dando-lhe um pequeno selinho saiu da cozinha.

Quando estava sozinho não evitou comparar os beijos frios de Ana com os ardentes de Catarina. Não havia comparação, com Catarina se sentia tão... Tão excitado, tão envolvido, sempre querendo mais; e com Ana era tão... Nada. Na verdade já era “nada” a um bom tempo.

Terminando foi em direção ao seu quarto, não sem antes olhar de relance para a porta de Catarina. Estamos sozinhos... Não! E com isso seguiu em frente entrando em seu quarto e fechando a porta.

Deitou-se em sua cama, estava cansado... O dia fora agitado, muita coisa em sua cabeça.

E assim, Frederico pegou no sono em poucos minutos.




Catarina havia tentado se distrair lendo seu livro e, ao final de contas, conseguiu. Ficou tão perdida no enredo que se esqueceu do horário, apenas decidiu ver as horas quando os olhos se fechavam involuntariamente.

–Nossa, onze e meia já... – Disse olhando no relógio e se levantando da cama.

Colocou o livro em seu criado mudo e arrumou sua cama para dormir; colocou sua camisola azul clara simples, era uma noite fresca e ela era de um tecido fino e confortável que ia até o meio de suas coxas.

Saiu de seu quarto e foi em direção ao banheiro, entrou e fechou a porta; escovou seus dentes e deu um nó em seu cabelo com o mesmo.




Frederico acordou com a luz forte em seu rosto, olhou pela janela e viu a noite densa.

Já deve ser tarde.

Levantou-se esfregando os olhos de sono e arrumou sua cama para se deitar; saiu de seu quarto em direção ao banheiro para escovar os dentes. No corredor olhou para a porta de Catarina que se fazia fechada e escura... Ela já devia estar dormindo.




Catarina enxugou rapidamente sua boca e guardou a escova de dente; dando uma ultima olhada para pia viu que não havia esquecido nada e assim abriu a porta.




Frederico parou em frente à porta do banheiro e segurou a maçaneta que, para sua enorme surpresa, foi girada; logo a porta do banheiro se abriu...

–Catarina... – Sussurrou surpreso.

–Frederico... – Respondeu uma Catarina também surpresa.

–Eu... – Ele começou gaguejante. – Eu pensei que estivesse dormindo... Já está... Está tarde. – Disse tentando conversar casualmente.

A verdade era que Frederico estava nervoso em vê-la vestindo nada mais que uma camisola de aparência fina e parcialmente curta. Ele tinha que se controlar...

–Eu estava quase, mas... – Ela respondeu. – Mas me lembrei de escovar os dentes, então...

O clima entre os dois começava novamente a dar sinais. Era tão inconveniente na opinião deles...

Catarina olhava-o novamente com aquele desejo e ele devolvia o mesmo olhar com intensidade. Frederico admirava com desejo a boca dela, os olhos observando o rosto jovem e delicado... Até que ele viu, no queixo dela: pasta de dente.

–Eu percebo... – Ele disse enquanto olhava aquele pequeno vestígio.

E então com um impulso estendeu a mão e segurou o queixo dela limpando-o.

Catarina enrijeceu visivelmente com o toque, ela queria esse toque... Em seu corpo novamente. Sua respiração se tornou pesada...

Ele percebeu que ela entreabriu a boca respirando mais fundo e não conseguiu se controlar... Levou sua mão até a nuca dela percebendo que ela fechou os olhos para aproveitar o toque. Ele sentiu raiva com isso, raiva de si, raiva dela, porque ela tinha que fazer isso com ele? Era demais...

Quando a mão dele estava em sua nuca, Catarina levantou a própria mão e colocou sobre a mão dele; abriu os olhos e encarou aqueles verdes queimando-a.

–O que você faz comigo? – Sussurrou para ela.

Catarina tomou isso como um convite, sua mão que estava em cima da dele seguiu um caminho até seu braço onde segurou firmemente e logo depois puxou levemente, indicando o que queira que ele fizesse.

E assim, Frederico se aproximou alguns passos... Estava perto demais, e então, sem esperar o próximo passo dela puxou-a pela nuca, fazendo com que ela se chocasse contra ele.

