Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 91
A Gênese de Cyberdramon




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CAPÍTULO 138

Atordoado, Petermon não conseguia raciocinar direito. Ficou sentado sobre uma pedra enquanto colocava as ideias em ordem. Procurou ao máximo por Monodramon, mas não o achou. Desistiu depois que um Gotsumon havia dito que um barco com sobreviventes foi embora. Concluiu que o pequeno dragão pensara que ele morreu durante o ataque na cidade, haja vista demorou-se um bom tempo desmaiado naquele barco.

— Seja onde estiver, amigo, foi bom tê-lo conhecido. Começamos com o pé esquerdo, mas pelo menos conseguimos sobreviver.

Lopmon se aproximou dele e se apresentou ao colega. Petermon não reconheceu até ele falar que era o Antylamon.

— Fala sério. Como ficou nessa forma?

— Foi meio que uma punição por eu ter ajudado os devas na conquista da ilha. Não estou triste pois eu não fui preso. Apenas não posso ser mais deva. Que foi?

— Bom pra você. E pensar que o Monodramon saiu daqui achando que morri.

— E por falar nisso... onde estava? Procuramos na ilha toda, mas não te achamos.

— Aconteceu algo grave. Fui sequestrado e os sequestradores me impediam de ver o Monodramon. Eles queriam que o Mono fosse sozinho para o continente. Aqueles caras... eles querem tramar algo contra o Mono.

— Isso é ruim. Existem pessoas más atrás do Monodramon. Isso quer dizer que...

— Não! Não posso ficar parado aqui. Tenho que sair desta ilha custe o que custar.

Um dos navios dos trabalhadores saiu da Ilha Deva. Petermon se despediu de Lopmon e dos Sepikmons. Seu destino era a cidade de Nova Digicity.

...

Restaurante do Digitamamon

O ambiente era muito movimentado. Ora os clientes exigiam o cardápio que outrora pediram, ora conversavam às suas respectivas mesas e ora pagavam a conta para irem embora. Com tantos sujeitos ali, o pequeno ficou meio intimidado até ser surpreendido por um grande ovo com dois olhos e duas pernas.

— Precisa de ajuda, meu jovem?

— Eu queria algo...

— Queria, não. Quer algo. Eu sou o Digitamamon, proprietário daqui.

— Eu trouxe este dinheiro comigo. Estou com fome e vim almoçar aqui.

— Por cinquenta dólares eu te ofereço o prato da casa. Gosta de picanha?

Monodramon não soube responder.

— Vou te deixar na mesa 6. Você vai gostar do churrasco e da comida.

Depois de alguma demora, um Vegiemon trazia um espeto com muita carne. Depois um prato. Fatiou a carne e serviu o cliente. Depois de muita comilança, o pequeno ficou satisfeito e pagou a conta; todavia, uma mulher chegou perto de Monodramon e o chamou pelo nome.

— Você deve ser o famigerado Monodramon. Acertei?

A mulher era completamente diferente da anterior. Agora era uma digimon mulher.

— Quem é você? E como sabe o meu nome?

— Sou a Darc'mon, lembra? - Ela mudou de forma. - Amiga do homem que falou contigo há pouco tempo na Ilha Arquivo. Eu te ofereci a passagem do navio. Lembrou de mim agora?

— Ah, sim. Eu me lembrei agora. Desculpa... eu perdi a passagem, o dinheiro e o mapa.

— Não tem problema. Você pode me acompanhar agora. Hora do trabalho.

Ele ficou sem palavras. Mesmo assim decidiu em acompanhá-la.

LinK sobrevoava baixo quando percebeu em seu radar a saída de duas pessoas do restaurante. Viu num pequeno monitor a imagem de Monodramon e uma digimon que ele desconhecia.

— O Gennai precisa saber disso.

...

Linx chegou na margem de um lago. As águas se abriram e abriu caminho para a casa do homem. Ela entrou na residência, mas não foi inundada pelo lago pois era protegida.

— Linx, minha cara amiga, que honra vê-la na minha humilde residência.

— Em primeiro lugar, foi você quem me convidou. Já esqueceu? E em segundo, sua casa tem tudo menos humildade. É uma mansão.

— Claro que não me esqueci. Vamos, pois não é sobre a casa que é o intuito do nosso trabalho.

— Soube que estava numa outra missão. Por acaso visitou aquela ilha outra vez?

