Minha Doce Isabella escrita por Silmara F


Capítulo 11
Conversando


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Desculpem a demora! Explicarei tudo nas notas finais, peço que leiam, por favor.
Eu revisei o capítulo super rápido, pois não queria demorar mais um dia para postar. Então se acharem qualquer erro ortográfico ou de concordância me avisem que corrigirei.
Muito obrigada por todos os comentários!
Aproveitem!



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CAPÍTULO XI

Bella POV

Eu estava sentada em uma confortável poltrona inclinável e incrivelmente fofa ao lado de Damon Salvatore. Bem, eu não escolhi os lugares. O avião tinha decolado a alguns minutos atrás e a viajem seria bem rápida, já que não iríamos para tão longe. Meu pensamento se concentrava em preparar-me psicologicamente para enfrentar a barra que eu iria passar em algumas horas, mas parece que Damon, tampouco Klaus, queriam contribuir com isso.

O vampiro Original tinha compelido a minha vizinha de acento para trocarem de lugar. Tudo o que nos separava agora era um pequeno corredor, mas isso não era especilho algum para manter uma conversa. E pelo visto, ele queria muito manter contato verbal conosco.

– Saciem a minha curiosidade, por favor. Estou enormemente curioso. O quão juntos vocês estão nisso? – perguntou.

Eu e Damon respondemos no mesmo instante:

– Não estamos juntos. – respondi.

– Muito juntos. – falou o vampiro.

Revirei os olhos e olhei raivosa para o Salvatore. Ele somente devolveu-me um olhar inocente, mas que era traído por seu sorriso malicioso. Tive vontade de arrancar cada dente que aparecia, mas ao invés disso somente respirei fundo e voltei a olhar para o Mikaelson.

– Como dissemos antes, estamos somente ajudando um ao outro. Ele em me dar auxílio com minha mãe e acabar com minha curiosidade. Eu em oferecer apoio para resolver um problema chamado Klaus Mikaelson, o Vampiro Original Híbrido.

Damon deu um tapa em minha mão, que não doeu, mas serviu para minha atenção ir para ele. Quando o olhei, vi a raiva borbulhando nos olhos e ele controlava a voz. Eu falei demais? O Salvatore desviou os olhos de mim e colocou no nosso vizinho.

– Não devemos explicação a você – falou e depois voltou a mim. – Não devia falar tudo a ele, Isabella.

Franzi os lábios, chateada por ele querer mandar em mim.

– Ele é seu inimigo, não meu.

Damon olhou-me espantado:

– Nós te contamos o que ele fez e o que ele é!

– Ele me salvou. E você também é um vampiro, duvido muito que se alimente de sangue de pombos.

O Salvatore estava prestes a replicar, mas Klaus não deixou ninguém mais falar.

– Eu realmente odeio ser tirado fora de uma conversa. – falou imponente. – E vocês acabaram de fazer isso. Salvatore, com que direito você vai fofocar igual a uma velha intrometida sobre minha vida à Isabella? Como ela mesma disse, os inimigos aqui somos nós dois. Ela não entra.

– Hey! – protestei – Também não quero ser excluída.

– Você não será excluída, querida – falou Klaus dando um sorrisinho e dobrando o sotaque no “querida”. – O que exatamente esse fuxiqueiro falou de mim para você?

Ouvi Damon resmungar do meu lado, mudando a posição que estava sentado.

– Que você cria híbridos. – levantei um dedo – Que você é um híbrido. – frisei o “é” e levantei dois dedos. – Que você quer o sangue de Elena para criar esses híbridos – três dedos – Que você é o vilão de toda a história de Mystic Falls. – quatro dedos. – E que você é o primeiro vampiro Original da face da Terra. Olha! Uma mão cheinha. – ri no final.

O Mikaelson balançou a cabeça, concordando.

– Então está a par de tudo que acontece na cidade, pelo visto.

– Sim, estou.

– Eu não vou ficar aqui ouvindo você dois conversando igual adolescentes de quatorze anos. – sussurrou Damon com a voz raivosa – Pelo visto estão bem juntos. – sai levantando-se e pisando duro.

Olhei confusa para as costas de Damon que se distanciava.

– Ele é assim mesmo – Klaus falou. – Um tremendo idiota quando não recebe atenção. Principalmente de uma garota.

Senti-me corar, então por isso não arrisquei um sorriso.

– Ele ainda está ouvindo nossa conversa, não está? – perguntei referindo a Damon.

– Sim, acredito que sim. Ele voltará logo, foi somente... tomar um refresco. – falou com um ar brincalhão no final. Eu não entendi, então preferi ignorar.

