Dead Or Alive escrita por Juh Begnini Collins


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Então... trouxe mais um capítulo para vocês hoje.
Mas antes de entregá-los aos seus cuidados, queria desejar a todos vocês um feliz ano novo, com muita saúde, paz, alegria, amor e tudo de melhor que vocês possam imaginar. Vocês merecem, meus leitores lindos. *-*
Enfim... espero que gostem, e, independente de terem gostado ou não, peço que, por favor, deixem um review aqui, para eu saber o que posso melhorar. Afinal, a história é mais de vocês que minha, não é?
Beijoos. =**



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            Dean entrou novamente no quarto cheirando a mofo onde vinha se instalando nos últimos dias. Fora as folhas a espalharem-se pelo chão empoeirado – aquelas mesmas que, antes, pendiam nas paredes, com detalhes sobre o caso que estavam estudando, fotos das vítimas, recortes de jornais e toda a típica papelada a fazer parte da investigação – nada dava a crer que havia ocorrido qualquer coisa fora do comum naquele ambiente.

            Nada, exceto os dois pares de olhos a fita-lo por de dentro do círculo de sal desenhado no chão.

            - Tudo resolvido. – ele disse apenas, dirigindo-se à caixa de isopor verde a repousar no canto do quarto.

            - E... – incentivou o mais novo.

            Dean abriu a cerveja, sentou-se sobre a caixa e bebeu um gole da bebida.

            - E era uma foto. – ele fez uma pausa. – Eu a vi queimando em frente aos meus olhos.

            Castiel ficou parado no meio do quarto, olhando para o Winchester mais velho de maneira indiferente, com aquelas feições sem sentimento que caracterizavam tão bem o anjo. Sam sentou-se à beirada da cama e recebeu a cerveja que seu irmão atirara a ele.

            - Olha, Dean, eu sei que é difícil e...

            - Não, Sammy. Sem conversa de consolo, eu não preciso disso. Era só mais um caso, eu o resolvi e acabou.

            - Tem certeza de que você não quer conversar sobre isso?

            - Sam, é você que costuma conversar! Eu sou aquele que chuta o cachorro e segue em frente, está lembrado? O importante é que o caso está acabado.

            Cass olhou para o lado, fixando seus olhos na rachadura da parede verde-oliva manchada pela umidade.

            - Eu não creio que esteja acabado.

            Os irmãos encararam-se mutuamente, e depois seus olhos voltaram-se para o anjo às suas frentes.

            - Do que é que você está falando, Cass? – perguntou Dean, temeroso pela resposta.

            - Meus poderes... eles se foram. – respondeu Castiel, ainda inexpressivo. – E não voltaram mais.

            Sam jogou-se de costas no duro colchão da cama. Dean bebeu o último gole da cerveja e passou a mão direita pelos lábios e pelo queixo, como fazia sempre que estava nervoso.

            - Awesome. – disse apenas, abrindo a caixa de isopor e retirando de lá outra cerveja.

~~*~~

            Dois dias depois, e a garota colocava algumas poucas malas dentro do porta-malas de um carro antigo azul bebê.

            - Escuta, eu posso ficar e ajudar, tenho certeza de que não seria nada demais e...

            - Não, Lorane. Você vai para casa cuidar da sua mãe. Nós vamos ficar bem sem você, pode ter certeza disso. – disse Sam.

            Havia uma semana, Lory recebera uma ligação de sua irmã, dizendo que a mãe estava doente e queria vê-la. A garota conseguiu esconder isso dos dois durante cinco dias, temendo que eles a mandassem para casa quando descobrissem da ligação.

            E foi exatamente o que acontecera mais cedo naquele dia, quando, depois de esquecer seu celular dentro do porta-luvas do Impala, descobriu que a irmã havia telefonado para o mesmo e deixado um recado para quem havia atendido a ligação: Dean.

            - Qual é, Lory! Ela é a sua mãe! – disse Dean, controlando-se para não falar algo estúpido como “Pelo menos você ainda tem mãe”.

            Falar sobre mãe não era uma coisa com a qual Dean acreditava conseguir se habituar completamente algum dia. Não que ele fosse deixar que qualquer pessoa descobrisse que aquele assunto ainda o machucava.

            Mas o que podia se esperar de alguém que ficou órfão por que um demônio maldito ateou fogo em sua mãe em pleno teto do quarto do irmão caçula?

            - Mas e quanto aos poderes do Cass? Eu podia ajudar a encontra-los e...

            - Para de insistir, Claré! Castiel vai ficar bem! Não é a primeira vez que ele perde os poderes, e tenho certeza de que não será a última. Nós damos conta! – incentivou Sam.

            A garota baixou os olhos, tentando pensar em alguma desculpa boa suficiente para escapar da volta para casa. Nunca se entendera muito bem com a sua irmã, e realmente, a perspectiva de duas semanas inteiras sob o mesmo teto que a Claré mais velha não lhe era nada animadora.

            - Eu quero me despedir do Cass. Não aceito sair daqui sem dizer adeus a ele. – disse, por fim.

