Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 90
Gennai quer saber quem é o traidor




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CAPÍTULO 137

O barco patrulha navegou pelo Oceano Net durante um dia inteiro. Quando saiu da costa da Ilha Deva era ainda manhã. O capitão Hookmon viu ao longe o topo dos prédios da cidade Nova Digicity. Ela avisou a todos os passageiros sobre o continente. 24 horas foi desde quando saíram até chegarem lá.

— Finalmente. Minhas amigas estão me esperando - disse Babamon sorridente.

O navio chegou ao porto de Nova Digicity por volta das oito da manhã. Monodramon ainda pensava bastante em Petermon, porém ficou encantado com o tamanho da cidade. Talvez ali seja maior do que a última ilha.

— Você tem para onde ir? - perguntou a velha preocupada com o outro.

— Nem imagino. Perdi o meu dinheiro, perdi até o meu amigo. Esse lugar é muito grande pra mim. Nem sei por onde começar.

Babamon retirou um cartão e um pouco de dinheiro.

— O que é isso?

— Um retrato do Bin Laden... É claro que é dinheiro e um cartão! Agora se você tivesse me perguntado pra que serve eu responderia na maior educação que o dinheiro é pra te ajudar e o cartão serve para te guiar até o restaurante de um amigo meu chamado Digitamamon. Lá vão muitos clientes e forasteiros. Talvez te ajude. É depois desta cidade.

— Obrigado, senhora Babamon. Foi um prazer conhecê-la. A senhora vai aonde?

— Vou para o jogo das velhas loucas...

— Hã?

— O jogo das vovós loucas. Porque eu sou loucona também. Eu também sou conhecida como a Vovó da Fiel, a Vovó Vidaloka. Mas também pode me chamar de Gisele Bündchen. Olha o meu corpinho, olha - Monodramon não entendeu nada, porém riu. - Agora vá.

Monodramon foi ao portão de desembarque, olhou para trás e não viu mais Babamon. Viu o cartão com o endereço do restaurante em sua mão. Talvez fosse lá o local mais fácil de achar as suas respostas ou alguém que ajudasse a encontrar o Weiz.

— Vamos, saia já daqui. Andando - Expulsava um Vademon comerciante.

Ele ficou com muita fome desde que desembarcou do navio patrulha. O dinheiro que ele recebeu da Babamon serviria para comprar algo no restaurante do Digitamamon, porém a sua fome tentava-o a gastar ali mesmo. Desde que pisou no porto não conseguiu se alimentar.

A feirinha do porto estava repleta de comerciantes, poucos vendiam alimentos. Vendiam caro demais, o que deixou o pequeno dragão com receio de gastar os trocados que recebera.

Uma mulher comprou uma cesta com frutas vermelhas. Caminhou até chegar no seu veículo — uma moto solar. Passou por várias ruas da Nova Digicity antes de ver um Monodramon rondando sem destino aparente. Ela parou a moto ao lado dele, assustando o pequeno dragão.

— Hei, você precisa de alguma ajuda?

De fato ele ficou bastante assustado com a chegada repentina dela.

— Não precisa se assustar, querido. Eu não vou te atacar.

— A-acho que me perdi - seu estômago começou a roncar.

— Perdido em Nova Digicity e ainda por cima faminto. Que situação - Ela retirou uma maçã e entregou a digimon.

— Obrigado...

— Estou indo para o meu apartamento. Você quer me fazer companhia?

Monodramon concordou.

 

Minutos depois...

A mulher colocou a mão sobre o encaixe e a porta abriu automaticamente. O apartamento era incrivelmente grande e amplo. Uma piscina ficava bem no meio da sala, além de uma banheira hidro. Ela retirou um pequeno controle do casaco e apertou. A cortina se abriu sozinha, revelando a imensa janela de vidro e a vista da cobertura.

— Não se espante com o luxo. Eu não sou dona de nada disso, mas preciso morar aqui a fim de vistoriar a construção da cidade.

— Deve ser uma governante daqui.

— É quase isso. Vamos à geladeira. Tem algo que eu possa te dar.

A geladeira tinha quatro portas. A mulher retirou uma torta de limão de dentro e ofereceu ao digimon.

— Você deve ser um Monodramon, não é?

— Como sabe?

— Na verdade quando eu te vi, constatei que não era um digimon nativo desta parte da cidade. Sua espécie vive em cavernas e montanhas. Outras vezes é utilizado como parceiro de seres humanos. Igual Agumons, Gabumons, Gaomons, etc.