Abaixei meu olhar para minhas mãos unidas sobre meu colo, e não pude deixar de pensar em como essa situação era tão estranha. Eu, uma ex-caçadora ensinada pelos irmãos Winchester, estava viajando para enterrar minha mãe com a ajuda de Damon Salvatore, um vampiro que eu não sabia quase nada – somente que ele sempre se apaixona pelas namoradas do irmão –, e também viajava ao lado de Klaus Mikaelson, o primeiro vampiro Original da face da Terra, que por sinal também é um híbrido e deseja criar cada vez mais híbridos. Franzi a testa. Se ele matava pessoas, é o meu trabalho acabar com ele, certo? Afinal de contas, eu sou uma caçadora. Não a melhor, talvez a mais desastrada caçadora que existe, mas mesmo assim uma caçadora.

– No que está pensando? – perguntou Klaus ao meu lado. Olhei para onde ele estava sentado antes e não o encontrei. Senti então um leve toque na minha coxa direita e virei meu rosto rapidamente para esse lado, somente para encontrar o Mikaelson sentado próximo a mim, no mesmo lugar que Damon esteve minutos antes.

– Nessa situação toda. – falei honestamente. – Parece que minhas dúvidas aumentaram ao invés de terem diminuído.

Klaus deu uma baixa risada tirando a mão de minha perna, mas algo me dizia que ele só puxou assunto porque queria conversar sobre alguma coisa. E eu já sabia o que era...

– Isso é porque você só ouviu um lado da história, Isabella. Não sabe o que pensar sobre mim e especialmente se deve confiar nos Salvatores e seus amigos. – disse sem desviar o olhar do meu.

– E você me contaria a sua versão?

Ele encolheu os ombros, dando a entender que não se importava.

– Não escondo minhas atitudes e minha história de ninguém. Eu não me importo se as pessoas vão achar alguma coisa de mim, inclusive você. – deu um sorriso arrogante. – Mas para falar a verdade, minha versão não é diferente da que você sabe. Sou um híbrido, o ser mais poderoso da Terra. Eu gosto do poder, Isabella, não abro mão disso. Não é o amor que nos mantêm vivos, é o que almejamos possuir. A nossa meta, o olhar focado na vitória. Isso sim nos faz continuar. Conheci muitas pessoas durante toda a minha existência e muitas delas me provaram que o amor machuca mais do que as pessoas pensam.

Fiquei calada, encarando-o. Tudo o que ele disse foi com uma extrema naturalidade. Percebi chocada que ele realmente não se importava. Balancei a cabeça em sinal negativo. Há pessoas que vivem poucos anos e percebem o que realmente importa nessa vida, outras vivem séculos e não conseguem enxergar a verdadeira felicidade.

Eu nunca concordaria com o ponto de vista dele. Eu nunca acharia que o poder é mais importante que o amor.

Tudo bem que concordo no ponto de vista sobre como a nossa vida é movida por nossos desejos e meta. Mas penso em como importaria tudo isso se vivemos sozinhos e solitários, sem nos sentir amados e acolhidos. Sem nos sentir como o tesouro de alguém...

O amor realmente machuca às vezes. E eu afirmo isso com todas as minhas forças. O que passei com o abandono de Edward foi agoniante e depressivo, uma fase obscura em minha vida que tento não lembrar, mas que constantemente toma conta de meus pensamentos. Foi horrível quando acabou, sim. Mas simplesmente não posso esquecer como me sentia feliz ao estar com ele... Como eu o amava acima de mim.

Virei novamente minha cabeça na direção de Klaus que ainda me encarava. Será que esse homem alguma vez já amou ou foi amado? Cheguei a conclusão que com certeza ele teria sofrido justamente por amor. Não conseguia achar outra explicação.

– Poder não é tudo, Klaus. – disse baixinho – Há muitas outras coisas importantes para procurar... Você nunca pensou em... em somente esquecer essa decisão de criar híbridos e tentar ser feliz?

Ele sondou-me com o olhar. Fiquei meio desconcertada com o poder de seus olhos sobre mim. Senti-me estranhamente transparente.

– Todo o propósito de minha existência é essa minha escolha, e eu nunca estive tão perto de fazê-la concreta como agora. A única coisa que me falta é a instabilidade e dar fim a antigos prolemas que teimam em assombrar-me.

– Por que deseja tanto um exército?

– Não é um exército... são companheiros, camaradas. Por séculos vi meus irmãos agirem por minhas costas, tomarem decisões estúpidas que eu não concordava. Meus híbridos nunca me desobedeceriam-me.

Assenti, entendendo.

