Patrulha Vermelha escrita por Artemys Jenkins


Capítulo 8
8. Desolação, reviravolta e seus impactos


Notas iniciais do capítulo

OK, eu sei que demorei. Se bobear, vcs devem ter achado que morri. Não tenho justificativas para a demora -- a não ser a de que sou completamente relapsa -- e espero que este capítulo seja do agrado de vocês... A quem quero enganar, ficou tão ruim quanto o anterior!!!! Gente, de verdade, desculpa. Vou tentar não ficar tanto tempo jogando League of Draven... Digo, Legends nos próximos meses :(

André e LiLuni vcs são uns lindos, pronto cabou.

Ah, sim, caso vcs se sintam curiosos, eu imagino a Dinner com o cabelo bem parecido com o dessa moça, só que com franjona na testa :)

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8.1 Sensação de impotência.

O planeta Terra estava sitiado. Não havia o que se fazer. Toques de recolher haviam sido decretados; em nenhum lugar havia paz. Hordas compostas por milhares de robôs, cujo poder de fogo contra civis era o suficiente para colocar os terráqueos sobre os seus joelhos. As pessoas viviam infelizes, se perguntando repetidamente: “por quê?”

Reunidos no que sobrara da Corporação Cápsula, as famílias Briefs e Son jantavam, desoladas. Por mais que tentassem, não eram capazes de impedir as tropas de avançarem. Independente do número de robôs que destruíssem, aparentemente novos brotavam como plantas no verão. Em determinado momento, decretaram que seus esforços eram infrutíferos.

Todas as esperanças recaíam em Dinner e sua capacidade de entreter ao mundo por alguns minutos; minutos suficientes para que a internet do mundo caísse e os exércitos caíssem junto.

Goku suspirou. Aquilo... Aquilo não deveria estar acontecendo daquela maneira. Sentia-se mal por, pela primeira ver em sua vida, não se enxergar sequer capaz de agir de forma positiva em todo este fiasco. Era triste. Desolador. Não conseguia ver o lugar que tanto amava diante daquelas condições. Para que era o homem mais forte do Universo se aquilo não o tornava capaz de livrar as pessoas daquele sofrimento?

De repente, sentiu-se sem fome. Sentiu-se inútil.

Inconscientemente, seu coração se uniu a de muitos outros que viviam com medo:

“Por quê?”

*~*~*~*

8.2 Abuso de autoridade

Correu o máximo que conseguia. Estava difícil estudar naqueles tempos. Ora eram os robôs, ora era Gohan dizendo que “precisava urgentemente da sua ajuda”.

Ela ajudaria se não estivesse chapada em todas as vezes que ele resolvia aparecer na sua sala.

Ou ao menos tentaria conversar civilizadamente.

Entrou no departamento de música, correu para a sua sala e trancou as portas. Mais uma vez a patrulha havia parado uma de suas aulas, alegando serem “subversivas” e “contra as ordem do Grande Líder.”

Quase desmaiou ao encontrar um homem alto, de cabelos e olhos negros, corpo bem construído, sentado calmamente em sua cadeira enquanto limpava os óculos quadrados de aro grosso.

Preparou uma mesura que não fez.

-- Gohan-sama! O que faz...

-- Preciso de um favor seu. Urgente. Diga não e sabe que te obrigarei.

-- Quando foi que você ficou... Assim?

Gohan deu um sorriso fraco. Estava desesperado, assim como todas as demais pessoas vivendo no globo. Colocou os óculos de volta na face, e, levantando-se, pegou as mãos da mulher à sua frente e as apertou, de forma calorosa.

-- Acho que já percebeu que não estamos na melhor época da Terra, certo?

Não precisava perguntar. Quase fora assassinada cinco vezes nas últimas duas semanas.

-- Existe um jeito de parar... Isso. E para que dê certo precisamos de você.

Olhou nos olhos negros e sorriu. Nunca poderia negar um favor, ainda mais quando era, na verdade, uma ordem.

-- Ordens da Alteza? -- perguntou, receosa.

Gohan riu. Simplesmente odiava ser chamado por quaisquer alcunhas reais -- até porque há muito tempo (desde seu nascimento, na verdade) não se reconhecia como o príncipe do Monte Frigideira. Assentiu e explicou, de forma quase detalhada, o que sua amiga de longa data teria de fazer.

A única coisa que ela disse após a explanação foi “Mas vocês meteram até o Sharpie nisso?”

