Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 78
A Despedida




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CAPÍTULO 125

Após ser derrotado por Ogremon, Gazimon foi novamente hipnotizado e assim adquiriu mais poderes. Foi o suficiente para que ele evoluísse para uma forma adulta. Aos poucos o digimon criança foi aumentando de tamanho, ficando maior até mesmo do que o ogro. A sombra do monstro projetada pela luz da lua encobriu o ogro.

Os bebês ficaram agitados e Elecmon pediu que todos fugissem dali. Ogremon falou para o guardião da cidade sair junto com os bebês para não se machucar mais do que estava. Ele acatou e saiu com os filhotes enquanto o ogro encarava o seu desafio.

— Até parece que um fracote como você vai conseguir vencer essa batalha. Depois que o meu digimon matá-lo, farei com que ele mate todos os bebês desta cidade.

— Você se acha muito esperto. Que tal me enfrentar pessoalmente?

Uma pata enorme veio na direção dele. Ogremon desviou e a pata cravou no chão causando uma rachadura. O ogro ficou impressionado com tamanha força até ver o seu oponente.

— Mas que diabos é isso?

Gazimon evoluiu para Black Garurumon. Era uma forma das trevas de Garurumon, porém mais forte e selvagem. O monstro também era maior do que um Garurumon normal. Isso chamou bastante atenção.

— O que diabos fez com ele?

— Usei o meu poder da hipnose para fazer uma evolução. Acontece que a minha hipnose é mais poderosa, porque ela hipnotiza diretamente os dados de um digimon. Os dados do gazimon foram enganados por mim e isso fez com que ele evoluísse antes do tempo. Mas eu ainda tenho muito o que treinar, poque só consigo fazer isso com digimons crianças e a evolução dura apenas 30 minutos. Mais do que suficiente para acabar com todos aqui. Agora, Black Garurumon, mate Ogremon!

Leomon se encontrava em casa com Monodramon quando recebe a visita de um grupo com Koromons. Eles, ofegantes, explicaram que a Cidade do Princípio estava sendo atacada e que Ogemon lutava sozinho. Imediatamente pegou a sua espada, pediu para Monodramon ficar e correu.

Sem entender muita coisa, Monodramon desceu do telhado e quis seguir o seu pai, mas viu uma mulher parada na frente da casa. Era uma mulher digimon chamada Darc'mon e era subordinada de Weiz.

— Oi tudo bem?

— Tudo bem. O que você quer aqui?

— Conversar contigo sobre aquele dia em que aquele sujeito mascarado falou sobre o seu passado. Eu me chamo Dac'mon e sou parente daquele mascarado. Podemos conversar?

O pequeno dragão ficou afoito e pediu que ela entrasse rapidamente. Convidou a moça a se sentar numa cadeira enquanto ele ficava em outra. A digimon ficou reparando na casa humilde até perceber que o outro esperava ouvi-la.

— O que aquele homem disse é a pura verdade. Você foi abandonado por seu parceiro Paulo. Não sente nada a respeito?

— Como posso sentir, moça? Não convivi com ele pra saber se é bom ou ruim.

— Ele é muito ruim. Você nem faz ideia de quantas desgraças ele causou ao digimundo. Falo a verdade e nunca minto. Ele te desprezou desde quando era um digitama e preferiu ser parceiro de um digimon do tipo vírus chamado Impmon.

O rosto de Monodramon foi de espanto. Nunca pensou que seria trocado por um tipo vírus. Certo que Ogremon também era vírus, mas havia se arrependido dos seus crimes. Agora era algo totalmente diferente. Darc'mon sorria por dentro, mas mantinha a postura para não ser percebida.

— Você precisa sair desta ilha para compreender o seu passado. - Ela entregou uma passagem de cruzeiro. — Amanhã pela manhã bem cedo partirá um navio no porto e aqui está a passagem. Eu também estarei te esperando lá.

— Mas não posso levar os meus pais?

— Não, querido. Eles só vão atrapalhar. Faça o que eu digo: vá só. Leomon e Ogremon não vão deixar você ir facilmente. Se não houver outro jeito, fuja de casa.

Darc'mon foi embora. O Monodramon ficou pensativo e segurando a passagem de navio. Seu desejo era sair da ilha e saber mais a respeito do seu passado.

...

Ogremon levou uma patada que o arrastou para fora da cidade. Ele colidiu com várias árvores caiu de costas num rochedo. Black Garurumon deu um pulo bastante alto e soltou uma rajada de fogo pela boca. O ogro percebeu a tempo e saiu correndo entre as árvores da floresta.

