Beneath The Nightmares escrita por Moogle94


Capítulo 7
[ ~ Capítulo 07 – Cada vez mais perto]


Notas iniciais do capítulo

Aqui as coisas começam a ficar mais claras. No próxmio capítulo, muitas revelações!



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Monike parecia extremamente feliz quando retirou seus olhos da cristalina água da fonte.

- Excelente! Aqueles pirralhos descobriram o livro... Agora é só esperar que venham até mim. – disse, soltando uma gargalhada cortante. – Quanto ao outro, espero que não se demore... Os portais logo se abrirão e precisarei que os três estejam lá.

Richard mordia um sanduíche e falava de boca cheia.

- Mas como é que você vai fazer para que eles cheguem exatamente ao mesmo tempo? – perguntou, salpicando o chão com farelos de pão.

- Eu tenho os meus...métodos. – respondeu sombriamente, exibindo uma cara de total desprezo pelo homem, que agora arrotava incessantemente.

•••

Raymond se assustou, afastou-se um pouco, tropeçando nos próprios pés. Quase caiu para trás. Com sorte, uma enfermeira o segurou. As marcas no corpo de sua avó que o assustaram ficaram um bom tempo em sua mente, martelando para lembrar-se de algo. E ele sabia que já vira as marcas em algum lugar. Talvez em um filme, em um livro, ou até mesmo em casa. Ray começou a pensar nas possibilidades. Precisava voltar para casa e descobrir tais coisas.

Assinou algumas papeladas necessárias para as medicações, mesmo não sendo maior de idade. Conversou com Jason para voltar ao Japão.

Tem certeza de que quer fazer isso? Não quer ficar com sua avó?

Tenho certeza, eu tenho coisas... – Demorou-se um pouco. – Mais importantes para fazer.

Do que ficar com sua avó? – Jason perguntou surpreso e exasperado.

Não! Eu... é por ela que vou voltar.

Você vai ficar aqui! E farei qualquer coisa para impedi-lo de ir embora.

O quê? Por favor, Jason...

Sua avó gostaria que você ficasse.

Mas ela preferiria que eu voltasse para continuar a pesquisa! – Ray acertou o ponto fraco. O homem sabia que Desireé gostaria que as pesquisas continuassem sem ela. Eles silenciaram por um momento, se encarando.

Está bem, você vai voltar... Hoje mesmo.

Ele conseguiu com que o piloto viajasse à noite. O último aceitou, apesar de Raymond estar com muito medo, mas agora ele realmente precisava voltar, pelo bem de sua avó.

Chegando em casa, depois de uma viagem calma em comparação com a primeira. Ele lavou o rosto, tomou um gole de água e sentou-se na cama de seu quarto. Jogou-se para trás, pôs a mão na cabeça e ficou olhando para o teto. Fechou os olhos e começou a pensar onde que ele havia visto aquelas marcas.

Levantou-se e resolveu passear pela casa, olhando todos os objetos que a avó havia conseguido com suas escavações. Ele sabia que tinha algo a ver com suas buscas então foi para a sala de artefatos.

Passando os olhos por tudo, um quadro lhe chamou atenção. Tinha um fundo branco e quase não aparecia o que estava pintado. Ele foi pintado por um fino pincel de tinta marrom escura, e o desenho era praticamente igual às marcas encontradas no corpo de sua avó. Chegou perto e passou a mão na moldura, sentindo um estranho e desconhecido sentimento. Tirou o quadro do lugar, mas tudo o que encontrou foi a poeira acumulada atrás da tela, por ser intocada.

Visualizando com uma concentração enorme, ele encontrou um pequeno corte na parede, parecendo um vão. Percebeu que lá poderia haver um cofre: Exatamente o estilo de sua avó. Ele tentou puxar a pequena rachadura, mas não conseguia abrir. Resolveu empurrar... o bloco fez um clique e ficou aberto por alguns segundos até Ray se recompor. Aquilo foi um pouco fácil. Dentro encontrou uma pequena taça de cristal com um prato de vidro fechando-o, e em cima, continha um estranho artefato, que Desireé nunca havia mostrado para o neto.

•••

Lowell segurava o livro contra o peito, procurando uma mesa vaga.

- Meu Deus, mas que troço pesado – disse, largando o objeto sobre a superfície de madeira. – Acha que vamos encontrar algo importante aí?

- Absolutamente! – exclamou April, sendo repreendida pela bibliotecária. Então, apontou para a brochura – São os mesmos símbolos!

- É..

- Mas, Lowell... como você sabia que este era o livro certo? – perguntou a menina.

- Ah, eu não tenho certeza. Senti uma dor horrível na cabeça, e de repente a biblioteca estava vazia. Então, um dos livros começou a brilhar. Eu o agarrei mas senti algo me puxando para baixo, daí acordei com você me batendo. Então, só fui na estante que vi no sonho.

- Isso é incrível! Você prevê as coisas através dos sonhos! - Disse, sussurrando – Por isso você já conhecia os símbolos...você sonhou com eles!

- Como você sa...? – indagou, mas parou se lembrando da habilidade da amiga. – Ah, sim. Enfim...podemos? – terminou, apontando pro livro.

- Sim – respondeu a botânica, suspirando.

O livro tinha as páginas antigas, já amareladas pelo tempo e era extremamente pesado. Tinha os dizeres escritos verticalmente e a última página continha uma folha em branco. Lowell folheou até a primeira página:

- Aqui diz: “Jazem em mar de pedras, almas perdidas em dor. Ponha-se no ciclo do Sol, mas cuidado com a flor”

- O que isso quer dizer? – indagou April.

- Parece...um tipo de enigma. Tem mais – completou, virando a folha. – “O pilar da salvação irá se erguer, posicione a chave e não ouse se mexer.”

- Chave?

- Não sei...mas me pergunto por que o livro é tão pesado, sendo que só tem umas...10 páginas.. – dito isso, o garoto foi até a contra-capa, fitando-a. Ela exibia o mesmo desenho da capa, só que a parte em que estava esboçada a pedra, era de alto relevo. – Pode me chamar de louco...mas acho que a chave está dentro do livro.

- Como assim? – bradou a botânica, olhando assustada para ele.

- Por isso ele é tão pesado...e o que é isso? – exclamou surpreso, notando que havia um minúsculo broche no canto inferior da página. Levou sua mão até ele e o girou. Barulhos metálicos vindos do interior do objeto o informaram que algo estava acontecendo. A película que envolvia a contra-capa se dissolveu, revelando uma enorme pedra de cristal, roxa, com uma parte de encaixe atrás.

- Isso é incrível! – exclamou o estudante – Então, essa é a chave!

- Sim...é linda! – disse a garota – Mas ainda temos que descobrir para quê serve.

- Acho que isso não caberá a nós – respondeu Lowell apontando para o cristal. O objeto, como se fosse uma caneta, escrevia na página vazia do livro

- Parece um tipo de...coordenada. Acho que é o local para onde as duas foram levadas? – conjecturou April.

- Acha...que elas estão vivas em algum lugar?

- Tenho certeza...posso sentir isso. – respondeu.

Assim que terminou sua escrita, a chave caiu de lado e rolou pela mesa plana.

- Woa...de acordo com isso, “a resposta para as incessantes dúvidas estão na zona morta do Peru...”

- Machu Picchu – sussurrou a botânica para si mesma.

- Você conhece?

- Ouvi falar...lá estão as ruínas de uma antiga civilização.

- E como nós vamos chegar lá? Não temos dinheiro para bancar uma passagem para tão longe e ..

A garota nem terminara a frase, e o cristal brilhou intensamente, sugando os dois para um enorme buraco negro.


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