Coração De Marfim. escrita por Amizitah


Capítulo 2
Capítulo 2 - Melodia envolvente.


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Como não posso falar muito, ja vou passar o link da musica presente na historia: http://www.youtube.com/watch?v=CdtU0T4Ukd8&NR=1&feature=fvwp. A musica se chama: Chaconne - Bach.
Bjks!!
Ami ~



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Era a manha do primeiro dia de aula da escola Sanshou, a melhor escola de Tóquio voltada para a música. Diferente das escolas comuns, aquela possuía duas divisões: Ala Oeste e Ala Leste.

A Ala Oeste era composta por colegiais comuns, com disciplinas comuns incluindo música, mas estes alunos não possuíam talento musical e aprendiam apenas o básico de teoria musical. Já a Ala Leste era diferente. Ela era composta apenas de alunos que possuíam algum talento considerável para a música tanto no canto quanto no manuseio de instrumentos musicais. As aulas destes talentosos alunos eram focadas na disciplina de música para refinar as habilidades, além de possuírem professores em teoria musical e instrutores de vários instrumentos que em sua grande parte já foram músicos profissionais que resolveram virar instrutores. Por mais que estes alunos tivessem tanto foco no desenvolvimento musical, eles também aprendiam as disciplinas comuns, mas sem dar tanta importância a elas como os alunos da Ala Oeste.

Por mais que fosse o primeiro dia de aula, uma multidão de alunos se encaminhava para além dos grandes portões da escola. Alguns vestiam o uniforme especial de estudantes da Ala Leste e outros o uniforme comum da Ala Oeste. Neste último caso se encontrava a garota que acabara de passar da entrada da escola: Terasu Mitsue.

A garota se espremeu contra a multidão de alunos que conversavam ali, e ao se ver liberta daquele excesso de calor humano, já dentro da escola, ela respirou fundo o ar puro e tirou os fones de ouvido da orelha. Guardou-os dentro de sua bolsa da escola repleta com de livros e cadernos que precisavam ser guardados imediatamente no seu armário antes que tivesse uma irritante dor no ombro.

Ela continuou a andar, passando no extenso e bem decorado corredor daquela escola gigantesca até se deparar com duas pequenas escadas de cada lado do corredor, dando acesso a duas grandes portas. A porta da direita era branca com detalhes dourados e acima dela havia uma placa com escritos também dourados que diziam: Ala Leste. Ela entortou os lábios ver tal porta, virando imediatamente o rosto para a esquerda onde a escadinha dava para outra porta branca, porém, esta tinha detalhes prateados junto de outra placa também em letras prateadas que dizia: Ala Oeste. Mitsue deu de ombros, virou para a esquerda passando pela porta aberta da Ala Oeste com seus olhos vagando pelo grande salão que surgiu na sua frente.

Havia um completo amontoado de pessoas a sua frente, todas da Ala Oeste, conversando animadamente e sentadas em sofás espalhados pelo salão enquanto outras simplesmente caminhavam junto com um grupo de pessoas. Querendo ser discreta, Mitsue atravessou o salão desviando-se dos grupinhos que conversavam até entrar em um dos corredores espalhados pelo salão bem decorado. E quando se viu bem afastada das pessoas, ela vasculhou o bolso do blazer azul escuro quase do tom preto, e retirou um papel meio amassado com o número e senha do seu armário. Ela olhou para o lado e enxergou uma fila interminável deles, cumprimentando-os todos uma de suas piores caretas.

Sabe qual era o problema daquela escola? Era grande demais.

Caminhou até o primeiro armário com o numero 001 escrito e olhou para o seu papel novamente.

— 125 – Leu em voz baixa o número em negrito, o que provocou um rosto desanimado. – Onde é que fica isso?

— O armário 125 fica bem ali, ao lado do bebedouro.