*~*~*~*

8.3 Livre-arbítrio (ou falta dele)

Não queria fazer parte daquilo. Na verdade, se tivesse escolha, teria dito um rotundo “não”, trocado seu objeto de pesquisa e continuado sua vida, feliz.

Mas sabia que isso não era possível.

Dinner suspirou. Se tivesse sequer imaginado que todos esses encontros fortuitos com aquele grupo de pessoas a levaria à posição onde estava naquele instante, teria desistido no primeiro aviso que Bulma Briefs lhe dera... Entretanto, não a havia escutado e agora estava ali, preparando-se para uma missão que ela não sabia se estava apta a cumprir.

Mas Dinner bem sabia que não havia muita escolha com relação a isso. Independente de ser capaz ou não, teria de fazê-la.

Suspirou. Há algumas semanas estava morando no que havia sobrado da Corporação Cápsula e estava no mínimo surpresa com o que via. Apesar dos banquetes devorados em questão de minutos, e da certeza de que estava com criaturas que sozinhas poderiam destruir o planeta com um estalar de dedos, a vida destas pessoas era... Normal. Ainda que estivessem apreensivos por tudo o que estavam vivendo, Gohan continuava a dar suas aulas na Universidade. Goten continuava a fazer seus desenhos, produzir suas tirinhas e escrever sua dissertação. Trunks continuava a fazer gadgets no laboratório, Bulma continuava com suas reuniões, Bra e Pan continuavam a ir à escola. Videl continuava em sua vida dupla, ora no jornal, ora no canal de TV para supervisionar aquela que poderia ser a única chance de terminarem com toda aquela confusão no que tinham se metido.

ChiChi continuava seus afazeres domésticos -- mesmo que não estivesse em sua casa -- e Goku dava seu jeito em fazer-se útil, ora tentando ajudar a esposa, ora treinando com Vegeta, que fazia o que ele fizera em todos os anos gastos no planeta Terra.

Era como se não houvessem robôs fazendo patrulha e tocando o terror do lado de fora da grande fortaleza destruída na qual viviam.

Respirou fundo. Choramingar não adiantaria muita coisa; refletir sobre coisas cuja mudança não estavam ao seu alcance tampouco. Pegou o celular que guardava no bolso e começou a discar um número. Estava em privacidade suficiente para fazer aquela ligação -- ou assim havia decretado; de fato, não importava muito, uma vez que querendo ou não, Kitsch von Käse tinha olhos e ouvidos em todos os lugares... E para o novo Grande Líder o que ela estava prestes a fazer não era de fato um segredo. Nunca fora. Sequer sabia por que havia mantido isso a salvo da sabedoria de seus novos companheiros de casa.

O telefone começou a chamar, e, enquanto a chamada não era atendida, Dinner suspirou.

-- Duplo-unitário bar e restaurante; Lanchi. Com quem falo?

-- Alô, mãe? Aqui é a Dinner... Como as coisas estão por aí pelo bar?...

-- Tensas. Os robôs vivem tentando destruir por aqui, mas de alguma forma eles acabam indo embora. Às vezes eu consigo mandá-los embora, mesmo que eu não me lembre...

E aqui Dinner confirmara que sua mãe estava em seu “bom” estado.

-- Às vezes, seu pai os expul...

-- Meu pai está aí com você?!

-- Pra você ver... Ele apareceu aqui poucos dias antes de essa confusão começar... Aliás, os robôs estão por aí, também?!

Dinner assentiu. Disse que estava bem, apesar de tudo, e que continuava com sua dissertação, não planejando voltar para casa tão cedo. Por alguma razão que não conhecia, escondeu o fato de que estava hospedada na Corporação Cápsula.

Despediu-se de sua mãe e pôs-se a pensar. O que seu pai estaria fazendo lá depois de todo esse tempo? Ele normalmente aparecia uma vez a cada lustro, e pelo que Dinner se lembrava, não fazia sequer dois anos desde sua última visita. Estranho...

Não que seu pai fosse um homem mau. Pelo contrário, era um bom homem e a tratava bem. Sempre atendia suas necessidades -- quer dizer, quando as descobria, de alguma forma, fosse por carta, telegrama ou sinal de fumaça. Sabia que a amava, e nutria a mesma estima por ele... Mas era um pai ausente. Pai de uma noite de bebedeira em que as coisas deram errado.

