Dead Or Alive escrita por Juh Begnini Collins


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. (:



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Capítulo 4

            - Sam, me alcança o grampo?

            Dean estava tentando abrir a porta do apartamento de Gilles faziam dez minutos, e até aquele momento, nada. Era um problema, estavam começando a melhorar o sistema de funcionamento das fechaduras, e os grampos estavam quase tornando-se obsoletos.

            “Qualquer dia desses, eles estarão impedindo não os vilões, mas os mocinhos, de entrarem em suas casas. Jerks.” Reclamava, mentalmente, um Dean furioso.

            Sam, por outro lado, olhava distraidamente pelo vão da escada, de onde conseguia ver uma linda ruiva movendo-se delicadamente para dentro e para fora de seu apartamento, aparentemente tentando enxergar pela janela do corredor a chegada de algum visitante.

            - Sammy, me alcança a porcaria do grampo!

            O rapaz voltou à realidade com o grito do seu irmão. Caramba, ele andava realmente distraído de uns dias para cá. Quem sabe fosse a falta de sangue de demônio no seu corpo. Ou quem sabe fosse apenas o estresse.

            O garoto revirou na bolsa de armas, até encontrar um pequeno bolso interno em que eram armazenados os utensílios para invasão domiciliar.

            Demorou cinco minutos para que Dean conseguisse abrir a porta. Quando ouviu o salvador click e sentiu a porta ficar frouxa, suspirou fundo, passando as costas da mão na testa. Cara, tinha sido, definitivamente, a porta mais difícil de abrir que ele já tinha visto na sua vida.

            Entrou lentamente, já com a arma em punho. Caminhando pelo apartamento, deparou-se com a típica cena de sua vida: o apartamento que, apesar de pequeno, havia sido, algum dia, bem mobiliado e bem cuidado, agora estava coberto de sangue por toda a sua extensão. Haviam sinais de briga, alguns vasos arremessados, alguns vidros quebrados. E então havia a cama, inteiramente lavada de sangue, onde havia sido encontrado o corpo... ou um terço dele, o único terço que estava consideravelmente inteiro, apesar de completamente mutilado.

            - Encontrou alguma coisa? – pediu Sam ao irmão, enquanto rondavam pelo apartamento.

            - Nada. Sem sinal de enxofre, nem de ondas eletromagnéticas, ectoplasma, vômito verde ou qualquer outra demonstração paranormal digna dos programas de assombração do Discovery Chanel. Em resumo: nada de paredes que sangram.

            - É, eu também. – respondeu ele, sério. – Isso quer dizer que não temos nada?

            - Isso quer dizer, meu caro Watson, que nós temos, com certeza, uma coisa: problema.

            Sam afundou-se no sofá da casa do assassinado, e Dean seguiu-o, fazendo o mesmo. O Winchester mais velho jogou a cabeça para trás, passando as mãos pelo rosto. Era uma porcaria não fazer ideia de o que era essa criatura.

            O cabeludo levantou-se e começou a andar de um lado para o outro; já estava ficando inquieto. Encontrou, finalmente, o computador do rapaz.

            - Dean, você pode vir aqui um pouco? Acho que deixamos passar algo.

            Dean levantou-se e seguiu a voz de Sam até deparar-se com a aparelhagem negra à sua frente. Um computador. Cara, ele amava aquela população americana viciada em tecnologia; facilitavam demais trabalhos como o dele.

            Um barulho foi ouvido na sala onde eles estavam inicialmente. Os irmãos se olharam, já colocando as mãos por sobre o revólver dentro de suas calças.

            - Eu vou. Você cuida da senha do Mr. Picadinho aí. – disse o mais velho, enquanto engatilhava o revólver.

            Com a arma na altura de seu rosto, Dean caminhou pelo corredor, tentando fazer o mínimo de ruído possível. Então, chegou até a porta da sala.