— A ilha Deva? Sim. Monodramon estava lá. Foi graças aos meus esforços que o nosso rapazinho chegou em Nova Digicity. Mas logo em breve terei que retornar pois fiz uma promessa de reconstruir a ilha. Vamos?

O aparelho de Gennai começou a tocar bem na hora. Ele viu a mensagem deixada por LinK, a mensagem de que ele viu Monodramon sair com uma outra mulher. Gennai e Linx ficaram sem palavras.

Linx entrou na casa de Gennai para o plano mirabolante de espionar o suposto homem por trás do que havia acontecido na Ilha Arquivo dias antes. Era uma missão complicada, visto que nenhum deles sabiam de quem realmente se tratava. Para o homem, os membros do conselho seriam suspeitos vagos, pois nenhum deles, exceto os dois, tinham permissão de adentrar num local em que só poderia entrar com o código certo. A lista de suspeitos, portanto, era muito mais abrangente. Ia de digimons, passava por digiescolhidos antigos até os próprios humanos que moravam no outro continente.

A moça foi guiada por uma senhora baixinha, com traços orientais. Ela levou a agente até a sala de controle. Gennai foi logo adiante.

A sala de controle era o local ideal onde alguém poderia ver outro indivíduo a quilômetros. LinK estava filmando, por isso as imagens iam em tempo real para os monitores que a sala tinha. A mulher ficou impressionada com a tecnologia ali envolvida.

— O que achou? - perguntou sem fazer cerimônia.

— Você leva a sério. Tem até um quartel general dentro de casa. Da última vez que eu vim isso aqui nem existia - ironizou enquanto mexia nos botões.

— Melhor nem mexer ou vai desprogramar a minha casa. Na verdade vamos escutar o que o nosso pequeno guerreiro vai falar enquanto fala com o vilão. Prometi para o Ädolphus que iria pegá-lo e vou pegá-lo.

Havia dois fones de ouvido sobre uma bancada. Ele pegou os objetos a fim de prosseguir com a missão. Deu um para a donzela e o outro ele pôs nos seus ouvidos. Os dois ficaram sentados ouvindo tudo o que se passava.

— Barulho de moto - murmurou Linx. O som eram mecânico e bem alto.

— LinK disse que ele estava acompanhado por uma outra mulher, então eles devem estar em algum veículo rumo ao encontro. E pelo visto é uma moto.

— Uma moto solar.

— Como sabe?

— A propulsão. O som é mais contínuo do que uma moto com rodas. E percebe-se que ambos não tremem com algum obstáculo, como, por exemplo, uma pedra, cascalho, etc.

— Dá pra ver que você entende de mecânica mesmo.

Linx retirou os fones por um momento e olhou para o amigo.

— Será que o indivíduo que queremos pegar é um de nós?

— Impossível, já disse.

— Desculpe falar isso, mas é que o Weiz estava estranho esta semana. Eu nunca confiei nele, e posso dizer sem hesitar que ele pode estar envolvido em algo.

— Acusações sem fundamentos. Você tá maluca se acha mesmo que ele seja traidor. Ele é muito leal a mim, apesar de ser chato. Isso é intriga, porque você não gosta dele.

— Tudo bem. Se você diz...

As imagens foram chegando. Assim eles conseguiam assistir em tempo real a viagem do Monodramon.

...

LinK tomou as devidas precauções para não chamar atenção indevida. Sobrevoou a região, logo atrás da moto em que Darc'mon dirigia.

O caminho para a base de Weiz era íngreme, pois ficava no cume do monte. Era o lugar ideal para praticar alguns planos e sair sem deixar rastro. Havia uma estrada que dava a volta várias vezes no monte. Por trás da montanha havia um floresta e uma cachoeira.

— Quando vamos chegar? Já estamos subindo há minutos! - queixou-se ele.

— Falta pouco, muito pouco. Vamos passar pelo campo de força, por isso, mesmo que estejamos sendo seguidos, só nós passaremos.

Um canhão surgiu de uma parte do monte e começou a mirar na aeronave de LinK. Este não esperou por isso. Foi atingido em cheio, obrigando-o a abortar a missão e ejetar a cadeira do piloto para poder se salvar. Logo depois, acionou o paraquedas.

As imagens que Gennai e Linx assistiam foram apagadas.

— Missão abortada, missão abortada!

Darc'mon chegou ao cume, mas antes ela havia desligado parte de um campo de força. Depois eles desceram da moto.

— Olha, eu...

