Dead Or Alive escrita por Juh Begnini Collins


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês lerem, pq sim.
Queria aproveitar e agradecer pelo apoio e pelo carinho.
Enfim... have fun.



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            - Hey, vocês não podem entrar aí, é uma zona lacrada. – disse o afobado rapaz em uniforme de policial.

            Pela aparência frágil, o olhar abatido e o uniforme azul marinho bem passado e sem manchas de gordura, qualquer idiota perceberia que o rapaz de cabelos escuros e bem cortados e pele castanha era novato no trabalho.

            - FBI. – anunciou Dean, prontamente. – Agentes Carter e Mitchelson.

            - Ah, desculpem-me, eu não sabia que... – disse ele, passando a mão pelos cabelos, confuso. – Então vocês estão com a moça, não é?

            Sam cutucou de leve o irmão, cochichando algo como “Que moça?”, mas o policial às suas frentes não pareceu perceber. Seu olhar estava perdido um pouco atrás dos dois.

            - Pode deixar, policial Howes, eles estão comigo. – disse a doce e feminina voz vinda da direção para a qual o jovem olhava, sem esconder a determinação em sua ordem. – Demoraram a chegar, agentes. Estava quase relatando ao chefe o sumiço de vocês. Que isso não se repita, estamos entendidos?

            Os irmãos viraram-se e ficaram olhando atônitos para Lory, enquanto as feições dela continuavam imutáveis. Ela era uma excelente atriz.

            - Agente Levells. Sinto muito pelo nosso sumiço, mas garanto que não se repetirá. – Sam pronunciou-se, contornando a situação da melhor maneira possível.

            - Acho bom mesmo. E isso serve para você também, Carter, caso ainda restem dúvidas. – Ela falou, severa. – Está dispensado, policial Howes. Continue fazendo bem o seu trabalho.

            - Sim senhora, agente Levells. Agente Carter. Agente Mitchelson. – ele virou as costas e partiu.

            Assim que o policial estava longe alguns metros, Lory respirou fundo, largando um grande suspiro. Era muito difícil manter uma postura superior, ela sabia disso.

            - Lorane, tenho que te dizer: você faz seu trabalho perfeitamente bem. – disse Dean, passando as costas da mão pela testa. – Mas eu agradeceria se não fosse tão autoritária da próxima vez.

            - Ela aprendeu com o melhor, Dean.

            O Winchester mais velho sobressaltou-se, virando para trás e dando de cara com uma imagem conhecida vestida em um sobretudo. Cara, Castiel ainda o mataria, ele tinha certeza disso.

            - Te assustei? – perguntou o anjo, inocentemente.

            Dean apertou os lábios, bufando. Virou-se e principiou-se a caminhar por entre os arbustos da casa em direção à varanda, irritado.

            - Eu fiz algo que... – principiou-se Castiel.

            - Não, Cass. Dean acordou de mau humor hoje. – disse o moreno de cabelos compridos, caminhando atrás do irmão.

            Lory seguiu os dois irmãos e o anjo da guarda deles, aos risos. Ia ser, definitivamente, melhor trabalhar com eles que sozinha.

            Pelo menos ela sabia que se divertiria mais assim.

            A casa estava algo jamais visto. Parecia ser “o melhor dos dois mundos”. O hall de entrada e a sala principal estavam bem organizados e limpos, justamente como uma casa de ricos com duas empregadas costumava ser. A cozinha tinha uma xícara, dois talheres e um prato na pia, mas com exceção a isso, mais nada estava fora do lugar. A biblioteca da casa, que era um conjugado com o escritório, estava intacta quanto aos seus livros. Em cima da mesa do computador, onde também se localizava a impressora, a palavra Petterson se encontrava em metade das folhas que antes estavam dispostas no aparelho. Fora as folhas, que claramente os indicavam que era algo sobrenatural, tudo estava perfeitamente disposto nas prateleiras e gavetas.

            - Parece que é um dos nossos. – disse Dean, encarando as letras gravadas no papel branco. – O que nós temos, Lory?

            - Um monte de nada. Ou de tudo, escolham como querem chamar. – ela seguiu para o quarto, guiando os três rapazes. – A esposa viajou para Cancun para visitar uma irmã. Eram um casal recém casado e não tinham filhos. Fazia uma semana que Jenkens estava sozinho em casa. Voltava do trabalho quando telefonou para sua mãe. Foi a última pessoa que falou com o rapaz. A empregada o encontrou morto faz uma hora, mais ou menos.