Dinner não conhecera seu pai até os oito anos de idade, quando, por acaso, o encontrou quando sua mãe ainda trabalhava no Centro de Satan City. A conversa foi tensa, Lanchi desconversava a todo o momento e, quando viu-se obrigada a dizer quem era aquela criança e por que se parecia tanto a ele, confessara-lhe que era sua filha, resultado daquela noitada em que ambos estavam bêbados demais para lembrar o que haviam feito.

Estranhamente, ele a aceitara e começara, inclusive, a enviar-lhe dinheiro mensalmente para cobrir algumas despesas. E, embora aparecesse apenas uma vez a cada longo período de cinco anos, estava sempre em contato com Dinner.

Algo havia acontecido.

Será que finalmente haviam entrado em algum acordo?

No fundo do seu coração, Dinner sonhava com o dia em que seus pais pudessem ficar juntos. Ela sabia que seria difícil, já que sua mãe apenas se lembraria do que estavam fazendo em parte do tempo... Mas ela desejava. Desejava que sua mãe encontrasse o amor...

E sentia-se uma colegial patética toda vez que refletia sobre isso.

*~*~*~*

8.4 Equívoco

A trinta milímetros de distância do alvo. Não era coisa dela errar a mira de algo parado. O que estava acontecendo para errar daquele jeito, Bra não sabia. Ou sabia, mas não queria assumir para si que aquela era a razão de sua instabilidade.

Goten havia dito que ela estava equivocada.

E. Q. U. I. V. O. C. A. D. A. Equivocada, qualidade/estado de quem comete um equívoco.

Equívoco: erro, engano.

Son Goten havia dito que uma das mentes mais brilhantes do Universo estava equivocada com relação aos próprios sentimentos. Que era muito nova, e perceberia o quão confusa estava mais tarde. Que aquilo era apenas paixonite de adolescente.

Bra não podia estar mais irritada. E se fosse tudo aquilo, quem ligava? O que interessava a ela era que queria Son Goten e o teria. Ponto. Faria possível e impossível para que ele a quisesse de volta e, se não conseguisse, tentaria de novo.

Não era filha de Vegeta à toa. A teimosia e a obstinação havia, de alguma forma, passado pelo DNA.

Decidiu dar por terminado o treino do dia. No nível de concentração em que estava, não faria mais do que uma grande sequência de erros consecutivos, e Bra odiava errar. Sentiu o ki de Pan se aproximando, e nada fez para se recompor -- ou parecer, no mínimo, decente. Sorriu fracamente quando observou a cabeça coberta por cabelos negros abrir a porta do salão onde, pelo menos três vezes por semana, treinava pontaria.

-- Você... Falou com o meu tio? -- disse a menina mais nova, um tanto cautelosa. Achava um tanto bizarra a ideia de sua amiga nutrir algo mais que o sentimento de amizade pelo irmão de seu pai, não só pela diferença de idade, como também pelo fato de que eram simplesmente... Incompatíveis. Andando a passos curtos, não sabia se queria chegar ao seu destino. Parou a uma distância considerada segura e ouviu Bra suspirar:

-- Falei... E ele disse que é um equívoco.

Pan concordava com Goten, mas de forma alguma iria expôr sua opinião para sua melhor amiga, não sem portar um escudo de acrílico temperado e não com Bra lustrando sua pistola MG-237.

-- Mas eu não estou equivocada e ele sabe que eu consigo tudo o que quero.

Bra era mimada demais para seu próprio bem, pensou Pan consigo mesma.

Estava tão ensimesmada decidindo de que lado ficar que não percebeu que a garota de cabelos azuis estava de pé, esperando-a na porta. Pan correu, apressada, não desejando ficar presa no salão que seria trancado com senha assim que saíssem.

De uma coisa ela sabia:

“Isso vai dar merda.”

*~*~*~*

8.4 O conceito de plot twist

O vestido era apertado. Não que era apertado porque era menor do que seu corpo, mas era apertado porque era um espartilho apertado. Seu cabelo, preso em um coque não muito certo de si com alguns hashis, formava um arco-íris quase inacreditável de beleza peculiar. Respirou fundo, enquanto lembrava de algumas técnicas vocais que aprendera durante sua vida. Solfejo nunca fora seu forte, mas deveria tentar ao menos manter-se afinada. Ao seu redor, dezenas de outros competidores preparavam-se, cada um à sua maneira. Alguns faziam gargarejo, outros aqueciam as cordas vocais, alguns, inclusive, rezavam -- mas ela não. Apenas tentava relembrar o que havia aprendido no passado. Enquanto tentava se lembrar dos tons e timbres que decorara no passado, sentia seu número de inscrição cada vez mais próximo de ser chamado.