Ele foi interrompido pela digimon. Esta segurou uma arma de propulsão e apontou contra ele. Atirou e em poucos segundos Monodramon ficou flutuando. O microfone que estava atrás dele se quebrou.

— O que foi isso?

— Segurança. Nunca se sabe o que pode acontecer.

Ela o guiou até a entrada do esconderijo. Atravessaram a parede e assim conseguiram entrar. Eles foram para o laboratório onde Weiz trabalhava. Vários equipamentos, tubos gigantes, computadores, entre outros, compunham o ambiente.

— Olha só o nosso pequeno guerreiro finalmente chegou à minha humilde residência. Seja bem-vindo. O que achou da viagem com a minha Darc'mon?

— Estou enjoado.

— É justo. Ela nunca foi muito bem educada com visitas. Darc'mon, prepare algo para esse aqui comer.

— Sim, chefe.

— Então, está preparado para servir a uma causa maior? Uma causa justa?

— Sim - disse decidido.

— Ótimo. Prepare-se.

Monodramon não entendia bem o que ele quis dizer, mas decidiu que não retrocederia. Ele queria mais respostas sobre o seu parceiro que o havia abandonado. Weiz, por sua vez, mentiu e usou de maquinações para seduzir o jovem digimon. Qual será o seu propósito para tudo isso?

...

— Maldição! Como isso veio acontecer logo agora? Logo quando estávamos tão perto de descobrir a identidade desse sujeito - esbravejava Gennai, destruindo tudo o que via pela frente.

— Acalme-se, por favor. Não é assim que você vai sanar o problema. Se não deu desta vez, quem sabe na próxima?

— Linx, quem entrou naquela ilha sabia perfeitamente operar o sistema. Anteontem o Centarumon havia me dado isto. Um Analisador! Agora sabemos apenas que o nosso inimigo nunca foi um digimon.

— Estranho...

— Nunca havia falhado assim antes, e o pior que esse filho de uma égua sabe como se precaver.

Linx tentou acalmar o colega. Era muita pressão para ele.

— Perdemos, Linx. Aquele digimon era o verdadeiro parceiro do Paulo. Ele foi descoberto há pouco e nem sei como foi parar na ilha Deva. Agora não sabemos o que acontecerá de agora em diante, se o vilão vai fazer algo com ele.

— Acalme-se. Daremos um jeito para tudo isso.

Gennai aceitou o consolo da amiga e conseguiu ficar mais calmo. Mesmo assim não tirava da cabeça: quem é o humano misterioso por trás das maldades na Ilha Arquivo?

...

A busca por Monodramon continuou por muitos meses. Petermon pensou até em desistir, porém a sua grande determinação impedia. Ele queria ver outra vez o seu tão estimado amigo. E desde que fora sequestrado por Dracmon e Darc'mon, ele ficou desconfiado.

Passaram-se mais de doze meses. Nada de se reencontrar com o amigo. Até que ele viu numa feira da cidade do deserto uma Darc'mon. Não quis se precipitar, pois existiam outras iguais por aí. Ele só precisava segui-la até descobrir onde mora.

A Darc'mon caminhou com algumas sacolas até se encontrar com um Dracmon num beco da cidade. Os dois conversavam algo quando Petermon apareceu diante deles.

— Finalmente achei os dois - Disse. Ele segurava uma outra espada maior e apontou para os dois.

— Não o conheço. Quem é você? - Falou a mulher.

— Não se faça de cínica. Procurei por vocês durante um ano inteiro. Foram os dois que me sequestraram naquela vez, não é? O que fizeram com o Monodramon?

— Darc'mon, ele é aquele idiota que era o colega do Monodramon. Sabe... na Ilha Deva.

— Ah sim. Obrigada, Dracmon. Sou péssima em memorizar coisas insignificantes. Quer dizer que você passou um ano inteiro atrás da gente? - Ela começou a bater palma. - Olha, meus parabéns. Nunca pensei que você fosse perseverante a esse ponto. Acontece, querido, que o Monodramon já não faz parte do seu mundo. Ele está do nosso lado agora.

— Mentirosa.

— Acredite se quiser. Vamos, Dracmon.

Os dois pularam nos telhados das casas. Petermon gritou para que eles parassem de fugir e que lutassem ou dissessem onde o Monodramon estava. A mulher sorriu e continuou correndo de casa em casa. Ela pulou até que aterrisou numa rua bastante movimentada. A perseguição continuou entre os digimons que caminhavam tranquilamente.

