Like A Shooting Star escrita por Li_VA


Capítulo 2
Reencontros (Dignos De Filme)


Notas iniciais do capítulo

Todas as palavras em turco tem a tradução nas (maravilhosas e perfeitas) informações adicionais. É só deixar o mouse em cima da palavra, e vai aparecer a tradução.
Espero que gostem do cap.



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Depois de horas num avião, e várias aspirinas pra dor de cabeça – que me deixaram levemente grogue - chegamos na Corte, e fomos direto fazer o check-in para podermos nos instalar em nossos quartos. Alex olhava tudo como se nunca tivesse enxergado na vida. Ele olhou pra mim abobalhado, um olhar de ''Isso é sempre assim?'' estampado na cara dele. Realmente, a Corte pode ser um pouco impressionante no começo, mas eu já tinha me acostumado.

É claro, quando a primeira garota bonitinha passou por ele, ele se esqueceu do esplendor da Corte e começou a comer as garotas dali com os olhos. Idiota.

Os três guardiões de meu pai, cujos nomes eu não sabia – eu conseguia escrever, mas não pronunciar, então eu os chamava apenas de Um, Dois e Três. Minha idéia original tinha sido Uni, Duni e Tê, mas meu pai clamou que isso era uma afronta à masculinidade deles – levaram nossas malas para os quartos que Abe reservou.

– Boa noite, posso ajudá-lo? – perguntou uma mulher simpática do outro lado do balcão. Seu cabelo loiro estava preso em um coque, alguns fios propositalmente soltos emoldurando seus olhos castanhos.

– Boa noite – falou meu pai, com um sorriso cordial nos lábios – Eu queria as chaves das minhas suítes.

– Qual o número da reserva?

Enquanto eles trocavam informações, eu me virei e dei uma olhada no saguão. Estava praticamente vazio, salvo por um casal jovem lutando para convencer um garotinho a ficar parado perto deles, e um homem de cabelos castanhos que fumava num canto.

Franzi o cenho. Respirei profundamente, o cheiro me parecia familiar, como... Cravo? Era isso, percebi. A fumaça vinda do cigarro do homem tinha um leve perfume de cravo, e eu sabia que se ficasse ali por muito tempo, ia ter uma dor de cabeça.

Sem aviso, o garotinho saiu correndo, e o casal (que eu imaginava serem os pais dele) trocou um olhar exasperado antes da mãe correr atrás dele. Mesmo assim, o garoto estava metros à frente dela, e o outro homem se levantou rapidamente e bloqueou o caminho.

O menino bateu nas pernas dele, mas o homem o segurou antes que caísse no chão. De onde eu estava, tudo que eu conseguia ver eram as costas do cara, e a mãe, que conseguiu alcançar o filho, finalmente.

– Obrigada! Muito obrigada!! – exclamou, pegando o garotinho no colo. – Me desculpe, ele é assim mesmo, sem nenhum senso de certo e errado.

O homem riu, e de repente uma imagem se formou em minha cabeça, de caramelo derretido escorrendo de uma colher. A imagem também me era estranhamente familiar,mas só quando ele falou pela primeira vez eu fui capaz de reconhecê-lo.

– Tudo bem, não se preocupe. Eu precisava levantar mesmo, seu filho foi uma ótima desculpa.

Era Adrian.

Imediatamente eu me voltei para meu pai, escondendo meu rosto. O que ele estava fazendo aqui? Tive um impulso – ao qual resisti – de dar um tapa em minha cabeça. Claro, rainha, Tatiana... Ele vinha, lógico. Será que Lissa também estava aqui? Será que Dimitri vinha?

Estúpida. Em nenhum momento, a possibilidade de encontrar um de meus velhos amigos passou pela minha mente. E eu nem tive tempo de descobrir como me sentia sobre isso, pois meu pai me chamou.

Sevgili.

– Hm?? - Olhei para meu pai.

Ele sacudiu os cartões: - Vamos??

– O quê- Ah, sim, claro. Vamos, vamos.

Ele me olhou com uma cara estranha mas me ofereceu um cartão e ficou com outro.

Ele me deu um. E ficou com o outro.

Duas chaves. Dois quartos.