Estava nervosa, porque sabia o que poderia acontecer se falhasse...

E agora a competidora de número quarenta e sete!!! Suba ao palco, por favor.

Respirou fundo, e subiu. Viu-se na frente de centenas de espectadores, e notou que, na verdade, estava à frente de milhões deles. Tentou buscar algum tipo de apoio nos juízes, apoio esse que conseguiu prontamente. Um deles, um homem alto, corpulento, negro de feições carismáticas e belas, perguntou-lhe:

-- Qual seu nome?

-- Han. Dinner Han.

-- E o que vai cantar? -- uma mulher de cabelos louros, olhos claros e pele pálida, deu continuidade à entrevista. Parecia ser de um dos países do extremo norte, Dinner não podia afirmar com certeza.

-- Skyfall.

Os juízes concordaram que era uma ótima música. Dinner pegou o microfone, posicionou-se no centro do carpete vermelho onde se apresentaria e fez sinal para que os músicos começassem a tocar.

Deveria dar tudo de si, pois o futuro da Humanidade dependia da sua voz naquela noite.

A uma distância considerável dos estúdios onde Dinner começava sua canção, Bulma, Trunks, Bra e Gohan trabalhavam na derrubada de todas as linhas telefônicas do planeta. No fundo de sua mente, Gohan tinha a leve impressão de que aquilo não daria muito certo ou, ao menos, não serviria aos propósitos esperados... Mas resolvera não argumentar. Queria tentar, ainda que fosse dar errado.

-- O principal vocês já fizeram. Agora, podem ir. Precisam mais de vocês lá fora do que comigo aqui. -- disse Bulma, iniciando o protocolo de segurança do prédio da Corporação Cápsula.

-- Tem certeza de que ficará bem, mamãe? -- perguntou Trunks, preocupado. Não queria deixar sua mãe sozinha em uma circunstância dessas, mesmo sabendo que o protocolo de segurança do prédio seria capaz, inclusive, de protegê-la de ataques nucleares alienígenas.

-- Já sobrevivi a um Rei da Maldade, alienígenas destruidores de planetas (quer dizer. Venho sobrevivendo há uns bons trinta anos...), androides vindos do futuro, demônios e não sei nem mais o que eu sobrevivi nessa vida... Não vão ser uns robozinhos mal-feitos que irão me levar para o outro mundo. Sério. -- a mulher disse, acariciando os cabelos violáceos como se Trunks tivesse oito anos outra vez. Beijou seu rosto, e repetiu o gesto com Bra e Gohan, e disse para que eles fossem embora.

Assim como Gohan, Bulma também achava que tudo aquilo poderia dar errado... Mas queria tentar, e não ficaria satisfeita se não o fizesse.

As primeiras notas soaram no piano, e Dinner preparou-se para o que estava por vir. Suspirou e acalmou sua respiração, iniciando seu cantar:

This is the end/ Hold your breath and count to ten/ Feel the Earth move and then/ Hear my heart burst again

Era impressionante. A voz de Dinner parecia flutuar juntamente com os instrumentos da banda contratada para acompanhá-la. O timbre, entre um contralto muito bem executado e com toques de soprano difícieis de ver, era agradável e combinava perfeitamente com o que a temática da música propunha. Era melancólico, mas também esperançoso... E resiliente.

For this is the end/ I've drowned and dreamt this moment/ So overdue I owe them/ Swept away I'm stolen

Por sua vez, Bulma estava com todos os comandos prontos, e assistia à apresentação enquanto bebericava uma xícara fumegante de café. Goku e os demais guerreiros haviam se espalhado por todos os cantos do globo, envolvendo e avisando àqueles que poderiam ajudar de alguma forma. Estava atordoada com a qualidade técnica que a voz da garota possuía. Não era simplesmente dom -- embora Bulma pudesse notar este traço a quilômetros no timbre polifônico da moça --, ela sabia o que estava fazendo e como modular sua voz para executar determinados trechos da música. De certa forma, estava transmitindo seu estado atual de espírito naquela canção. Mais, mais do que uma simples constatação de humor, aquilo era um aviso para von Käse:

Resistiremos.

E Bulma simplesmente amava aquele aviso.