— Voltem... - Eles ignoraram e continuaram a correr. Petermon estava quase alcançando quando algo parou na frente dele. Era alguém bem alto e forte. O loiro caiu no chão com o impacto. - Maldição. Não olha pra onde anda?

Ele tentou continuar a perseguição, mas a pessoa voltou a ficar na frente. Petermon sacou a espada e ameaçou aquela criatura.

— Você não dará mais um passo em direção àqueles dois - disse o digimon.

Dracmon e Darc'mon começaram a rir.

— Que piada é essa? Se não sair da frente eu te corto.

A criatura era nada mais nada menos do que Cyberdramon, um digimon dragão humanoide ciborgue. Seu corpo era revestido por uma carapaça preta parecida com uma armadura, quatro asas vermelhas, bastante musculoso e imponente. Na cabeça havia um elmo preto com duas pontas lembrando orelhas que cobria a parte superior, mas a parte da boca era descoberta, dando para ver os seus dentes afiados.

— O que você tem a ver com isso, maldito?

Petermon tentou atacar, mas Cyberdramon quebrou-lhe a espada e deu um soco nele. O loiro sentiu um impacto muito forte e caiu contra uma parede causando um belo estrago. Foi nocaute.

— É isso aí, parceiro. - Comemorou Dracmon.

— Vamos embora. - Disse o ciborgue.

Os digimons chamaram a ambulância para Petermon que ainda estava desacordado. Quando o veículo chegou para socorrê-lo, não estava mais lá. Peter conseguiu acordar e caminhar com muita dificuldade até sair da cidade de Las Merinas. Seu corpo tremia ainda com o soco que levou no estômago.

— Preciso arranjar um jeito... - Ele desmaiou no deserto.

Algo grande que sobrevoava a região desceu. Cyberdramon viu Petermon desmaiado e segurou-o no braço. Petermon acordou numa colina, com o corpo enfaixado. A lua estava cheia e era belíssima. O loiro abriu os olhos e viu o Cyber em pé, com os braços cruzados, olhando pra lua e de costas para ele.

— Você?! Maldito!!

— Tenha calma! Não se esforce ou vai voltar a sentir dor. Eu te bati porque você quis bater nos meus parceiros. Mas isso não importa agora. Você é aquele que eu pensei que estivesse morto. Petermon. O Petermon que supostamente morreu na ilha Deva.

— Quê? Mas como?

— Há um ano você conheceu um certo digimon na Ilha Arquivo. Falo de Monodramon. Por um ano ficou procurando por ele, não foi? Pois bem. Sua procura terminou. Estou aqui.

— EHHHH!!! Vo-você...?

— Eu já disse pra não se esforçar, idiota. Até parece que digimons não evoluem. Sim, sou eu. Nos conhecemos na Ilha Arquivo, fomos rivais no navio S.S Net, nos reencontramos na Ilha Deva. Pensei que você morrera lá. Vejo que estou enganado.

— Então... então você é... Monodramon!

— Um momento! Não te dei a liberdade para me chamar assim. Agora meu nome é Cyberdramon. Não sou mais aquele pobre ingênuo que conheceu antes. Sou um digimon treinado agora.

"Mas que merda aconteceu com o Monodramon? Ele mudou de aparência, ficou muito mais poderoso e não só isso. Sua personalidade não está mais dócil e gentil como antes. Ele está completamente arrogante. O que houve nesse 1 ano?" Pensou Peter.

— Posso te fazer uma pergunta? Como ousou ter me batido daquele jeito? Bater no próprio amigo. Que aconteceu contigo?

— Eu já te disse. Você mexeu com os meus colegas. Fui gentil o suficiente para não matá-lo. Mas eu já desconfiava que era você. Se fosse outro... matava sem dó nem piedade.

"Definitivamente aconteceu algo grande nesse um ano para ele mudar radicalmente. Mas o quê?"

— Você se encontrou com o tal homem?

— Sim. Agora eu sirvo a ele. É o meu mestre.

— Escuta. Você descobriu sobre o seu parceiro? O que aconteceu?

Cyberdramon suspirou.

— Essa parte não te interessa, Petermon. Não seja curioso. Mas saiba de uma coisa: matarei Paulo na primeira oportunidade que eu vê-lo. O meu ódio ao meu ex-parceiro só é menor do que a minha vontade de viver. Aqueles digiescolhidos e eu somos incompatíveis. E só não acabo com eles porque Weiz me impediu de fazer isso.

