Patrulha Vermelha escrita por Artemys Jenkins


Capítulo 9
Intermission


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁ ♥
Não, eu não morri. Ainda. Mas é bem capaz. Esse capítulo tá bem curtinho e só serve pra mostrar que eu ainda pertenço a este mundo :) Estou tendo uns rolos com uma viagem ~internacional~ e ando bem ocupada resolvendo as tretas :/ Aguardem cenas dos próximos capítulos =) Acho que, assim que as coisas forem resolvidas, eu estarei mais concentrada pra escrever isso aqui. Mas eu não esqueci da fic! Não me abandonem! Não se desesperem! PORQUE EU NÃO POSSO FICAR SEM VOCÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊS ♪

Divirtam-se!



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Parte I


Era, oficialmente, a situação mais bizarra que eles já haviam vivido, ressurreições e batalhas intergaláticas inclusas. De um momento a outro, o mundo havia sido tomado por ninguém menos que... Raditz. O irmão não-tão-poderoso de Son Goku. Havia aparecido de repente naquele programa que prometia ser a salvação da Terra e decidira que, a partir naquele momento, ele seria o novo soberano da Terra coisa que, segundo ele, deveria ter acontecido décadas antes. Raditz se aproveitara do fato de que a Terra já sofria uma dominação e apenas usurpou-se dela, personalizando-a ao estilo saiyajin que aparentemente lhe era tão característico.


Todas as pessoas enviadas achavam aquela aparição minimamente estranha. Duas pessoas achavam aquilo estranho demais para ser levado a sério.


Uma delas era Son Gohan, professor universitário, que o viu ser morto, junto de seu pai, por aquele que se tornaria seu mentor, aos tenros quatro anos devida. A outra era o grandioso príncipe doa saiyajns, Vegeta, que conviveu boa parte de sua vida com o guerreiro de classe caixa.


Gohan achava aquilo muito estranho porque Raditz não poderia ter sido ressuscitado sem auxílio das esferas do dragão, ou de algum outro artefato mágico com poder de devolver vidas aos mortos. Ainda que Gohan suspeitasse que houvessem criaturas com esse poder no Inferno, ele duvidava que, de todos os moradores do lugar, ressuscitariam justamente Raditz. Desmerecendo -- e com razão -- a existência do tio, Gohan sabia que seria muito mais lucrativo se o malfeitor ressuscitado fosse outro. Por motivos bastante óbvios, inclusive. Motivos estes que não precisam ser explicados, não quando se fala de Raditz. Gohan tinha algumas suspeitas, embora absurdas,de quem (ou o que) aquele que se dizia Raditz poderia ser mas, cauteloso como era, manteria suas teorias para si.


Vegeta, por sua vez, sabia que aquele não era o estilo de Raditz. Era... inteligente demais, para dizer o mínimo. Normalmente, Raditz optaria por quebrar tudo e ver o que fazer depois. Aquele plano era refinado demais. Algo estava errado, Vegeta bem sabia... Mas o quê? Algumas estaca errado, Vegeta bem sabia.... Mas o quê?


E era por essa sensação de estranheza que aquelas duas pessoas estavam sentadas naquele café, cada qual bebericando de seu copo tranquilamente, em silêncio, como se nunca tivessem posto os olhos um no outro durante a vida. Vegeta levantou seus olhos de seu café -- puro, sem açúcar e amargo como sua personalidade -- e iniciou a conversa em um tom casual demais para alguém que estava prestes a iniciar uma teoria conspiratória contra o grande dominador do mundo.


–- Então quer dizer que não sou o único que acha toda essa situação esquisita -- disse em seu tom de voz mau-humorado de sempre. Gohan se divertia com o embaçado que seu capuccino fazia em seus óculos e pareceu ignorar Vegeta por alguns momentos. Depois de alguns segundos, em que sentiu a irritação do príncipe dos saiyajins aumentar gradativamente, resolvera responder:


–- Não existe probabilidade aceitável de que Raditz tenha sido ressuscitado. Eu calculei. -- e colocou seu café sobre a mesa. Vegeta pareceu ponderar bastante o que lhe fora dito, enquanto olhava as expressões das pessoas nas ruas. Medo. Pavor. Apreensão.


Gostava daquelas expressões, mas sentia raiva de não ter sido o causador delas.


–- E o que o grande gênio acha que pode ser, então?


Gohan ignorara o tom cínico e irônico de Vegeta, e tomara como a insatisfação de estar de mãos totalmente atadas diante da situação, pois, embora todos sentissem vontade de lutar, não podiam. As ameaças continuavam espalhadas e quaisquer embates travados poderiam -- não, com certeza iriam -- ferir e matar pessoas inocentes.


(Não que Vegeta se importasse, mas sabia que se fizesse alguma coisa poderia acabar morto também...)


–- É algo tão improvável quanto, mas a porcentagem de acerto é bem maior do que a ressurreição de Raditz.