Um arrepio de susto se espalhou pela espinha da garota e ela se virou abruptamente para o rapaz que havia falado aquilo. Deu de cara com grandes olhos prateados como os seus e uma bagunça de fios de cabelo lhe caindo nos olhos.

— Er... Como você...? – Perguntou incompletamente, sem se recuperar do susto de agora a pouco.

Ele levantou a mão para ela com um meio sorriso e com a outra, ergueu para ela o mesmo papel que segurava. Mas este com o número 128 escrito em negrito.

— Parece que somos vizinhos – Ele alargou o sorriso e observou os livros grossos de capa dura que ela carregava nas mãos, apontando para eles com o indicador – Quer ajuda com isso?

Ela ficou voando por um tempo, até que entendeu que ele se referia aos livros. Rapidamente negou com a cabeça.

— Não obrigada... Eu consigo carregar até lá sem problemas – Sorriu para o garoto, na esperança de não parecer muito estranha logo no primeiro dia de aula com aquela reação esquisita de agora a pouco. Ela se curvou de leve e se despediu do rapaz, deixando-o para trás cada vez que se aproximava do armário que ele apontou como o seu.

Como ele lhe havia dito o seu armário ficava bem ao lado do bebedouro, e depois dele tinha uma porta que dava a uma sala de aula. Mais aliviada, colocou o papel com a senha em cima dos livros que segurava, destrancando seu armário. Depois de guardar uma pilha deles, deixou apenas o livro e o caderno de Química e Biologia na mochila, pois eram as suas primeiras disciplinas do dia.

Mitsue ainda estava confusa sobre como havia parado naquele lugar. Tudo bem sua mãe querer que ela estudasse numa boa escola, mas esta precisava ser tão grande, além de ser a melhor e mais cara escola de Tóquio?! Sua mãe nem suspeitava, mas ela havia pesquisado o preço das mensalidades dessa escola antes de ser matriculada e elas valiam muito mais do que ela ganhava no trabalho em um mês. Ela já havia perguntado a sua mãe se não era exagero da parte dela, mas ela disse que não era problema, pois havia acabado de arrumar outro emprego com um bom salário. E ainda tínhamos um pouco do dinheiro dado a nós por causa da morte do meu pai.

Fechou a porta do armário com um baque e fechou sua bolsa.

Aquilo a incomodava.

Ela soube muito bem as razões dela assim que viu que a escola era famosa por formar grandes músicos, mas aquilo não daria certo. Ela simplesmente não conseguia mais tocar, não importa o quanto ela tentasse. Era doloroso tocar o piano e se lembrar de seu pai, do modo que ele sorria cheio de orgulho quando ela avançava mais no instrumento, quando tocavam juntos, os sorrisos que mostrava para animá-la quando não conseguia tocar uma nota e milhares de outras coisas que ela nunca conseguiu esquecer. Voltar a tocar piano apenas complicaria as coisas.

Apertou mais a bolsa contra seu corpo e andou com passos apressados para longe do armário enquanto procurava a sala de Química pelo papelzinho que a pouco estava preso em sua bolsa. Mas é obrigada e retirar os olhos dele ao sentir aquela pontada no coração.

Colocou a mão sobre o peito, sentindo-a irradiar ininterruptamente.

— Papai... – Murmurou para si mesma em quanto os alunos passavam por ela sem parecer notar seu estado.

Apertou o blazer que cobria seu peito e comprimiu os lábios. Era tão difícil levar uma vida normal depois que ele morreu.

Ela só saiu da sua bolha de pensamentos quando o sinal da escola soou e ela percebeu que ela era a única que estava naquele corredor. Todos já estavam na sala de aula.

— Ai que droga! – Reclamou, se pondo a correr a procura dela. E finalmente percebeu que ela ficava no segundo andar da escola.

Quando viu a primeira escada ela se pôs a correr, balançando a saia cinza escura de maneira ritmada até que alcançasse o segundo andar e disparasse na direção da sala 56. Sem esperar para se recompor abriu a porta de correr com força, a respiração acelerada. Todos na sala de aula a olharam, alguns até riram da situação dela, mas a maioria apenas encarou.

