Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 79
Petermon




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CAPÍTULO 126

— Ah, que comida deliciosa. O que é isso que eu acabei de comer?

— Você comeu o churrasco grelhado feito a partir de carne de cervo. No continente Green Land você encontra animais do mundo humano - disse Meramon. Por incrível que pareça ele usava um avental e um chapéu de cozinheiro sem queima-los.

Meramon vendia os seus churrascos na famosa feira do porto da Ilha Arquivo. O vilarejo decidiu abrir uma atração turística para atrair os digimons de outros lugares do planeta. Havia outras barracas com comidas.

— Delicioso! Eu gostei pra caramba disso. Nunca tinha provado comida dos humanos antes. Até hoje só provava peixe. Muito bom.

Eram seis e meia da manhã e as barracas abriram para receberem os turistas que vieram no navio. Alguns digimons desembarcaram, outros estavam para sair da ilha. O digimon que provava o churrasco era Petermon. Ele tinha uma aparência quase humana, criança e com os trajes parecidos com os do Peter Pan.

Monodramon chegou no porto bem antes da feira abrir. Ficou esperando deitado num banco na pracinha até que o som do navio o acordou. Passaram umas duas horas até aquele momento.

A sua barriga roncou.

— Não pode ser. Eu nem trouxe comigo algo para comer. Mas eu tenho o dinheiro que aquele homem me deu.

Yukidarumon era um digimon parecido com um boneco de neve. Ele abriu a barraca de mochi quando viu Monodramon parado perto dele. Perguntou o que ele queria e o pequeno dragão disse que queria comer. O boneco de neve falou para que ele aguardasse enquanto preparava o mochi delicioso.

— Obrigado pelo churrasco - Petermon agradeceu.

Ele foi para a barraca de mochi e perguntou o preço. Depois se sentou ao lado de Monodramon sem dar muita bola para o outro.

— Tudo bem, senhor Yukidarumon?

— Você não é daqui. Veio no cruzeiro do Cockatrimon?

— Não, não. Eu estou há uma semana na ilha e partindo hoje. Sou Petermon, prazer. Sabe, sou artesão, faço esculturas com madeiras e vim para comprar a madeira de uma árvore nativas. Aquela mochila gigante ali está com as madeiras que eu comprei.

— Que tagarela - disse Monodramon.

— Oi, perdão? Você me chamou de tagarela? Não quer falar. Mas eu pecebo que não sou tagarela, mas que você que não gosta de falar. É diferente.

Cockatrimon era o capitão do navio e ficou descansando por uma hora numa pequena pousada do porto. Alguns digimons ficaram no porto para fazerem um pequeno passeio antes do navio zarpar.

O Yukidarumon teve um pequeno engano e colocou o mochi de morango perto de Monodramon. Ele, inocente, comeu sem prestar atenção de que se tratava do prato de Petermon.

— Além de mudo é mal educado. Esse prato é meu.

— Não é, orelha de abano. Me deixa em paz.

— É sim.

— Não é.

Os dois puxaram o prato. Largaram assim que o Yukidarumon interviu. Os mochis caíram por cima de Petermon, deixando-o furioso.

— Desculpa. O Mochi do Monodamon era sabor tradicional. O do Petermon era o de morango, mas o erro foi meu de colocar o morango na frente desse Monodramon.

— Não me interessa mais saber se o erro foi do chefe ou não. Esse idiota me sujou mesmo eu estando com a razão.

— Hehehe... desculpa?

Petermon pegou a sua espada e correu atrás de Monodramon por toda a feira. O jovem dragão passou pela barraca de churrasco e pegou um pedaço de carne. Meramon ficou muito bravo. Petermon roubou um sorvete de um Agumon e jogou na direção do outro. Monodramon se virou e levou uma sorvetada na cara.

— Hahahaha. Você merece por ser tão insolente.

— Maldito. Eu vou lutar!

— Pois venha. Eu te corto em dois.

— Ninguém corta ninguém - uma pessoa deu um cascudo tanto em Petermon quanto em Monodramon. Era uma velha chamada Babamon. - Rapazes, aqui não é um lugar para brigar. Estão assustando as pessoas.

— Tsc. Esse bostinha teve sorte por essa Babamon aparecer. Se não fosse por ela, teria te transformado em digitama. - Petermon saiu e pegou a bolsa com as madeiras.

Monodramon deu língua.

— Até parece que conseguiria. Ai, mas ainda nem comi nada. Só comi dois mochis e não me encheu.

Babamon tirou mochi de uma bolsa e ofereceu uns quatro para o dragãozinho comer. Ele agradeceu e pediu que o ajudasse a embarcar no navio. A velha assentiu e levou Monodramon até uma fila que havia se formado. Cockatrimon recebeu as passagens e deixou os viajantes entrarem, exceto aqueles que já vieram com ele e deram uma pausa no porto.

— Passagem, por favor.

Tanto Babamon quanto Monodamon deram as passagens para o capitão e puderam entrar no navio. Ele ficou encantado com a grandiosidade do lugar e agradeceu a velha por tê-lo ajudado. Foi ajudado por outros passageiras a chegar no convés e ir até a murada do navio para acenar aos que ainda estavam no porto.

O navio zarpou e houve uma despedida emocionante de Monodramon e os seus pais. Babamon percebeu a despedida deles.

 Monodramon se arrependeu de não ter pelo menos tempo de se despedir de Leomon, mas foi algo necessário. Se ele tivesse contado o seu plano, Leomon não deixaria. Na certa o impediria de sair de casa. Do jeito que o guerreiro era super protetor. Todavia ele não era o seu pai de verdade nem seu parceiro. E o pequeno dragão queria respostas mais detalhadas, porém só as teria se fosse se encontrar com o tal homem chamado Weiz.