            Entrou no ambiente, e seus braços tombaram ao lado do corpo.

            - Qualquer hora dessas, Cass... eu juro por tudo que é mais Sagrado que vou acabar atirando em você.

            - E eu espero que, no momento em que isso aconteça, eu esteja novamente com meus poderes angelicais. – disse o anjo, sem expressar nenhuma emoção em suas feições. Apenas o centrado Castiel, em sua tão famosa indiferença.

            Dean desengatilhou a arma, colocando-a novamente onde havia tirado, na barra por detrás de sua calça jeans. Olhou novamente para o amigo, que tinha a irritante capacidade de desaparecer e reaparecer misteriosamente, mesmo quando estava sem seus poderes. A leveza com que se movia chegava a ser... sobrenatural.

            O rapaz riu do seu pensamento. Se Castiel ficara curioso com relação ao motivo das risadas, soube disfarçar muito bem.

            - O que você está fazendo aqui, afinal? – perguntou, finalmente, o rapaz de olhos azuis.

            - Eu vim ajudar vocês. Ficar naquele quarto de motel parado estava chato demais.

            - Ah, sei... como você entrou no quarto?

            - Abrindo a porta como você faz toda a vez que vai invadir a casa de alguém!

            O humano bufou, e pela primeira vez desde que se lembrava, o anjo deu uma leve risada.

            - Okay Cass, não vou comentar sobre a invasão de privacidade e sobre espaço pessoal novamente, por que como vê, não estou na melhor posição para reclamar. – disse ele, olhando ao redor, para o apartamento invadido. – Agora me diga, como você pode ajudar?

            - Com informações. – disse o anjo, perdendo qualquer sinal da mínima expressão facial que estivera em seu rosto instantes antes. – Descobri que não foi um anjo que fez aquilo, e também não foi um demônio.

            - Não mesmo, foi um espírito. – disse Sam, aparecendo por detrás deles. – Estava escrito Petterson em todos os arquivos do computador do cara. Além disso, achei a impressora dele, e ele não deve ter percebido, mas haviam umas cinquenta folhas impressas com o mesmo nome.

            - O mesmo que acontecera com Dana Shulps há um tempo atrás? – pediu o mais velho.

            - Exatamente. – respondeu o mais novo.

            - Dana Shulps? Parece nome de uma das garotas que dão o número do telefone... e outras coisas... para Dean naqueles bares velhos.

            - É, Cass, longa história. E não, não tem nada a ver com a minha vida sexual ativa.

            Sam riu, aquela risada rouca e um pouco arfada que parecia ter saído da reserva de perfeição dos deuses.

            - E considerando o fato de que ele estava de roupa íntima quando foi encontrado morto, eu diria que Petterson é o sobrenome de uma garota. – Disse Sam, assim que seu ataque de risos cessou.

            - Ou ele podia ser gay, Sammy. – Dean respondeu.

            Sam abriu o notebook em uma página dos favoritos de Daniel.

            - Considerando que o Asiáticas Peitudas está salvo como site mais visitado do computador pessoal dele, eu diria que ele não era gay.

            Os olhos de Castiel arregalaram-se. Era uma das poucas vezes que ele exibia alguma expressão facial.

            Por um segundo, Dean quis saber qual era a sensação de se ver um site pornô quando se é um anjo virgem. Devia ser bizarro.

            Se bem que ele não parecia nem um pouco espantado vendo o cara da pizza.

            - Então, nosso próximo passo é...

            O raciocínio de Sam foi interrompido por sirenes policiais. Dean correu para a janela, observando o movimento de luzes coloridas na rua abaixo deles.

            - Eu não sei qual seria o “seu” próximo passo... – disse Dean, finalmente. – Mas o meu, sem dúvidas, seria seguir o carro de polícia, por mais que eu realmente ODEIE policiais.

            - Eu dirijo. – disse Sam, correndo para fora antes que o irmão pudesse negar.


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