– Você já foi muito decepcionado, não foi?

Klaus olhou pela janela e falou calmamente, fitando as nuvens:

– Não tente me transformar no mocinho, querida. Dificilmente eu deixarei de ser o vilão algum dia.

Fiquei em silêncio, absorvendo e pensando em quem realmente seria esse Mikaelson. Minha língua coçava para tirar conclusões e decidi não segurar minhas curiosidades e pensamentos.

– Sabe o que acho? – fiz uma pergunta retórica, não esperei ele falar e continuei: - Acho que ou você nunca amou nem foi amado o suficiente ou você acabou se machucando por conta disso.

Ele olhou para mim sem falar nada. Eu percebia que seu pensamento ia para longe.

– Estou errada?

Klaus voltou a realidade e acabou me lançando um sorriso contido. Será que eu estava mesmo errada e que o homem a minha frente fosse tão frio assim? Não... Eu acho que não.

Klaus’s POV

Eu não tinha planejado em momento algum viajar para a Flórida com Isabella Swan e Damon Salvatore, mas minha decisão foi justamente essa ao pensar que talvez esses dois estivessem a procura de alguma informação sobre Mikael. Essa hipótese nunca passaria pela minha cabeça horas atrás, mas depois de praticamente Isabella jogar essa informação na minha cara no aeroporto, essa ideia não saio de minha cabeça. Damon pareceu não gostar da garota dividir o que sabia comigo, e confesso que também não entendia as ações que ela fazia.

Ponderei: se ela não quisesse que eu soubesse sobre o conhecimento dela sobre meu pai, não teria dito nada. Sendo assim, não poderia estar com Damon em uma tentativa de me passar a perna. Contudo ela estava viajando justamente com esse vampiro, que por sinal era um dos meus inimigos no momento. Não o pior, é claro, mas mesmo assim me trazia problemas junto com o outro Salvatore mais novo.

Analisando mais a fundo as palavras da Swan, percebi que ela não usou o nome de meu pai e sim a sigla M.M., a mesma que ele usou para assinar o bilhete que me fez achar que ele estava vivo. Uma única explicação me veio a mente: de alguma forma, Isabella tinha encontrado o papel enquanto esteve em minha casa.

Droga. Por que eu tinha levado essa garota para lá mesmo?

Certamente essa não era a hora para arrepender-me disso. Agindo com cautela, decidi acompanhar esses dois na viajem. Não podia correr o risco deles procurarem alguma coisa e então descobrirem sobre o Mikaelson mais velho. Se bem conheço Damon Salvatore, provavelmente ele acreditaria que Mikael pudesse se tornar um aliado deles para acabar comigo. Isso com certeza seria um problema, se meu pai não drenasse o sangue dele e o matasse logo em seguida...

Sim. Meu pai, um vampiro, se alimentava do sangue da própria espécie e não de humanos. O desprezo que ele criou sobre nossa raça chegou a tal ponto que ele matava e caçava qualquer chupador de sangue. Principalmente eu... Tudo por ser um orgulhoso, e por possuir tal orgulho não aguentou ao saber que foi traído pela mulher com um homem da espécie que mais odiava: lobisomens. O resultado dessa aventura amorosa foi eu. Desde então Mikael quer me matar, para dar fim a sua vergonha. O homem que eu sempre considerei um pai, apesar de toda sua severidade e arrogância, queria minha cabeça em uma bandeja de prata.

Séculos fugindo dele junto com minha irmã Rebekah se seguiram. Muita coisa aconteceu em tantos anos. Meus irmãos Elijah, Kol e Finn viraram as costas para mim, deixando-me também. Eu não os perderia. Eu não aguentaria os perder. Ataquei-os então com minhas adagas sujas de cinzas do carvalho branco, fazendo-os adormecerem em um sono profundo, para somente acordar quando alguém retirassem as armas de seus corações. Eu os acordaria quando acabasse com Mikael ou achasse portuno, mas a situação atual me faz pensar seriamente se essa não era a hora de tirar eles do repouso. Se meu pai estivesse com uma bruxa poderosa, eu precisaria de mais que ajuda que Rebekah para acabar com eles...

Só não estava preparado para lidar com a fúria de meus irmãos para comigo quando acordassem.

No presente momento, a minha conversa com a garota Isabella me levava a boas divagações. Não quero dizer boas lembranças, mas boas perguntas que me fizeram ponderar sobre eu mesmo e minhas razões.

Olhei mais atento para a garota. Quantos anos ela teria agora? 20? Acredito que por essa média. Mesmo assim, era uma jovem mulher, porém suas convicções transpareciam que muito tinham vivido. E pela maneira que falava acho que suas aventuras não foram somente cassadas, mas algo muito mais pessoal.