— BESTEIRA!!! COMO QUE VOCÊ FALA UMA BOSTA DESSA?!!! VOCÊ DEVE TER SOFRIDO UMA LAVAGEM CEREBRAL DESSA PESSOA!!! SEQUER OUVIU O LADO DO SEU PARCEIRO E TOMA UMA ATITUDE TOTALMENTE UNILATERAL.

Cyberdramon se aproximou de Petermon e o pegou pelo pescoço.

— Vai... me matar também?

— Até mais, Petermon. - Soltou o digimon no chão. - Se quiser ainda ser o meu amigo vá para o restaurante do Digitamamon nas sextas. Eu sempre almoço por lá.

Ele levantou as asas e voou.

— Bastardo louco! Como pode... como? - Petermon chorava.

E assim foi a história de vida de Monodramon. Mesmo contra as atitudes do amigo, Petermon continuou a vê-lo mesmo depois da derrota do Barbamon anos depois.

...

Atualidade - 2016

Após a derrota de Barbamon...

— Está tudo acabado. O mal desapareceu por completo - concluiu Gennai.

A despedida era a parte mais difícil. Foram dias de aventuras, dias de batalhas, dias de intrigas, dias de reconciliações. Foi uma aventura que começara desde a vinda dos digiescolhidos por causa da soltura de Astamon até a luta final contra Barbamon.

Rose e Palmon; Jin e Mushroomon; Ruan e Hagurumon; Mia e Betamon; Aiko, Agumon e Dynasmon; Lúcia e Lucas. Todos estes foram levados até o metrô que servia de portal, o mesmo por que Paulo e Impmon usaram para chegar ao mundo digital.

Paulo ficou um pouco do lado de fora para se despedir do amigo.

— Escuta... Paulo. Eu sinto muito pelo que eu falei. Eu fui um bobo mesmo e não percebi que tenho amigos ótimos.

— Freddy, não precisa se desculpar cara. Agora só não deixe de ser digiescolhido. Não tem o seu parceiro, mas pelo menos isso nunca vai apagar o fato de ser o nosso amigo e colega.

— Vambora, Paulo! - gritou Lúcia.

— É melhor a gente ir logo - disse Impmon puxando o garoto.

— A gente se vê, amigo. Quero que vá depois no meu whatsapp, viu?

— Pode deixar, Paulo. Darei sinal de vida.

Paulo entrou no vagão. O metrô saiu do lugar e foi engolido por uma luz.
Freddy ficou sozinho aguardando o próximo trem chegar. Teria que dar uma desculpa mirabolante à sua tia que já deve ter espalhado cartazes por toda a Califórnia.

— E então, qual o próximo plano, chefia? - perguntou Linx.

— Vamos arrumar a casa. Afinal, não será aqui que o Digimon Adventure irá acabar - respondeu Gennai.

— Ah, como eu quero entrar numa banheira de hidro...

— Oh louca, nunca pensei que Linx fosse doida por uns mimos - disse Weiz chegando perto dos dois. - Que choradeira daqueles dois, hein? Despedida mais sem noção.

— Tchau Weiz, vê se sensibiliza mais - retrucou ela.

— Pode deixar, minha linda. Farei o que puder.

— Weiz, onde estão Ädolphus e LinK?

— Aqueles já foram embora. Mas voltam daqui a pouco com reforços. Eu também preciso ir, preciso resolver um assunto. Posso ir?

— Vá, mas volte logo.

Weiz entrou no próximo trem e teleportou para um outro canto no digimundo.

Horas depois, ele já estava na sua velha base, no topo do mesmo monte. Sentou-se sobre uma poltrona e ficou observando o mundo real.

— Agora que o tempo na Terra vai demorar. O tempo voltou como era. Droga!

— Me chamou, senhor? - uma voz grossa ecoou o ambiente.

— Vou te dar um aparelho para você ir ao mundo real e vigiar os digiescolhidos de perto. Quero que ajude o senhor Matsunaga para que o plano dele dê certo. Entendeu?

— Perfeitamente.

— Cyberdramon?

— Senhor?

— Você está sendo um ótimo ajudante. Há dois anos não tenho queixas contra você. Parabéns e continue sendo fiel a mim.

Cyberdramon nunca esperou ouvir aquilo. Mesmo assim adorou. Estava no "caminho certo".

Fim do arco: Ilha Deva

Continua no Capítulo 139


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