Dead Or Alive escrita por Juh Begnini Collins
Notas iniciais do capítulo
Então... trouxe mais um capítulo para vocês hoje.
Mas antes de entregá-los aos seus cuidados, queria desejar a todos vocês um feliz ano novo, com muita saúde, paz, alegria, amor e tudo de melhor que vocês possam imaginar. Vocês merecem, meus leitores lindos. *-*
Enfim... espero que gostem, e, independente de terem gostado ou não, peço que, por favor, deixem um review aqui, para eu saber o que posso melhorar. Afinal, a história é mais de vocês que minha, não é?
Beijoos. =**
Dean entrou novamente no quarto cheirando a mofo onde vinha se instalando nos últimos dias. Fora as folhas a espalharem-se pelo chão empoeirado – aquelas mesmas que, antes, pendiam nas paredes, com detalhes sobre o caso que estavam estudando, fotos das vítimas, recortes de jornais e toda a típica papelada a fazer parte da investigação – nada dava a crer que havia ocorrido qualquer coisa fora do comum naquele ambiente.
Nada, exceto os dois pares de olhos a fita-lo por de dentro do círculo de sal desenhado no chão.
- Tudo resolvido. – ele disse apenas, dirigindo-se à caixa de isopor verde a repousar no canto do quarto.
- E... – incentivou o mais novo.
Dean abriu a cerveja, sentou-se sobre a caixa e bebeu um gole da bebida.
- E era uma foto. – ele fez uma pausa. – Eu a vi queimando em frente aos meus olhos.
Castiel ficou parado no meio do quarto, olhando para o Winchester mais velho de maneira indiferente, com aquelas feições sem sentimento que caracterizavam tão bem o anjo. Sam sentou-se à beirada da cama e recebeu a cerveja que seu irmão atirara a ele.
- Olha, Dean, eu sei que é difícil e...
- Não, Sammy. Sem conversa de consolo, eu não preciso disso. Era só mais um caso, eu o resolvi e acabou.
- Tem certeza de que você não quer conversar sobre isso?
- Sam, é você que costuma conversar! Eu sou aquele que chuta o cachorro e segue em frente, está lembrado? O importante é que o caso está acabado.
Cass olhou para o lado, fixando seus olhos na rachadura da parede verde-oliva manchada pela umidade.
- Eu não creio que esteja acabado.
Os irmãos encararam-se mutuamente, e depois seus olhos voltaram-se para o anjo às suas frentes.
- Do que é que você está falando, Cass? – perguntou Dean, temeroso pela resposta.
- Meus poderes... eles se foram. – respondeu Castiel, ainda inexpressivo. – E não voltaram mais.
Sam jogou-se de costas no duro colchão da cama. Dean bebeu o último gole da cerveja e passou a mão direita pelos lábios e pelo queixo, como fazia sempre que estava nervoso.
- Awesome. – disse apenas, abrindo a caixa de isopor e retirando de lá outra cerveja.
~~*~~
Dois dias depois, e a garota colocava algumas poucas malas dentro do porta-malas de um carro antigo azul bebê.
- Escuta, eu posso ficar e ajudar, tenho certeza de que não seria nada demais e...
- Não, Lorane. Você vai para casa cuidar da sua mãe. Nós vamos ficar bem sem você, pode ter certeza disso. – disse Sam.
Havia uma semana, Lory recebera uma ligação de sua irmã, dizendo que a mãe estava doente e queria vê-la. A garota conseguiu esconder isso dos dois durante cinco dias, temendo que eles a mandassem para casa quando descobrissem da ligação.
E foi exatamente o que acontecera mais cedo naquele dia, quando, depois de esquecer seu celular dentro do porta-luvas do Impala, descobriu que a irmã havia telefonado para o mesmo e deixado um recado para quem havia atendido a ligação: Dean.
- Qual é, Lory! Ela é a sua mãe! – disse Dean, controlando-se para não falar algo estúpido como “Pelo menos você ainda tem mãe”.
Falar sobre mãe não era uma coisa com a qual Dean acreditava conseguir se habituar completamente algum dia. Não que ele fosse deixar que qualquer pessoa descobrisse que aquele assunto ainda o machucava.
Mas o que podia se esperar de alguém que ficou órfão por que um demônio maldito ateou fogo em sua mãe em pleno teto do quarto do irmão caçula?
- Mas e quanto aos poderes do Cass? Eu podia ajudar a encontra-los e...
- Para de insistir, Claré! Castiel vai ficar bem! Não é a primeira vez que ele perde os poderes, e tenho certeza de que não será a última. Nós damos conta! – incentivou Sam.
A garota baixou os olhos, tentando pensar em alguma desculpa boa suficiente para escapar da volta para casa. Nunca se entendera muito bem com a sua irmã, e realmente, a perspectiva de duas semanas inteiras sob o mesmo teto que a Claré mais velha não lhe era nada animadora.
- Eu quero me despedir do Cass. Não aceito sair daqui sem dizer adeus a ele. – disse, por fim.