Ela arregalou os olhos surpresa com a atitude dele enquanto ele não conseguiu controlar um sorriso de lado, ela era tão inocente... E assim, com seu corpo implorando Frederico beijou-a.

Catarina se sentia em êxtase com a iniciativa dele.

Ele iniciou com um pequeno encostar de lábios, mas logo demonstrou seu desejo quando invadiu sem permissão a boca dela com a sua língua voraz; ela mais uma vez se surpreendeu com a "agressividade” dele, mas ao mesmo tempo se sentiu... Excitada, sim era essa a palavra, excitada.

Ele a puxava bruscamente pela nuca com a outra mão em sua cintura e a beijava desesperadamente, invadindo, explorando, incitando, saboreando... Catarina respondia talvez não tão a mesma altura, devido a sua falta de prática, mas tomada pelas mesmas sensações. Ela respondia os movimentos dele de forma mais suave, despreparada, tentando gravá-los... E isso o incitava a continuar, achava a inocência dela extremamente deliciosa.

A mão dele se infiltrou no cabelo dela desfazendo o nó e sentindo as longas madeixas caírem sobre as costas dela. As mãos dela seguravam fortemente os ombros dele como forma de apoio... Ele lhe retirava os sentidos.

Ele queria mais, o corpo dele queria mais... E com isso colou-se ainda mais a ela, fazendo com que ela se chocasse com a parede do corredor. Um gemido de surpresa atravessou a boca dela e logo foi calado pela dele reivindicando-a com ardor.

O corpo pequeno e delicado preso pelo grande e forte, um homem adulto e uma menina... Tudo era tão diferente e por isso tão incitante.

Ele adorou sentir o corpo pequeno preso no seu como se ela fosse dele...

Ambos estavam já ofegantes, mas ainda se beijavam com desejo. Ela estava se sentindo enlouquecer com tudo aquilo: os corpos, a parede, os beijos, as mãos.

Ele começou um caminho pela cintura dela com a mão, puxando, apertando... O tecido fino enlouquecendo-o... Senhor, ela vai me matar.

Ela deixou os ombros dele e correu as mãos pelas costas, sentiu um arrepio pelo corpo dele e logo o sentiu beijando com ainda mais vontade, como se fosse humanamente possível. Sentiu os músculos definidos nas costas dele se flexionando conforme seus movimentos...

As mãos dela em suas costas junto de toda essa situação estavam deixando-o louco, ela o acariciava sem saber as consequências que isso trazia... Mas ele sabia, ele sentia... E se não saísse logo dali ela iria sentir também.

E assim, num impulso se afastou o mais que pode dela naquele corredor; ele estava ofegante, meio trôpego e com a boca vermelha.

Catarina não estava para menos, estava apoiada na parede, ofegante e com os lábios vermelhos e inchados, e sem entender realmente a reação dele.

–O que...? - Tentou perguntar ela, mas a voz falhava.

Ele respirou fundo, tentando ignorar a tentação que ela era nesse momento.

–Chega! – Ele disse com a voz rouca. – Eu... Você... Já... Já é demais para um dia só. – E assim olhou-a. – Por favor... – Pediu.

Ele sabia que não se controlaria se ela insistisse, então queria evitar que ela o fizesse.

Catarina percebeu o pedido dele, tinha algo... Talvez ele tivesse ultrapassado seu limite.

–Eu... – Ela começou se desencostando e ajeitando a camisola. - Bom, hãn... Então eu... – Ela gaguejava. – Eu vou dormir. – Disse por fim.

Ele acenou concordando.

–Hãn... Boa noite. – Disse indo para o seu quarto.

–Boa noite, Catarina. – Ele respondeu educado e controlado.

Ela entrou em seu quarto e com uma ultima olhada fechou a porta.

Frederico se jogou contra a parede, apoiando-se nela. Passou as mãos desesperadas pelos cabelos... Isso está indo longe demais para mim.

Tem que acabar, o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

E então? Alguém ai sabe o que a Catarina teria "sentido" se eles continuassem lá? (Ou será que sou a única pervertida que pensou nisso...)
Hahahah... Reviews?
Beijos!!