Missed You escrita por Sky Dreamer


Capítulo 15
A Noite Revela-se


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Já passou tanto tempo!!! Eu nem imagino sequer que alguém ainda se lembre desta Fanfiction. Devo a todos um pedido de desculpas pela minha ausência quase permanente durante os últimos dois anos e espero, do fundo do coração, que os meus desaparecimentos longos tenham acabado.
O capítulo não é muito entusiasmante mas conto fazer algo diferente no próximo capítulo que não aconselharia a menores de 16 anos.. *COF*
Espero que gostem, estou um pouco enferrujada...
Alguma coisa que queiram saber sintam-se livres de enviar MP!
Bjs leitores lindos do meu coração, tentarei voltar em breve com um capítulo intenso de AryaxEragon antes da ação começar a sério...
Enfim, boa leitura! :)



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Quando cheguei à cabana fui imediatamente refrescar-me e vestir-me. Uma muda de roupa estava já selecionada em cima da cama. Desta vez, diferindo do anterior conjunto, a camisa era preta, assim como as calças, mas adornada com botões prateados ao longo do peito e nas mangas. Realmente o preto realça o meu cabelo louro. Logo após vestir-me perfumei-me e desci para me encontrar com Saphira, que aguardava pacientemente que eu terminasse.

Partimos para o castelo sobrevoando a baixa altitude Ellesméra. Cada vez gostava mais de voar com Saphira. Com o passar do tempo a sua capacidade de controlo durante o voo melhorou significativamente. Voar com ela era agora como nadar calmamente num lago de águas paradas. A sua cabeça furava o pouco vento que se levantava no horizonte. O som do seu planar era imperceptível, não fosse o leve bater de asas que interrompia o silêncio com regularidade, o seu voo passaria despercebido.

À chegada do palácio era fácil perceber que algo fora mudado. Os portões principais estavam escancarados, dando uma vista perfeita do interior do castelo e permitindo a entrada de Saphira no enorme hall. Logo de seguida um corredor estendia-se por longos metros terminando na sala abobadada onde se realizam os mais solenes banquetes. O espaço amplo estava preenchido com mesas e cadeiras, músicos e decorações que pendiam do tecto como gotas de chuva deixando as nuvens. Pareciam lágrimas de cristal. Os candelabros iluminavam a sala como mil chamas queimando os topos das árvores. Tudo e todos emanavam alegria, como a luz que emana do sol. Ao topo da mesa, porém, tinha sido deixado um espaço vazio. Uma cadeira que ainda esperava ocupante.

Com o maior dos sorrisos caminhei a passos largos pelo longo corredor, deixando o dorso de Saphira. Ela deitou-se junto a Firnen e aos recém nascidos num enorme tapete de tecido dourado deixado propositadamente para esse efeito. Nacos de carne do tamanho de mesas inteiras estendiam-se diante dos dragões esfomeados que lutavam para não devorar de uma só dentada a carne suculenta tão próxima das suas bocas. À medida que avançava ia ficando mais ansioso. Cumprimentava os vários convidados que sorriam alegremente mas o meu pensamento não estava direcionado para eles. Onde estaria ela? Os meus olhos analisaram cada recanto da sala mas não encontraram a minha amada desaparecida. Por fim desisti e deixei que o peso do meu corpo assentasse no trono meu desconhecido. Com umas costas que acompanhavam as minhas o trono estendia-se imponente para o alto. O seu assento almofadado era de tecido vermelho sangue suave ao toque. Os seus apoios de braços terminavam em duas garras que davam continuidade a dois dragões, um verde esmeralda e outro azul safira, que se estendiam em cada lado da enorme cadeira real e cujas cabeças se entrelaçavam e uniam no topo, como que olhando os olhos um do outro. Escusado será dizer quem eles lembravam...

