Contos De Uma Vilã escrita por Birdy


Capítulo 13
Vulnerabilidade e alianças


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas!!!
Primeiro eu gostaria de agradecer à IsaPokeShugo que recomendou a fic. Muito obrigada, fror! Eu adorei *u*
Ah e vocês viram que eu mudei a capa? Foi a diva Luíza Morais que fez!! Mais uma vez, muito obrigada fror!!
Anyway
Quem aí lê/assiste Game of Thrones? Porque tipo, eu li até o segundo livro e é muito perfeeeeito *-*



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No capítulo anterior...

Me levantei da mesa de piquenique e me despedi. Eu estava voltando ao meu quarto para terminar de arrumar as minhas coisas até a hora do jantar, mas bati em algo grande e robusto, que descobrir ser uma pessoa, e essa pessoa agora olhava furiosamente para mim.



__________~(•-•~) (~•-•)~_____________

Cambaleei para trás e o garoto/brutamontes se aproximou com um olhar assassino. Ele era poucos milímetros mais alto que o Sean, acreditava eu, e ele parecia uma parede humana.

–Olha por onde anda, baixinha. - Ele disse com uma voz profunda e perversa.

–O que vai fazer? Você vai me espancar até a morte? - Provoquei, sem muita certeza das minhas palavras. Ele sorriu maldosamente.

–Talvez não até a morte, mas quase isso. - Ele respondeu calmamente.

–E é isso o que você faz com todas as pessoas que esbarram em você sem querer? - Perguntei, tentando ganhar tempo e bolar algo.

–Não, eu só faço isso quando me pagam para fazer. Esbarrar com você foi apenas coincidência. - Ele respondeu enigmaticamente.

Não precisei pensar duas vezes para me dar conta da resposta: Gwendolyn. Ela provavelmente queria me ver humilhada, ou talvez ela estivesse apenas pondo em prática seu aviso anterior, que era para eu não mexer com fogo. Mas quem iria aprender uma lição seria ela, porque afinal eu adoro algumas queimaduras.

O caso era que (1) O cara era muito maior que eu. (2) Eu estava desarmada tanto de armas quanto de planos (3) Eu não podia lutar com ele mano a mano ou correria o risco de algumas pessoas começarem a ter dúvida sobre mim.

Tirando-me das minhas divagações, o garoto se aproximou rapidamente e desferiu um golpe com o punho fechado diretamente em minha barriga.

Caí no chão arfando. Ele sorriu vitorioso e eu agarrei o tornozelo dele, desequilibrando-o, enquanto me levantava. Ele não chegou a cair no chão, mas quase.

Enquanto ele se recuperava aproveitei para dar uma joelhada na lateral do seu corpo. Ele segurou o local onde fora atingido e rangeu os dentes.

–Garotinha desgraçada. - O garoto avançou, tropecei para trás e essa foi a deixa perfeita para ele voltar a me golpear. Cobri meu rosto com os braços o para protegê-lo da melhor maneira que pude. "Não revide, você vai levantar suspeitas." tive de me lembrar, para não perder o controle e acabar com a raça daquele menino.

Ele me deu um soco forte no braço e eu chutei seu tornozelo, mas isso não pareceu surtir efeito nele, pois apena fez uma careta de dor antes de me atirar no chão com outro soco. Infelizmente, eu caí em uma das colunas romanas espalhadas pelo jardim, que também caiu lentamente até chegar ao chão e se quebrar toda, fazendo com que alguns pedaços de gesso me cortassem.

Tentei me levantar novamente, me afastando, mas tudo o que consegui foi rolar para longe dos cacos. O garoto me chutou incontáveis vezes, sem dó, sem ligar para meus cortes.

Eu estava sangrando e prestes a perder a consciência quando, de repente, ele ficou estático e caiu duro bem ao meu lado.