- Assim que ele recuperar os poderes, passará na sua casa para te dar lembranças, que tal? – disse Dean, que esteve até aquele momento calado.
- Come on, Lory! É a sua mãe!
- Ah, okay! – ela deu-se por vencida, abraçando Sam pela cintura e brincando com a diferença enorme de altura entre os dois. – Te cuida, seu idiota. E vê se não some do mapa definitivamente, okay?
- Você vai continuar caçando? – perguntou o alto, receoso.
- Mas é claro! Velhos costumes, você sabe... – ela respondeu, sorrindo.
O Winchester mais novo deu um beijo na testa dela.
- Só te cuida, okay?
- Pode deixar, Sammy. – ela respondeu, soltando-se do abraço de Sam.
Dirigiu-se diretamente a Dean, com o rosto indecifrável, os cabelos castanhos voando graças ao vento.
- Vê se não vai encontrar trabalho no caminho até a casa da tua mãe e... – o mais velho principiou, mas foi interrompido pelos lábios da garota junto aos seus.
O loiro passou o braço pela cintura da morena e puxou-a mais para perto, sentindo seu corpo junto ao dela, daquela maneira instintiva que o mulherengo dentro de Dean sabia exatamente como fazer.
Logo, os lábios dos dois se separaram. De qualquer maneira, o aperto não.
Lá atrás, Sam deu uma risadinha leve.
- O que foi isso? – perguntou Dean, encarando-a com um sorrisinho malicioso.
- O que foi? Você queria que eu voltasse para casa depois de ter trabalhado com o meu ídolo sem dar nele pelo menos um beijo? – ela principiou-se, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Era como se você salvasse a Megan Fox de um Wendigo e não dormisse com ela depois disso! Era uma chance que eu não podia perder!
Dean beijou ela novamente.
- Devia ter feito isso antes. – falou o rapaz, quase aos sussurros. – Quem sabe a gente tivesse se divertido mais.
- Quem sabe, se eu ficar aqui, ainda dê tempo. – disse ela, beijando-o novamente.
- Sinto muito, mocinha, mas eu vou ter que recusar. Sua mãe ainda precisa de você.
A garota se separou dele, sussurrando um “damn it” baixinho ao virar-se para Sam, que agora ria compulsivamente. Deu um soquinho de leve no braço do alto, e entrando no carro alugado, deu partida, sumindo numa nuvem de poeira e afastando-se rapidamente dos dois.
- Sabe, Sammy, eu gostei dela. Uma das suas melhores escolhas até agora. – disse ele, enquanto via o carro afastar-se, até fazer a curva e sumir.
O mais novo deu um soco de leve no braço do irmão.
- Jerk. – disse ele, caminhando em direção ao Impala e deixando Dean rindo a seguí-lo.
~~*~~
Duas semanas. Duas semanas na maior paz. Duas semanas tentando encontrar o que quer que fosse que estava tirando os poderes do anjo.
E eles ainda estavam no escuro.
Dean não queria pensar daquela maneira, mas toda vez eu refletia e percebia que não havia nada que indicasse qualquer atividade sobrenatural naquele lugar, a ideia que lhe surgia era a de que talvez o defeito não estivesse no lugar, mas em Cass. Afinal, quantas vezes aquilo já tinha acontecido? Com certeza não era a primeira. E provavelmente, não seria a última.
A rotina parecia ter voltado ao normal depois que o espírito de Liz tinha sido retirado do campus, porém alguma coisa ainda parecia pendente entre ele e o irmão. Afinal, Sam não tinha lhe contado sobre Lorane, e Dean ainda não tinha aceitado completamente a ideia de que não conhecia o irmão da maneira como achava que conhecia. Em contrapartida, também não havia contado para o irmão sobre Elizabeth, e se perguntava se Sam também pensava sobre o quanto os dois realmente se conheciam.
E então aconteceu. Prestes a fecharem-se as três semanas de mais puro “nada”, um corpo fora encontrado , examinado e dado como “atacado por um animal selvagem”. A garota, Hannah Riche, com 16 anos na época do ataque, havia sido dada por desaparecida dois dias antes.
E era óbvio que, na situação em que se encontravam, os Winchester rezavam para que fosse um trabalho para eles, algo que justificasse o sumiço dos poderes angelicais de Cass.
Mas Dean ainda não conseguia tirar da cabeça a ideia de que talvez, e só talvez, o problema não estivesse no lugar, mas na pessoa cujos poderes desapareceram.
E ele temia sobre o significado dessa sentença.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E foi isso!
Como viram, a história não vai acabar! o/ Aliás, ainda tem bastante coisa pela frente, então espero que vocês tenham paciência para acompanhá-la até o final.
Novamente, eu desejo a todos vocês um feliz 2013 para todos vocês.
Ah, só mais um pedido: se tiverem amigos, vizinhos, mãe, pai, galinha, terneiro... anyway, se alguém desejar ler alguma coisa e vocês quiserem indicar a minha fanfic, eu ficaria realmente muito grata.
Beijoos, meus lindos, e não se esqueçam dos reviews. =**