Disney High (SENDO REESCRITA) escrita por Tha Duarte


Capítulo 4
Capítulo 4 - Doze Minutos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo da Branca de Neve! Como os últimos capítulos tem pulado muitas aulas e o tempo tem passado mais ou menos rápido, fiz um capítulo que pega um espaço de tempo bem curto, para não acabar que elas narram um tempo muito longo e as outras não podem narrar seus primeiros dia de aula.



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Branca

Branca suspirou. Estava completamente entediada. Era sua última aula antes do almoço e estava contando os minutos pro sinal bater.

“12 minutos... Afe, porque o tempo não vai mais rápido?” Ela viu que estavam todos morrendo de tédio. Tinha uma garota loira roncando na carteira, outra garota morena com o nariz em um livro, uma asiática com os olhos fixos no relógio de parede que estava em cima do quadro negro, uma loirinha platinada baixinha conversando com um garoto ruivo em sussurros pro professor não ouvir, uma loira californiana desenhando no caderno enquanto conversava com uma ruiva com cara de delinquente, uns garotos fazendo aviõezinhos de papel e jogando pela janela, outros garotos simplesmente zoando.

A única pessoa que parecia estar prestando atenção era uma garota negra mais na frente, que fazia anotações o tempo todo. Branca revirou seus olhos para a garota, mesmo que ela não estivesse olhando ou ligando. Olhou de novo pro relógio e mordeu o lábio.

“10 minutos... Argh, bem que o professor podia liberar a gente mais cedo” Ela pensou consigo mesma. Pensou em pedir pra ir ao banheiro e só voltar pra pegar a bolsa depois do almoço, mas sabia o que aconteceria se a madrasta soubesse que ela tinha cabulado aula. Ela iria gritar com Branca e provavelmente deixá-la de castigo até ela se formar. Quando seu pai se casou com ela, Branca pensou que ela seria uma nova mãe e que seria sempre gentil com ela.

No dia em que seu pai morreu, ela viu que estava enganada. A mulher não chorou uma lágrima sequer durante toda a semana antes do enterro. Também não chorou no enterro, ou qualquer vez depois. Branca, por sua vez, tinha chorado tanto que não achava possível ainda ter água no corpo.

Depois da morte, a madrasta virou a indiferença e frieza em pessoa. Não olhava pra cara da enteada, não falava com ela, não se importava com ela. Só depois que Branca foi pega bêbada e com sua inocência esquecida num motel foi que a madrasta prestou atenção nela. Impôs regras cruéis como nunca trazer amigos pra dentro de casa, sempre chegar antes das oito horas e nunca beber mais um gole de álcool a não ser que seja ano novo.

Apesar de continuar ausente e tentar ignorar Branca o máximo possível, a garota se sentiu um pouco melhor. Sabia que tudo o que a madrasta fazia era porque não queria sujar a própria reputação. Se a enteada fosse uma drogada, seus clientes nunca iriam querer nada com ela. Mesmo assim, Branca obedeceu. A única pessoa que tinha medo era a madrasta. Ela já tinha visto aquela mulher de coração de pedra ameaçando o prefeito da cidade e não queria ser a próxima a ver aquele rosto contorcido pela raiva por sua culpa.

Uma bolinha de papel voou e acertou sua cabeça, tirando-a de seus pensamentos. Ela olhou ao seu redor mas não viu ninguém que parecia ter jogado a bolinha. Pegou-a e viu que tinha algo escrito. Sua curiosidade falou mais alto que a razão e ela abriu a bolinha. Tinha um recado rabiscado dentro e ela franziu o cenho, tentando descobrir o que estava escrito. A letra estava péssima e os amassados do papel não estavam ajudando muito no trabalho de traduzir aquela mensagem.

Depois de uns dois minutos, ela achava que tinha conseguido ler tudo. Dizia:

Rosas são vermelhas

Violetas são azuis

Você é muito gata

Devia almoçar comigo

– Do gato de jaqueta vermelha

Branca levantou as sobrancelhas e olhou pra trás. O garoto de jaqueta vermelha era um dos caras populares, que jogavam futebol americano. Branca não era muito de andar com essas pessoas, gostava de alguém com quem podia conversar sem ter que explicar todas as suas frases. Amassou a bolinha de novo e jogou na lata de lixo, do lado da mesa do professor. Errou, e a bolinha rolou até o pé do professor.

O professor deu um passo pra trás, se virando do quadro em que estava escrevendo e escorregou quando pisou na bolinha. Caiu de bunda e bateu a cabeça na quina da mesa. Ele se levantou cambaleante e todos viram o sangue escorrendo pela testa. Logo depois, ele caiu no chão desmaiado. A sala toda calou a boca e prestou atenção. Até a loira acordou e olhou de olhos arregalados. O tempo parou até que alguém gritou

“Caralho!! Você tá bem, professor?!” A garota negra correu pra ajudar o professor. Branca olhava a cena como um peixe, a boca aberta e os olhos arregalados em choque. Um único pensamento cruzava sua mente:

“Puta que pariu, eu matei o professor”

Os alunos começaram a entrar em pânico. A garota negra pediu (mais como obrigou) um dos atletas pra ajudá-la a levar o professor pra enfermaria. Depois disso, o silêncio pairou na sala. Todos se entreolharam e perguntaram a si mesmos se isso significava que estavam liberados.

