O Outro Lado Da Lua escrita por Marie Caroline


Capítulo 84
3x13 - O certo. Não o fácil.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora, meninas. Tive muitas provas essa semana, e ontem teve o season finale de The vampire diaries então fiquei ocupada kkkk Este capítulo é bem emotivo, sei que muita gente não vai gostar, mas um pouco de drama não mata ninguém rsrs
Recomendo que ouçam essa música aqui http://www.youtube.com/watch?v=TFYtAadKdxs
Ela me ajudou a escrever a última parte do capítulo. Aah quero agradecer aos comentários anteriores e aos novos leitores... Vcs fazem a autora aqui mega feliz *__* Beijocas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/295164/chapter/84

Ponto de vista: Jacob

Se fosse por mim eu teria de bom grado deixado toda a formalidade de lado e acabado logo com todo o suspense que Agatha insistia em fazer. Tinha alguma coisa incomodando ela há dias... Não, não incomodando. Torturando era uma palavra mais adequada. Dava pra ver pelo seu olhar distante, a hesitação antes de falar qualquer coisa, a rigidez nos ombros. Ela estava protelando. E isso não era nada bom se considerássemos de quem exatamente estávamos falando aqui: quando Agatha se desespera, ela age por impulso.

Mas agora ela sorria. Fazendo careta para as câmeras junto com Seth e Renesmee. Brincando distraidamente. Quando sorria, era quando ficava mais bonita. Os olhos brilhando como não via há algum tempo. Eu também sorri ao observá-la. Foi quando ela apareceu.

–O casamento foi lindo, não é?

Olhei para baixo, onde a franzina menina loura me encarava com um sorriso meio sinistro. Talvez fosse a roupa de funeral que ela usava...

–Claro. – respondi dando de ombros.

Ela virou a cabeça de lado, como uma criancinha.

–Você fica mesmo muito bonito de terno.

Abri e fechei a boca sem saber exatamente o que fazer. Olhei para frente e vi que Agatha nos fitava com os olhos apertados. Era melhor sair de perto dessa garota antes que Agatha tivesse outro surto e tentasse estrangular a meia vampira de novo. Dei um passo para frente, quando senti um puxão um tanto forte em minha nuca. E para eu conseguir sentir a força, é por que não era algo que devesse ser subestimado. Quando dei por mim, a meia vampira colou seus lábios de congelar a alma nos meus. Eu a empurrei para trás com raiva, e ela apenas me olhou com o olhar arregalado antes de todo o meu corpo começar a tremer. Levou apenas um segundo para irromper em quatro patas. Rosnei e ataquei-a sentindo meus ossos queimarem de raiva.

Ela deu alguns passos para trás, agora assustada. Alguns pares de mãos frias tentaram me segurar. Estávamos agora encoberto pelas árvores do bosque; então Seth também se transformou para me impedir de arrancar fora a cabeça daquela sanguessuga mirim.

–Ei, Jake! – ele gritou ao me empurrar para trás com o ombro. – Calma, não vá fazer besteira!

Ayane correu para a floresta. Impeli meu corpo para persegui-la. Eu iria a fazer em pedaços pelo que tinha feito!

–Jake, não! – Seth me empurrou com mais força. – Deixa-a pra lá!

Você viu o que ela fez! – rosnei tentando me desvencilhar não só de Seth como também de metade dos Cullen.

É, eu vi! E a Agatha também. Ela saiu correndo daqui. Vai atrás dela, cara!

Isso foi o bastante para me fazer parar de lutar. O calor diminuiu e o medo sobreveio. Ela vira.

Por sorte eu sempre tinha algumas peças velhas de roupas por ali na floresta. Voltei à forma humana rapidamente e saí correndo por entre as árvores novamente, ignorando os olhares arregalados dos convidados ao me verem com apenas uma bermuda surrada ao invés do terno elegante. Atravessei o hall sentindo perfume de Chipre floral de Agatha. O cheiro ia à direção da escada. Subi os degraus e segui para o quarto que ela geralmente ficava. Respirei fundo algumas vezes; sem entender por que sentia esse peso esmagador no peito. Meu corpo ainda tremia. Bati na porta.


