Sublimes Sonhos escrita por Jonathan Loppes


Capítulo 17
Após as assas do climax


Notas iniciais do capítulo

Enfim, chegamos ao último capítulo, mas anuncio que em breve Sublimes se tornará uma saga; Obrigado a vcs leitores e amei escrever essa fanfic;



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"Eu amo você" Senti cada letra sendo pronunciada por Pedro.

"Eu sei. Mas será que você seria capaz de sobreviver ao lado daquela que assassinou Mona?" Minha voz fraquejou ao pensar na ideia;

"Não sei, isso eu irei descobrir com o tempo. Será inevitável derramar as lágrimas pela a minha irmã, porém mais inevitável seria me manter vivo sem você." Ele dizia devagar e melancólico.

"Você diz coisas tão perfeitas em momentos tão errôneos, transformando os mesmos em momentos incríveis." Me calei por segundos e depois continuei junto aos piados provenientes das árvores "E você teve notícias de Verbena? Ou de alguém que possa saber dela?"

"Não." Pedro se libertou do meu olhar "Acho que nunca mais terei contato algum com aqueles que lançaram a Terra, e sabe o que mais me causa dor?" Não esperou minha resposta e completou "É saber que a minha mãe, me odeia o bastante pra julgar a minha causa com desprezo."

'"Tenha fé. As coisas passam, o tempo leva as mágoas. Eu sei que nunca almoçarei num domingo a tarde na cada dela e tampouco um dia me chamará de nora, porém eu agradecerei a ela todos os dias da minha vida, por ter gerado em seu ventre o amor da minha vida." Uma lágrima acostumada aquele ambiente despencou involuntária, e era lágrima de genuíno amor.

Após a morte de Mona, todo aquele dia se fez um caos. Verbena passara a não ter motivos para me julgar, todavia esse jugo passara para as minha costas. Eu não poderia me perdoar nem que mil anos atravessasse em labaredas de fogo, os olhos de vidro de Mona receberam a morte como uma fantasia que caia perfeita naquele olhar e o sangue misturado ao perfume ainda é presente nas minhas mãos, mãos essas que derramaram sangue. Os gritos no dia do climax se sucederam brados. O vermelho na íris de Verbena, transfiguraram a retina que parecia doer, fazendo-a franzir a testa, ela prometeu nunca me perdoar, e isso é o que me preocupa. O fim daquele dia fora como um estardalhaço de emoções suficiente fortes e dominadoras:

Mona sangrava derramando a morte sob as gramíneas, e Verbena passou segundos rastejando o olhar entre mim e a filha, marcada no peito pela espada do filho, marcada no peito pelas mãos de uma humana. Bradou ao vento algumas pragas enquanto o céu se tingia de cinza, Carrapato se aproximou de Verbena e isso somente percebi devido a interrupção que causou entre uma troca triste de olhares entre mim e Pedro, que pareceu esquecer o sangue que coagulava em seu braço.

"Eu sinto muito, querida!" Disse com compaixão, o que me mostrou um carinho que não fora correspondido em seguida;

"Pois eu não." Disse insipiente.

Aquela ignorância trouxe reminiscências em minha mente, trouxe cada detalhe dos meus dias anteriores aos atuais. Verbena caminhou com certa elegância e com o rosto duro e másculo, a sua indiferença para com a filha ensanguentada logo atrás me fez questionar se seu lugar não seria o inferno, cada passo que se seguia fazia meu coração perder o ritmo. Pedro se mantinha sentado com uma das mãos no braço ferido e Verbena velejou até chegar perto de Pedro, se agachando ficou ali admirando e condenando o filho por alguns segundos até que um sussurro cheio de agudos estridentes:

"Você é alguém deplorável, frívolo o suficiente para permitir que ela..."Disse apontando pra mim que permanecia de costas curvadas e tão tímida quanto Mona desde que a-matara "...Uma reles humana! Meu deus!" Disse e pareceu não concluir o que dizia, porém Pedro não deu tempo para que retomasse.

"Mas uma assassina eu tenho a convicção de que ela não é, e se foi por uma reles humana por quem me apaixonei que assim seja! E se você me acha deplorável, frívolo, eu sinto muito mamãe. Mas você questionar a hipótese de matar alguém, seja quem for, me faz ter certeza de que és um alguém pior impossível. Um alguém pior do que todos nós." Pedro disse com dor.

