Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 77
Monodramon e o seu passado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297260/chapter/77

CAPÍTULO 124

Passado alguns dias depois dos eventos anteriores, Leomon e Ogremon voltaram ao normal em suas vidas. Monodramon continuou sob custódia desses dois. Centarumon não conseguiu rastrear o causador do incêndio na floresta nem teve êxito ao pressionar Shellmon e os Pagumons a falarem. Como não houve provas suficientes, então as buscas foram canceladas e as suspeitas... suspensas.

Era dia de ajudar a aldeia dos digimons da floresta. Leomon garantiu que estaria lá sem falta, e Ogremon foi praticamente obrigado. Monodramon, como sempre, preferiu seguir os seus dois pais.

— Já estamos chegando?

— Calma, Monodramon. Acabamos de sair de casa - disse Leomon.

— É porque é ruim quando se é grande. Ninguém consegue mais me carregar.

— Isso só mostra o quanto você se desenvolveu. Isso é bom.

Mais alguns metros e Leomon parou. Mexeu numa bolsa que levava seus próprios equipamentos de construção.

— Que houve? - perguntou o ogro.

— Esqueci a marreta sobre a mesa da cozinha.

— Típico de um retardado - concluiu Ogremon.

— Eu pego - se ofereceu Monodramon. Leomon permitiu e o pequeno retornou.

Monodramon voltou para casa a fim de pegar a ferramenta. Viu que a porta estava apenas encostada, mas não deu muita importância. Foi até a cozinha e levou um susto ao ver um humano sentado na cadeira perto da mesa. Era o mesmo homem misterioso mascarado que havia falado com ele quando ainda era Hopmon.

— O que você faz aqui?

— Quanta garra e quanta coragem foi em derrotar Gazimon perto da cidade dos digimons bebês. Impressionante, sério.

— Eu ia me encontrar contigo, mas talvez eu perceba quem você seja de verdade.

— E quem sou eu?

— O homem que incendiou a floresta e poluiu o rio aqui próximo.

— Talvez sim, talvez não. Vai depender da interpretação de cada um. Mas, se quiser a verdadeira interpretação, contarei a você a verdade sobre você. Sente-se e escute.

— Não, moço. Os meus pais estão me esperando levar essa marreta. Não posso me atrasar...

— Lamentável. Monodramon, até quando você vai levar essa brincadeira de família a sério? Você tem um passado muito mais interessante do que esse casebre e aquela gruta. Eu sei sobre o seu passado. Quer saber? Sente-se, por favor? 

Monodramon se sentou numa outra cadeira e ficou frente a frente com o homem.

Ele retirou a máscara revelando o seu verdadeiro rosto.

— Pode não me conhecer, pequeno Monodramon. Mas sou muito conhecido por todos. Sou W-Weiz-W, um membro do conselho do digimundo formado por 5 digi-humanos. E estou entre a cruz e a espada porque tenho um propósito para com o digimundo daqui a alguns anos à frente. Sou o líder de uma revolução digital em que quero passar o controle deste mundo para um certo ser humano que está na Terra trabalhando para isso. Contudo, não vim falar de mim, e sim de você. Talvez você queira se perguntar sobre a sua origem que o levou até o braço de Leomon por meio de Elecmon. Sabia que você seria o digimon do líder dos atuais digiescolhidos? Pois é, você era pra ser. Só para você ter uma ideia do que realmente aconteceu; no passado, o seu parceiro humano te desprezou profundamente a ponto de te trocar por outro digimon. Isso foi há alguns anos quando os novos digiescolhidos estavam passando por uma reformulação e precisavam de parceiros. Eu mesmo o escolhi para ser seu digimon, mas por sua própria escolha ele rejeitou seu ovo e trocou por outro. O nome do sujeito é Paulo Victor e está hoje desfrutando com o seu novo parceiro. Seria irônico se não fosse trágico.

— Como foi que eu parei aqui? - perguntou já alterado pelo que o outro disse. Ouviu falar dos digiescolhidos, mas nunca imaginou que seria parceiro de um e que ele o abandonou.

— O próprio Paulo pegou seu ovo e jogou na floresta com raiva. Depois foi embora. E aí, o responsável pela Cidade do Princípio te resgatou.

