Sword Art Online - Arena Battle escrita por Lord Saki Tsukai


Capítulo 5
Cidade Negra.


Notas iniciais do capítulo

1 Sempre leiam as notas finais senão vocês vão ficar boiando e eu não gosto de dar spoiler antes do capítulo. =P
2 Eu devia ter postado isso ONTEM!!! mas a minha internet conspira, minha mãe conspira, todos conspiram contra minha pessoa, até meu editor de texto e meus senpais. -sad
3 Eu realmente odeio quando o world corrige uma palavra sozinho e muda ela toda ou o sentido, ou põe uma palavra nada haver, principalmente quando se trata de letras maiúsculas ou siglas. Perdão por qualquer erro que eu deixe passar sem querer.



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Ao retornar ao lugar onde estava, Saki ficou meio pensativo. Ele e Utakata foram comer algo, já que sentiam fome e entrar em desespero não resolveria nada. 

– As pessoas morrem se forem derrotadas no jogo? Isso é uma brincadeira, não é? - Saki cerrou os punhos meio inconformado. 

– Droga, no fim das contas todo o esforço parece em vão. -Utakata disse sério, embora seu olhar demonstrasse um pouco de frustração.

– Ta errado, o que precisamos fazer nesse momento é ficarmos cada vez mais forte e utilizarmos toda nossa determinação. Eu me recuso a morrer nesse mundo. 


As palavras de Saki soavam do fundo de seu coração, e embora sentisse um certo medo, ele não podia simplesmente desistir de seus objetivos. Ele estava decido em zerar o jogo. 


– Hai, hai. O que pretende fazer de agora em diante? - Utakata perguntou com um sorriso meio irônico.

– Eu vou criar um clã! - Saki ergueu a mão pro céu e disse com uma determinação incomum. – Com certeza um grupo de pessoas tem mais chances de sobreviver do que lutando sozinho. 

– Só tem um detalhe, você não tem nível pra criar um clã. - Utakata o cortou se divertindo com a situação. – Se quer mesmo criar um, então evolua e pare de agir como um noob. 

– Você tem mesmo que ser tão estraga prazeres? - Saki disse emburrado e jogou a lata de refrigerante na direção de Utakata. – Logo, logo eu terei o nível necessário, e então eu vou fundar um clã, espere e verá. 

– Será que o casalzinho feliz pode parar de brigar? - Ambos foram interrompidos pela voz divertida de uma garota. – Os cavalheiros estariam interessados em ir até a cidade negra?

–Ino-chan! - Saki disse empolgado. – O que faz aqui?

– Bom, não da pra deslogar né. Eu procurei vocês dois pela cidade toda.  Parece que alguns jogadores ouviram falar que uma tal de Sakura foi vista no caminho pra cidade negra. De repente, há chances de ser sua irmã e...

– EU TE AMO SUA LOIRA! - Saki deu um abraço apertado em Inori sem nenhum pudor, a jogadora ficou sem entender nada. – Você é doida, mas é legal.

– Melhor você se acostumar, ele costuma ser mais idiota. - Utakata disse num tom de alerta.– Se fomos ir a tal cidade, é melhor partirmos logo. Os sistemas desse jogo parecem funcionar de uma forma aleatória, nunca se sabe o que vai acontece.

– Você parece bem informado sobre o jogo, pelo visto alguém fez o dever de casa. - Inori deu uma risadinha de leve, começou a encarar o céu. – Pensar que vou morrer aqui é deprimente, ainda nem arranjei um namorado.

– Você parece aquele tipo de pessoas que fica nisso de "comentando informações aleatórias da vida que ninguém quer saber" - Saki falou com uma cara provocante. – Você tem cara de quem fala de mais.

– Posso bater nele? - Inori perguntou a Utakata.

– À vontade. - Ele deu de ombros e começou a caminhar. Ele de 10 em 10 minutos checava o canal de informações do jogo, que funcionava liberando apenas informações internas de SAO.

Desde que os jogadores haviam recebido a noticia de que ficariam presos no jogo, um pouco depois da pani na rede passar foram liberadas noticias sobre territórios desbloqueados, embora ainda não permitisse contato com o mundo exterior. Cerca de 5 novas cidades haviam aparecido em volta da cidade central, mesmo que fosse complicado chegar até elas, fora que nem todas apareciam no mapa, então os jogadores teriam que "descobrir" onde elas estavam. Não era atoa que uma das características do SAO AB era de ser um jogo cheio de enigmas e surpresas. 


Quando se preparavam para sair da cidade, Saki e Utakata viram que Nana caminhava, ainda com o semblante triste. Talvez fosse por uma reação do jogo, ou todos os acontecimentos recentes, ela era uma garota muito meiga e gentil, e para sua idade aquele parecia ser um fardo muito grande. 