DIGIMON: BLACK GARURUMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: ADULTO

TIPO: BESTA

FAMÍLIA: NIGHTMARE SOLDIERS

NPD: 16.000

— Mesmo que você seja forte, não conseguirá deter o meu Black Garurumon - disse Dracmon sobrevoando o local.

Agora o lobo negro soltava uma rajada de gelo que congelava as árvores. O ogro corria para não ser pego pelo monstro, mas percebeu que na frente o chão foi congelado. Deslizou e caiu. Black Garurumon pulou em cima dele e ficou batendo a pata nele. Ogremon cuspia sangue.

— Quais são as suas últimas palavras?

Um ataque em forma de leão surgiu e atingiu o monstro. Leomon chegou ao campo de batalha e logo ajudou o amigo. Mesmo ferido Ogremon não deu o braço a torcer para o seu rival.

— Mais um lixo chegou. Garurumon, mate os dois. - Dracmon deu a ordem e foi embora.

Os dois ficaram frente à frente com o inimigo. Black Garurumon avançou para cima deles com os dentes afiados a fim de mordê-los. Eles se esquivaram com dificuldade. Ogremon pegou o porrete de osso e avançou dando um golpe na testa do inimigo, Leomon soltou um Juuouken do seu punho e atingiu o monstro.

No entanto, Black Garurumon soltou um poderoso ataque de gelo e fogo ao mesmo tempo. Eles escaparam, mas foram atingidos fisicamente. Ambos caíram feridos. Leomon foi o primeiro a se levantar agora segurando a sua espada.

— Ele parece ser um digimon de trevas. Se eu tivesse pego a minha espada sagrada...

— Não é hora para lamentar, Leomon. Se ficar de covardia então é melhor cair fora.

— Não. Eu estou muito ansioso para vencer esse monstro.

O efeito da hipnose começou a passar. A força de Black Garurumon diminuiu. Foi o momento em que Ogremon soltou uma Haouken e Leomon o seu Juuouken. As duas forças atingiram o vilão. Ogremon acertou uma porrada bem na cabeça dele e Leomon finalizou dando uma espadada no meio. Logo Black diminuiu até voltar a ser digitama.

— Vencemos.

— O que merda era aquilo? Eu quase morri. E aquele maldito anão que comandava o Gazimon de uma maneira estranha?

— Anão? Não vejo ninguém aqui.

— Ele fugiu!

Elecmon agradeceu a ajuda dos dois e afirmou que nenhum bebê se feriu. Ajudou no curativo para ambos.

Depois de uma luta, Leomon e Ogremon retornaram para a casa. Viram Monodramon dormindo no telhado e chamaram o pequenino. Mesmo ferido, Leomon ainda conseguiu pegar alguns peixes para o jantar.

Enquanto isso, Dracmon se encontrou com Darc'mon no topo de uma árvore frondosa. Eles ficaram num galho enquanto conversavam.

— Conversou com ele?

— Conversei. Ainda bem que aquele Gazimon que você hipnotizou era forte o suficiente para deixar Leomon ocupado. Dei até mesmo a passagem que eu comprei hoje cedo.

— Melhor voltarmos logo então?

— Não. Só voltaremos para o laboratório quando termos a certeza de que Monodramon embarcou naquele navio.

...

Monodramon ficou pensativo na madrugada logo após o jantar. Antes eles ficaram ao redor de uma fogueira e conversaram sobre lutas, ilha, digiescolhidos e outras coisas. Monodramon gostava daquilo, mas despertou em si o desejo de sair da ilha e desvendar sobre o seu passado. As palavras do homem foram muito pertinentes a respeito da sua origem. Queria encontrá-lo a qualquer custo para tirar essa dúvida cruel. E com a ajuda que teve de Darc'mon com a passagem ficou mais fácil.

Ele falou para Leomon sobre isso durante o jantar.

— Não! Não vou permitir que nunca saia por aí sozinho.

— Mas eu já sou grande o suficiente para decidir se posso ou não sair.

— Eu já falei, Monodramon. Não vou deixar e pronto. Não teime comigo - Leomon começou a se irritar.

— Mas eu queria ir atrás do meu parceiro digiescolhido...

— De onde tirou isso?

— Não importa. Acha que o mundo só gira em torno do senhor, mas eu vi aquele digivice sobre a estante no outro dia e percebi que era seu. Fracassou em achar o seu parceiro e quer obrigar que a mesma coisa aconteça comigo.

— Não quero conversa. Melhor ir para o seu quarto. - Leomon ficou triste quando o digivice se tornou o assunto da conversa.