Depois de mais ou menos dois minutos de olhares, um garoto de cabelo rosa pulou pela janela. Todos correram pra janela, a sala era no terceiro andar afinal de contas, e viram o garoto na árvore que estava plantada do lado da janela. Ele pulou da árvore e caiu em pé no chão, assustando um grupo de malucos que pareciam estar matando aula.

"Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, digam ao povo que voltei!" Ele falou, alto o suficiente para ser ouvido do terceiro andar. Branca revirou os olhos, o garoto parecia um fugitivo do hospício em sua opinião. A partir da loucura do garoto de cabelos rosa, as pessoas foram saindo da sala em intervalos curtos de tempo. Branca ficou na sala mais um pouco e olhou pro relógio.

“Nossa, ainda faltam três minutos. Engraçado como tudo isso pode acontecer tão rápido...” Ela suspirou e olhou pra janela. Não ia sair da sala até o sinal bater, apesar de tudo. Não era por medo da madrasta, ela simplesmente preferia esperar aqui e depois se misturar nas pessoas que saiam de sala.

Claro que seria melhor ir logo e comprar o almoço antes da fila ficar enorme, mas a madrasta tinha feito um lanchinho para ela. Bem, na verdade tinha sido a cozinheira, mas foi a madrasta quem pediu. Iria servir como almoço. Não iria aparecer na lanchonete, não queria ser obrigada a se sentar com o garoto de jaqueta vermelha.

Suspirou e pegou o lanche da bolsa. Mordeu o sanduíche de manteiga de amendoim e geléia e olhou pra árvore do lado da janela. Era uma macieira enorme, seus galhos chegavam até ao quinto andar. Bem na sua frente, em um galho perto o suficiente para que, se ela estendesse a mão e se inclinasse um pouco, alcançaria a maçã mais vermelha que já tinha visto.

Teve vontade de ir lá pegar, mas a altura lhe assustava. Ficou só olhando até que gargalhadas alcançaram seu ouvido. O grupo de matadores de aula estava lá embaixo, rindo de algo que o garoto de cabelos rosa havia feito.

Branca sorriu levemente e apoiou o queixo nos braços que estavam deitados no parapeito da janela. O céu estava azul acima da escola, mas através dos galhos da macieira podia ver nuvens cinza chumbo se aproximando.

“Uma tempestade está chegando” Semicerrou os olhos para ver melhor as nuvens e viu relâmpagos brilharem em contraste com o cinza das nuvens.

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM!!!!!!

Branca pulou de susto e caiu pra trás, tropeçando em uma carteira. Bateu a cabeça e gemeu de dor. Esfregou aonde tinha batido e terminou o sanduíche em duas mordidas. Pegou a bolsa e foi para a enfermaria, não notando o olhar de um garoto bonito com cabelos castanhos que parecia muito interessado na garota morena.

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(N.A.:Leiam as notas finais, por favooor? É importante!)


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Notas finais do capítulo

LEIAM ISSO! LEIAM ISSO! LEIAM ISSO! LEIAM ISSO! LEIAM ISSO! LEIAM ISSO!
Nesse capítulo, eu vou fazer um joguinho! ;)
Eu quero que vocês adivinhem quem são as pessoas que a Branca descreveu nesse capítulo. Alguns são óbvios, outros nem tanto. Você tem que identificar a descrição dada no capítulo e dizer qual personagem dos filmes Disney você acha que é. Os personagens são grande parte dos clássicos filmes de princesa da Disney.
Os personagens descritos em grupo não são excluídos, já que não tem uma descrição muito boa, okay?
Quem acertar o maior número de personagens ganha o poder de escolher a próxima princesa que vai narrar! Opções de princesa:
Aurora (Bela Adormecida)
Cinderela
Jasmin (Aladin)
Mulan
Rapunzel (Enrolados)
Tinker Bell (Peter Pan)
Tiana (A Princesa e o Sapo)
Esmeralda (O Corcunda de Notre Dame)
Pocahontas
Mérida (Valente)
Mégara (Hércules)
Wendy (Peter Pan)
Jane (Tarzan)
Kida (Atlantis - O Reino Perdido)
Giselle (Encantada)
Nani (Lilo & Stitch)
No fim do review, se você quiser participar claro, você deixa o nome da princesa que você quer no próximo capítulo.
Nas notas do capítulo, eu vou dar as respostas e dizer quem ganhou ;) Boa sorte e espero que vocês gostem do joguinho! (me digam se querem mais ou não >.<)
JOGO VÁLIDO ATÉ TERÇA (22/01) ÀS 15:00 QUANDO VOU COMEÇAR A ESCREVER O PRÓXIMO CAPÍTULO



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