Beneath The Nightmares escrita por Moogle94


Capítulo 6
[ ~ Capítulo 06 – Compreendendo ]


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora...esse capítulo ficou meio extenso, então digitei ele meio rápido...Espero que gostem e DEIXEM REVIEW, POR FAVOR.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/29966/chapter/6

Lowell rapidamente se virou para ver quem estava atrás dele. O qual não foi a sua surpresa, era a menina da floricultura, April.

 

            - Ah... oi – disse, levantando a mão em um gesto rápido.

 

            - Olá! – respondeu ela, parecendo muito feliz de tê-lo encontrado ali. – Você está bem?

 

            - O quê? Ah, sim, estou – mentiu, dando um sorriso forçado.

 

            - É mesmo? Não parece – retrucou a garota, percebendo os olhos inchados e vermelhos do rapaz.

 

            - Bem... – ele parou por um instante, observsando o sol se esconder lentamente. – É que aconteceu uma coisa muito estranha com a minha mãe, hoje.

 

            - Ah, é...sinto muito. Coma, não? – perguntou, com um tom baixo, se sentindo extremamente infeliz também.

 

            - Uh? Como sabe? – Respondeu o garoto, olhando curioso para ela – Aliás, como sabia sobre minha mãe, hoje de manhã?

 

            - Ah... eu não sei...Você me pareceu triste, preocupado...Eu só arrisquei um palpite. – Disse, mentindo. Ele ainda não poderia saber sobre sua habilidade. – E também... aconteceu exatamente a mesma coisa com a minha tia.

 

 - O quê? Como? - Lowell olhou assustado para ela.

 

 - Bem...depois que você saiu da loja, eu fui pra casa e encontrei minha tia desmaiada na sala de estar...então liguei para a âmbulânica, mas acabei desmaiando também – começou, dando breves pausas – então, hoje á tarde, acabei acordando aqui no hospital. Fui ver minha tia e... – parou, começando a chorar.

 

 - Haviam marcas estranhas no corpo dela, não? – conjecturou o rapaz.

 

 - Sim...receio que o mesmo tenha acontecido com sua mãe.

 

 - Mas afinal, o que são essas coisas? – perguntou, irritado, mas não com a garota...com o mundo. – Quero dizer.... como aquilo foi parar na pele delas?

 

            Ele se sentia triste de novo, mas se lembrou de seus sonhos...agora pesadelos.

 

 - Ei...se acalme – disse April, agora acarinhando a cabeça do rapaz, que a mantinha abaixado entre os joelhos. – Tome isso, deve estar com fome. – e entregou o sanduíche sobressalente ao garoto.

 

Ele levantou a cabeça e pegou o lanche, agradeçendo a amiga. Seu estômago ficou mais feliz ainda, pois começou a roncar frenéticamente, parecendo que queria agradeçer a menina.

 

 - Uau...não sabe o quanto eu precisava disso – disse o garoto, mordendo o sanduíche.

 

 - Bem, na verdade...eu sabia.

 

 - Huhn? – exclamou o garoto de boca cheia

 

 - Lowell...preciso te contar uma coisa – começou, sabendo que essa era a hora de revelar seu segredo para ele, que era um importante aliado na descoberta da verdade.

 

 - Fale, então – disse, meio assustado – O que é?

 

 - Eu...leio mentes. – respondeu, olhando para baixo.

 

O rapaz cospiu o pedaço do sanduíche que estava em sua boca, engasgando em seguida.

 

 - Como assim? – Agora ele entendia como ela soube de sua mãe...

 

 - É... Foi assim mesmo que eu soube dela. - respondeu ela, sorrindo.

 

 - Uau...você realmente pode fazer isso... – disse, perplexo, notando que ela lera novamente sua cabeça.

 

 - Lowell...acho que isso pode nos ajudar a descobrir o que está acontecendo com a a sua mãe e a minha tia... E acho que já tenho a primeira pista.

 

 - Que bom...acho uma ótima idéia... – disse, sentindo-se animado pela primeira vez. – E...pista? Quer dizer que sabe o que está acontecendo?

 

 - Não, mas sei onde podemos encontrar respostas... – afirmou a garota, percebendo o interesse repentino de Lowell.

 

 - Ah, não acredito...Isso é ótimo! – gritou, levantando os braços. Agora, mais tranquilo, fitava o final do Pôr-do-Sol alegremente, sentindo que as coisas iriam melhorar dali para frente.

 

 

 

                 •••

 

            Raymond e Jason deixaram o jato e entraram no carro, indo em direção a sua casa, onde Desireé estava internada.

            Raymond observou Jason pegar um controle remoto e apertar um botão. As cortinas se fecharam e uma luz foi emanada no lado esquerdo da porta, confirmando que agora ela estava aberta. Jason girou a maçaneta, estranhamente, para o lado oposto que seria aberta, mas a passagem abriu assim mesmo.

- Você primeiro Ray. – Disse o homem. O garoto se aproximou da porta aberta e se deparou com um corredor comprido. Então, devagar e boquiaberto ele o adentrou.