Depois disso Ogremon se despediu deles e voltou para a gruta. Nunca viu Leomon e Monodramon discutirem antes.

Monodramon saiu com a cabeça baixa até o seu quarto. Retirou debaixo do colchão o envelope com o mapa e o dinheiro, além da passagem. Pensou nas palavras do homem quando ele disse para não confiar em Leomon. Nunca quis magoar os seus pais, mas era preciso que se investigasse a sua origem. Depois que falou com o homem deixou de ir para a Cidade do Princípio pois ficou com raiva do Elecmon por ter supostamente mentido sobre as suas origens.

Na madrugada aproveitou que todos dormiam para fugir. Tudo estava tranquilo, Leomon dormindo, Ogremon na gruta. Aproveitou que todos baixaram a guarda para pegar a chave da casa na gaveta do quarto do seu pai. Leomon roncava bem alto na cama. Deixou um bilhete escrito com carvão avisando o acontecido. Saiu em plena noite em pleno frio. Olhou pela última vez a casa de Leomon.

Na manhã, por volta das seis da manhã, Leomon acordou e chamou o filho para que os dois fossem caçar. Era bem cedo, mas sempre era acompanhado por Monodamon. Viu o bilhete e correu desesperado para a gruta.

— Ogremon acorda. Acorda!

— O que foi? Deixa eu dormir.

— O Monodramon sumiu e deixou este bilhete.

— Quê? Deixa eu ver... Não pode ser. Não é possível!

— O que foi? Por que você teve essa reação inesperada?

— Descobri hoje que eu não sei ler!

— Ele disse que ia atrás do seu passado. Ele fugiu de casa. E só há um jeito de sair da ilha, ou seja, pelo mar. Ele vai zarpar.

Ambos foram até o porto. Queriam impedir a qualquer custo a ida de Monodramon. No entanto, Darc'mon apareceu diante dos dois e os impediu com a sua espada.

Monodramon deu a passagem para um Cockatrimon e subiu no navio. Pensou em desistir por pouco, mas já estava no ritmo de sair da ilha.

O porto da Ilha Arquivo foi construído depois que os digimaus atacaram a ilha no começo da aventura dos novos digiescolhidos. Para evitar maiores confusões e não sobrecarregar Whamon, Gennai permitiu que um porto fosse construído. Um vilarejo de casas também foi construído.

— Saia da nossa frente ou eu te mato.

— Ui que ogro mais arrogante.

Ogremon tentou acertar o porrete, mas foi facilmente derrotado pela mulher. Ele não entendeu o porquê de ter sido acertado tão fácil. Leomon correu para cima dela. Os dois começaram a travar uma disputa com as suas espadas.

— Por que uma digimon celestial está cometendo algo tão horrível?

— Não tenho que te dar satisfações.

Eles se separaram. Darc'mon soltou um poder com a espada que cortou dezenas de árvores atrás do Leomon. Ela explicou que apesar de estarem no mesmo nível, ela era muito mais forte e pediu para que ele ficasse quieto se não quisesse morrer.

Dracmon usou um rádio comunicador para avisar a ela de que Monodramon havia embarcado. Ela usou as suas asas para sair voando.

— O que foi isso?

— Eu não tenho tempo, Ogremon - Leomon continuou a correr.

Os dois chegaram no porto e procuraram pelo filho. Eram muitos digimons naquele lugar. Foi quando o navio zarpou do seu lugar e muitos acenaram para irem embora. Leomon viu Monodramon acenar para eles.

— Monodramon... pule! - gritou.

— Pai, calma. Quando eu descobrir a verdade sobre mim, juro que voltarei. Não se preocupe.

Ogremon assustou os digimons no porto. Ele não parava de gritar pedindo para que o filho voltasse. Relembrou as vezes em que brincou e conviveu com ele.

— Calma, Ogremon. Ele pertence a esse mundo de fora. Não quero admitir, mas fomos apenas uma distração para ele. A verdadeira aventura dele está para começar. Só torço para que ele não se machuque no processo.

— Calado... Leomon - Ogremon deu um soco no outro. Leomon caiu no chão. — Você fala como se tivesse desistido dele. Não vou te perdoar nunca.

Pela primeira vez Leomon viu Ogremon chorar.

Os dois olharam para o horizonte. Olharam o navio lá no fundo. A melhor coisa que aconteceu em suas vidas foi conhecer aquele pequeno ovo que evoluiu até formar o pequeno guerreiro. Só esperavam que um dia fossem reencontrá-lo. Monodramon, seu filho adotivo.


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Notas finais do capítulo

T.T



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