Ponto de vista: Agatha

Eu não consegui entender bem o que aconteceu em seguida.

Havia um nó do tamanho de uma maçã estrangulando minha garganta. Não consegui respirar, não consegui me mover. O choque provavelmente paralisou meu cérebro, por que de alguma maneira eu não podia ouvir nada ao meu redor. O silêncio ecoava em meus ouvidos. Um retumbar perturbador ressoou de meu peito antes do coração perder uma batida e logo em seguida continuar bombeando irregularmente.

Então tudo mudou. A cena que meus olhos não conseguiam parar de encarar se modificou para o caos completo. Jacob empurrou Ayane com a força de um urso, suas roupas explodiram em mil fiapos patéticos que encheram o ar ao redor dele. Então o lobo castanho avermelhado surgiu, arreganhando os dentes ameaçadoramente – e pronto para acabar com a garota magricela e loura.

Eu não queria ver. Não queria presenciar o que ele estava prestes a fazer. Então eu dei meia volta e forcei meus joelhos rígidos a trabalhar normalmente; corri, corri empurrando algumas pessoas que tentavam me parar. Atravessei a mansão decorada, tropeçando no salto estúpido. Subi os degraus de dois em dois e não parei até chegar ao quarto e fechar a porta. Então ali, e somente ali, eu me permiti cair em meus joelhos e deixar o fluxo de lágrimas cair.

O que havia acabado de acontecer? Ayane era louca, não havia outra explicação... Que droga era essa? Uma irmã tentando me matar, e a outra fazendo de tudo para acabar comigo lentamente até não sobrar mais nada... O que eu fizera de tão errado para merecer todas essas coisas? E Jacob? Ele perdeu o controle em menos de um segundo... Eu não podia culpá-lo, mas não queria que ele matasse Ayane. Não sabia por que me sentia assim, e tampouco queria descobrir.

Estremeci ao ouvir a batida forte na porta.

–Agatha abra, por favor. – era Jacob. Sua voz estava falhando, parecia prestes a se transformar de novo. Ele alteou o tom quando não respondi. – Eu sei que você está aí! Por favor.

Abri e fechei a boca algumas vezes, sem saber o que dizer. Por fim, acabei por dizer a coisa mais estúpida que me veio à cabeça.

–Você... – funguei, minha voz estava embargada. – Você se transformou em uma festa de casamento cheia de pessoas.

–Eu... eu sei. – ele respirou fundo algumas vezes. – Você sabe que o que aconteceu foi mais uma loucura daquela metade sanguessuga, não sabe?

Um soluço saiu rasgando da minha garganta.

–Me deixa entrar. – ele suplicou. – Não aguento saber que você está chorando sem eu poder fazer nada...

Levantei-me com dificuldade e abri a porta lentamente. Eu só pude conseguir ver de relance o rosto torturado de Jacob antes que ele colocasse seus braços seguramente ao meu redor. Tentei conter o choro, mas ele ali me abraçando, só aumentou a dor em meu peito. Eu queria poder entender o porquê dessas coisas continuarem acontecendo comigo, entretanto, a resposta continuava pairando sobre nossas cabeças sem conseguirmos nunca alcançá-la. Talvez... Talvez fosse melhor desistir de entender. Talvez a solução fosse parar de lutar.

Jacob separou só um pouco nossos corpos, apenas para olhar em meus olhos firmemente.

–Desculpa, eu sinto muito mesmo. Daria tudo para que você não tivesse visto aquilo. – ele colocou a palma da mão em meu rosto. – Você está bem?

Assenti, mesmo sem realmente estar bem. Eu estava cansada, minha cabeça girava. Pensei em todas as vezes que Bella salientara o quanto eu devia cuidar da minha saúde... E isso tudo definitivamente não era muito apropriado. Mas eu não estava preocupada comigo. Era com o volume nada visível em minha barriga, que cava vez parecia mais real para mim, que eu estava preocupada. Talvez eu aguentasse todas as barreiras que fossem colocadas entre mim e Jacob; mas será que o pequenininho dentro de mim aguentaria?