A Ilha Arquivo se distanciou no horizonte. O porto já não podia mais ser visto a olhos nus. Portanto, o pequeno dragão decidiu sair da murada do navio e conhecer o lugar. O dinheiro que recebera serviria para comprar alguma comida.

Muitos digimons passeavam ao ar livre no convés externo. Aproveitou para entrar, pois o sol estava muito quente.

Na parte de dentro havia várias cabines com seus respectivos números. O seu número era o 104 nas cabines inferiores. Abriu a porta e deu de cara com a última criatura no mundo.

— Você! - gritou Monodramon.

Petermon deu um pulo da beliche por causa do susto e deu com a cara no chão. Levantou-se e viu o outro.

— Não posso acreditar nisso. Muitos lugares neste navio e o idiota mudo veio para a minha cabine.

— A cabine também é minha, e nós não terminamos a luta.

Ambos se olharam prontos para darem continuidade ao duelo anterior. O clima ficou intenso...

— COM LICENÇA! - gritou alguém.

Petermon e Monodramon levaram um susto por causa do grito. Viram a Babamon chegar com muitas malas.

— Desculpem o grito, mas a cabine é para três. Não sei se perceberam, mas a terceira cama está bem ali.

Ela passou entre os dois.

— Por favor me ajudem com as malas. Sejam cavalheiros. Tome - deu para o Monodramon e outra para Petermon. - Ah, estou morta. Infelizmente eu fali e por isso estou vindo na terceira classe. Ah, vocês são os digimons que brigaram e eu separei.

— VOCÊ SÓ PERCEBEU AGORA!!! - gritaram os dois.

A digimon não se importou muito com os gritos.

— Ei... aí é a minha cama - disse Mono para ela. A velha, que estava sentada, se levantou.

— Oh, desculpem-me. Estou tão desgostosa da vida. Sabe que eu atropelei o meu marido?

Petermon estava morrendo de tédio, porque a velha contava sua história de vida durante meia-hora.

— Na verdade eu sou uma ex-empresária. Já fui dona de uma loja de roupas, mas fali. Sabe, eu estou louca para reencontrar as minhas outras três amigas. Sabe quem são? - os dois balançaram a cabeça negativamente. - Lilithmon, Lotusmon e LadyDevimon. Mas não confundam com as outras que os digiescolhidos derrotaram.

1 hora depois

— E aí eu descobri que o meu ex-marido tava me botando chifre e pedi para os traficantes lá do cidade onde eu moro para metralharem os dois...

1 hora e 30 minutos

— HAHAHAHAHAHA. E a vadia ainda acreditou. Uma vaca daquela querendo ser gente na vida. Mas eu a coloquei no lugar quando arranquei a peruca dela. As meninas foram à loucura...

2 horas depois

— Eu tô tão triste. Querendo ser consolada. Atropelei o Jijimon cara de maracujá. O véi era tão véi que ele só tinha ereção com um coquetel de viagra - disse chorando.

— Chega! Eu estou farto disso! Podem ficar aí à vontade. Eu vou cair fora daqui - resmungou Petermon saindo da cabine.

— Não liga pra ele, senhora. É um imbecil.

— Bom, vejo que você é educado. Por isso, eu vou te dar isto - ela deu um pirulito no formato de Numemon.

— Obrigado. A senhora está me alimentando desde o porto.

— Eu vi aqueles dois digimons acenando para você. O que eles são? Amigos?

— Meus pais de criação.

— Eles são gays? Tipo... eles colocaram a linguiça na rosquinha? Brincaram de Romeu e Julieto? Não?

— Do que está falando?

— Acho que assisto muita novela. Esquece, garoto. Melhor você manter a sua inocência. 

Petermon saiu furioso do quarto. Perdeu duas horas da sua vida ouvindo tanta besteira. Queria mesmo era revidar o que havia sofrido nas mãos do Monodramon naquela luta ridícula que tiveram no porto. Pensou em roubar a joia de alguma ricaça e colocar debaixo do travesseiro dele só para depois denunciá-lo ao capitão. Era isso mesmo que queria fazer.

...

Enquanto isso, Weiz utilizou um portal para sair da Ilha Arquivo e ir para a sua casa. O trailer parou sobre um rochedo, numa montanha. Saiu do carro, aproveitou a brisa da manhã para se espreguiçar. Foi até uma parede de rocha e entrou. Foi bom ter colocado um holograma ali. Assim nenhum invasor desconfiaria que ali era uma base secreta.

Pegou o elevador e foi ao laboratório. O local era toda decorado, com tapetes, carpetes, papeis de parede, móveis, etc. Era uma casa comum. Mas, mais pra dentro, revelava ser um laboratório formidável. Era o esconderijo secreto de um traidor. Nem Gennai sonhava que isso existia.

— Veremos quando chegar a hora de eu colocar as mãos no verdadeiro parceiro de Paulo.

...

Monodramon ficou só. Babamon saiu para conhecer o navio, o que era um alívio. Ninguém merecia ouvir tanta besteira junta.

Pensou nos seus pais e no que deixou para trás. O arrependimento vinha, mas logo ele recordava o que o homem havia dito. Metade sua dizia para ter ficado e a outra para prosseguir. Como já havia se deslocado até o navio, e com certeza já deve estar a quilômetros da ilha, preferiu pensar no que faria daí em diante.


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