— Sim, mas ele disse que ficou comigo por acho que dois anos.

— Não acredite em alguém que quer protegê-lo. Elecmon mentiu, não foi isso que realmente houve. É por isso que eu quero revolucionar o digimundo, pois os humanos esbanjam no nosso mundo e não são punidos.

— O que quer de mim, moço?

— Em primeiro lugar, quero que venha até a minha casa para construirmos nossa base revolucionária; ficar nesta ilha é perda de tempo. Segundo, Leomon fará de tudo para você não ir caso aceite. Como eu disse, não acredite em alguém que apenas quer te proteger como se ainda fosse um bebê. Aquele digimon também é vítima desses digiescolhidos e não sabe das maldades do mundo.

— Se eu aceitar...

Weiz retirou um envelope no casaco e o colocou sobre a mesa. Depois se levantou. Não fez muita cerimônia para ir embora. Antes, porém, se virou para o pequeno dragão.

— Aí está o meu endereço e as coordenadas que deve pegar. Boa sorte, e espero você lá - saiu.

Monodramon ainda sentia o impacto de toda aquela informação. Pegou o envelope e abriu. Encontrou um mapa para além da Ilha Arquivo e algum dinheiro que ajudaria a pagar algum transporte. Lembrou-se do seu dever e pegou a marreta. Deu de cara com Leomon na porta. Este estava com a cara de poucos amigos.

Weiz entrou no seu trailer e foi até um computador que havia sobre uma mesa.

— Conseguiu juntar os membros para a revolução?— perguntou uma pessoa do outro lado da net. Ele fazia contato por vídeo conferência.

— Ainda não. Conseguir achar os digimons certos é muito trabalhoso. Apenas alguns foram recrutados. Mas a meta é recrutar nove digimons para compor o tão almejo governo mundial do digimundo. Treinarei todos eles para que quando um dia vier possa recrutá-los como seus subordinados.

— Não quero saber de trabalho pela metade, Blizzard! Você trabalha para mim e deixei muito claro que escolher esses digimons era uma tarefa fundamental para os meus planos.

Weiz ficou um pouco irritado com a pressão do seu chefe.

— Entenda que achar os digimons com a linha evolutiva que pediu é um trabalho que leva meses ou até anos. Simplesmente não tem como saber logo de cara qual digimon evoluirá para a fase extrema que o senhor quer. Um Guilmon pode evoluir para um fracote ou um Megidramon como pediu. Ou outro digimon poderá evoluir para um Leviamon, mas isso é muito raro e aleatório. Eu tive que ir para o outro lado do planeta, na Área Escura e achar um deles ainda nível criança. Sem falar que Gennai e os digiescolhidos estão mais atentos depois que os Lordes das Trevas e Daemon morreram. Qualquer movimento meu em falso poderei ser desmascarado.

— Blizzard Daregon e a sua desculpa esfarrapada. Soube que está na Ilha Arquivo para fazer sabe-se sei lá o que. Você pensa muito nas suas escolhas pessoas e deixa de lado o mais importante. Eu não tenho muito tempo, minha saúde se deteriora a cada dia que amanhece, além de me preocupar com a revolução digital tenho que me preocupar com os meus planos aqui na Terra.

— Tudo bem, senhor. Pode contar comigo até o fim. Só me dê mais tempo para achar todos esses digimons.

— Ótimo. Só preciso de mais alguns anos, talvez uns 3 anos para que dê tudo certo. Enquanto isso continue no seu trabalho.

— Sim, senhor Matsunaga - desligou.

...

 Alguns dias se passaram desde que Weiz se encontrou com Monodramon e lhe ofereceu ajuda para reencontrá-lo. De lá para cá o pequeno dragão só ficou a pensar numa maneira de sair da Ilha Arquivo sem magoar os seus pais. Conhecia Leomon e sabia que ele jamais deixará que saia sozinho. E mais uma noite o jovem digimon ficou olhando a lua e o céu estrelado sobre o telhado da casa.

