Onde estou? Está tudo escuro porquê? Será que morri de vez? E os outros? Estaram na mesma situação que eu? Tantas perguntas que faço, e sei que não vou ter resposta.

A vida feliz consiste na tranquilidade da mente.

Quem falou? Esta voz é familiar. Este mundo é estranho tudo escuro e sem vida!

Se desistires agora não poderás saber como será o futuro daquela criança.

Aquela voz outra vez, eu tinha a certeza que a conhecia mas não me conseguia lembrar. Foi então que cores começaram a aparecer como se fosse a Aurora mas só de uma cor. Agora lembro-me, este é o meu mundo interior. Como pude esquecer-me disso mas que idiota que eu sou.

Não és idiota só um pouco infantil.

–Fala alguém que faz parte de mim. –disse levantando-me.

Urusai!

–Faz tempo que não me chamavas... –disse virando-me e encarando algo na escuridão. -…Tsukuyomi No Mikoto!

Pelo menos ainda te lembras do meu nome.

–Tinha alguma razão de esquecer? –perguntei

Olhei para a mulher que vestia um kimono com varias cores, cabelos roxos e enormes, pela alva e olhos vermelhos. Tsukuyomi No Mikoto era difícil de manejar pois a katana era muito grande então quando ela estava nas minhas mãos ficava mais pequena porque consigo controlar a minha reiatsu, já Tsukuyomi No Mikoto nem se importa de controlar sua reiatsu porque esta num mundo onde não a perigo por isso é que a katana é tão grande aqui.

Quase morreste naquela luta, se não fosse Unohana Retsu tinhas ido desta para a melhor.

–O que tem isso a ver com eu me esquecer?

Muita coisa mas isso não interessa agora, Amaterasu No Mikoto acordou faz alguns meses.

–E porque estas a dizer-me isso? –perguntei sem interesse.

Porque quem têm a minha irmã é o Kurosaki Ichigo filho de Kurosaki Isshin.

–Isshin? Aquele que devia comandar todo o mundo mas negou isso para ficar com uma humana? –perguntei sem interesse.

Hai, tens de ensina-lo a controlar o poder da Amaterasu No Mikoto.

–Ela é tua irmã, se for como tu…é fácil controlar. –depois de ter dito isto Tsukiyomi bateu-me com a bainha da katana. –Eu estava a brincar. –disse sorrindo torto.

O poder da minha irmã é o fogo preto, esse fogo só pode ser apagado pelo que lançou. Mesmo o oponente se debatendo o fogo não vai apagar enquanto o mestre mandar.

–Eu nem sequer conheço Kurosaki Ichigo. –disse bufando

Mas conheceste Kurosaki Isshin.

–E o que têm? –perguntei. –Isshin foi meu sensei durante anos, ele me ensinou a controlar-te e…

Naquele dia ele te pediu ajuda por alguma razão, Karin.

–Xiii, ele sabia que o filho iria nascer com a Amaterasu selada dentro dele. –disse levantando-me.

Só percebeste agora?

–Urusai, Tsukiyomi.

E o que pretendes fazer para aproximar-te do garoto?

–Não quero ser professora da Academia, não tenho jeito nenhum para isso e muito menos tornar-me aluna de lá.

As únicas soluções que via anulaste elas.

–Não sei, quando minha cabeça tiver em ordem eu penso em algo.

Desde quando é que a tua cabeça esta desordenada?

–Não me venhas com essas perguntas, Tsukiyomi.

Só estava a perguntar. Mudando de assunto…e o garoto?

–Que garoto? Pensei que ias parar de falar em Kurosaki. –disse levantando a sobrancelha.

Estou a falar no garoto que salvaste há 15 anos atrás.

–Ah isso, o que isso tem haver? E o nome dele é Toushirou. –disse. Tsukiyomi revirou os olhos.

Admite tu gostas do garoto como uma mãe gosta do filho.

–Ele não é meu filho. –rebati.

Podia ser, se não tivesse deixado o garoto na porta do Clã Yamamoto.

–Esta conversa outra vez, NÃO! –pedi

Não vou começar, mas vais ter coragem de ver o garoto?

–De garoto ele não tem nada. Ele têm 18 anos.

Pensei que era mais novo, e até parece tu és bem mais velha do que ele.

–Eu nasci anjo que idade é que querias que eu tivesse?

Bem como tens 190 anos e quando o salvaste tinhas 175, nenhuma.

Revirei os olhos e sentei-me no chão. Ficamos em silêncio por um longo tempo.

–Como é a tua irmã? –perguntei.

Ela tem cabelos brancos e longos, tal como eu têm olhos vermelhos e sua pele não é muito clara nem muito escura. Uma mulher gentil e simpática mas também pode ser um verdadeiro diabo quando quer.

–Igual a Aizen ela não pode ser. –resmunguei baixinho mas Tsukiyomi ouviu.

Tenta dizer essas coisas sem eu perceber. Ela é minha irmã e eu tenho muito respeito por ela.

–Como queiras.

Vamos treinar a Bankai, já que não temos mais nada que falar.

–Ainda não percebo como ainda não dominei a Bankai destes anos todos, Toushirou quando tinha 14 dominou a Bankai. –resmunguei alto.

Urusai!

–Prefiro treinar a Bankai fora deste mundo. –disse continuando sentada.

Tudo bem, assim que conseguires abranger um katana basta me chamares.

Tsukiyomi desapareceu entre as auroras do meu mundo interior tal como ela apareceu nelas. Deitei-me para trás e fechei os olhos quando voltei a abri-los senti uma grande dor pelo meu corpo mas não me impediu de sentar-me.

Olhei em volta e tempo depois a porta se abriu revelando um mulher com cabelos roxos e olhos de felino. Shihouin Yoruichi, minha irmã mais velha. Yoruichi entrou no quarto e fechou a porta e se sentou ao meu lado.

–Pensei que irias dormir por mais tempo. –ela disse cruzando as pernas.

–Não sou de dormir muito. –disse com a minha voz normal.

–Vou chamar Unohana-san para te ver. –ela disse se levantando.

–Onde eu…estou? –perguntei por fim.

–Clã Shihouin onde sempre pertencestes. –Yoruichi saiu e suspirei.

–Eu não pertenço a este Clã, eu sai dele quando todos começaram a chamar-me de Bakamono. –sussurrei para o vento.