A Life Time escrita por Lu Falleiros


Capítulo 17
Cada um com suas atividades.


Notas iniciais do capítulo

Bom, neste capítulo voltamos ao normal, com Lucy contando a história! Espero que todos gostem. O que será que acontecerá no jantar?? TAN-TAN-TAN-TAN!!



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—Izadora! Vamos voltar. – Assenti após a saída de Ciel de minha frente, teria muito que me preparar para o jantar. – Quero treinar um pouco mais de esgrima antes de sair, acho que seria bom que ele soubesse quem eu sou? Não acha?

— Não sei senhorita. – Ela assentiu com o sorriso angelical falso, que fazia para todos que passavam. – Quer mesmo que ele perceba quem você não é? – Ela perguntou agora abrindo a porta da carruagem, quando entrei, respondi virando-me para ela.

— Você não entende não é? – Perguntei iradamente. – Ele já sabe, até eu percebo que estou muito diferente do que "ela" era. Agora para de retrucar meus planos e suba. – Ela não entendia que eu estava apenas afirmando a todo o momento? E não perguntando?

— Sim jovem mestra. – Ela sorriu novamente, dessa vez com um olhar diferente, parecendo mais desejosa por algo. Mas ela ainda estava longe de obter o que desejava.

Nosso caminho para casa foi silencioso até que Izadora interrompeu o agradável silêncio com uma pergunta.

— Já tratou de algum tipo de investigação? – Ela sorriu para mim.

— Por que teria que tratar? – Perguntei implorando para que terminássemos esse assunto o mais rápido possível.

— Você e o senhor Phantomhive, são os dois “cavalos da rainha”, você conhecida como rosa. E ele como cão. – Izadora limpou a garganta, com um leve sorriso para mim. – Vocês competem muito, bom... A antiga senhorita, não se importava com isso e dispensava os trabalhos, mas... – fiz um sinal para que ela parasse de falar. E ainda olhando pela janela eu completei.

— Mas você sabe que eu jamais recusaria uma competição. – Ela sorriu e concordou com a cabeça. – Bom, está certa. Qual o caso atual? – Perguntei agora um pouco sorridente.

— Vamos conversar sobre isso, após o jantar. O que acha? – Concordei com a cabeça, agradecendo que ela se calasse. Segundos após essas palavras, os cavalos marrons - ambos com belas marcas brancas próximas dos focinhos - relincharam, e eu sabia que havíamos chagado em casa. Ao irromper a bela porta rosada, Izadora gritou:

— Banho, roupa e espada. – Ela balançava o belo rabo de cavalo em minha frente. Quando as meninas ouviram, logo correram, uma para cada lado obedecendo rapidamente aos pedidos de Izadora.

Eu sorri atrás dela e ela se virou, indicando que eu subisse as escadas.

— Eu quero chá e biscoitos. – Olhei-a seriamente, sem emoção, como sempre fizera. Ela sorriu e gritou.

— Chá da tarde. – Uma das meninas - não pude reconhecer qual - correu atravessando as escadas rapidamente.

— Por que não permite que sua mestre termine a frase? – Perguntei caminhando para perto de Izadora. – Não percebe que só é possível ser eficiente, quando se obedece exatamente ao que se pede, tendo a paciência de escutar inteiramente? Você não me deixou terminar. – O sorriso em seu rosto desapareceu. – Eu quero que você prepare tal chá, e doce. Não sabe cozinhar, mas irá aprender. Nem que seus dedos caiam de tanto tentar. – Ela sorriu novamente, dessa vez com uma expressão diferente e balançando a cabeça disse:

— Sim, jovem mestra. Provarei que estou a sua altura. – Sem olhar para ela novamente, eu subi as escadas. E entrei na banheira, ao meu lado permanecia Elina, com seus belos cabelos escuros.

— Elina? – Assenti olhando-a vagarosamente.

— Sim, madame? – Ela perguntou soltando a bela rosa pálida que segurava.

— Gostas do jardim? – Perguntei olhando para a rosa que acariciava.

— Este é o meu trabalho favorito, madame. – Ela sorriu timidamente.

Quando escutei isso tive uma ideia. Eu queria que Izadora treinasse melhor seus afazeres essenciais então pedi para ela. – Você irá cuidar do jardim todos os dias. Até que eu o considere impecável! Está bem? – Ela assentiu com a cabeça. – Então vá. Sou muito exigente. – Disse sorrindo para ela. – Só lembre de ir se deitar cedo, e de me preparar ótimas refeições, entre essas responsabilidades não haverá mais nada além do jardim! – Ela sorriu novamente. – Leve o tempo que precisar. – Acrescentei não querendo apressá-la. Ela olhou para mim, depois seguiu para a porta, e chamou por Tanina. Que apareceu após alguns instantes para segurar minha toalha no lugar de Elina. Agora era a vez dela.

— Tanina? – Perguntei ela me olhou, com olhinhos brilhantes, embora parecesse um tanto entediada se comparada com Elina. – Você gosta de cozinhar, não?

— Sim, madame, e de reconhecer as cartas.

— Pois bem, a partir de hoje, essas são suas responsabilidades, dividira o preparo do café e das refeições principais com Elina, ao mesmo tempo em que cuida do recebimento e encaminhamento das cartas, está bem? – Ela assentiu com a cabeça como Elina fizera a pouco.

— Então vá. – Disse sorrindo.

Ela começou a caminhar para a porta, mas parou em meio aquele gigantesco banheiro, que só a fazia parecer menor do que era e perguntou. – Quem cuidara da senhorita? Você não pode se banhar sozinha. – Ela disse mostrando-me a toalha. Assenti, fingindo que não sabia.

— IZADORRRRRAAAA!! – Gritei, não tão alto quanto deveria, mas sabia que ela me ouvia.

— Sim, jovem mestra? – Ela irrompeu a porta após alguns segundos.

Sorri para ela com um olhar de descaso e disse – Dividi as tarefas de nossas pequeninas, de modo que elas fizessem um trabalho em que não me levem em consideração, para que não fiquem dependentes de meu horário. – Neste meio tempo, Tanina havia entregado a minha toalha para Izadora e saído do recinto. – Você que me acompanha sempre será encarregada de tudo que também me leve em conta. – Eu sorri para ela docemente como costumava fazer. Ela assentiu com a cabeça imparcial. – Cristalino? – Perguntei.

— Sim, jovem mestra. – Ela respondeu, entregando-me a toalha, enquanto eu saia do banho. Trocou-me sem nenhuma palavra. E ao chegarmos à sala de baixo, ela pediu que eu me sentasse e me levou os docinhos preparados, seu sabor estava muito melhor do que antes e eu disse.

— Nada mais esperado do que a mordomo dos William. – Ela sorriu e completou.

— O que eu seria se não conseguisse efetuar tal pedido para a família Willian. – Sorrimos uma para a outra, como quem se entende. E partimos para o jantar dos Phantomhive. Não sei por que, mas ao entrar na carruagem, senti como um nó se formando em meu estômago. Eu estava preocupada?


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