À noite, perto de uma gruta na praia, Gazimon permaneceu quieto até esperar um navio no porto e sair dali antes que fosse preso. Preparava um peixe numa pequena fogueira quando percebeu a sombra de alguém no alto de um rochedo. Viu Dracmon parado, observando-o.

— O que você quer?

Dracmon desapareceu num instante dos olhos daquele Gazimon e apareceu por trás dele. Levou um golpe nas costas pelas unhas afiadas do vampiro.

— Hum... seus dados são bons. - disse enquanto lambia as unhas.

Sem saber de quem era, Gazimon se preparou para lutar. O oponente, apesar de ser nível criança, era muito mais forte e desviava das garras do Gazimon. Foi quando Dracmon ficou flutuando no ar para o espanto do outro.

— Que merda você quer comigo? 

— Observe.

Dracmon abriu as duas mãos. Gazimon ficou espantado com o que viu: olhos nas mãos. O subordinado de Weiz possuía um olho em cada mão!

— Olho do Pesadelo! - O vampiro levantou os braços e uma aura preta encobriu suas mãos. Os olhos começaram a hipnotizar Gazimon quase na mesma hora.

A hipnose de Dracmon deixou Gazimon completamente sem nenhum tipo de inteligência. Ele havia perdido completamente os sentidos assim como Devimon um dia fez com Leomon com o Toque do Demônio.

— Quero que mate todos os bebês da Cidade do Princípio.

Gazimon ficou duas vezes mais forte do que antes e saiu correndo na direção da Cidade. Dracmon sorriu e apenas seguiu o digimon.

Os bebês mais novos dormiam nos berços que pareciam ser feitos de pedra, enquanto os mais velhos viviam em um pequeno vilarejo com casinhas dentro da cidade. Elecmon guardou os brinquedos, caminhou por uma parte da cidade que era feita de almofada e travesseiros. Virou-se e viu uma criatura de puro ódio atrás. 

— Você! Pensei que havia fugido dias antes. Foi você quem bateu no Hopmon, não é? Mas eu sinto muito em te dizer que ele agora é um Monodramon. Oi? Oiiiii? Vixe, virou uma estátua. 

Antes de falar qualquer outra coisa, Elecmon levou um chute na cara e caiu sobre uma almofada gigante. Nunca levou um golpe tão forte e tão certeiro. Se perguntou como Monodramon conseguiu vencê-lo.

Gazimon caminhou na direção dos filhotes.

— Ninguém mexe com os meus bebês! - soltou uma descarga nele. Gazimon recebeu queimaduras por causa do choque, mas logo se levantou para o espanto de Elecmon.

 Ogremon foi o único que caminhou na direção da Cidade do Princípio quando viu uma dupla de digimons bebês correrem com medo. Ele não entendeu o motivo, mas percebeu que havia algo de errado.

Os bebês ficaram apavorados quando viram o seu protetor sendo espancado por Gazimon. Para Elecmon não importava ser ferido, mas impediria a qualquer custo que o vilão ferisse os filhotes. Cansado e ferido, caiu com Gazimon pisando em seu pescoço. Antes de levar o golpe final viu Gazimon levar um golpe com o porrete. O digimon foi arrastado para longe e caiu inconsciente.

— Eu ainda devia esse golpe pelo que você fez contra Monodramon, lixo.

— Ogremon... veio me salvar?

— Te salvar? Não confunda as coisas. Passei aqui só por curiosidade e bati naquele lixo porque ele me irritou muito.

Elecmon se levantou com dificuldade e foi para perto dos bebês. Ogremon foi surpreendido quando viu Gazimon se levantar como se nada tivesse acontecido. O golpe que deu era para ter quebrado o seu pescoço. 

— Não quebrou porque ele está hipnotizado com os meus poderes psíquicos - disse Dracmon se revelando.

— Quem é você? Nunca te vi antes nessa ilha.

— Ogro estúpido. Claro que nunca me viu. Eu não moro nesta ilha, nem pretendo viver neste lixo. Mas isso é diferente. Evolua, meu digimon hipnotizado!

Com os olhos em suas mãos, Dracmon hipnotizou Gazimon a ponto de evolui-lo. Agora Ogremon, Elecmon e os bebês viram o inimigo crescer e ficar mais forte.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.