E éramos três.

– Pai? Porque diabos você só pegou dois cartões? – falei, meu tom perigosamente baixo.

Meu pai percebeu. Se afastou: – Oh, kiz. Você e Alex vão... Bem, vão ficar no mesmo quarto.

Eu me senti incapaz de responder, apenas o encarando com a boca aberta. Alex olhou de mim pra ele, e subitamente, explodimos juntos.

– O que foi que você disse?!

– Você vai me deixar sozinho com ela?

– Você perdeu o juízo?? – exclamei.

– Quietos! Voces vão ficar juntos sim. E se acalmem, porque o quarto é enorme, vocês nem precisam se ver. – repreendeu em turco.

– É bom que esse quarto seja imenso, Abe. Maior que nossa casa, de preferência. – falei. Quando eu chamava meu pai de ''Abe'', era problema.

– Não se preocupe, kiz.

Semicerrei os olhos. Abe Mazur mentia para conseguir o que queria. Foi o que eu aprendi nesses anos trabalhando com ele. Ele parou de andar em frente à uma porta de madeira, pintada de dourado. Passou o cartão na fechadura e esperou a luz verde se acender. Olhou pra mim.

– Bem, esse é o meu. O de vocês – encolhi, odiando como a palavra soou – é o último no corredor, à direita, só continuem andando. Durmam, nada de sair agora, amanhã vocês podem fazer o que quiserem. Boa noite.

Ele acenou e fechou a porta.

Olhei para Alex, infeliz: - Bem, vamos para nosso quarto.

Andamos devagar até o fim do corredor, como se algo pudesse explodir se andássemos muito rápido. Ele olhava para mim de rabo de olho, e eu fazia o mesmo. Não acredito que ia passar um mês morando com ele.

A porta era feita de madeira clara, com detalhes em preto. Passei o cartão na fechadura e imediatamente houve um click e a porta estava aberta.

Dei um passo para dentro e parei na mesma hora.

– Ah. Meu. Deus.

– Entra logo, Rose – resmungou meu irmão. Ele passou por mim, mas também parou, de olhos arregalados.

O quarto era enorme. Nem sei se podia ser chamado de quarto, parecia mais uma casa. Logo de cara, um sofá-cama branco. Duas mesinhas de canto de madeira e uma mesa enorme de vidro na frente do sofá, com um controle remoto, provavelmente universal. Uma televisão enorme na parede, com pequenos auto-falantes espalhados pelo comodo. No canto, tinha um pequeno frigobar, que com certeza estava cheio de bebidas caras. As paredes eram pintadas num tom claro de dourado, e o carpete era branco, e muito fofo.

Uma porta de vidro dava em uma sacada enorme, com algumas plantas e uma mesa e cadeiras de madeira. A vista era maravilhosa, pelo que eu pude ver. Dois corredores saíam pelo cômodo principal, para lados opostos. Passado meu choque, eu entrei devagar, absorvendo todo o esplendor do quarto.

– Esse lugar é lindo... – murmurei.

– Odeio dizer isso, mas tenho que concordar com você, abla.

Então de repente, como se tivéssemos ensaiado, nos entreolhamos, e eu corri para um corredor e ele para outro.

Terminei em uma porta dourada com entalhes brancos, que abri sem hesitar. E valeu a pena. Um carpete dourado cobria o quarto todo. A cama era enorme e coberta com um edredom branco e almofadas em variados tons vivos, como verde, azul, vermelho e amarelo.

Uma televisão finíssima estava na parede, e em cima de um móvel de madeira clara, havia um notebook branco. Do lado, outro frigobar prateado brilhava à luz do sol. Achei isso estranho, visto que Moroi geralmente não gostavam muito da luz do sol, mas depois percebi que a janela estava aberta. Várias folhas de papel estavam cuidadosamente empilhadas ao lado de um porta-lápis.

Eu ia pular teatralmente na cama quando notei outra porta – entreaberta, o que aumentou minha curiosidade – no canto do quarto. Passei por ela e me deparei com o banheiro dos meus sonhos.