— Na verdade eu tenho um propósito para a minha aventura. Quero encontrar o meu parceiro cujo o homem misterioso disse que ele me abandonou...

A mulher ficou sem palavras no momento.

— A verdade é que eu morava na Ilha Arquivo com os meus pais Leomon e Ogremon, mas num dia desses aí um homem misterioso apareceu pra mim e me contou a verdade. Contou que o meu parceiro me abandonou por interesse.

— Quem é esse homem?

— Eu não sei. Só sei que o tal homem me deixou o dinheiro da passagem e o mapa, mas eu os perdi no mar. Quando eu embarquei no navio, conheci uma senhora muito boa chamada Babamon. Ela que me ajudou dizendo que havia um conhecido chamado Digitamamon, dono de restaurante. Agora eu quero ir para lá e não sei como procurar.

— Nossa, que história. Você me parece sincero. Vou ajudá-lo a dar continuidade da sua aventura. Venha, dê-me um abraço.

O digimon abraçou a mulher. Esta aproveitou o momento para colocar algo nas costas do pequeno sem que ele percebesse.

 

Algum tempo depois...

Monodramon entrou num táxi dirigido por um Meteormon amigo da mulher. Ela pagou a corrida inteira para que o jovem pudesse viajar até o restaurante. Despediu-se e, quando viu o carro partir, ligou para alguém.

— Alô, Gennai? Queria dizer que o plano corre de acordo. Pus o microfone atrás do digimon e o enviei o mais rápido possível para essa missão. Em breve descobriremos quem é o traidor que está por trás disso tudo.

— Obrigado. Você é uma ótima aliada. Estou saindo de uma outra missão. Venha à minha humilde residência para escutarmos juntos.

— Será um prazer. E tudo vai dar certo ou eu não me chamo Linx.

...

Ilha Arquivo - Um dia antes de Gennai desembarcar na Ilha Deva

Leomon caminhava, cabisbaixo, pela floresta quando topou em algo. Observou ter sido num aparelho estranho, quase parecido com um digivice comum. O objeto estava soterrado pela areia e lama. Imediatamente, ele pegou e verificou.

— O que será isto? Parece com o meu... - teve uma ideia.

Voltou para a sua casa. Pegou o digivice que tinha sobre a estante e comparou os dois. Eram quase iguais, mas o aparelho achado era muito mais moderno. Havia alguns botões ao lado do pequeno visor. Ele conseguiu apertar com a ponta da sua unha. Apareceu um holograma da ilha toda. Era um tipo de análise de todas as partes dela.

— Ora, ora, ora... o que temos aqui? Deve ter sido algum humano que esqueceu isto. Um digimon não teria um objeto como este em seu poder.

Apertou mais algumas vezes até aparecer o holograma de um ovo, que passou a evoluir para Monodramon. Depois de Monodramon, mais outra fase. O leão ficou espantado até ver a figura de um digimon nível mega. Resolveu levá-lo para Centarumon. Este era treinado por Gennai, talvez tivesse algum conhecimento.

— O que acha? - disse mostrando o objeto.

— Acho que é um Digi-Analisador. Um objeto que serve de guia para alguém que está a fim de encontrar algo. Gennai me explicou sobre isso - disse o Centauro categoricamente.

— Sim, mas por que veio parar no meio da floresta? Qual ligação isso tem com o Monodramon que eu criei?

— Leomon, isso temos que descobrir. Somos digimons, por isso não temos alçada para tal. Portanto o Gennai é quem vai fazer isso. Pode me dar? Eu me responsabilizo a deixar com ele.

— Depois eu quero saber dos detalhes disso. Está envolvendo o meu filho, então eu também tenho direito de saber.

— Certo.

 

Tempo depois...

— Leomon encontrou isto - Centarumon foi ao laboratório no meio da ilha e viu o homem. - Antes que vá, eu quero que leve.

— Quem poderia ter entrado na ilha nesses últimos dias? Só quem tem permissão para isso somos Linx e eu. Os demais membros do conselho nunca vieram.

— Isso me espanta. Será que não é a tal de Linx?

— Ela é totalmente confiável, porque durante alguns dias eu estava com ela. Dias coincidentes com o que tava acontecendo aqui. Por isso que isto, meu amigo, veio de uma pessoa diferente ou não tão diferente assim. Por enquanto, muito obrigado pela ajuda. Agora preciso voltar para a minha humilde casinha e investigar mais coisas... além de descansar.