Olhei para onde o menino estivera antes e vi Sean com o rosto franzido em preocupação e um braço um pouco erguido, como se tivesse acabado de dar um golpe. Ele ajudou a me levantar e uma senti uma forte tontura, agarrando-me na blusa preta de Sean com força numa tentativa de fazer o mundo parar de girar. Ele enlaçou os braços em volta de mim em silêncio.

Quando por fim nos afastamos, percebi que ele continuava com o cenho franzido.

–Como você derrubou-o? - Com o pé, cutuquei o corpo caído. Sean sorriu.

–Eu não derrubei. Apenas golpeei-o no pescoço, seu ponto fraco. - Ele pressionou os dedos na base do meu pescoço para me mostrar. Pude sentir minha veia pulsar contra a mão dele.

–Mas eis um problema com esse golpe: se você acertar o ponto, a pessoa fica inconsciente, mas se você errar o ponto, bem, a pessoa morre.- Sean pegou meu braço e começou a me arrastar para fora dali, até o prédio principal.

Ele me levou à enfermaria e só então percebi como meu corpo estava dolorido e cheio de hematomas. Sentei na maca e Sean sentou em uma cadeira qualquer, de frente para mim. A enfermeira não parecia surpresa com meus machucados, pelo contrário, parecia achar tudo muito normal. Ela primeiro estancou o sangue que saia dos cortes e saiu para buscar gaze e unguento.

–Então... O que levou Roy começar essa briga? - Sean falou. Supus que Roy deveria ser o cara que me bateu.

–Gwendolyn. - Fiz uma careta ao pronunciar o nome - Ele disse que alguém pagou-lhe para fazer aquilo.

Sean suspirou alto.

–Devynn, você precisa ter mais cuidado com a Gwendolyn. Ela não é alguém para se ter como inimigo. - Sean se levantou e sentou ao meu lado na maca.

Revirei os olhos.

–Gwendolyn é só uma garotinha rica e estressada que não tem mais o que fazer a não ser atormentar a vida dos outros, não há o que temer. - Respondi, impaciente. Ele sorriu de lado, como que para confirmar o que eu havia dito.

A enfermeira voltou, carregando uma pequena maleta. De lá ela tirou algumas gazes e outros equipamentos médicos que não eram do meu interesse. Ela molhou um algodão e passou por alguns hematomas do meu braço. Estremeci, o líquido no algodão era extremamente frio.

Voltei minha atenção para Sean, que permanecia do meu lado. Seus olhos azuis fitavam-me. Encarei-o de volta e ele sorriu maliciosamente. O sorriso pervertido dele chegava a ser pior que o do Isac.

E por falar em Isac... me dei conta de que eu ainda não tinha ligado para o pessoal da Academia, como prometido. Escandaloso como é, Isac provavelmente já estaria arrancando os cabelos e Emily provavelmente veria que eu estou bem ou qualquer coisa que ela pudesse fazer com o poder estranho dela. Damien provavelmente estaria comendo pizza e April estaria assistindo Game of Thrones na minha televisão. Praguejei baixinho, arrependendo-me de ter deixado uma cópia da chave lá de casa com eles.

Senti o toque de Sean no meu ombro, fazendo-me voltar à realidade. Só então percebi que ele estava dizendo alguma coisa. Pisquei repetidamente.

–Desculpa, o que disse? – Perguntei. Sean sorriu de lado ao perceber minha momentânea alienação.

–Eu disse apenas para você tentar não procurar mais problemas, eu quero competir com você no Circuito e isso vai ser meio difícil se você estiver morta. – Ele piscou e então saiu da enfermaria, deixando-me com a enfermeira que ainda cuidava de alguns cortes.


__________~(•-•)~__________

Já estava escuro quando a enfermeira me deixou voltar ao meu quarto.

Eu esperava encontrar Isabela, mas, em seu lugar estava uma menina sardenta, com cabelo castanho escorrido e olhos verdes que me encararam.

–Kate, não é? - Perguntei, sentando em minha cama. Ela assentiu.