— Posso ajudá-la em alguma coisa, senhorita? – Perguntou o professor que havia acabado de iniciar a aula, parando para olhá-la com reprovação.

Ela desfez sua postura desajeitada assim que pode, curvando-se enquanto sentia-se envergonhada.

— Desculpe-me por entrar desta maneira, sensei. Mas por favor, deixe que eu assista a sua aula! – Pediu, esperando a resposta do professor.

O homem analisou a aluna por um momento, por fim decidindo-se.

— Poderia me dizer qual é o seu nome?

A garota deixou as costas eretas novamente.

— Meu nome é Terasu Mitsue.

— Muito bem Terasu-san, sei que é uma novata e talvez não esteja acostumada as regras desta instituição, mas não toleramos atrasos não importando o motivo. Então peço que saia...

— Por favor! – Interrompeu, tentando parecer firme. Não queria dar problemas a sua mãe – Eu realmente estou envergonhada. Sei que a escola é séria, então me dê uma chance. Não farei de novo.

O professor a olhou de forma intimidadora por mais algum tempo, mas percebendo que a garota permanecia firme, assentiu, fazendo um sinal para que entrasse.

— Obrigado sensei! – A garota sorriu vitoriosamente e entrou, mas o professor fez um sinal para que parasse por um momento.

— Em troca de deixá-la entrar na sala de aula, compareça a sala dos professores depois de suas aulas. Estarei lhe esperando para dar a punição adequada. Entendido?

Quase que a garota faz uma careta, mas ela se segura e assente, finalmente podendo sentar na única cadeira vazia da sala.

Só quando se sentou que o professor continuou a aula, pedindo que os alunos abrissem seus livros de química na página 10.

Parece que seu plano de dar uma boa impressão no primeiro dia de aula foi por água abaixo.

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No termino dos primeiros horários Mitsue foi para o seu armário a fim de devolver os livros. Quando fechou a porta, o garoto que viu de manhã cedo entrou no seu campo de visão, guardando seus livros dentro do seu armário sem nota-la. Quando ela se preparava para sair e comer seu bento, o garoto avista a garota andando pelo corredor com sua vasilha na mão e a reconhece.

Correu até ela e ao sentir a sua mão pousando em seu ombro, seu corpo se encolhe de susto. Contudo, Mitsue relaxa imediatamente ao ver quem era – e não outro professor nazista.

— Você se chama Terasu Mitsue, certo? – Perguntou o rapaz, tirando a mão do ombro dela.

Seus olhos cresceram e então assentiu com a cabeça duas vezes.

— Sou sim... Mas como sabe meu nome?

Desta vez foi a vez dele fazer um rosto espantado, deixando-a confusa com a reação.

— Você não percebeu? – Ele parou para que ela respondesse, mas volta a falar ao perceber a ausência de compreensão – Nossa... Eu estava na mesma sala que você na aula de química.

— Estava?

 O garoto revirou os olhos.

— Esquece isso, mas caso esteja interessada em saber, meu nome é Ryo.

Saindo do seu estado de lerdeza total, a garota se recompôs e abriu um sorriso.

— Desculpa, é que aconteceu muita coisa hoje e este lugar parece me deixar bastante confusa... – Deu um sorriso sem graça – Mas é um prazer conhecê-lo Ryo-kun.

Depois de tanta confusão o garoto abriu um sorriso também.

— Eu sou capaz de entendê-la já que a maior parte das escolas normais não tem este tamanho físico. E o prazer é todo meu Terasu-san. – Ele reparou em sua vasilha – Hm, precisa de um guia hoje?

— Urgentemente – Admitiu.

— Okay, vamos conversar enquanto eu te levo para um lugar que, na minha opinião, é o melhor desta escola – Deu uma piscadela.