Utakata materializou uma carta no ar quando mexeu em seu menu de jogador. – Toma, entrega isso a ela. - Ele entregou a carta para Saki.

 – O que é isso? - Saki coçou a cabeça meio confuso.

– Se quer algo bem feito, faça você mesmo. - Utakata suspirou cansado e decidiu ele mesmo entregar. 


Ambos juntos de Inori se aproximaram da garota, ela tinha reconhecido-os bem de pressa, e como sempre os cumprimentou com um sorriso.


– NANA-CHAN ISSO É PRA VOCÊ! - Saki tomou a carta da mão de Utakata e entregou a garota. – Mesmo que eu não saiba o que é. - ele falava de uma forma empolgada e feliz. 

– É uma carta objeto. Ela serve pra transformar um item do jogo em um objeto que pode ser transportado por um jogador, através dela você vai poder levar aquele ovo com você até ele chocar. - Utakata disse em seu tom calmo e comum, porém sem olhá-la, ele não tinha lá muito jeito de falar com as pessoas.

 Naquele momento o semblante de Nana mudou totalmente, seus olhos verdes brilharam intensamente demonstrando gratidão e felicidade, ela se animou e isso a deixava muito fofa com sua aparência infantil – ARIGATO! - Ela disse bastante alto e empolgada, se curvou como forma de agradecimento. – Muito obrigada mesmo. 

– Bem, já estamos partindo. - Saki disse colocando a mão sobre a cabeça da garota e sorriu, ele tinha todo um jeitão de irmão mais velho. – Cuide-se bem, e me apresente o seu mascote quando o ovo chocar. 


Nana balançou a cabeça em sinal de afirmação, logo os três jogadores partiram e ela ficou apenas observando enquanto eles se afastavam da cidade. Logo Nana correu novamente até a caverna onde estava o ovo, quando chegou ela retirou a carta de onde ficavam os acessórios, viu que a carta começou a brilhar. O ovo que antes era quase do tamanho dela, agora tinha diminuído e se tornado um ovo bem menor, do tamanho daqueles que de galinha. Ela o pegou cuidadosamente e o guardou em sua bolsa.


– Não se preocupe, eu vou cuidar de você. - Sorriu, enquanto olhava para seu novo amigo, que provavelmente se tornaria aquele a acompanhá-la nesta jornada solitária durante o futuro. – Hun? - Naquele momento, Nana tinha percebido algo. Parece que outros jogadores se aproximavam do local. 


Já no centro da cidade, um jogador encontrava-se bastante perdido. – É... - Kamui não tinha senso de direção algum. Ele se sentou no banco de uma praça da cidade e deu um suspiro, era muito anti-social pra simplesmente perguntar a alguém, e logo a cidade estaria mais vazia, afinal todos se dirigiam em busca das outras cidades. Ele decidiu ir até a central de informações, infelizmente não vendia em lugar algum qualquer mapa que desse a localização exata do lugar pra onde desejava ir. Ele também não tinha muita coragem de se aventurar sozinho em um jogo suicida - como gostava de chamar SAO, mas ele não tinha muita escolha. Ele pretendia chegar a tal cidade branca, onde tinha os rumores de ser uma zona segura e pra onde boa parte dos jogadores estavam indo. Ele sequer sabia que tipo de habilidades especiais tinha conseguido no jogo, talvez não tivesse adquirido nenhuma, pois se achava a inutilidade em pessoa, em certos momentos. Ele estava realmente odiando aquilo. 


De repente ele ouviu o som de um sinalizador e em seu mapa apareceram algumas marcas brancas que indicavam uma trilha, que levava a uma tal de cidade branca.  Será que deveria seguir aquelas instruções?  Ele não tinha nada mais a perder, sentia de certo modo vontade de morrer, mas era muito covarde para isso e, além disso, algo fazia com que no fundo, ele quisesse se tornar vivo novamente. Sem toda aquela tensão e obscuridades que tomavam seu ser, ele queria voltar a ver sua luz. 


De todas as cidades que haviam por ali, a branca e a negra provavelmente eram as mais próximas, já que se levava apenas umas 6 ou 7 horas para chegar lá a pé, isso incluindo pausas para descanso e etc... 