A canção foi se desenvolvendo, e todos os presentes sabiam que aquela voz era boa demais para passar despercebida. Inclusive Yogh (lembram-se daquela amiga estranha do Gohan? Seu nome é Yogh Urtis) sabia que o real motivo que havia feito com que fizesse parte daquela banca de juízes -- que era justamente fazer com que a moça fosse aprovada caso precisassem de uma nova tentativa -- havia se tornado apenas uma desculpa falha... Pois ela sabia que Dinner não precisaria de sua ajuda para ser classificada para a próxima fase do concurso, e muito menos precisaria de ajuda para causar comoção popular.

Quando perto do fim, de algum lugar do estúdio, um vento forte começou a soprar, combinando com o clímax da canção. Os cabelos encaracolados e coloridos de Dinner se soltaram e sua espessa franja fora jogada para trás, deixando à mostra, pela primeira vez, o que havia abaixo dela.

Diferente do que poderia se esperar em pessoas comuns, havia algo ali que não teria motivo de ser, sendo ela humana e completamente normal.

Enquanto cantava do fundo de seus pulmões, Dinner não notara que seu terceiro olho havia ficado à mostra.

Naquele momento, a ficha caíra para todos as pessoas conhecidas como Guerreiros Z.

Bulma, entretanto, já sabia da história e não poderia deixar uma simples surpresa destruir os planos que haviam feito com tanto esmero. Verificou o estado de funcionamento do protocolo de segurança do prédio e iniciou a queda geral. Nos quatro cantos do planeta, os robôs, um a um, começaram a cair, aparentemente com problemas de funcionamento.

Estava fácil demais... Fácil demais...

Todos preparavam seus gritos de comemoração quando o que parecia impossível aconteceu: os pequenos droides começaram a se levantar e andar como se nada houvesse acontecido. De repente, todos se viram obrigados a lutar não somente por suas próprias vidas, mas também pelas vidas da população que os rodeava, onde quer que estivessem.

E, de repente, os robôs pararam novamente.

E Bulma, sentada em seu bunker enquanto via televisão não acreditava em suas retinas. Um vulto, que ela sabia já ter visto em algum lugar, começava a invadir a transmissão do programa de TV.

-- Olha... Mas não é que vocês deram um jeito nos soldadinhos de chumbo? Não podia esperar mais de vocês...

-- Essa... Essa voz... Acho que... A conheço -- disse Bulma, desconfiada. Arriscava saber a quem tal timbre pertencia, mas não queria confirmar se era verdade ou não. Não era... Possível.

Vegeta, por sua vez, começara a ouvir a voz de uma enorme tela widescreen que a grande cidade onde estava tinha. Não acreditava em seus ouvidos, e tampouco gostaria de acreditar. Coisas impossíveis eram impossíveis... Não?

Seus anos na Terra estavam começando a dizer que o impossível não existia.

-- Impossível. -- limitou-se a dizer o príncipe dos saiyajins. Ele conhecia muito bem aquela voz. Fora obrigado a passar sua infância, adolescência e início da vida adulta ouvindo-a diariamente.

-- Pena que o alvo principal de vocês não deveria ser esse moço aqui.

E eles viram como o recém-chegado pegar von Käse, que tremia, apavorado, e quebrava seu pescoço. Seu rosto ainda estava escondido atrás da cabeça, agora morta, do criador de todo o terror que viveram nos últimos dias, e pela iluminação de estúdio que brilhava atrás de seu corpo. Assistiam como o invasor jogava o corpo em direção ao solo -- sujando o carpete de sangue durante o processo, sangue esse que ninguém sabia realmente de onde estava vindo -- e a primeira coisa que notaram foi uma cauda a balançar, e a voltar a circundar a cintura.

Os longos cabelos negros.

Os olhos, também negros.

E a semelhança com o salvador da Terra.

Não sabiam como, nem se era possível; o tipo de bruxaria usada ou se aquilo era uma brincadeira de mau gosto do próprio Kitsch von Käse... Mas diante de seus olhos, em todo o esplendor que achava que tinha, prostrava-se o primeiro saiyajin a pisar na Terra depois de Goku.

Raditz parecia estar de volta.


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Notas finais do capítulo

HAHAAAA PEGADINHA DO MALLANDROOOOO!!! OLHA QUEM TÁ DE VOLTA OUTRA VEEEEEEEEIIIIIIZZZZZ!! Mas se não é o irmão favorito do Goku! ♥ Aguardem cenas do próximo capítulo.



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