– Você já foi muito decepcionado, não foi? – ela perguntou depois de um tempo de conversa, mas para mim soou mais como uma afirmação.

Decepcionado? Sim, eu fora. Por minha mãe – que escondeu de mim um segredo absurdo -, por meu pai e até mesmo por meus próprios irmãos. Pela vida. Pelo amor que tive que dividir com Elijah por Tatia, há séculos atrás. Eu fui sim já muito decepcionado. Mas não admitira isso para uma menina que mal conhecera.

Tatia...

Tatia foi uma garota que eu conheci nos meus tempos ainda humanos. Ela foi a Petrova Original, a garota que deu o sangue para selar meu lado lobisomem. Quando a vi logo fiquei deslumbrado, apaixonando-me. Eu era praticamente um garoto e acreditava nas besteiras de amor a primeira vista. Porém um problema que eu não esperava aconteceu: Elijah, meu irmão conhecido por ser tão moralista, culto e correto, também caiu por amores para com a mulher. Foi uma longa briga até ela morrer no sacrifício e levar anos para nos perdoarmos.

Olhei para o céu através da janela, fitando o azul límpido do céu quebrado pelo branco impecável das nuvens. Minha guarda estava baixa quando respondi:

– Não tente me transformar no mocinho, querida. Dificilmente eu deixarei de ser o vilão algum dia.

Falei sinceramente, mesmo não acreditando totalmente em minhas palavras. Para ela eu possivelmente era um vilão e eu não mudaria isso em mim. Está ai a explicação de minhas palavras. Meu propósito é somente ter meus híbridos, pessoas que nunca me trairiam ou virariam as costas para mim. Infelizmente, para conseguir isso preciso do sangue de Elena e a turma dela não estava disposta a ceder.

Isabella parecia não querer deixar o assunto morrer. Uma garota muito curiosa ela é...

– Sabe o que acho? Acho que ou você nunca amou nem foi amado o suficiente, ou você acabou se machucando por conta disso. – olhei para ela – Estou errada? – finalizou perguntando.

Arqueei as sobrancelhas. Não, a garota não estava errada. Ela tinha chegado a um ponto e falado a verdade que eu não costumava falar em voz alta. Ela falou a minha verdade. Não totalmente, mas acertou em cheio no final. Não. Eu não me machucara. Ou sim... Balancei minha cabeça negativamente. Eu não sabia. Não gostava de pensar sobre o assunto e me remoer por conta de sentimentos. Eu desligava tudo. Mas agora, com ela falando tudo assim na minha cara... Eu era a porra de um vampiro machucado procurando preencher o vazio que tornou minha existência. Fiquei em silêncio, constatando a verdade.

Depois disso, comecei a odiar essa garota.

Para em poucos segundos depois encará-la com uma ponta de respeito.

Quem realmente era Isabella Swan? Com certeza havia muito mais história por baixo de ser uma caçadora – muito péssima, por sinal.

Eu estava prestes a respondê-la quando Damon retorna com a face séria, porém satisfeita. Ele nem liga ao notar que estava sentado no lugar dele, e fica onde eu estivera minutos antes, na poltrona que se separava da nossa por um estreito corredor que servia para as aeromoças passarem.

– Espero que a conversa de vocês tenha sido produtiva. – ele lançou um olhar cheio de significados para a garota ao meu lado – a minha conversa com a aeromoça com certeza foi.

– Como assim? – Isabella perguntou, confusa. Reprimi a vontade de revirar os olhos para a inocência dela. Era mais que óbvio que o Salvatore tinha ido se alimentar.

– Ora, Bella, vamos lá! Você pode mais que isso. Vampiro, aeromoça, bom-humor. Eu até ouvi Klaus dizendo que eu iria tomar um refresco!

Isabella arregalou os olhos e depois os franziu, parecendo extremamento chateada.

– Droga, Damon! Você poderia me dar um tempo, não é? Fazer isso comigo aqui, sério? Mas que merda! Eu nem estou legal...

O Salvatore se remexeu, ficando cansado daquela discussão. Eu observava a interação dos dois, achando no mínimo interessante. Algo me dizia, porém, que aquela briguinha não acabaria bem...

– Não me venha com sentimentalismo agora, por favor – balançou as mãos.

– Eu vou, Damon. Minha mãe... – ela foi interrompida pelo vampiro:

– Sim, eu sei. Sua mãe está morta e você está indo enterra-la. Isso acontece com todo mundo e você tem que aceitar. – falou com uma voz dura e direta.