Uma bancada enorme de mármore branco, torneira com água quente. Havia um chuveiro espalhafatoso, mas também tinha uma banheira – com hidromassagem, por sinal – onde deveriam caber pelo menos cinco pessoas. Óleos naturais, cremes para corpo, mão, pés, sais, sabonetes líquidos, tudo de bom e do melhor. De repente ficar nesse quarto não parecia tão ruim.

Voltei para o cômodo principal, e achei Alex sentado no sofá. Eu sorri pra ele. Ele sorriu pra mim.

É, ficar aqui seria bem interessante.

Me levantei rapidamente, minhas costas estalando. Meu Deus, amanhã eu vou treinar, pensei. Tomei um banho relaxante com sais na banheira, e fui para o quarto me arrumar. Quase botei uma calça, mas era uma noite – bem, dia para os Moroi – quente. Tudo bem, quente era exagero, mas tambem não estava gelado.

Tendo me acostumado ao frio durante meu tempo na Turquia, dei de ombros. Botei uma meia calça escura e um short claro, porém nao exatamente branco. Na ansiedade de talvez encontrar as pessoas que não via há três anos, fiz algo que não fazia a bastante tempo: peguei a primeira blusa que vi na mala, que por acaso era uma camisa preta.

Saí do quarto descalça, e Alex já não estava mais lá. Considerei assistir um pouco de televisão, mas estava muito ansiosa para ficar enrolando. Voltei ao meu quarto, calcei um salto qualquer e peguei uma echarpe dourada. Penteei meu cabelo e suspirei.

– Maldito seja Abe por me viciar nessas coisas. – murmurei, ajeitando a echarpe ao redor de meu pescoço.

Finalmente, saí para tomar café, pronta para encontrar com qualquer um. Andei lentamente, mas sabia que não dava mais pra fugir, provavelmente todos eles estavam aqui também. Com um choque, me lembrei do que meu pai havia dito ontem, antes de saírmos de casa. A coroação da nova rainha. Minha mente pulou para uma conversa que havíamos tido há cerca de um mês atrás.

– O que te deixou tão feliz, Zmey? – perguntei, lutando para manter meus olhos no jornal humano. As notícias deles pareciam tão insignificantes para mim, mas meu pai havia me ensinado que era importante saber de tudo que acontece no mundo – tanto para os Moroi como para os humanos.

Eu entendia o que ele dizia, mas isso não significava que eu gostava.

Ele passou por mim, se dirigindo à geladeira: - Recebi notícias... Uma notícia, na verdade. Muito agradável.

A curiosidade ganhou, e eu botei o jornal na mesa, me virando para ele: - Que notícia seria essa?

– A nova rainha foi escolhida ontem. Nós provavelmente vamos ter que ir para a Corte daqui a algumas semanas.

Finalmente, pensei, já passou da hora daquela velha sair do trono. Mas eu falhei em descobrir porque meu pai ficou tão feliz com a notícia. A não ser que...

– Pai. – grunhi. – Por favor, me diga que você não quer ir para ver...

– Você pode me culpar? Eu sinto falta de sua mãe, Rose.

Suspirei, pegando o jornal novamente, tentando achar a página em que havia parado. Algo passou pela minha cabeça.

– Pai? Quem é a nova- bem, a futura rainha?

Ele abriu a boca, e depois a fechou. Eu pisquei, surpresa. Eram raras as vezes em que Abe hesitava. Ele franziu o cenho, e tentou de novo, mas acabou não falando nada.

– O que foi, é tão ruim assim? Você disse que era uma boa notícia! – disse, confusa. Ele engoliu em seco e finalmente falou.

– Rose, é a... Princesa Dragomir.

Minha cabeça fez contato com a mesa fria, e tudo ficou preto.

Lissa. Eu me senti uma idiota, isso nem tinha passado pela minha mente ontem. Será mesmo que uma viagem poderia ter me deixado tão distraída em questão de minutos? Lissa. Lissa era a nova rainha. Eu ia assistir à coroação de Lissa. Entrei na cafeteria, que estava quase vazia, e eu escolhi uma mesa perto da janela.

– Posso te ajudar? – perguntou uma mulher que usava um uniforme preto ligeiramente amassado. Ela rapidamente tirou um bloquinho de papel do bolso, esperando pelo meu pedido.