            - E a ficha do sujeito? – perguntou Sam.

            - Sem histórico. Nada além de uma ficha por algazarra quando ele estava no segundo ano do ensino médio. Ia à Igreja todo o fim de semana, e apesar de eu suspeitar que fazia isso para reparar nos peitos da beata que fazia as leituras, todos o descreviam como um grande fiel. O cara era quase um santo, pelo menos aparentemente.

            - E, aparentemente – disse Dean, parando em frente À porta do quarto do casal – isso seria um homicídio comum. Mas nós sabemos que não é.

            O rapaz abriu a porta, e Cass, em um de seus raros momentos de expressão facial, fez uma semi-careta de nojo.

            O local que já tivera as paredes brancas algum dia, agora tinha todas as paredes pintadas irregularmente de vermelho. O líquido viscoso já começava a secar na mobília cara. O corpo de Todd Jenkens estava espalhado por todo o local. A maior parte inteira se localizava em cima da cama, usando apenas uma cueca de cor indecifrável em meio a tanto vermelho.

            Aliás, aquele quarto parecia ter sido projetado inteiramente em vermelho. As únicas coisas que fugiam do nojento e perturbador padrão monocromático eram os quatro que estavam lá e as etiquetas amarelas indicando como “prova” tudo o que não fosse o corpo de Jenkens, ou alguma parte dele.

            - Eu é que não queria irritar essa tal Petterson. – comentou Dean, mexendo em uma etiqueta amarela, tentando não tocar no sangue.

            Pegou seu detector de ondas eletromagnéticas e o ligou. Demorou pouco tempo para perceber que o quarto inteiro faria o pequeno aparelho surtar.

            Cara, era definitivamente, um fantasma muito, muito irritadiço.

~~*~~

            Duas horas depois, o quarteto saia do local, juntando todas as informações possíveis que o local poderia oferecer. Tudo isso era a noção de como estava o corpo de Todd, algumas folhas de papel com a palavra Petterson gravada repetidamente por toda sua extensão e mais um histórico perfeito de um falecido cidadão americano Apple Pie.

            - E então, garotos, o que fazemos a partir de agora? Eu tenho minha sugestão, mas quero viver ao método vida louca de vocês.

            - Sinta-se a vontade para nos guiar, Superior Levells. – brincou o loiro.

            - Okay, então. Se esse caso fosse meu, e se fosse um caso isolado, eu iria conversar com a viúva Jenkens, mas nessas circunstâncias...

            - Podemos fazer o mesmo. – pronunciou-se Cass, novamente sem expressão facial. – Temos uma viúva Jenkens, e também temos a noiva do falecido Gilles, Kiara Johanson.

            - Cass, você é genial. – disse Sam, olhando para os quatro. – Você e Dean falam com Jenkens, eu e Lory com Gilles. Metade do tempo, o dobro do trabalho.

            Dean ia protestar. Por que ele sempre ficava com o Cass como parceiro? No fundo, ele queria conhecer melhor a tal Lorane Claré, achava que podia se divertir muito trabalhando com ela. Mas então lembrou-se de como Castiel sempre esteve pronto para ajuda-lo, e de como se divertia quando trabalhava com o anjo. Acabou por desistir de fazer birra.

            Ia ser legal. Cass, por mais “celestial” que fosse, sabia ser muito divertido quando queria.

            Dean tirou seu paletó, jogou-o por cima do ombro e afrouxou o nó da gravata. Abriu a porta do motorista do impala negro tão seu e, antes de entrar, olhou para Castiel.

            - Você está vindo ou o que? – disse.

            Virou-se e entrou no carro. Ligou o rádio e, ao olhar para o lado, o anjo já estava lá. Dean novamente assustou-se.

            - Puta que pariu, Cass!

            Do lado de fora do carro, Sam e Lory riam.

            - Tem certeza de que eles não vão se matar, Sam?

            O rapaz riu novamente, aquela risada arfada e rouca que enlouqueceria qualquer garota no condado.

            - Não, eles vão ficar bem.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Eu realmente espero que sim.
Beijoos