Nós dois olhamos para ele nesse momento

Bella magoada.

Eu irritado.

A garota não merecia essas palavras. Vi os olhos dela se encherem de lágrimas e ela se levantou caminhando rápido em direção ao banheiro feminino. Damon fez menção de tentar segurá-la pelo braço, a face com expressão arrependida, mas eu fui mais rápido e segurei a mão dele apertando com força e fazendo ele olhar para mim com uma careta de dor. Sentei-me devagar na cadeira que antes era de Isabella e falei com a voz baixa e calma, o que a deixava ameaçadora.

– Você é totalmente idiota, Salvatore. Sua língua ficaria muito melhor com os crocodilos do que na sua boca. Eu posso fazer isso acontecer...

Dizendo isso, levantei-me e segui a garota, deixando um vampiro pasmo sentado olhando para minhas costas.


...



Isabella já estava a alguns minutos no banheiro e eu ouvia sons abafados vindo de lá. Eu estava encostado na parede ao lado da porta com os braços cruzados esperando ela sair. Na realidade, já estava me sentindo impaciente. E um tanto confuso.


O que eu diria para ela quando saísse do banheiro? Suspirei. Por que eu estava fazendo isso mesmo? Claro, por mais que eu seja frio não gostava de ver uma garota sendo machucada sem razão algum, por pura covardia.

Damon tinha vindo até mim logo depois que decidi esperar a menina e queria falar com ela.

– Não. – falei. – Dê tempo a ela. Aposto que nesse momento ela quer arrancar seus dentes por tanto grosseria. Afinal, Salvatore, porque foi tão grosso?

Ele suspirou, resignado.

– Eu estava com raiva. Não pude drenar muito da aeromoça e isso me fez ficar mais sedento do que satisfeito. Isabella contando coisas a você que não queria que contasse. Isso não justifica, eu sei.

– Isso você terá que dizer a ela, mas depois. Agora saia e vá sentar. – ele, é claro, obedeceu-me.

Suspirei. Não querendo mais esperar e nem sabendo o que esperar exatamente, bati na porta do banheiro. Depois de alguns segundos, Bella abriu a porta e olhou para mim.

– O que é? – perguntou carrancuda, porém a voz baixa.

O que é? O que é mesmo? Perguntei para mim.

– Já ficou muito tempo ai. Damon está arrependido, e daqui a pouco o avião irá pousar. – dei um sorriso de lado e atenuei meu sotaque na voz – Além do mais, querida, você ainda me deve essa história da cicatriz. A verdadeira.

Isabella revirou os olhos, mas concordou com a cabeça e fechou a porta atrás de si. Foi caminhando sem dizer nada e sentou-se no cadeira acolchoada. Acomodei-me ao lado dela.

– Muito bem – falou – não há motivos para eu esconder mais alguma coisa de vocês. Irei contar como ganhei essa cicatriz...
















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Notas finais do capítulo

Olá novamente! Haha! Tudo bem? Gostaram? Quero saber nos comentários. Eu revisei bem rápido para postar logo.
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Vamos lá. Eu irei explicar para vocês o motivo de minha demora. A primeira semana depois da postagem passada foi a droga do bloqueio do escritor. Eu simplesmente escrevia e nada saia como eu realmente queria. Não gosto de escrever qualquer besteira, mas espero que tenham gostado desse.
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Venho dizer também que o período entre as atualizações deverá aumentar. Sim, devo demorar mais para postar. Motivo? Volta às aulas. Não seria um problema se eu continuasse na escola perto de minha casa, mas não é o caso. Finalzinho de 2012 eu fiz uma prova para estudar todo o meu Ensino Médio de graça e com curso técnico, e fui aprovada. A escola é um pouco longe e provavelmente eu chegarei cansada no início da noitinha, já que pegarei ônibus no horário de pico. Ou seja, provavelmente estarei cansada para escrever assim que chegar. Ainda tenho dois dias integrais - manhã e tarde. Sem contar com as atividades e trabalhos.
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Tenho uma pilha de livros para ler. Estou lendo uma pilha de fics. Tem meus joguinhos que baixo. E ainda arrumo a casa, né.
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Ufa!
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MAAAAS, não se preocupem! Antes eu demorava menos de uma semana para postar. A partir de agora eu acho que irei demorar quase duas, não mais que isso. Ainda é rápido, não é?
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Eu NÃO vou desistir na fic e vou me esforçar BASTANTE para postar rápido e não deixar vocês esperando. Eu também leio bastante fics e sei como é agoniante a espera por novos capítulos.
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Comentem e recomendem. Isso incentiva MUITO o autor! Beijos, beijos.