– Eu gostaria de um Latte de baunilha, por favor. – pedi. Ela anotou tão rápido que eu teria perdido o gesto se tivesse piscado.

– Mais alguma coisa?

– Não, só isso. Obrigada.

Ela sorriu e se afastou, dizendo que voltava já com meu Latte, e enquanto isso eu imaginava onde estava Abe. Eu tinha que falar com ele. Saber se ele precisava de alguma coisa, reclamar do fato dele não ter me contado que Lissa era rainha (mesmo que eu já soubesse), e agradecer pelo quarto. E eu ainda não tinha visto Alex.

A garçonete voltou com um copo que deixara uma trilha de fumaça por onde passou, e eu agradeci. Ela me mandou um sorriso simpático e disse que qualquer coisa era só chamar.

Enquanto levava o copo à boca, ouvi a porta do local se abrir. Olhei para trás.

Adrian deixou o cigarro que segurava cair em seu sapato. Sua boca se abriu. O cigarro derreteu no sapato dele e abriu um buraco.

– PUTA QUE... – ele gritou, tentando chutar o cigarro pra fora do sapato. Eu ri baixinho.

– Cuidado, Adrian. Eu sempre disse que não era uma boa idéia voce fumar.

Ele levantou o rosto: - Pequena Dhampir?? É você mesma?

Eu ri de novo, alto dessa vez: - Bem, quem mais seria?

Ele só me encarou.

Me levantei e fingi estar magoada: - Bem, eu não ganho nem um abraço?

Ele veio correndo e me abraçou tão forte que senti uma leve dor nas costelas, me levantando do chão.

– Um abraço e qualquer outra coisa que quiser, Rose. – ele murmurou no meu ouvido. Dei um sorriso triste. Ele ainda era apaixonado por mim, depois de tanto tempo.

– Você nunca muda. – falei.

Quando ele me soltou, estava sorrindo, e seus olhos estavam molhados.

– Não acredito, Adrian! Você vai chorar? – eu brinquei, mas eu também queria chorar.

– Me magoa profundamente saber que eu perdi você. Olha como está linda! O cabelo está mais escuro... O corpo mais lindo do que antes... Mais alta, também... E essas roupas!?!

Ele exclamou, mas pareceu uma pergunta. Eu ri. Reconheço que mudei um pouco. Adrian, por outro lado não mudou nada, mas ainda assim me parecia mais lindo que antes, provavelmente porque eu não pude vê-lo por tanto tempo. O cabelo cuidadosamente bagunçado, o sorriso malicioso, e os olhos verdes mais brilhantes que os de Lissa.

– Você também mudou bastante, Adrian... Está mais lindo que antes! – falei, e vi seu rosto se iluminar. Ele me abraçou de novo, mais apertado ainda.

– Adrian, me solte! – eu ofeguei – Você vai me quebrar ao meio desse jeito!

Quando ele estava finalmente me soltando, ouvi alguém me chamar.

– Ro... Rose? – a palavra parecia velha, enferrujada. Como se a pessoa que a pronunciou não esperasse ter que dizer aquilo pelo resto de sua vida.

Meu coração bateu ligeiramente mais forte que o normal quando me virei e vi a da qual mais senti falta durante esses anos na Turquia.

Lissa.

Sorri, hesitante. Tudo em mim gritava para que eu a abraçasse, mas eu não sabia como ela ia reagir. Eu bloqueei o laço durante tante tempo, que não tinha idéia do quanto – se – ela tinha sentido minha falta. O mais provável era que ela estivesse brava comigo e nunca mais me perdoasse.

– Liss. Ei.

Ela fez um barulho estrangulado que ficou entre um bufar e um grito, e meu rosto se franziu em uma careta, extremamente consciente do olhar piscicótico dirigido a mim.

– Sua idiota. – exclamou, a voz um tom mais alta que o normal.

Numa velocidade incrível – que eu não sabia que ela tinha – ela apareceu na minha frente, e me deu um tapa. Eu fechei os olhos contra o impacto, e lentamente levei minha mão à bochecha. Meu rosto formigou ao toque, e olhei para ela, incrédula.