Estava na hora de escolher o melhor caminho para ele.

Soltei-me de Jacob.

–Você está bem? A última coisa que vi foi você se transformando.

Ele pareceu envergonhado.

–Perdi o controle.

–Suponho que não possa culpá-lo. – murmurei. – Ela fugiu?

Jacob assentiu.

–Seth me impediu de arrancar a cabeça dela.

Suspirei.

–Acho melhor voltarmos para a festa.

–O quê? – ele franziu o cenho. – Não! Você não está nada bem... E além do mais, nós íamos ter uma conversa hoje à noite, não?

Uma pedra de gelo desceu por entre meu estômago. Eu não estava pronta.

–Não, não. É a festa de Sue e Charlie. Devemos estar lá.

Jacob franziu os lábios, mas estendeu a mão para me levar de volta mesmo assim. Quando voltamos para o salão, todos pareciam estar se divertindo à beça. Jasper e Alice dançavam, Billy e Carlisle conversavam casualmente... Nenhum sinal de Ayane. Mas mesmo assim notei os olhares ansiosos de Seth, Renesmee e Sue. Ela veio até mim e Jacob rapidamente.

–O que foi que aconteceu? – ela perguntou em tom baixo e ansioso.

–Nada, Sue. Está tudo bem.

É claro que minha tentativa de acalmá-la não deu certo.

–Eu vi uma agitação perto do bosque. Se há algo errado, me conte Agatha!

–Não tem nada errado – interveio Jacob. – Pode ficar tranquila, Sue. Foi só... um mal entendido.

Ela apertou os lábios.

–Isso não tem nada a ver com a... – ela sussurrou a palavra – vampira que está atrás de vocês?

Jacob riu inesperadamente.

–Não, essa aí a gente pelo menos pode matar.

***

Eu tentei de verdade me preparar para contar a Jacob a verdade. Mas minha mente se recusava a se concentrar na realidade; ela insistia em imaginar alternativas que não envolvessem colocar mais pressão sobre Jacob. Cada vez mais as alternativas pareciam assustadoramente atraentes. Então chegou à hora de nos despedirmos de Sue e Charlie. Eles partiriam para Nova Orleans hoje à noite.

Fui com Sue até o quarto e esperei sentada na cama enquanto ela trocava de roupas. Torci os dedos nervosamente, pensando em como pedir um conselho sem exatamente dizer o que precisava. Ela voltou usando um vestido de cor creme e um casaco elegante marrom. Sorri.

–Está linda.

Ela sorriu e veio até mim sentando-se na cama ao meu lado.

–Tem alguma coisa que queira me contar? – ela perguntou gentilmente.

Pigarreei.

–Não.

Sue me dirigiu um olhar condescendente.

–Sabe que não consegue mentir. – ela pegou minha mão. – E também sabe que pode me contar qualquer coisa.

Engoli em seco.

–Lembra aquilo que falou sobre eu arranjar algum propósito antes de ir a fundo com Jacob?

Ela assentiu.

–E se... e se isso não pudesse ser mais possível?

Ela pendeu a cabeça de lado.

–Como assim?

–E se acontecesse algo que tivesse o poder de mudar tudo? E se as minhas escolhas fossem reduzidas a quase nada?

Sue apertou os olhos, avaliando minhas perguntas. Temi ter dado pistas demais, mas se ela tivesse deduzido, tinha resolvido não comentar nada.

–Sempre temos escolhas, Agatha. – ela riu. – Sabe, é por isso mesmo que eu não queria que você entrasse de cabeça na relação com Jacob. Vocês dois são parecidos demais. Sempre oito ou oitenta. Vocês dois podem ir de extrema felicidade à tristeza completa em dois segundos... Sempre muito intensos, e isso é bom às vezes, mas na maioria causa problemas.