— Pode ser – Concordou, acompanhando-o pelo corredor.

Mitsue olhou para o garoto de soslaio, achando uma novidade que alguém quisesse ajudá-la tão facilmente assim.

— Ei – Chamou, atraindo-lhe o olhar – Porque você decidiu me ajudar tão de repente?

Deu de ombros.

— Ah, eu não sei direito. Isso é um velho habito meu: Sempre que vejo novatos perdidos que nem você, eu simplesmente me acho no direito de ajudá-los. Acho que é isso.

— Ah sim. Eu pensei que eu fosse a única – Riu-se.

— Mas não é – Ele ofereceu um meio sorriso – Acho que já ajudei todos os veteranos desta escola quando eram apenas novatos. Não é a primeira que se perde por aqui.

— Sei. Mas por falar na escola, como é que as coisas funcionam aqui exatamente? Principalmente sobre essa divisão em alas que a escola possui.

— A divisão em alas não é algo muito complicado... – Ele pausou e apontou a próxima curva para que ela a seguisse – É só um modo de separar aqueles que possuem talento musical dos alunos sem talento, para ser mais especifico, nós da Ala Oeste.

— É, eu soube disso – Claro que com outras palavras, mas ela preferiu não comentar – Mas para que isso? Não seria mais fácil fazer uma escola apenas voltada para os alunos da ala Leste?

Andaram mais um pouco e subiram uma escada.

— Eu também pensei nisso antes, mas acho que eles foram muito inteligentes fazendo isso. – A jovem só obteve mais dúvidas com a resposta, mas ele não precisou olhar para ela para perceber isso. Continuou – Siga esta lógica: O que é mais emocionante para você? Uma escola repleta de pessoas talentosas que sabem tudo sobre música, ou uma escola onde existem pessoas talentosas e outras aparentemente sem talento algum?

— Hm... Uma escola com pessoas talentosas? – Arriscou. Aquilo era o mais óbvio para ela.

— Errada – Disse simplesmente, apontando para a próxima escada – É muito mais emocionante você ser o melhor quando se tem uma multidão de perdedores perto de você. Assim você sente o gostinho da superioridade e desta maneira os “supertalentosos” da Ala Leste têm mais motivação para estudar música e serem melhores ainda do que nas escolas feitas especialmente para eles. Entende?

Mitsue assentiu, impressionada com o quanto aquilo parecia ser lógico.

— Então isso significa que só estamos aqui para poder garantir o sucesso de pessoas superiores a nós? É isso?

— Exatamente – Ele concordou, sorrindo ao ver que ela entendeu sua explicação – Somos como o pilar que mantém toda esta “instituição”, como diz o nosso professor de química, sendo a melhor e mais conceituada escola para grandes talentos musicais. Sem nós, duvido que eles fossem tão bons assim.

A garota se calou e parou para pensar um pouco. Além de tudo aquilo fazer total sentido a ela, também tinha uma coisa que parecia estar faltando. Ela arriscou um palpite.

— Mas se não fossemos só o pilar que mantém a reputação da escola? Se tudo isso tivesse um propósito melhor? – Perguntou para o rapaz, que a olhou como se não fosse capaz de compreender o que ela queria dizer com aquilo.

— Como o quê, por exemplo?

— Se essa divisão de alas servisse como motivação para os alunos pouco talentosos? – Ryo riu de leve diante do pensamento da garota, mas ela continuou séria.

— Motivação? Que tipo de motivação se tem quando é um perdedor rodeado de mentes brilhantes e superiores à nossa?

— Fácil. Talvez o principal propósito dessa escola é aproximar os alunos normais daqueles mais talentosos para despertar o interesse deles pela música – Ele olhou-a sem se convencer – Se você está num ambiente onde a música é presente, você pode ser influenciado por ela e isso pode despertar em qualquer um o desejo de se tornar um aluno da Ala Leste e encontrar dentro de si mesmo o talento para ser musico. E se o real propósito desta escola é descobrir novos talentos que estejam adormecidos e usá-los ao seu favor?