Kamui não tinha muito jeito para jogar, e seguir por meio de uma floresta era um trabalho um tanto quanto difícil. Ele ouviu um grito vindo de algum lugar a sua frente, e também  ouviu barulhos vindos por toda parte, galhos sendo quebrados, arbustos sendo remexidos. A pessoa que havia gritado parecia muito amedrontada com algo. Ele se aproximou sorrateiramente, e viu ali um jogador que aparentava ter cerca de uns 16 anos assim como ele, embora fosse magro e mais baixo. Ele tinha olhos castanhos e azuis, Kamui não hesitou em tentar ir ajudá-lo, por alguma razão às vezes ele tomava atitudes assim, entretanto antes que ele fizesse qualquer coisa outro jogador apareceu.


Os inimigos eram apenas uma matilha de lobos que possuía não mais que 70 pontos de HP no máximo, era um nível relativamente baixo. Os lobos foram atingidos rapidamente por uma Katana, imediatamente eles eram transformados em sombras que se dissolviam e eram absorvidas pela mesma, embora precisasse de mais de um corte para deixar que eles ficassem fracos o suficiente para isto. 


– Obrigado por me ajudar. - O jogador que estava antes apavorado agradeceu. – Eu sou Tsuno Hyuuga, mas pode me chamar de Suno, Sr Kami, né? -Ele viu o nome exposto do lado da barra de HP.

– Não me chame de Sr, só Kami. - O jogador respondeu. – Deveria tomar mais cuidado com o local por onde anda. - Imediatamente Kami guardou sua espada e continuou a caminhar por seu percurso.

– Esse jogador parece bem forte. - Kamui comentou sem perceber que estava sendo ouvido. 

– Você também esta indo pra cidade branca? - Suno perguntou a Kamui, que estava um pouco imerso em pensamentos. Kami já havia desaparecido da vista dos dois em apenas poucos segundos. 

– To indo pra lá sim. - Kamui respondeu meio cansado. – Só que eu já percebi que essa trilha é muito perigosa, mas não conheço outro caminho, parece que tudo é floresta por aqui. 

– Seria bom se fizéssemos uma dupla temporária. - Suno sugeriu, não queria mais seguir aquela trilha sozinho. A verdade, é que ele já estava procurando por seu irmão mais velho há algum tempo e por isso ele precisava logo chegar à cidade branca, onde diziam que havia muitas informações além de ser uma zona segura. 

– De acordo. - Kamui respondeu sem emoção e apenas concordou. 


Ambos continuaram a seguir por aquela trilha perigosa, pois teriam muito mais sorte se fosse daquela forma. 


De todas as cidades, a cidade negra era a mais fácil de ser encontrada, embora fosse também uma das mais perigosas. Ela era uma das cidades do jogo que não possuía um território seguro, isso quer dizer que dentro dela, ou até mesmo de sua arena, um jogador poderia ser levado à morte, pois havia a possibilidade de seu HP zerar. Fora que, seu nome não se dava atoa, lá era uma cidade sem lei, isto quer dizer que nenhum administrador era responsável por ela, ou até mesmo o sistema, por isso muitos jogadores que ouviam os boatos tinham medo de se aproximar de lá e por isso era uma das menos visitadas. 


Quando Saki, Utakata e Inori se aproximaram da cidade, eles tiveram uma impressão bem diferente da que esperavam. Era um lugar um pouco deserto, os prédios eram antigos e todos de cor negra, as ruas eram acinzentadas, até mesmo a terra do chão era desta cor. O céu era totalmente nublado, não deixando passar nenhum pouco do azul vivo que podia ser visto da cidade central. Haviam várias casas, mas poucos jogadores nas ruas. 


Em uma das casas que tinha ali, alguém os observava de forma intrigada. Olhando para os jogadores que haviam acabado de chegar, o observador misterioso podia concluir que eles eram de um nível menor, eles provavelmente eram muito burros ou muito corajosos para estar ali, já que mal sabiam dos mistérios que aquela cidade escondia. Provavelmente eles descobririam logo o motivo para aquela ser uma cidade negra...


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Notas finais do capítulo

1 Como o Utakata disse, o sistema de liberação de territórios acontece de forma aleatória, e em cada cidade tem uma arena de batalha. É possível que uma ou mais cidades sejam liberadas com um território. A derrota dos chefões influencia nos territórios liberados.
OBS: A quantidade de cidades existentes em um mesmo território varia, no caso das novas cidades elas ainda pertencem ao território que diz respeito a cidade central. Digamos que, a cidade central fica bem no centro MESMO de SAO, por isso este nome =D
2 A partir de agora, eu decidi mandar os jogadores para locais diferentes, então vão ocorrer muitas histórias paralelas, pode haver capítulos destinados a um só grupo, ou a mais de um.
3 Os novos personagens vão aparecer assim que houver uma brecha, não se preocupem, não me esqueci deles e não demorarei muito também pra utilizá-los.
Se você leu as notas finais ganhou um joinha e o meu respeito. kkkkkk



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