- Está com medo? – Manifestou-se a voz de Jason. Depois do ocorrido, ele tornou-se extremamente irritado e mal educado. Puxou Ray para trás pelo ombro, quase o derrubando, e seguiu em frente. – Me siga. – disse com voz seca e sem olhar para trás. Chegando ao fim do corredor, percebeu que o garoto não o seguira, nem ao menos saíra do lugar.

- Venha logo! – Bravejou, e Ray apressou o passo atrás dele, que já havia virado o corredor à direita seguindo por um outro mais cheio de portas e mais decorado. Pararam em frente à segunda porta.

- É aqui, pode entrar.

            Ray escutava vozes do outro lado da parede. Entrou na grande sala. Seu interior parecia mais uma ala hospitalar do que um quarto de uma casa normal, não que aquela fosse assim.

            Uma cama estava posicionada no centro do local e sua avó a ocupava. Estava cheia de tubos e máquinas para respirar, além de estar rodeada por médicos e enfermeiras. Jason lançou um olhar para o médico chefe, que balançou negativamente a cabeça e pediu para que se aproximassem.  Retirou a máscara que cobria sua boca e seu nariz e começou a sussurrar com Jason, enquanto Ray chegava mais perto de sua avó.

            Uma enfermeira pegou uma seringa de cima da mesa e encheu-a com um líquido transparente, meio esverdeado. O estudante continuou  olhando cada um de seus movimentos. Ela postou-se ao seu lado, que estava de frente para Desireé. E quando ia aplicar a injeção, sua mão bateu no canto da cama e o objeto caiu.

Raymond a viu cair lentamente, e para ele, todos pareciam parados. Ele se abaixou calmamente, pegando-a, que flutuava no ar em direção ao chão. Então, tudo voltou ao normal quando se levantou, mas agora todos os pares de olhos na sala estavam voltados para ele.

- Que foi? – Perguntou entregando o objeto à mulher, que estava parada de chofre, com olhar assustado ao seu lado.

            Os outros disfarçaram continuando o que estavam fazendo, o doutor e Jason continuaram conversar, mas este lançava-lhe um olhar penetrante. Ray achou estranho a reação de todos, aquilo sempre acontecia com ele e não via nada de errado no que acabara de fazer. Desviou seu olhar para sua avó e uma tristeza profunda o invadiu, deixando-o quase sem ar.

“Estou sozinho agora..”.  - A frase se repetia na sua mente.

Mas ao ver a enfermeira virar Desireé de costas, sentiu um choque muito maior.

•••

 

Na manhã seguinte, Lowell acordou mais confiante. Se levantou, arrumou a casa e foi para a floricultura, onde prometeu se encontrar com April. Ao chegar oa destino, a garota já o esperava.

 

 - Que bom que veio. – começou ela, sorrindo. – Então, quando fui ver minha tia no quarto, ela estava com marcas muito estranhas, como já lhe disse. Eu fiquei chocada e tentei ler a mente dela...foi muito estranho. Vi uma pequena luz numa sala escura e um monte de ruínas, mas me senti enjoada. E antes de eu sair de lá, consegui ver a imagem da biblioteca daqui.

 

 -  Ah, sim. Perfeito. Estamos indo pra lá, então?

 

 - Certamente. Vamos? – perguntou, já caminhanhdo.

 

 - Hai – disse, acenando com a cabeça.

 

            Os dois levaram 10 minutos a pé até o local, e ao chegarem ao pé da grande escadaria, estavam exautsos, pois vieram correndo.

 

 - Pronta? – Perguntou o rapaz, ofegante

 

 - Sim.

 

 - Então vamos.

 

Ao adentrarem no estabelecimento, notaram a exacerbada coleção de livros que abrigava.

 

 - Então...por onde começamos? – perguntou April, boquiaberta com tamanha quantidade de livros. Ao olhar para seu amigo, notou que este fazia o mesmo gesto.

 

 - Não faço idéia! Olha o temanho desse lugar! – exclamou o rapaz, mal se atrevendo a acreditar que um dia encontrariam algo ali.

 

 - Não tem jeito...vamos ter que procurar.

 

Neste momento, Lowell sentiu uma dor de cabeça dilacerante. Ele caiu de joelhos e permaneceu desacordado por alguns instantes. Ele agora estava sozinho. A biblioteca estava deserta, com excessão dele e dos inacabáveis livros. Ao olhar para frente, notou que um livro emitia uma intensa luz verde, diferenciando-se dos demais. Ele, sem pensar duas vezes, correu em direção ao objeto e o agarrou com força, mas sentiu algo o puxar para baixo.

 

 - Lowell! Me responda! – gritava April, dando leves tapas em seu rosto

 

 - O que...? – disse, voltando a si. Estava deitado e sonolento, mas ao se lembrar do sonho que tivera, levantou-se rápido e começou a correr em direção ao livro que vira brilhar. Todos se assustaram com seu movimento repentino, inclusive a garota, que o seguiu.

 

 - O que é que deu em você? Você está bem? – perguntou preocupada, mas sorriu ao ver que o garoto encontrara um livro promissor: Sua capa era de couro e bem velha, e nela estava cravada um tipo de pedra com dois arcos contorcidos em volta. E na lateral, para a surpresa de ambos, estavam desenhados os mesmos símbolos que estavam nas costas das mulheres...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beneath The Nightmares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.