Ryo parou de andar no topo do último lance de escadas. Parecia espantado.

— Sabe... Quando eu te vi, eu até que descartei a possibilidade de você ser meio doidinha, mas vejo que posso estar certo desta vez.

Mitsue fez um rosto chateado, apoiando uma das mãos na cintura.

— Eu não sou louca! Só acho que os alunos da Ala Oeste também têm a sua parte de importância.

Ryo deu uma risadinha, andando até a porta que só agora Mitsue havia notado. A abria enquanto dizia:

— Você pode até estar certa em sua utopia, mas nos meus 2 anos de colégio nunca ouvi falar sobre um aluno da ala Oeste ser transferido para a ala Leste – Ele se afastou do caminho para além da porta e fez um sinal para que ela passasse também.

Assim que se deparou com a luz inesperada sobre seus olhos, colocou a mão da frente do rosto, semicerrando-os. Demorou um pouco para que se acostumassem a claridade, podendo atravessar o espaço até alcançar uma cerca de metal alta que rodeava todo o lugar.

Aparentemente estava no terraço da escola.

Ryo surgiu ao seu lado sem parecer se incomodar com a luz.  Enfiou as duas mãos nos bolsos da calça cinza escura, relaxado.

— Que lugar é esse?

Ryo olhou para ela, pousando o indicador sobre os lábios.

— Apenas escute.

Mitsue levantou uma sobrancelha, sem entender o que ele queria dizer. Ryo revirou os olhos novamente e apontou para frente.

Ela obedientemente olhou para aquela direção, fazendo completo silencio para escutar algo que nem mesmo sabia o que era. Permaneceu a espera do desconhecido até algo parecer mudar.

Diferentemente do barulho dos lápis no papel, do giz no quadro e os murmúrios na sala de aula comuns do dia a dia, algo diferente atingiu os seus ouvidos. Algo que não ouvia com clareza ainda, mas que em alguma parte de si mesma ela sabia exatamente o que era.

— Este som... O que...?

— Fique quieta. Já deve estar na hora – Um sorriso de divertimento cobria a sua expressão - Ele nunca se atrasa.

Mitsue quase se permitiu perguntar quem ele se referia, mas então o mesmo som de antes surge, de modo mais claro. Aquilo só poderia ser uma coisa.

Música.

O som vem repentino, mas Mitsue facilmente identifica o timbre como sendo de um violino. Seu corpo fica em completo silencio, apenas escutando as notas que se seguiam, rápidas e depois suaves. Uma perfeita harmonia.

Não demorou muito para que ela identificasse a música.

Chaconne, de Bach. – Sussurrou, enlevada.

Ryo voltou seu olhar para ela, pego de surpresa.

— Já ouviu essa música antes?

Mitsue corou de leve e assentiu. Ela já tinha ouvido seu pai tocar no piano há muitos anos. A melodia simplesmente estava gravada na sua cabeça, mas não disse isso.

— Eu já ouvi uma vez... Na internet – Sorriu, mas logo voltou a atenção para o som divino que vinha de algum lugar do prédio a frente deles. O prédio da Ala Leste – Quem está tocando o violino?

Ryo deu de ombros.

— Não faço a mínima ideia. Mas seja quem for, ele sempre toca neste mesmo horário. Geralmente uma música diferente a cada dia.

Ela apenas assentiu, concentrada. Parece que os estudantes da ala Leste eram bastante talentosos.

Mas não era só isso.

Algo na maneira que a música era tocada mexia em algo dentro dela, fazendo com que corasse ao ouvir as notas. Era como se alguém tentasse falar algo por trás delas...

Um sentimento antigo.

Algo envolvente.

Algo que foi capaz de preencher o coração da Mitsue com um sentimento novo e quente. Algo completamente...

Apaixonante.


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