–Devynn, não é? - Ela retorquiu a pergunta, fazendo-me sorrir de lado. - O que aconteceu com você?

Por um momento pensei em responder algo como "A sua amiguinha Gwen não consegue lutar comigo com as próprias mãos então mandou um brutamonte para me espancar até a morte", mas me livrei desta alternativa imediatamente. Se eu queria a confiança dela não poderia dizer aquilo. Em vez disso, suspirei e contei o que acontecera.

Ela franziu as sobrancelhas quando terminei.

–Gwen...- Ela disse, quase que para si mesma.

Fingi desentendimento.

–O que você quer dizer?- perguntei com a cabeça tombada, como se eu não fizesse ideia do que ela estava falando- Gwendolyn está envolvida nisso?

Ela sorriu fracamente, como que pedindo desculpas.

–Ela é a única pessoa que paga ao Roy. – Kate explicou. Repentinamente, a porta foi escancarada e Miki entrou no quarto esbaforida.

–Ai meu Deus! – Ela se aproximou de mim, observando meus machucados. – Devynn, eu te falei para tomar cuidado!

–As pessoas vivem falando coisas, mas isso não serve de muita coisa, serve? – Bufei. Miki me repreendeu com o olhar.

Percebendo que meus machucados não eram tão graves, Miki se encaminhou novamente para a porta.

–Certo, mas ande logo que daqui a pouco é o jantar! – E, rápido como chegou, se foi, deixando-me completamente confusa. Kate parecia estar no mesmo estado de confusão que eu, com as sobrancelhas erguidas e os olhos um pouco arregalados.

Como mágica, ela mudou de expressão rapidamente, indo de confusa para algo como... séria. Imediatamente percebi que não seria algo bom.

–Então, sobre o que falávamos? – Ela começou – Ah, sim, Gwendolyn. Bem, eu estou me sentindo culpada pelo que aconteceu com você e, mesmo sendo “amiga” da Gwen, acho que ela foi longe demais... Então, se você quiser ajuda para dar o troco nela é só me falar, okay?

Bem, por essa eu realmente não esperava. Fiquei por um momento sem reação, mas um pouco depois algumas engrenagens começaram a girar na minha cabeça e comecei a ter ideias malévolas e tive que me conter para não sorrir maldosamente.

Olhei para ela como se estivesse em dúvida, quando na verdade eu já tinha me decidido. Mas é sempre divertido deixar as outras pessoas curiosas.

–Não é uma má ideia. – Respondi depois de algum tempo. Ela sorriu. – Mas por que você está fazendo isso?

–Como eu já disse antes, não concordo com algumas atitudes dela. – Ela pareceu hesitante, parecia querer dizer algo mais. – E, além do mais, desde que voltamos nossa última missão ela está insuportável, sempre dizendo que é minha culpa as coisas terem falhado e blá blá blá. – Ela suspirou.

Pobrezinha, aturar Gwen não era nada fácil. E ela estava errada quando dizia que Gwen estava insuportável desde que chegaram da missão, porque Gwendolyn era insuportável sempre.

Sorri , levantando-me, e lhe estendi a mão.

–Então vamos jantar. – Nesse momento notei que eu estava morrendo de fome. Ela sorriu e se levantou, mas depois voltou a ficar séria.

–Mas não conte a ninguém.

Cruzei os dedos sobre a boca, num gesto que unia promessa e silêncio.

–Nem uma palavra.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Eu achei meio curtinho para falar a verdade :/
De qualquer maneira, espero que tenham gostado, vejo vocês no próximo capítulo frores!
Ah e... SEGURA O SEAN, AMARRA O SEAN, SEGURA O SEAN SEAN SEAN SEAN SEAN kkkkk o que esse povo tá fazendo comigo?
Beijos
P.S.: Eu não sei se vou postar com frequência esse mês porque os prof. estão me enchendo de trabalhos... mas eu vou tentar. Tudo por vocês kkkk