–- Espere um momento: você calculou de verdade as probabilidades? -- Vegeta perguntara, perdendo as estribeiras, levantando-se de repente e derrubando o café na camisa branca de Gohan, que grunhiu temendo pela própria vida -- sabia que sua mãe (pois Videl com certeza se recusaria a tirar a mancha e mandaria ele mesmo fazê-lo, e ele acabaria terceirizando o serviço para sua amada mãe, que com certeza tiraria a mancha em menos de cinco minutos) tentaria retirar-lhe o fígado a mão, cozinhá-lo e servi-lo aos porcos --, e, depois de tentar consertar a bagunça e pedir a Vegeta que se sentasse, respondeu simplesmente:


–- Não se pode desconfiar dos números. Mas como eu ia dizendo, eu acho que o Raditz é...


*~*~*~*


Parte II

A região estava perigosa. Não que tais perigos o surpreendessem -- na verdade, já havia visto tanta bizarrice em sua vida que de surpresa a situação nada tinha --, mas viver naquele sufoco não o agradava. Quando até mesmo a grande atração local e sua amiga de infância, juntamente do seu sobrinho igualmente bizarro, não era capaz de conter a situação, ele julgava a situação como crítica.


Por sorte, estava sendo reconstruída. Quem diria que seria um robô.


Entrou em sua casa, cumprimentou a família, sentou-se no sofá e se pôs a pensar. Estaria ainda vivo? Onde viveria? Poderia encontrá-lo?... Por que não fazia nada?...


Por onde andava Son Goku?...


O som dos passos metálicos do lado de fora das casas era aterrador e, embora fosse uma pessoa corajosa, não sabia como lidar com o pânico que subia em seu peito quando ouvia os robôs da Patrulha fazerem a ronda do Toque de Recolher. Acendera um cigarro, olhando de soslaio para Tsururin. Precisava encontrá-lo. Avisá-lo de que podiam contar com sua ajuda...


Teria de avisá-lo que a nova versão de Arale Norimaki seria capaz de destruir o mundo, se quisesse.


*~*~*~*

Parte III

A volta à escola fora deprimente. Rostos passivos e tristes, comentários sobre pessoas que desapareceram. A escola de Ensino Médio não era a mesma, não com aquele silêncio tétrico que a preenchia. Pan tamborilava com os dedos em sua carteira, incapaz de prestar atenção ao que o seu mestre dizia. Em sua mente, apenas uma coisa: a cena do reaparecimento de um dos nêmesis de sua família em repetições incessantes.


A verdade é que Pan pouco sabia por que aquele rosto chocara tanto os membros mais velhos de sua família e dos demais guerreiros. Sabia da história parcialmente, e nunca se sentira no direito de inquirir. “Dane-se a Matemática”, pensou, e sentiu vontade de quebrar o vidro da sala onde estava e simplesmente fugir dali. Não podia. Apesar de ser a filha do Grande Sr. Satan, seres humanos normalmente não voavam...


E dentro daquela escola ela não passava de humana.


Bra, por sua vez, estava impaciente. Sua fachada de “princesa alienada e consumista” estava começando a lhe cansar. Era algo que fazia desde muito nova, desde a primeira vez que seu pai resolvera lhe ensinar táticas de guerra.


“Se tem algo que aprendi com o estúpido do Kakarotto, dizia seu pai, é que não podemos confiar no que os olhos veem. Portanto, minha princesa, sempre faça com que seus inimigos te subestimem. Nunca mostre-lhes sua verdadeira força... Ninguém é merecedor do seu verdadeiro poder enquanto não demonstra isso.”


Bizarrice familiar de Vegeta chamar Bra de “minha princesa” à parte, Bra montava tal teatro desde os quatro anos de idade, e poucas pessoas sabiam quem, realmente, uma das herdeiras da Corporação Cápsula era.


Mas fingir que não passava de uma garota mimada cujo único interesse na vida era o sapato da próxima coleção estava começando a cansá-la mais do que o normal. Por viver rodeada de garotas ricas e mimadas como a personagem que criara desde tão cedo, não ouvia sequer uma frase de represália à opressão vivida durante aqueles tempos. Na verdade, tudo o que ouvia eram apenas elogios.


“Eles estão limpando as ruas.”


“Estava na hora de alguém fazer isso, mesmo!”


“Meu pai disse que quem fica até tarde na rua tem que morrer mesmo... Gente decente não sai depois que escurece...”


–- Teu pai é um canalha escroto.


Todos os rostos viraram para os olhos azuis emoldurados de cabelos turquesa. Bra não havia se dado conta de que vociferara aquilo alto demais. Aquilo não era algo que uma dama devesse falar, ainda mais do dono de uma das maiores empresas farmacêuticas do planeta Terra.


Antes que as coisas pudessem piorar, Bra pediu licença e saiu do colégio. Precisava conversar com uma pessoa.


Desencapsulando sua aero-motocicleta, começou a traçar rotas para chegar mais rapidamente à Montanha Paozu.


*~*~*~*


Parte IV

Após uma conversa muito séria, que envolvera lágrimas, gritos e todo tipo de reação esperada e não tão esperada assim, Goku havia decidido.


Não deixaria aquilo continuar a acontecer.


Lutaria, pois sabia que tinha toda a força que precisava.


E não estava falando da Genki Dama.


Em seu peito, apenas uma certeza:


Uma nova era estava para chegar.



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Notas finais do capítulo

É gente. Mil perdões pelo capítulo minúsculo... Mas enfim. Agora o baguio vai ficar LOKO. Preparem-se para fortes emoções com uma turminha que aprontam altas emoções para evitar o fim da Humanidade :D!

:**



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