City Of Evil - Fic Interativa escrita por Roli Cruz, Eileen Harvey


Capítulo 8
Pretty Face - Meera


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada. CALMA QUE TODOS OS TRIBUTOS VÃO APARECER.

kkkkkkkk Peço paciência. Sei que é empolgante ter um personagem na fic, mas antes de mais nada, postarei os capítulo que já estavam escritos.

E, respondendo ao comentário da minha diva Snapelicious, sim, todos os Povs aparecerão antes de eles entrarem na Arena, mas não quer dizer que todos os capítulos serão na Colheita.

Não. Ok?

E, provavelmente, esse é o único capítulo de hoje.

Beijos



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Pov. Meera Deveraux

– Seu dedo. – A moça pediu. Dei meu indicador e ela coletou meu sangue. Pediu meu nome e eu respondi.

Saí de lá e andei até o lugar onde as garotas de dezesseis e dezessete anos estavam.

– Você parece bem confiante de si mesma. – Uma garota ao meu lado falou.

– Eu sou. – Sorri, passando a mão pelos cabelos loiros e sedosos.

Ok, eu não sou convencida, mas é que a maioria das garotas me olha torto. Não tenho amigas e, pra falar a verdade, nunca precisei de ninguém. A não ser que Isaac um dia fizesse alguma cirurgia e virasse mulher, porque ele é o máximo de um amigo que eu possuo. Ou amante, depende de seu ponto de vista.

– Seu nome está mesmo na bola? – A garota perguntou.

Não respondi, porque ela está falando comigo mesmo?

– Soube que não poderá ter voluntários esse ano... – Ela continuou falando. Olhei para ela com uma sobrancelha levantada.

A garota era alta, mas um tanto gorda. Parecia ter a mesma idade que eu e tinha os cabelos muito curtos, pretos e com mechas laranja.

– Você é a filha do prefeito, né? – Ela perguntou.

– Sou sim. – Sorri, sem humor nenhum e voltei a olhar para frente. Odiava chegar cedo na colheita, parecia demorar tanto.

– Que sorte. – Ela disse, me fazendo revirar os olhos.

Muita sorte. Pensei. Ficar trancada em casa o dia inteiro e só sair para treinar é muita sorte.

– Olá, meus queridos duendinhos! – Olhei para frente e vi Olivier em cima do palco. Atrás dele, alguns Pacificadores, meu pai e minha mãe.

Era o primeiro ano de Olivier como apresentador e instrutor. Eu o achava bastante bonito, pra falar a verdade. Se tirássemos os cabelos rosa vivo, as unhas extremamente compridas e a roupa fluorescente, Olivier seria muito bonito. Era novo e tinha um sorriso cativante. Ao meu lado, a tagarela suspirou.

– Enquanto a fila vai diminuindo ali atrás, vamos ver o vídeo que vem direto da Capital? – Ele sorriu, olhando em seguida para o telão.

Não presto atenção no vídeo. Fico mais preocupada em olhar para os garotos. Se – e eu enfatizo muito o “se” – eu fosse escolhida, não haveria mal algum em olhar para a concorrência, certo?

Os garotos ali eram em sua maioria muito altos e muito fortes. Claro, o centro de treinamento os fazia ficar assim. Mas muitos tinham uma cara de... Como posso dizer? Bobões? Não passavam de crianças em corpo de homens que passaram a vida inteira carregando peso.

Deveria ser muito fácil ganhar deles em uma luta corpo a corpo, porque quanto mais volume, mais lentidão.

O vídeo acabou e eu olhei para Olivier novamente.

– Como sabem, esse ano será especial. Comemorando os vinte e cinco anos, desde que a Capital venceu a guerra, denominamos esses Jogos Vorazes de “Massacre Quartenário”. A cada vinte e cinco anos isso acontecerá, e nesses jogos, as regras poderão mudar.

A garota ao meu lado prendeu a respiração. Cruzei os braços e assoprei para cima, fazendo minha franja voar.

– Esse ano, não teremos um sorteio. – Olivier disse, sorrindo e mostrando um sorriso geneticamente aperfeiçoado.

Muitas pessoas suspiraram de alivio e outras começaram a reclamar.

– Também não teremos voluntários. – Ele disse, dando espaço para mais reclamações.

Vi alguns Pacificadores entrarem na multidão de jovens, para fazê-los calarem a boca.

– Vamos lá, duendes. Modos. – Olivier pediu, com um aceno de mão. – Esse ano, o distrito inteiro votou no nosso casal de ouro.

Nessa hora eu já estava olhando para minhas unhas, totalmente imersa no tédio.

– E é com muito orgulho, que eu anuncio nossa tributa, Meera Deveraux! – Ele disse, e todos olharam para mim. Vi meu pai levantar de sua cadeira, inundado em uma onda de desespero e pânico.

– E-Eu? – Perguntei, olhando para Olivier. E então a ficha caiu. Tinha que colocar um plano em prática. E rápido.

Andei por entre as garotas e cheguei até a frente de todas. Abaixei a cabeça, enquanto subia os degraus até o palco e quando levantei, havia uma lágrima em minha bochecha.

Meu plano já estava em ação, e Olivier tinha entendido direitinho.

– Não chore, Meera. – Ele disse, sorrindo e passando o polegar em minha bochecha. Olhei para ele profundamente, e então ele captou a armação.

Ele era mais bonito de perto.

Olhei para meu pai e sorri docemente. Ele deixou as lágrimas escorrerem por seu rosto, assim como minha mãe.

– Continue assim e receberá Patrocinadores. – Olivier sussurrou em meu ouvido, o microfone longe. Mas isso durou dois segundos, pois logo se endireitou e sorriu para o público. – Vamos ver o nosso querido cavalheiro então?

Finalmente todos saberiam que eu não nasci só para ser um rostinho bonito.



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Notas finais do capítulo

Beijos