Comecei a conversar alegremente com os restantes sentados à mesa e não passou muito tempo até me emaranhar de tal modo na conversa que a sua chegada teria passado despercebida caso não se tivesse instalado um cortante silêncio na sala. Diante das imponentes portas da sala de jantar estava ela. Mais linda do que nunca. O vestido verde água abraçava o seu corpo sublime como uma mãe que segura o seu filho contra o peito. Os cabelos encaracolados pendiam do seu rabo de cavalo e alguns, mais teimosos, balançavam-se junto da sua face, como se de uma dança se tratasse. Devagar e graciosamente a minha musa começou a caminhar para junto dos restantes presentes. As chamas da cauda do seu vestido envolviam os seus passos, consumindo-os. Os restantes tentavam recompor-se do choque e voltar à normalidade das conversas que precederam a memorável entrada de Arya mas era impossível. Os olhos de todos demonstraram-se incapazes de deixar a figura angelical que continuava andando calmamente com um sorriso luminoso nos lábios. Ah, aqueles lábios! Como desejei beijá-los naquele momento...

Inevitavelmente a normalidade voltou à sala quando Arya tomou o seu lugar a meu lado, distribuindo sorrisos pelos presentes. Eu ainda encara a elfa, encantado. De súbito, como que adivinhando os meus pensamentos, Arya voltou-se e sorriu de leve para mim.

"O jantar é do seu agrado?"

A voz dela soou num murmúrio surdo, ansioso e inquieto. Notei quando encheu ambos os nossos cálices de vinho e segurou o seu à minha frente de modo convidativo ao mesmo tempo que devolvida o meu.

"Tudo está perfeito mas algo insiste em impedir que aprecie toda a beleza que se apresenta diante de mim..."

Após um leve clic dos cálices ambos bebemos um gole do líquido frutado. Observei a sua reação. Para qualquer um na sala Arya estava calma e feliz mas eu conhecia-a melhor que todos. Eu sabia, eu via que a minha resposta a incomodara.

"O que distrai então o teu pensamento e te torna indiferente à alegria?"

"Indiferente? Não, pelo contrário. Estou bem ciente do maravilhoso ambiente de festa tão carinhosamente preparado por ti..."

Aproximando a minha boca do seu ouvido falei baixo, só para ela.

"A minha distração é a elfa sentada ao meu lado que irrompeu por este salão como uma força da natureza, não mais poderosa do que bela, ofuscando tudo o que a rodeava como a lua no céu de inverno."

Por um segundo Arya corou levemente. As suas maçãs do rosto ficaram da cor rosa pálido de uma flor. Os seus olhos, levemente esbugalhados de espanto e choque, brilharam sob a luz dos candelabros e a sua boca entreabriu-se ligeiramente. Sorri, satisfeito, com a reação recebida mas não tardou para que a compostura retornasse à face cândida da minha amada. Ainda assim o sorriso nunca deixou os seus lábios, mesmo depois de horas sentados à mesa a comer, conversar e receber as prendas dos convidados. A que mais me marcou foi a prenda de Nasuada. O relógio com adornos à semelhança dos dragões e a mensagem "A seu tempo tudo se cria e destrói. A sabedoria reside no coração daqueles que vêem o potencial do meio termo...".

Já a noite ia escura quando Arya se levantou e me ofereceu a sua mão. Deixado o salão repleto de convidados (já consideravelmente alcoolizados) Arya guiou-me por um labirinto de corredores, halls e escadarias até chegarmos a um corredor com uma porta solitária ao fundo. Cheguei à conclusão que esta seria a ala da família real, eu estava diante do quarto da minha amante. A elfa soltou a minha mão e retirou, por entre o tecido do vestido, uma chave dourada. Caminhando suave e graciosamente ela abriu a porta e, voltando-se para mim com um sorriso convidativo e nervoso, estendeu de novo o braço. Entrámos juntos e o que senti depois não está ao alcance das palavras...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e adoraria receber comentários para saber se alguém ainda lê!



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