            - Assim que ele recuperar os poderes, passará na sua casa para te dar lembranças, que tal? – disse Dean, que esteve até aquele momento calado.

            - Come on, Lory! É a sua mãe!

            - Ah, okay! – ela deu-se por vencida, abraçando Sam pela cintura e brincando com a diferença enorme de altura entre os dois. – Te cuida, seu idiota. E vê se não some do mapa definitivamente, okay?

            - Você vai continuar caçando? – perguntou o alto, receoso.

            - Mas é claro! Velhos costumes, você sabe... – ela respondeu, sorrindo.

            O Winchester mais novo deu um beijo na testa dela.

            - Só te cuida, okay?

            - Pode deixar, Sammy. – ela respondeu, soltando-se do abraço de Sam.

            Dirigiu-se diretamente a Dean, com o rosto indecifrável, os cabelos castanhos voando graças ao vento.

            - Vê se não vai encontrar trabalho no caminho até a casa da tua mãe e... – o mais velho principiou, mas foi interrompido pelos lábios da garota junto aos seus.

            O loiro passou o braço pela cintura da morena e puxou-a mais para perto, sentindo seu corpo junto ao dela, daquela maneira instintiva que o mulherengo dentro de Dean sabia exatamente como fazer.

            Logo, os lábios dos dois se separaram. De qualquer maneira, o aperto não.

            Lá atrás, Sam deu uma risadinha leve.

            - O que foi isso? – perguntou Dean, encarando-a com um sorrisinho malicioso.

            - O que foi? Você queria que eu voltasse para casa depois de ter trabalhado com o meu ídolo sem dar nele pelo menos um beijo? – ela principiou-se, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Era como se você salvasse a Megan Fox de um Wendigo e não dormisse com ela depois disso! Era uma chance que eu não podia perder!

            Dean beijou ela novamente.

            - Devia ter feito isso antes. – falou o rapaz, quase aos sussurros. – Quem sabe a gente tivesse se divertido mais.

            - Quem sabe, se eu ficar aqui, ainda dê tempo. – disse ela, beijando-o novamente.

            - Sinto muito, mocinha, mas eu vou ter que recusar. Sua mãe ainda precisa de você.

            A garota se separou dele, sussurrando um “damn it” baixinho ao virar-se para Sam, que agora ria compulsivamente. Deu um soquinho de leve no braço do alto, e entrando no carro alugado, deu partida, sumindo numa nuvem de poeira e afastando-se rapidamente dos dois.

            - Sabe, Sammy, eu gostei dela. Uma das suas melhores escolhas até agora. – disse ele, enquanto via o carro afastar-se, até fazer a curva e sumir.

            O mais novo deu um soco de leve no braço do irmão.

            - Jerk. – disse ele, caminhando em direção ao Impala e deixando Dean rindo a seguí-lo.

            ~~*~~

            Duas semanas. Duas semanas na maior paz. Duas semanas tentando encontrar o que quer que fosse que estava tirando os poderes do anjo.

            E eles ainda estavam no escuro.

            Dean não queria pensar daquela maneira, mas toda vez eu refletia e percebia que não havia nada que indicasse qualquer atividade sobrenatural naquele lugar, a ideia que lhe surgia era a de que talvez o defeito não estivesse no lugar, mas em Cass. Afinal, quantas vezes aquilo já tinha acontecido? Com certeza não era a primeira. E provavelmente, não seria a última.

A rotina parecia ter voltado ao normal depois que o espírito de Liz tinha sido retirado do campus, porém alguma coisa ainda parecia pendente entre ele e o irmão. Afinal, Sam não tinha lhe contado sobre Lorane, e Dean ainda não tinha aceitado completamente a ideia de que não conhecia o irmão da maneira como achava que conhecia. Em contrapartida, também não havia contado para o irmão sobre Elizabeth, e se perguntava se Sam também pensava sobre o quanto os dois realmente se conheciam.

            E então aconteceu. Prestes a fecharem-se as três semanas de mais puro “nada”, um corpo fora encontrado , examinado e dado como “atacado por um animal selvagem”. A garota, Hannah Riche, com 16 anos na época do ataque, havia sido dada por desaparecida dois dias antes.

            E era óbvio que, na situação em que se encontravam, os Winchester rezavam para que fosse um trabalho para eles, algo que justificasse o sumiço dos poderes angelicais de Cass.

            Mas Dean ainda não conseguia tirar da cabeça a ideia de que talvez, e só talvez, o problema não estivesse no lugar, mas na pessoa cujos poderes desapareceram.

            E ele temia sobre o significado dessa sentença.


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Notas finais do capítulo

E foi isso!
Como viram, a história não vai acabar! o/ Aliás, ainda tem bastante coisa pela frente, então espero que vocês tenham paciência para acompanhá-la até o final.
Novamente, eu desejo a todos vocês um feliz 2013 para todos vocês.
Ah, só mais um pedido: se tiverem amigos, vizinhos, mãe, pai, galinha, terneiro... anyway, se alguém desejar ler alguma coisa e vocês quiserem indicar a minha fanfic, eu ficaria realmente muito grata.
Beijoos, meus lindos, e não se esqueçam dos reviews. =**