Like A Shooting Star escrita por Li_VA


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE:
-Essa história se passa após Spirit Bound, mas o assasinato de Tatiana não aconteceu. Ela continuou no poder até a nova seleção para o cargo, mencionada depois na fic.
- Jill Mastrano foi reconhecida como irmã de Lissa, quando seus pais concordaram que ela devia saber de quem realmente era filha. Ela pediu para que a levassem até a Corte, e mesmo que não gostassem da idéia, eles permitiram.



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Born with a void, hard to destroy
With love, or hope
Built with a heart, broken from the start,
And now I die slow...

Valley Of The Dolls, Marina & The Diamonds

– Alex!! Me devolve isso! – gritei, desviando de um sapato dele.

– Vem pegar! – ele gritou de volta, rindo. Eu ainda mato esse garoto.

– Alex! – Pulei pelas escadas de três em três degraus.

Encontrei o infeliz sorrindo, com meu celular na mão. Assim que me viu, ele começou a batucar o dedo na tela.

– Vamos lá, Rose, qual é sua senha?? Já sei! – estalou os dedos. – Um, dois, três, quatro...

Dei dois passos para a frente: - Alexander Mazur Diaz, se você não me devolver isso agora eu juro que...

Não tive tempo de terminar a ameaça, porque meu pai entrou pela porta. Alex se virou para olhar, e foi o tempo de eu voar em cima dele e jogá-lo no chão. Seu grito foi abafado quando caí em cima dele . Me levantei com o celular na mão: - Nunca... Nunca pegue esse celular de novo. – falei, olhando pra ele. Abe balançou a cabeça, exasperado.

– O que foi dessa vez??

– Nada diferente. Rose tentando me matar. – gemeu ele se levantando.

– E você futucando minhas coisas. Queria ver o que você ia fazer se eu roubasse seu celular e saísse correndo com ele pela casa.

– Isso me lembra que voce não me devolveu aquele-

– Antes que vocês comecem a querer se matar de novo – falou Abe, interrompendo Alex – Eu queria que soubessem que vamos viajar.

Aquilo atraiu minha atenção completamente: - Ah, é mesmo?

– Uhum.

– E pra onde vamos?? – perguntou Alex.

– Para a Corte. – respondeu meu pai, sentando numa poltrona – A coroação da nova rainha vai ser daqui a mais ou menos uma semana, e além do mais, eu tenho negócios a resolver lá.

– Que tipos de negócios? – perguntei.

– Ah, não sei se quero te envolver nesses, Rose. É muito complicado.

– Zmey, no que voce se meteu? – perguntei, preocupada. Ele deu um daqueles sorrisos tortos de gangster que ele tinha.

– Não se preocupe com isso. Por enquanto só se preocupem em fazer as malas e não se atrasarem, porque estaremos saindo daqui em duas horas. Eu ia falar ''tudo bem'', quando percebi o plural nas palavras do meu pai.

– Pai, você não.... por favor, me diga que Alex não vai. Por favor, por favor, é a única coisa que eu te peço. – Alex sorriu da minha desgraça, já imaginando a resposta do meu pai.

– Rose, você não espera que eu deixe ele sozinho aqui, não é? – disse meu pai, como se fosse a coisa mais impossível do mundo.

– Tanto faz! – pedi – Deixe ele com uma babá, ou mande ele pra um internato, ninguém ia sentir falta dele por aqui.

Ele botou a mão no coração, fingindo estar magoado: - Nossa, Rose, é assim que você demonstra seu amor e carinho por mim??

O fuzilei com os olhos e disse no meu tom mais sombrio, aprendido com Abe: - Na verdade, o meu jeito é muito mais intenso, mas vamos nos contentar com esse. – e tive a satisfação de ver ele engolir em seco.

– Rose, pare com isso. – falou Abe. – Agora vão arrumar as malas.

– Mas... – tentei protestar, mas Abe nem ouviu.

– Mas nada. Vão.

Bufei de raiva e subi as escadas. Não acredito que ele ia com a gente. Meu pai devia estar fora de si pra querer levar meu irmão. Aliás, ele devia estar fora de si quando fez meu irmão.

Uns dois anos depois que eu nasci e minha mãe largou ele ''de coração partido'', segundo ele, perdido e sem o amor de sua vida, Abe teve um caso com uma Moroi. Ele diz que ela era muito parecida com minha mãe, o que me fazia querer vomitar sempre. Enfim, desse caso nasceu Alexander. Infelizmente. Mas, pelo menos ele era três anos mais novo que eu, o que me botava na posição de mais velha.

Sorri arrumando minhas malas. Por mais que ele fosse quase sempre um idiota, ele conseguia ser um irmão legal às vezes. E vivíamos implicando só por costume, porque no fundo, gostávamos muito um do outro.

Botei um jeans preto simples, e uma camisa branca com botões em um tom claríssimo de cinza. Calcei uma ankle boot – também preta – e, ponderei por alguns segundos se devia ou não levar um casaco. Finalmente, decidi que era melhor não. Pra compensar, peguei uma echarpe vermelha e a passei por trás do pescoço.

O que posso dizer? Tal pai, tal filha.

Surpreendentemente, Alex tinha conseguido trocar de ''vou passar o dia inteiro no meu quarto'' para ''preciso ir a um jantar formal'' em meia hora. Mas eu não ia dizer isso pra ele. Ele deve ter percebido que eu estava encarando, pois riu.

– É, fazer o que se eu sou gostoso. – falou. Revirei os olhos e virei as costas pra ele.

– Vamos?? – perguntei para meu pai.

– Vamos. – ele tocou meu braço de leve e sussurrou um ''Você está linda''. Mesmo depois de três anos era estranho ver Abe sair do papel de gangster sombrio para o de pai amoroso.

Então ele abriu a porta e fomos em direção ao jato particular dele.



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Notas finais do capítulo

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