Eu fiquei meio atônita com todas aquelas palavras.

–Então...? – fiz uma careta confusa.

Ela sorriu novamente.

–O lado bom é que é óbvio que vocês dois foram feitos para durar toda uma vida, talvez até mais. Então, seja qual for o problema, tenha certeza de no final dará certo. Vocês dois já sobreviveram a muita coisa. Tenha fé.

Meu lado emocional descontrolado derramou uma lágrima pelo meu rosto. Sue secou-a com o polegar. E quando ela proferiu a frase seguinte, sabia que já tinha me decidido.

–Sei que tomará a decisão correta.

Nós vimos o carro de Charlie e Sue dobrar a esquina cinco minutos depois. O braço de Jacob estava em minha cintura. O peso em meu coração me impediu de respirar. Eu sabia o que tinha de fazer, mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Não falei nada, tampouco Jacob, no caminho para casa. Seth ficaria mais um pouco, depois retornaria para casa também. Eu não quis pensar na quantidade de tempo que teria para fazer isso. Especialmente por que sabia que a decisão que tomara iria rasgar meu coração em pedaços irreconhecíveis do que fora antes.

Nós paramos na frente da casa de Sue. Não fiz nenhum movimento para sair do carro nem ele. Meus pulmões pareciam conter água congelada. Jacob respirou fundo uma vez.

–Então?

Hesitei, o olhar fixo no para-brisa. Então, a mais horrível das lembranças atravessou minha mente: o dia que o deixei naquela estrada isolada. Meu coração perdeu uma batida.

–Agatha. – ele me chamou com a voz temerosa.

–Está tudo bem. – disse com a meia voz.

–Eu sei que tem algo para dizer. – disse Jacob. – Seja o que for... pode mandar.

Virei-me para fitar seu rosto.

–Antes de qualquer coisa, eu preciso que você me prometa uma coisa.

Ele piscou os olhos.

–Qualquer coisa.

Assenti.

–Preciso que você sempre se lembre de que eu o amo mais do que tudo. E que isso nunca, nem em um milhão de anos, irá mudar.

Agora Jacob parecia com mais medo do que nunca. Ele sufocou.

–Eu já vi isso antes.

–Não! – garanti, sabendo que a perspectiva de eu ir embora novamente o machucava tanto quanto a mim. – Eu nunca mais vou te deixar. – então engasguei sabendo que essa afirmação tinha um porém. – Eu sou sua. Ninguém pode me tirar de você. Nem mesmo eu.

Ele pareceu relaxar um pouco. Eu sabia que tinha de ser cuidadosa agora. Tinha de fazê-lo compreender exatamente o que eu estava fazendo.

–Mas tentativas não faltam. Nós estivemos lutando para ficar juntos durante todo esse tempo. E cada vez mais aparece empecilhos, Jacob. E isso me faz pensar.

–Pensar o quê? – sua voz era um sussurro.

O nó sufocou minha garganta.

–Isso me faz pensar que... que talvez a melhor escolha seja desistir por enquanto.

Eu observei sua reação ir de surpresa para incredulidade depois para dor e finalmente raiva.

–Você ficou louca? O que tá pensando? Acabou de dizer que sempre vai ser minha e agora...

–Jacob, se acalma. – pedi secando as lágrimas antes mesmo de elas caírem. – Eu só estou dizendo que talvez seja melhor nós darmos um tempo... Até tudo e acalmar.

–Dar um tempo? Que história é essa? Nós não somos crianças. Ou ficamos juntos ou não.

–Eu estou cansada de lutar. – disse com a voz embargada. – Eu quero viver não sobreviver, Jacob. Isso tudo está acabando comigo, está acabando com você!

–Eu estou disposto a lutar até o fim! Achei que também estivesse.

–E eu estou! Mas a que preço? Você está perdendo o controle sobre a transformação. E eu não posso mais ver você carregando tanto peso para que possamos ficar juntos.

–Não tenta dizer que está fazendo isso por mim. – ele controlou sua voz. – Se você se afastar vai ser por sua causa.