Gennai fechou o laboratório, subiu num tipo de pedestal que foi fechado por um tubo de vidro. No mesmo instante ele desapareceu por causa do teletransporte.

...

Ilha Deva

A destruição de uma parte da ilha foi severa. Gennai se prontificou em ajudar os Sepikmons na retomada da ilha, expulsando os moradores da cidade. Um outro navio com trabalhadores chegou. Eles ajudarão na reconstrução.

Antylamon ficou muito agradecido por ser poupado de ir preso. SlashAngemon também chegou e prendeu os cúmplices dos devas. Com a ajuda de Gennai, porém, apenas Antylamon escapou de ser punido. Os Sepikmons comemoraram a ajuda e o perdão de um amigo.

— Conversa com alguém, Gennai-sama? - perguntou o ancião.

— Com uma amiga. Tenho que ir embora agora.

— Como vai sair da ilha se o barco que você veio foi embora? - Indagou Antylamon.

— Não preciso de barco para me locomover. Ancião, Antylamon, tenho que resolver algumas coisas antes. Juro que retorno para ajudá-los na reconstrução da ilha. Antylamon... juízo. Ainda está de pé a minha oferta de você ser o meu ajudante. Mas pra isso... - Gennai apontou um aparelho na direção de Antylamon. Ele começou a brilhar e diminuir de tamanho. - Você terá que lutar para voltar a ser o que era antes. Não pode ser mais um deva.

Agora o antigo Antylamon virou Lopmon.

— Eu aceito. O que fiz foi muito mais desproporcional.

— Ainda falando no que você fez? Para com isso. Os Sepikmons te perdoaram, eu te perdoei, você ajudou na luta contra os outros devas. Não se martirize à toa - O homem afagou a cabeça de Lopmon. - Eu volto em breve.

Gennai usou o seu aparelho para fazer um portal. Os outros ficaram surpresos com aquilo. Por fim Lopmon só teve que aceitar a sua nova condição.

Enquanto isso, Petermon acordou deitado no chão. Levantou-se imediatamente. A primeira coisa que fez foi ver se o cartão ainda estava sob sua posse. Sim, estava. Aquele objeto que ajudou a derrotar Vajramon. Era um simples relógio de bolso, mas que revelou ser uma arma potente. Outra coisa que lembrou foi da batalha e de Monodramon.

— Onde estou? - Viu que estava dentro de um barco. A ilha não estava longe. Pulou na água e nadou o mais rápido possível. Poderia levitar e ir voando, mas não havia condições físicas para isso.

A ilha ficou bastante arruinada. Ele presenciou muitos digimons que pareciam ajudar na reconstrução. Caminhou até ver os Sepikmons.

...

Monodramon descansava sobre o banco do táxi. A paisagem da cidade passava tão rápido que nem ele se apercebeu que já estava longe do centro da cidade. Meteormon dirigia sempre atento.

— Quando foi que conheceu a Linx? - ele olhou pelo espelho e viu o pequeno deitado e dormindo. - Já vi que a sua viagem foi bem puxada, amigo. Quem dera se eu tivesse essa moleza.

Monodramon deu um cochilo merecido, pois desde quando chegou à cidade não teve um tempo de descanso sequer.

Minutos após o merecido descanso, ele foi acordado com água na sua cara.

— Acorda, Bela Adormecida. O seu ponto terminou exatamente aqui.

— O restaurante do senhor Digitamamon?

— Não, catedral de Notre Dame. É claro que sim. Pergunta idiota, tolerância zero.

Monodramon viu o restaurante. Mesmo de dia o lugar era bastante frequentado. Sem delongas, ele resolveu entrar no estabelecimento.

Meteormon ficou atrás de uma árvore quando uma luz surgiu do seu corpo. Em pouco tempo um homem saiu no lugar do digimon. Ele entrou no táxi e ligou um aparelho no painel do carro.

— Gennai, aqui é o LinK. Se tiver ocupado vou deixar o recado mesmo assim. O plano de levar o digimon para o tal destino está completo. Em breve descobriremos quem é o tal traidor. Mantê-lo-ei informado de alguma novidade.

O carro se transformou numa pequena aeronave igual um drone gigante e foi embora.

Continua...


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