"Verbena!" Gritei e todos os olhares se tocaram da minha atenção "Eu não sei o que dizer...não fora a minha intenção...Eu sinto muito...Eu..."

"Cale a boca!" Ela dizia como calma e a ordem era acatada em exato momento por todos, inclusive eu. " Você realmente não dirá nada, ou sentir nada pois no inferno terá que sentir muito por si própria." As árvores se balançaram com um vento gélido que me arrepiou a espinha.

"O que está pensando?" Pedro dizia e não se movia impotente pelo braço, porém fazia força para se levantar; e entre seus clamor Verbena se movia sorrateira como uma cobra até o corpo, já gélido, de Mona que estendido no chão já formava uma poça de sangue ao seu redor "Verbena, o que você está fazendo?"

Verbena ultrapassou o meu olhar eufórico,e o olhar Tênue de Carrapato. Chegou perto do corpo da filha e indiferente tateou a espada e a-desencravou do peito de Mona, que pareceu responder ao toque da mãe. O ouro mortífero que brilhava e refletia a luz do céu tingido de aquarela cinzas , se misturou heterogênea ao vermelho-sangue. Após observar cada detalhe daquela espada, resolvi fitar Pedro e esquecer Verbena em meus breves segundos de vida, se eu tinha certeza de alguma coisa sobre Verbena, era que ela não é do tipo que promete e não cumpre. Pedro não me via o-contemplar e tampouco me percebeu nos segundos que se restaram, mas não precisava ver de novo seus olhos, pois as cores e a dilatação da retina já estavam decoradas em minha cabeça; sua boca era a mais divina perfeição, me fazia querer beija-lo a todo instante, seu maxilar másculo e seu bronzeado tropical me davam a dose de beleza necessária para ter em um fechar dos olhos. Ele é perfeito, não sou eu a sublime e sim ele. Como Jesus deu a vida por toda a humanidade, ele resolveu se sacrificar apenas por mim, uma reles humana. A beleza de Pedro se transfigurou em uma imagem de dor, tão absurda quanto nunca vira antes, o desespero se alojou em seus olhos, agora estendidos na minha direção,e um berro grave e pareceu ser uníssono saiu de sua boca perfeita. Com o susto, botei os meus olhos à caça de Verbena, e não precisaram ir muito longe; Senti o ar se mover ao meu redor, e Carrapato grunhiu algo que não fora entendível. Senti minha pele sendo perfurada na altura do estômago pela espada que Verbena levava nas mãos, e meu sangue se misturara com o de Mona, e sucessivamente com o de Verbena e Pedro. Pedro me segurara mesmo com um dos braços feridos, me pousou na grama e o vermelho tingiu o verde, com aquela imagem aterrorizante ele fora a última coisa que vi antes de meus olhos se fecharem. A dor era intensa e me mantinha decrépita nos braços do meu amado, pensei no mesmo instante que aquela história não terminaria como os romances que li quando mais nova, e tampouco fora definitivamente um romance. O meu sangue ia se misturando com o já coagulado que antes jorrava de Pedro, e confesso que pensei que no sangue do meu amado seria um ótimo lugar para morrer. Eu não temia a morte, mas sim morrer sem o beijo do meu amado, a possibilidade de deixá-lo era assustadora. Eu poderia me sentir culpada, e de certa forma me sentia de fato, havia um banho de sangue derramado naquele campo, e tudo por uma guerra que agora sinto já ter começado com os vencedores anunciados.

Há tempos, me lembro de ter conversado com Mia que se morresse tudo que passaria como uma filme na minha cabeça seria noites mau dormidas e equações de matemática. Todavia agora só passa os últimos dias em que vivi com Pedro, como se antes não houvesse vida, ou somente passei anos esperando encontrar o seu olha e enfim viver. Minha paixão por Pedro sempre fora inevitável,visto que ao admirar pela primeira vez um olhar angelical , o frágil corpo humano se apaixona, entretanto o amor de Pedro para comigo nasceu do nada, como uma flor que nasce no asfalto. Mesmo cheia de obstáculos ela floresce. E vive até que um carro que não sabe de sua luta para sobreviver a-atropele.































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