Exalei o ar como se tivesse levado um tapa na cara.

–Eu não sou egoísta. Não é por mim.

–Então por quem? – ele demandou com os olhos faiscando. – Por que eu estou aqui e não tenho intenção nenhuma de desistir. E você?

Hesitei.

–Eu só preciso de um tempo. Nós dois precisamos.

Jacob balançou a cabeça, desapontamento marcando suas feições.

–Você está fugindo. Como antes.

Abaixei os olhos para meu colo. Minhas mãos estavam começando a ficar azuis de frio.

–Eu só fiz o que achei que era certo. – sussurrei.

–E estava errada. – ele pegou meu rosto nas mãos. – Eu não vou deixar você fazer isso.

–Eu já fiz. – mais lágrimas caíram.

Ele soltou meu rosto, as mãos tremendo. Jacob saiu do carro e chutou uma lata de lixo, que provocou um estrondo metálico que cortou o ar silencioso da noite. Saí do carro também. Jacob virou-se para mim.

–Por favor, não faça isso. Se isso é por causa do que aconteceu hoje, eu posso te garantir que o que ela sente por mim não interfere no que eu sinto por você.

Franzi o rosto.

–Não é por causa do que Ayane fez. Eu já te disse que eu só preciso de um tempo. Vou estar sempre aqui.

Ele balançou a cabeça.

–E, no entanto, está terminando comigo.

–Só preciso de alguns dias. Não estou terminando com você. O que nós temos é imortal. – levei a mão até o meu colar.

Só depois percebi que era melhor não ter tocado no assunto; ali também estava o anel de noivado. Jacob me observava com o lábio inferior tremendo. Não aguentei e fui até ele para abraçá-lo. Ele não retribuiu. A dor atravessou meu peito quando percebi que não consegui fazer isso sem causar dor a Jacob. Se eu ficasse com ele sem falar sobre o bebê, eu machucaria. Se contasse, o machucaria por que ele não saberia como lidar com a situação. E pedindo um tempo também dava na mesma coisa. Comecei a chorar, por que não importava o que eu fizesse Jacob sairia magoado. Será que existiria uma solução para nós?

Soltei-o entre soluços.

–Desculpa. Me perdoa. Eu só quero o seu melhor.

Ele pegou meu braço. Seus olhos estavam vermelhos.

–Então não vá.

–Eu prometo que nunca vou te deixar. Mas eu preciso resolver tudo antes de podermos ficar juntos. É para um bem maior, acredite.

–Me conta o que está acontecendo com você. – ele implorou.

–Eu não posso... A alternativa é mais dolorosa do que isso, acredita em mim.

Jacob de repente pressionou seus lábios nos meus, me segurou com força pela cintura. Eu senti sua súplica, sua demanda, irradiar pelo seu toque. Ele estava tentando me convencer a ficar, por que, em sua cabeça, eu estava fazendo isso por mim. E ele não poderia estar mais errado. Eu estava tentando fazer a coisa certa pelo nosso filho. Eu devia isso a ele. Devia aos dois.

Então empurrei de leve seu peito e olhei-o nos olhos.

–Eu te amo.

–Não diz isso como um adeus.

–Não é. – garanti. – Eu prometo. No final isso vai dar certo.

–Você não pode garantir.

Beijei-o mais uma vez.

–Me perdoe. – sussurrei contra sua bochecha.

Então virei as costas e torci para que Jacob não viesse atrás de mim. Ele não poderia tornar isso mais difícil. Eu estava em pedaços, e pior do que isso era saber que ele também estava. Saber que eu estava causando dor a Jacob acabava comigo. A dor estava ameaçando irromper de mim como uma explosão. E, no entanto, não era calor que eu sentia; era um frio terrível. Algo que eu só experimentara uma vez na vida. Congelava minhas veias e as transformava em pedra.

Abri a porta e entrei na casa, sem querer olhar para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu chorei escrevendo isso, e vocês, o que acharam?