Eu sei que disse que esperava isso, mas não achei que ela realmente iria me bater.

– Você-

Ela me interrompeu quando me abraçou subitamente, seus braços fazendo tanta pressão contra mim, que por um momento, fui incapaz de respirar.

No segundo que ela encostou em mim, o laço que eu consegui bloquear por tanto tempo voltou com força total, eu senti a felicidade dela em me ver, e saber que eu estava viva, e que não tinha simplesmente sumido pra sempre ou morrido. Me senti como se estivesse sufocando, mas não fiz nenhuma objeção. Se o laço funcionasse dos dois lados, ela estaria sentindo minhas emoções com a mesma intensidade.

– Liss – gemi. – Desse jeito você vai me esmagar.

– É menos do que você merece! – gritou, se afastando ligeiramente de mim. Mas ela continuou segurando meu braço, como se eu pudesse desaparecer a qualquer segundo caso ela me soltasse. – Você tem alguma idéia do quão culpada eu me senti? Deus, eu mal podia respirar por meses! Você simplesmente sumiu, sem avisar a ninguém, e eu senti mais sua falta do que você pode-

Ela parou de repente, e sua expressão se suavizou. Aparentemente, ela se lembrara de que eu podia sim imaginar – nós tínhamos um laço, afinal de contas.

Ela hesitou: - Eu sinto muito.

– Eu também, Liss. Eu também. – murmurei.

Ela me encarou de novo, sem saber o que dizer. Eu não fiz nenhuma tentativa de quebrar o silêncio; meu estômago se contraía dolorosamente, e eu estava assustada demais por estar perto dela de novo. Mas ela não disse mais nada. Ela só continuou perto de mim, e quando ela entrelaçou seus dedos nos meus, eu não me afastei.

Suponho que podia ter sido pior.

– Lindo, ela ganha uma cena digna de filme, e eu não tenho nem um ''Oi, Christian, quanto tempo. Eu senti sua falta depois de três anos morando só Deus sabe onde.'' – falou Christian, fingindo estar magoado. Ou estando mesmo, não sei.

– Agora voce sente minha falta, Chris? – falei.

A voz dele ficou mais séria do que eu já tinha visto na vida: - Eu sempre senti sua falta, Rose.

– Ok, Tocha, agora espere eu pegar minha câmera e diga isso de novo, por favor. – brincou Adrian.

Eu ri e o abracei. Senti uma leve irritação defensiva vinda de Liss, como se ela ainda achasse que eu ia sair correndo do alcançe dela. Christian estava ainda mais alto do que antes, e um pouco mais adulto. Mais sério.

– Feliz agora? – perguntei

– Muito – ele sorriu sinceramente – Nunca pensei que diria isso, mas eu senti mesmo sua falta, Rose. Ninguem é tão irritante como voce.

Esse era o Christian que eu conhecia – sarcástico, confiante e tão parecido comigo que beirava o ridículo. Sorri e me voltei para Eddie, que estava meio pálido demais e com uma expressão à beira de um ataque de nervos. Culpado.

– Eddie.

– Rose. – falou em voz baixa.

Ele me abraçou e disse na mesma hora: - Eu sinto muito por...

– Ei – interrompi – Não tem nada pra se desculpar. Mesmo.

Eu sorri, e ele acenou, parecendo ligeiramente mais tranquilo. Até tentou um sorriso, que saiu errado, mas saiu. Olhei para todos eles, e acho que nunca estive mais feliz na vida. Eu ia falar justamente isso, quando duas pessoas se juntaram a nós.

Tasha me olhava meio chocada. Eu sorri e a abracei, sem nenhum ressentimento. Eu não a culpava de nada. Eu culpava a pessoa que agora me olhava com o queixo caído.

Segurei o revirar de olhos, transformei meu suspiro de frustração em um sorriso perfeitamente composto, e me virei para ele.

– Olá, Dimitri.



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Notas finais do capítulo

Adicionei o arco todo de Rose saber que Lissa era a nova rainha, porque... Bem, se ela é uma negociante e trabalha com Abe, me pareceu fora de esquadro que ela não soubesse tudo sobre o mundo Moroi.
Por favor, deixem reviews.
Beijos,
~Li